Mercado Internacional, Navegação, Oportunidade de Mercado, Portos

Terminal da JBS em Itajaí terá escala da Norcoast, empresa de cabotagem brasileira

Itajaí vai integrar rota costeira na expansão das atividades da companhia no sul do Brasil

A retomada das atividades no terminal de contêineres do Porto de Itajaí não será apenas com linhas internacionais. A Norcoast, empresa brasileira de navegação de cabotagem que estreou no mercado em 2023, anunciou que expandirá suas operações para Itajaí a partir de outubro, em parceria com a JBS Terminais.

Com forte presença no sul do Brasil, a Norcoast possui escalas semanais no Porto de Paranaguá e também atende os portos de Santos (SP), Suape (PE), Pecém (CE) e Manaus (AM). Segundo a empresa, a inclusão do Porto de Itajaí na escala semanal, prevista para 2 de outubro, vai ampliar o alcance de atendimento em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

“Isto trará mais abrangência e oportunidades de negócio para os clientes da companhia, que conta com bandeira e tripulação 100% brasileira em todos os navios”, informa a Norcoast. A empresa tem frota com quatro navios para até 3500 contêineres cada e transporta uma série de produtos, como cargas refrigeradas para produtores de proteína, produtos da indústria de linha branca, materiais de construção, embalagens e madeira.

O CEO da Norcoast, Gustavo Paschoa, comenta que o Brasil vem mudando a cultura de transporte com a compreensão de que a navegação costeira entrega melhores resultados na comparação com outros modais.

“Nossa nova escala em Itajaí, além de ampliar as atividades da Norcoast, traz mais competitividade logística principalmente para Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul, fomentando assim o desenvolvimento econômico brasileiro”, destaca.

Ele ainda ressalta que o Porto de Itajaí é estratégico para a companhia, pois o estado passa por um momento de grande restrição, analisando que a própria volta das operações no porto ajudará muito os embarcadores da região. “Simplificando o transporte de cabotagem com soluções digitais e uma logística de ponta a ponta, queremos oferecer soluções eficientes e com melhor custo-benefício”, completa.

Armador de peso

A Norcoast é o primeiro armador que anuncia parceria com a JBS Terminais pra operações no Porto de Itajaí. A empresa é uma joint venture (tipo de união empresarial) lançada em 2023, entre a brasileira Norsul, líder no transporte de cabotagem no Brasil e a alemã Hapag-Lloyd, gigante mundial do transporte de contêineres.

A empresa tem linhas semanais nos portos de cobertura no Brasil, apostando na logística integrada, com serviço de porta a porta aos clientes. O diretor da JBS Terminais, Aristides Júnior, destacou a importância de ofertar um novo serviço de cabotagem em SC. “Estamos muito felizes pelo início da parceria entre Norcoast e JBS Terminais, pois sabemos o potencial da cabotagem no Brasil”, disse.

A arrendatária transitória do Porto de Itajaí tem negociações com ao menos cinco linhas, ainda não anunciadas oficialmente, projetando movimentação de 58 mil contêineres por mês após a retomada das operações.

Entre os armadores estão a MSC, Hapag Lloyd e Sealead, que vão conectar Itajaí com rotas para a Ásia, Europa, Oriente Médio e Mediterrâneo. No momento, a JBS ainda espera o alfandegamento da Receita Federal pra receber os primeiros navios. A liberação é esperada pela empresa ainda para este mês, mas pode sair apenas em outubro, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Fonte: Diarinho
Terminal da JBS em Itajaí terá escala da Norcoast, empresa de cabotagem brasileira | DIARINHO

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Práticos do Porto de Santos batem record de manobras de navios em um dia

Para o trabalho que incluiu 4 (quatro) navios de 300 metros, e profissionais fizeram mais de 70 escalas.

Os práticos do Porto de Santos manobraram mais de 70 navios num período de 24 horas. Um record, segundo informou a praticagem de São Paulo. O numero que representa o Dobro da data diária foi atingido nessa terça-feira dia 10 de setembro.  Para o trabalho, houve 74 escalas de práticos, já que quatro embarcações de mais de 300 metros necessitam, obrigatoriamente de dois profissionais para a manobra.

O auto numero de navios manobrados ocorreu em função do fechamento do canal do Porto em dois longos períodos, somando mais de 20 horas entre a noite de domingo e inicio da madrugada de terça-feira, por conta da neblina.

Saiba mais: A Tribuna
Práticos do Porto de Santos batem recorde de manobras de navios em um dia (atribuna.com.br)

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Maersk apresenta primeiro navio movido à metanol a navegar pelas Américas

A A.P. Moller – Maersk (Maersk) recebe o seu quinto navio movido a metanol no Porto de Los Angeles, Califórnia, EUA, em cerimônia de nomeação. Com 350 metros e capacidade para 16.000 TEUs, o Alette Maersk é o primeiro dos cinco navios porta-contêineres bimotores da companhia a operar nas Américas, cruzando o Oceano Pacífico com metanol como combustível, o que reforça o compromisso da empresa com sua meta de ser net zero até 2040.

Durante o evento, foi destacado o imenso desafio que o setor de transporte marítimo enfrenta à medida que avança rumo à descarbonização. Embora a empresa tenha estabelecido meta de transportar, até 2030, 25% de sua carga marítima usando combustíveis de baixa emissão, atingir esse marco exige uma mudança sistêmica em todo o setor.

O CEO da Maersk, Vicent Clerc, destacou a necessidade de uma ação global urgente e coordenada, solicitando aos líderes do setor de transporte marítimo e à Organização Marítima Internacional (IMO) que endossem o Mecanismo de Equilíbrio Verde, iniciativa criada para incentivar o transporte marítimo sustentável sem aumentar significativamente os custos do comércio global. “Nossa nova série de embarcações com motor bicombustível e capacidade para metanol é um começo, mas precisamos de ação imediata e coordenada em todos os setores para implementar uma regulamentação urgente que torne os combustíveis verdes viáveis e acessíveis”, afirma Clerc.

A Maersk lembrou que o transporte marítimo é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, com uma frota global de cerca de 100 mil navios que consomem 300 milhões de toneladas de combustível por ano, gerando 1,076 milhão de toneladas de emissões de CO₂ anualmente.

Apesar do progresso, a companhia enfatiza que as ações governamentais atuais e as melhorias na eficiência energética não serão suficientes para atingir sua ambiciosa meta de ser net zero até 2040. É necessária uma estrutura colaborativa mais forte, juntamente com a implementação de novas diretrizes globais e regionais.

O metanol de baixa emissão de CO2 é uma alternativa importante para descarbonizar o setor. No entanto, esse combustível custa atualmente de duas a três vezes mais do que os combustíveis fósseis, e sua produção global ainda permanece limitada.

A chegada do Alette Maersk é um marco significativo e ressalta a necessidade urgente de todos os participantes intensificarem seus esforços para facilitar a transição para combustíveis de baixa emissão. Atualmente, a Maersk tem 20 outras embarcações com capacidade para metanol encomendadas.

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Maersk apresenta primeiro navio movido à metanol a navegar pelas Américas – DatamarNews

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Portos do Paraná atingem novo recorde histórico com crescimento expressivo nas importações

Os portos paranaenses alcançaram mais um marco histórico em movimentação de cargas. Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas.

“O alinhamento das estratégias logísticas e o trabalho integrado das equipes têm sido determinantes para elevar nossa performance e posicionar os portos do Paraná como referência no cenário nacional”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

O destaque do mês ficou por conta das importações, que tiveram um aumento expressivo de 41% em relação ao mesmo período de 2023. O volume passou de 1.741.094 toneladas para 2.446.892 toneladas, puxado principalmente pela importação de fertilizantes, que somou 1.183.490 toneladas – um crescimento impressionante de 59% em comparação ao ano passado (745.201 toneladas).

Outro segmento que se destacou foi o de contêineres, que registrou um aumento de 22% nas importações, movimentando 62.218 TEUs, contra 51.017 TEUs no mesmo período de 2023.

Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto de 2024, um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.301.622 toneladas). A soja em grão foi o principal produto exportado, com 1.863.825 toneladas, 10% acima do volume registrado em agosto de 2023 (1.694.016 toneladas).

Mesmo diante de condições climáticas adversas, como os cinco dias de chuva e oito dias acumulados de neblina que impactaram na movimentação de granéis sólidos, o desempenho logístico não foi comprometido. “Atingimos um resultado histórico, com grande eficiência de produtividade, principalmente em relação à descarga ferroviária. Com a finalização das obras do Moegão, projetamos um aumento ainda maior de movimentações e atração de negócios com novos investidores”, afirmou Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná.

O Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, é um projeto estratégico para os portos do Paraná. Com um investimento de R$ 592 milhões, a obra visa reduzir os cruzamentos ferroviários urbanos e aumentar a capacidade de recepção de trens em 65%, passando de 550 para 900 por dia. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025, prometendo otimizar ainda mais o fluxo de cargas ferroviárias.

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Portos do Paraná atingem novo recorde histórico com crescimento expressivo nas importações – DatamarNews

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Mercado Internacional, Navegação, Portos

Maersk e Hapag-Lloyd anunciam as redes propostas da Cooperação Gemini

A Maersk e a Hapag-Lloyd revelaram dois de seus produtos em conjunto como parte da “Gemini Cooperation”, que será lançada em fevereiro de 2025. O objetivo é criar uma rede oceânica flexível e interconectada, com uma confiabilidade de cronograma superior a 90% quando estiver totalmente implementada.

Um dos produtos é o Suez Network, composto por aproximadamente 300 embarcações com uma capacidade total de 3,4 milhões de TEUs. Esta rede oferecerá 57 serviços, incluindo 27 linhas principais oceânicas e 30 serviços de shuttle intrarregionais.

O outro é o Cabo da Boa Esperança Network, que servirá como alternativa devido às contínuas interrupções no Mar Vermelho.

Essa rede será formada por cerca de 340 embarcações, com uma capacidade total de 3,7 milhões de TEUs, e oferecerá 59 serviços, com 29 linhas principais e 30 shuttles.

Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, comentou: “Confiabilidade, conectividade e sustentabilidade são as palavras-chave nos produtos que estamos apresentando hoje. Estamos satisfeitos por poder oferecer total transparência aos nossos clientes sobre como iremos entregar uma rede oceânica de classe mundial, permitindo que comecem a planejar, apesar da situação altamente dinâmica.”

Desde o anúncio inicial em janeiro de 2024, as empresas têm trabalhado na finalização dos detalhes dessa colaboração operacional, que cobrirá uma rede conjunta de transporte oceânico nas rotas Leste-Oeste.

Em outubro, a Gemini Cooperation anunciará qual das redes será colocada em operação nos próximos cinco meses.

Vincent Clerc, CEO da Maersk, declarou: “Estamos ansiosos pelo lançamento de nossa rede totalmente redesenhada no próximo ano e confirmamos que nossa meta de confiabilidade de cronograma permanece a mesma, independentemente de qual rede será implementada.”

“Acreditamos que nossa cooperação elevará os padrões de confiabilidade para benefício de nossos clientes e estabelecerá um novo e elevado padrão na indústria.”

Fonte: Container Management
Maersk and Hapag-Lloyd announce proposed Gemini Cooperation networks | Container Management (container-mag.com)

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Economia, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Porto de São Francisco movimenta 9,9 milhões de toneladas em 2024, aumento de 11%

Nos sete primeiros meses de 2024, a movimentação de cargas no Porto de São Francisco do Sul alcançou 9,9 milhões de toneladas, 11% a mais que no mesmo período de 2023 (8,9 milhões de toneladas).

O maior aumento (13%) foi nos produtos que chegaram ao Porto, 4 milhões de toneladas, contra 3,5 milhões do ano passado.

O acréscimo foi impulsionado pelos produtos siderúrgicos que somaram 2,4 milhões de toneladas (+25%) e pelos fertilizantes, 1,4 milhão de toneladas, incremento de 10% quando comparado com 2023 (1,27 milhão).

As exportações totalizaram 5,9 milhões de toneladas, aumento de 9% sobre o ano passado (5,4 milhões). Os grãos, soja e milho, alcançaram 5,65 milhões de toneladas.

“Em julho, enfrentamos sérios problemas climáticos, incluindo chuvas intensas e densa neblina, que paralisaram as atividades do Porto por vários dias. Apesar dessas adversidades, conseguimos manter a tendência de crescimento na nossa movimentação de cargas”, afirma o presidente do Porto, Cleverton Vieira.

Para o secretário estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, São Francisco demonstra a pujança e robustez dos terminais portuários catarinenses, cuja movimentação tem crescido acima da média nacional.
“Esses dados refletem não apenas a eficiência e a modernização dos portos de Santa Catarina, mas também o papel estratégico que desempenham no comércio nacional e internacional.”

O presidente Cleverton Vieira ressalta que foi esse aumento constante, iniciado em 2023, que permitiu ao Porto de São Francisco ser reconhecido nacionalmente pelo Ministério dos Portos, em agosto, quando recebemos três prêmios, superando terminais portuários tradicionais do país.

Na premiação “Portos + Brasil”, o porto catarinense ficou em primeiro lugar em duas categorias: aumento percentual no volume de carga movimentada e maior aumento na movimentação de granel sólido (grãos e fertilizantes).

São Francisco obteve, ainda, o segundo lugar na categoria “Melhores notas do Índice de Gestão da Autoridade Portuária (Igap)”, junto com o Porto de Imbituba.

O Igap avalia 15 índices das autoridades portuárias de todo o país, como desempenho de gestão e governança, transparência na publicação de informações, capacidade de concretizar investimentos e qualidade da gestão ambiental, entre outros.

A premiação é um reconhecimento dos avanços conquistados pelos portos do país, especialmente em relação às medidas para promover o desenvolvimento sustentável, bons investimentos, eficiência operacional e competitividade dos terminais portuários.

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Porto de São Francisco movimenta 9,9 milhões de toneladas em 2024, aumento de 11% – DatamarNews

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JBS projeta movimentar 58 mil contêineres na retomada do porto

Na expectativa de retomar as operações com contêineres neste mês no porto de Itajaí, a JBS Terminais projeta movimentar 58 mil TEUs mensais em 15 dias após o início das operações com linhas regulares. O volume é quase 32% maior que a movimentação mínima contratual de 44 mil TEUs mensais, o que indica que o porto deve retomar as atividades a todo vapor.

Para atender à demanda negociada, na semana passada a JBS solicitou à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a liberação do uso da área B de armazenamento do porto (berços 3 e 4) para colocação de contêineres, solicitação que já foi aprovada pelo órgão. O uso da área B está previsto no contrato de arrendamento quando a área A (berços 1 e 2) atinge 80% de ocupação.

A projeção de utilização das áreas arrendadas leva em conta as análises dos volumes e serviços acordados com as linhas e armadores de navios de contêineres. “Essa expansão é essencial para suportar o volume negociado de aproximadamente 58 mil TEUs mensais, evitando gargalos e assegurando a continuidade dos serviços portuários com eficiência”, destacou a empresa no pedido à Antaq.

A JBS deve iniciar as operações com pelo menos cinco linhas já negociadas com armadores e parceiros comerciais. O primeiro serviço vai marcar a reabertura do porto, com as demais operações iniciando gradativamente até novembro. Entre os armadores previstos estão a MSC, da Suíça, a Hapag-Lloyd, da Alemanha, e a Sealead, dos Emirados Árabes Unidos, que já incluem Itajaí entre as rotas atendidas.

Embora ainda não tenha anunciado oficialmente os armadores, a JBS está se preparando para receber os primeiros navios. No último fim de semana, a empresa lançou seu site corporativo com informações sobre a companhia, serviços, tarifas, além de um campo com a programação de navios e ofertas de vagas de trabalho.

No final de agosto, a empresa promoveu um encontro com funcionários e parceiros para apresentar a estrutura organizacional e operacional, bem como o fluxo de trabalho e agendamento das operações. Em termos de infraestrutura, a JBS está pronta para receber os navios, aguardando apenas o alfandegamento da Receita Federal.

Em agosto, o anúncio era de que a retomada das operações ocorreria a partir de 13 de setembro, mas com o alfandegamento ainda pendente, a expectativa é que o início fique para a segunda quinzena do mês. Embora a previsão seja essa, contatos da Antaq com a comissão de alfandegamento da Receita indicam que a autorização pode sair apenas em outubro.

Sem dragagem

A Superintendência do Porto de Itajaí informou que está elaborando o edital para a contratação emergencial do serviço de dragagem do canal portuário.

A medida foi tomada após o porto anunciar o rompimento do contrato atual. A empresa responsável não teria aceito parcelar a dívida de R$ 35 milhões referente ao serviço de dragagem.

A contratação emergencial terá duração de 12 meses, até a licitação definitiva do serviço. O edital exigirá capacidade de mobilização imediata da empresa interessada. A dragagem está paralisada há mais de um mês, desde que a empresa responsável suspendeu os serviços pela falta de pagamento do porto de Itajaí.

Fonte: Diarinho
JBS projeta movimentar 58 mil contêineres na retomada do porto | DIARINHO

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Portos

Porto de Itajaí cancela contrato de dragagem e vai contratar nova empresa

A Superintendência do Porto de Itajaí decidiu rescindir o contrato com a empresa Van Oord, responsável pelo serviço de dragagem do canal de acesso portuário do rio Itajaí-açu. Um edital para a contratação emergencial de uma nova empresa deve ser lançado até segunda-feira. O processo ficará aberto por cinco dias pra recebimento de propostas. A disponibilidade de mobilização imediata será um dos critérios de seleção.

O serviço de dragagem está suspenso desde agosto em função da dívida de R$ 35 milhões do contrato. A retomada o serviço estava atrelada ao pagamento do valor. Após negociações nos últimos meses, a empresa não respondeu sobre o acordo na proposta final para a quitação da dívida, apresentada no dia 27 de agosto, em Brasília (DF), levando o porto a notificar a contratada da rescisão.

A empresa havia feito uma contraproposta pra quitação da dívida. No dia 27 de agosto, em reunião emergencial, em Brasília, com o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila; o diretor da Antaq, Alber Furtado de Vasconcelos Neto; o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, e representantes do trade portuário, foi apresentada uma proposta final.

O prazo era de 48 horas para manifestação da empresa. “Com o prazo exaurido para uma resposta definitiva por parte da empresa, e diante da necessidade premente da realização da dragagem, a Superintendência do Porto de Itajaí fez uma consulta junto a outras empresas que prestam o mesmo serviço de dragagem onde, na oportunidade, foram questionados a precisão dos equipamentos, valores, e disponibilidade e viabilidade para mobilização imediata”, informou o porto.

A superintendência decidiu romper o contrato com a Van Oord e contratar emergencialmente uma nova empresa. “O Porto de Itajaí irá contratar uma nova empresa pelo período de 12 meses, objetivando pelo mesmo valor praticado ou próximo do atual [contrato]”, esclareceu. A superintendência já trabalha no edital pra lançamento até segunda-feira.

Seis anos de contrato

A rescisão com a Van Oord encerra um contrato que vinha desde 2018. A validade era até 15 dezembro de 2023, mas foi prorrogado por um ano. Nas propostas pra retomada da dragagem, era discutida nova prorrogação do contrato para, durante o novo período, o porto elaborar a nova licitação do serviço. O contrato atual tinha valor mensal de R$ 7,5 milhões. A dívida deve ser quitada após a rescisão, com a recomposição financeira do porto.

O superintendente Fábio ressaltou que o porto tinha uma relação de longa data com a empresa e lamentou que ela “optou por uma atitude radical” ao paralisar as atividades. “O interesse público tem supremacia sobre o interesse privado e, como temos outra oportunidade no mercado, nos mesmos moldes e sem custo adicional para o porto, a decisão foi tomada”, argumentou.

A solução para a crise na dragagem chega quando o porto vive a expectativa da retomada da movimentação de contêineres pela JBS Terminais, que assumiu o arrendamento transitório e prevê a volta das operações a partir do dia 13 de setembro. “Agora falta apenas o ato de alfandegamento para que os navios retornem ao porto”, destaca Fábio.

A retomada também trará alívio financeiro para o porto, que viu a arrecadação despencar com o esvaziamento do terminal. “Este período nebuloso dos últimos um ano e oito meses devem ser superados. Já sabemos os motivos que levaram a isso, incluindo a insegurança jurídica causada pelo governo federal anterior, durante o governo Bolsonaro, que tentou privatizar o porto sem sucesso, gerando insegurança jurídica e afastando a antiga arrendatária e os armadores”, criticou Fábio.

Porto cancela contrato de dragagem e vai contratar nova empresa | DIARINHO

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Ministros cumprem agenda de reuniões no Porto de Santos

A Autoridade Portuária de Santos (APS) recebeu, nesta quinta-feira (5/9), os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Os dois ministros tiveram reuniões de trabalho na sede da Companhia com o presidente da APS, Anderson Pomini, quando trataram de temas relevantes para o Porto de Santos, como projetos de expansão, obras de infraestrutura, aprofundamento do canal, avenidas perimetrais, túnel Santos-Guarujá, entre outros.

Ao final, Silvio Costa Filho e Anderson Pomini receberam sindicalistas de categorias de trabalhadores do setor portuário e informaram que têm compromisso em manter e até criar mais empregos, valorizar o cais público e o serviço de atendimento a cargas especiais: “Tudo que fizermos será conversado com representantes dos trabalhadores e também dos empresários”, ressaltou Pomini.

“Nossa preocupação é fortalecer o Porto e gerar empregos e renda para a população, sempre priorizando os interesses do Brasil”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

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