Notícias, Tributação

Operação da PF em SC investiga empresas de câmbio sem autorização

Justiça determinou o sequestro de R$ 20 milhões em bens, como imóveis e carros

Empresas de câmbio são alvo da Operação Palíndromo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e a Receita Federal nesta quarta-feira (11), em Santa Catarina. Os agentes tentam desarticular uma associação criminosa estruturada e hierarquizada, que operava sem autorização legal.

As ordens judiciais são contra seis pessoas físicas e seis empresas. Ainda assim, a Justiça determinou também o sequestro de aproximadamente R$ 20,7 milhões em bens. Como embarcações, veículos de luxo, imóveis e ativos financeiros bloqueados em contas bancárias, por exemplo.

Como funcionava o esquema das empresas de câmbio ilegais

Conforme a PF, o esquema envolvia operações de trading no comércio internacional, onde a principal empresa investigada oferecia serviços de câmbio sem autorização legal. Recursos eram enviados ilicitamente ao exterior através de pagamentos de importações com documentação falsa ou antiga, antecipação fraudulenta de câmbio e pagamentos a terceiros não relacionados ao negócio.

Essas ações visavam a cobrir o subfaturamento de mercadorias e dissimular a origem, destino e propriedade de valores, bens e direitos. Utilizando – dessa forma – técnicas de lavagem de dinheiro, como por exemplo: mescla, blindagem patrimonial, manutenção de sócios ocultos e empresas de fachada.

A polícia investiga os crimes de operar instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, integração de organização criminosa e fraudes na importação de mercadorias. As penas máximas para esses crimes podem chegar a 32 anos de reclusão.

FONTE: Guararemanews
https://guararemanews.com.br/seguranca/operacao-da-pf-em-sc-investiga-empresas-de-cambio-sem-autorizacao/

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Navegação, Notícias, Portos

Portos reabrem com segundo maior navio gigante a atracar no complexo

MSC Jasmine X tem 346,98 metros, operando no limite do canal, pra cargueiros até 350 metros

O canal de acesso ao complexo portuário de Itajaí foi reaberto na manhã desta quarta-feira, com um “velhinho” gigante dos mares. O MSC Jasmine X, com 346,98 metros de comprimento, atracou na JBS Terminais, superou a marca do maior navio recebido na cidade e se tornou o segundo maior navio a atracar no complexo portuário. O recorde é do APL Paris, de 347,4 metros, que atracou na Portonave em 2020.

Em Itajaí, o maior navio da história tinha sido recebido pela JBS no dia 26 de outubro, com as operações do CMA CGM Amazônia, de 336 metros de comprimento. O MSC Jasmine X superou essa marca, operando no limite do atual calado do canal portuário, que é para navios até 350 metros de comprimento por 52 metros de largura. O cargueiro, que tem 24 anos de mar, navega sob a bandeira da Libéria e tem capacidade para 104 mil toneladas.

O navio é tão grande que quase ocupa dois berços de atracação. A operação na JBS faz parte da linha Carioca, da MSC, que liga a Ásia ao Brasil. O roteiro passa por Qingdao, Busan, Ningbo, Shanghai, Shekou, Singapura, Colombo, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, Itajaí e Imbituba, retornando pra Santos, Sepetiba, Colombo, Singapura e Qingdao. Após a movimentação em Itajaí, o navio deixa o terminal na quinta-feira.

Além do Jasmine X, a reabertura do canal portuário permitiu a entrada do MSC Cadiz, o segundo navio a recebido pela manhã no complexo, que atracou na Portonave. O navio tem 270 metros de comprimento. Em Itajaí, o navio de carga geral Victorian Trader, era o único que esperava pra sair do complexo, com previsão de deixar o cais ainda pela manhã.

Na terça-feira, a correnteza no rio Itajaí-açu após as fortes chuvas na região deixou o canal impraticável e não houve operações de saída ou entrada de navios. O canal reabriu nesta quarta-feira, ainda com restrições pra saída de embarcações. Na costa, são três navios fundeados aguardando atracação.

FONTE: Diarinho.net
https://diarinho.net/materia/658129/?utm_source=whatsapp
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Operação Palíndromo – Receita Federal e Polícia Federal deflagram operação para combater fraudes no comércio exterior

A operação contou com a participação de 10 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e aproximadamente 50 policiais federais.

Receita Federal, em ação conjunta com a Polícia Federal, deflagrou a Operação Palíndromo na manhã desta quarta-feira (11/12), cujo objetivo é desarticular a atuação de uma empresa atuante no comércio exterior que, supostamente por meio de uma associação permanente de pessoas físicas que as representam e outras coligadas, teriam promovido operações de câmbio não autorizadas, inclusive para fins de evasão de divisas; a lavagem de dinheiro para si e para terceiros (importadores e outros suspeitos); e realizado fraudes no comércio exterior de mercadorias e as falsidades decorrentes.

Todas essas evidências foram identificadas ao longo das investigações a partir do cruzamento de dados obtidos a partir do afastamento dos sigilos bancário, cambial e fiscal.

Esses indícios ensejaram a decisão judicial pelo cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados visando a comprovação e coleta de novo elementos comprobatórios dos crimes.

A operação contou com a participação de 10 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e aproximadamente 50 policiais federais, que cumpriram, ao todo, 11 mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Joinville, Itajaí e São Francisco do Sul, todas no estado de Santa Catarina.

As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Joinville, que preveem ainda o sequestro de, aproximadamente, R$ 20.7 milhões em bens, constituídos por embarcações, veículos de luxo, bens imóveis, além de ativos financeiros bloqueados em contas em montante a ser computado.

FONTE: RECEITA FEDERAL
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/operacao-palindromo-receita-federal-e-policia-federal-deflagram-operacao-para-combater-fraudes-no-comercio-exterior
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Entra em vigor Acordo Mercosul-Paquistão

O Acordo-Quadro Comercial entre Mercosul e Paquistão foi oficializado em 3 de novembro de 2024.

Assinado em 2006, este pacto estabelece um marco legal para fortalecer o comércio de bens, serviços e investimentos. Publicado no Diário Oficial da Argentina, o acordo visa promover o crescimento económico sustentado e as relações bilaterais.

O acordo propõe regras claras para eliminar progressivamente as barreiras comerciais e lançar as bases para um futuro Acordo de Comércio Livre (ACL). Inclui disposições sobre cooperação técnica e económica em áreas estratégicas como a agricultura, a indústria e os serviços.

Um Comitê de Negociação, formado por representantes do Mercosul e do Paquistão, supervisionará o cumprimento dos objetivos. Este órgão negociará o acesso preferencial, trocará informações comerciais e facilitará os fluxos comerciais bilaterais através da simplificação aduaneira e do reconhecimento de normas sanitárias e fitossanitárias.

A cooperação técnica é fundamental, com projectos conjuntos nos sectores agrícola e industrial, intercâmbio de informações e formação. Além disso, será abordada a harmonização das normas técnicas e da saúde animal e vegetal, reduzindo custos para as empresas.

Além disso, o acordo terá validade inicial de três anos, renovável automaticamente. O Paraguai atuará como depositário e notificará quaisquer alterações. O texto, disponível em espanhol, português e inglês, estabelece que este último prevalecerá em caso de interpretações.

FONTE: Todo dia logística News
https://todologisticanews.com/site/acuerdo-mercosur-pakistan-entra-en-vigor/

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Economia, Investimento, Logística, Negócios, Notícias, Tributação

Reforma tributária eleva importância da logística na competitividade de SC

Setor produtivo destaca relevância do PELT para identificar demanda crescente por serviços e infraestrutura de transportes e para a atração de novos investimentos em reunião na FIESC

Florianópolis, 09.12.24 – A logística vai ganhar uma importância ainda maior na competitividade catarinense com as mudanças previstas na arrecadação de impostos com a implantação da reforma tributária. O consenso do setor produtivo é corroborado pelo governo de SC, que destaca que o Plano Estadual de Logística e Transportes (PELT) tem como objetivo preparar o estado para atrair novos investimentos e atender a demanda crescente por transporte de cargas e pessoas.

Para o presidente da Invest SC, Renato Lacerda, a expectativa é que Santa Catarina tenha inicialmente uma perda de arrecadação, já que os impostos serão direcionados para o local de consumo. “O estado produz mais do que consome. Quando os incentivos fiscais deixarem de existir, a infraestrutura e a logística serão um diferencial para nossa capacidade de atrair empresas e gerar empregos”, explicou durante oficina sobre o PELT realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nesta segunda-feira, 9.

Na avaliação do presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, ao planejar tecnicamente o futuro da infraestrutura de transportes de SC, o estado atende uma demanda antiga da FIESC e corrige uma deficiência histórica, em um momento crítico. “A logística ganha maior importância com a reforma tributária, já que ela será um critério determinante para que as empresas decidam onde farão seus investimentos, pensando na competitividade”, afirmou.

O diretor de atração de investimentos da Invest SC, Rodrigo Prisco Paraíso, salientou que, além de competir com outros estados do Brasil por investimentos que geram desenvolvimento e empregos, Santa Catarina precisa ser competitiva também em termos globais. Na visão dele, a reorganização das cadeias globais de suprimentos se apresenta como oportunidade, mas precisamos que a nossa logística esteja preparada. “Precisamos ter o que mostrar, que estamos pensando no futuro para passar confiança e confiança aos investidores”, destacou.

Integração regional
O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC, Ivan Amaral, informou durante a reunião, que os três estados do Sul estão elaborando seus planos de transporte e logística, e que estudam o desenvolvimento de um plano integrado, que leve em conta as principais demandas e potencialidades da região. Amaral afirmou ainda que SC, PR e RS estão unindo esforços para apresentar demandas conjuntas no debate sobre a extensão do contrato de concessão da Malha Sul, ferrovia de 7.223 quilômetros que corta os três estados, atualmente sob administração da Rumo.

Força de trabalho
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que o setor de logística é o que mais vai demandar profissionais. O documento estima que, de 2025 e 2027, a indústria catarinense precisará de 224,9 mil trabalhadores nesta área, em funções como técnico de controle de produção, almoxarife, armazenista e motorista de veículos de cargas.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/reforma-tributaria-eleva-importancia-da-logistica-na-competitividade-de-sc

 

 

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Trump defende cessar-fogo na Ucrânia e sugere saída dos EUA da Otan

O conflito na Ucrânia, que teve início há quase três anos, continua a ser uma questão de grande preocupação internacional.

Nesse domingo (8/12), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem demonstrado interesse em encontrar uma solução pacífica para essa crise. Sua abordagem inclui diálogos e negociações estratégicas com países envolvidos, visando um cessar-fogo imediato e duradouro.

Trump, que está em processo de transição para assumir formalmente a presidência em janeiro de 2025, tem sublinhado a importância de encerrar o conflito de forma eficaz. Durante um recente encontro em Paris, ele discutiu essas questões com líderes mundiais, reforçando sua intenção de reduzir o apoio militar à Ucrânia e propor novas direções diplomáticas.

Como Donald Trump se posiciona sobre a guerra na Ucrânia?

O presidente eleito dos EUA fez declarações explícitas sobre a necessidade de um cessar-fogo imediato. Ele usou sua conta no Truth Social para expressar que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, estaria disposto a participar de negociações que possam pôr fim ao que ele chamou de ‘loucura’ da guerra. Trump também destacou, em suas comunicações, que conhecer Vladimir Putin poderia facilitar um momento oportuno para uma solução pacífica.

Zelenski descreveu suas conversas com Trump como construtivas, mas também salientou a necessidade de foco nas garantias de paz para os ucranianos. Paralelamente, a Rússia, por meio de seu porta-voz, Dmitry Peskov, reiterou estar aberta ao diálogo, mas destaca condições que são fundamentais para ambos os lados do conflito.

Além das questões diretas sobre a Ucrânia, Trump tem buscado redefinir a posição dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Ele tem criticado a dependência excessiva de outros países em relação aos gastos militares dos EUA, descrevendo essa situação como injusta.

Trump sugere que a continuidade dos EUA na OTAN será reconsiderada caso não haja contribuições financeiras adequadas por parte dos demais membros da aliança. Sua visão é que, se os países aliados pagarem suas cotas e tratarem os EUA com justiça, a permanência na OTAN deve ser assegurada; entretanto, caso contrário, ele pondera a possibilidade de retirada do país da aliança.

O que esperar das próximas etapas diplomáticas?

Com a aproximação da posse de Trump em janeiro de 2025, espera-se que novas dinâmicas na política externa dos Estados Unidos se desenvolvam. A ligeira mudança de coordenação no cenário geopolítico pode desempenhar um papel crucial na resolução de conflitos pendentes, como o da Ucrânia. Os líderes mundiais aguardam para ver como as negociações evoluirão sob o novo governo dos Estados Unidos e quais serão as implicações mais amplas para as relações internacionais.
O desenrolar dos diálogos e as decisões tomadas pelas grandes potências terão um impacto duradouro na trajetória política e social tanto da Europa quanto do mundo como um todo. O foco permanece em encontrar uma resolução negociada que proporcione estabilidade e paz às regiões afetadas.

FONTE: Terra Brasil Noticia

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França terá de convencer Itália a barrar acordo entre Mercosul e União Europeia

Atualmente, além do barulho vindo do Palácio do Eliseu, fomentado principalmente pelos agricultores locais, também têm manifestado oposição ao pacto Áustria e Polônia e, de forma mais tímida, a Holanda.

Claramente contrária ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), a França terá de angariar mais países do bloco a segui-la se quiser impedir que o tratado entre em vigor.

Atualmente, além do barulho vindo do Palácio do Eliseu, fomentado principalmente pelos agricultores locais, também têm manifestado oposição ao pacto Áustria e Polônia e, de forma mais tímida, a Holanda.  O grupo não é suficiente para barrar o processo. Apesar de algumas manifestações contra o acordo até aqui, ainda não está claro o lado que a Itália seguirá.

Após a conclusão com as equipes negociadoras, feita em Brasília (DF), e a assinatura de um consenso pela Comissão Europeia e executivos do Mercosul, no Uruguai, a próxima etapa é a revisão jurídica e tradução do documento para a língua oficial de todos os países envolvidos.

Depois disso, é preciso passar pelo Conselho e o Parlamento Europeu e, ainda antes de entrar em vigor, obter a ratificação dos parlamentos nacionais europeus e dos países do Mercosul.

Para ser aprovado pelo Conselho, há a exigência da anuência de pelo menos 55% dos países e representação de 65% da população total do bloco. Já para impedir o acordo são necessários quatro países contrários, o que já se teria hoje em teoria, mas com um total de pelo menos 35% da população. Daí o papel fundamental da Itália para o desfecho.

Por causa das questões políticas internas na França, há dúvidas sobre se o presidente Emmanuel Macron terá força ou mesmo tempo para trabalhar em torno desse tema. Por enquanto, o foco do país está em questões internas, principalmente depois que o primeiro-ministro Michel Barnier foi destituído após apenas três meses de mandato.

Diplomatas do Mercosul apontam que, do outro lado, há um forte interesse em levar o acordo adiante, capitaneado pela maior economia do bloco, a Alemanha. A Espanha também vem fazendo campanha para que haja avanços. Depois da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, os dois grandes players ganharam adesões, ainda que de forma menos inflamada.

Além disso, há de se esperar um forte lobby do setor produtivo local, em especial a indústria, ávido pelo gigante mercado de consumo que representa o bloco do Sul. Ainda que os agricultores europeus estejam descontentes, economicamente faz mais sentido para os líderes dos países apoiarem a indústria, tendo como foco o saldo da balança comercial.

O acordo chega em um momento em que o Produto Interno Bruto (PIB) do continente patina e a ampliação das exportações pode ser vista como uma alavanca para o crescimento econômico. Se passar pelo Conselho Europeu, o tratado ruma para o Parlamento Europeu, composto por 720 deputados. Neste caso, a votação exige maioria simples de 50% + 1 entre os presentes. Ultrapassado estes obstáculos, o acordo entra imediatamente em vigor.

FONTE: InfoMoney

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Acordo Mercosul e União Europeia: e depois da linha de chegada?

A aprovação do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia – em maiúsculo mesmo, em virtude de suas quase três décadas de negociações – nesta sexta-feira abre espaço para uma reflexão sobre os seus desafios. Esses desafios vão desde a aprovação pelos parlamentos dos países e blocos envolvidos até a efetiva aplicação, o que é motivo de protestos de Buenos Aires a Bucareste, sem esquecer de Paris, com Emmanuel Macron. Contudo, o acordo também é uma razão para celebrar a vitória da diplomacia e refletir sobre as suas possibilidades.

Quando questionado pelos meus alunos de Relações Internacionais, sejam aqueles ingressantes na disciplina de Teoria das Relações Internacionais, sejam aqueles que já vislumbram uma carreira na diplomacia corporativa, sobre a minha opinião em relação ao acordo, sempre fui enfático: trata-se de um sentimento duplo, o qual atribuo à minha formação como economista, geógrafo e cientista político, pelo doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais.

Como economista, advindo do racionalismo e ceticismo clássicos da área, os sentimentos em relação a este acordo são nítidos e não tão otimistas quanto os demonstrados pelos entusiasmados líderes do Mercosul e da União Europeia nesta sexta-feira, em Montevidéu. O produtor europeu, sobretudo aquele de commodities como grãos, alimentos e proteína animal, perceberá uma queda brusca na competitividade em prol do preço vantajoso dos produtos importados do outro lado do Atlântico. Para os nossos produtores, a vantagem se dará no médio prazo – uma vez aprovado o acordo pelos parlamentos –, com a obviedade das leis básicas que a ciência econômica nos ensina.

Mas e no longo prazo? Se as vantagens competitivas de preço se restringirem aos mercados chinês e europeu, quem abastecerá os nossos mercados mercosulinos? Sendo economias que apostaram na agroexportação há décadas, como ficará o mercado doméstico com produtos mais caros? No entanto, setores como o coureiro-calçadista, de energia e da própria transição energética têm muito a celebrar com a prometida livre circulação nos mercados europeus, desde que nossas indústrias e seus atores se comprometam de fato com a rígida agenda ESG europeia. Enfim, o nosso valor agregado produzido no Mercosul poderá alçar voos maiores.

Por outro lado, como geógrafo e cientista político, o otimismo é contagiante, haja vista a oportunidade histórica de solidificar as pontes entre Bruxelas e Montevidéu em setores estratégicos como cooperação em educação, ciência, tecnologia e inovação. A Global Gateway europeia enfim se tornará real, podendo ampliar a cooperação em temas ambientais e de mitigação dos impactos das mudanças climáticas, por exemplo.

Os países europeus enfrentam hoje um gap demográfico, que já se traduz na carência de mão de obra qualificada em diversos setores. Os países do Mercosul, por sua vez, formam jovens profissionais, do nível técnico ao superior – e de pós-graduação também –, qualificados e aptos a atuar em setores cada vez mais exigentes, mas que muitas vezes Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Bolívia não conseguem suprir. A equação é lógica: o intercâmbio de estudantes e profissionais poderá ser a grande conquista deste Acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

Como professor de Relações Internacionais, aprendi que a Economia Política Internacional, como neste caso, sempre apresenta prós e contras, especialmente em um mundo próximo da fragmentação da multipolaridade e do próprio multilateralismo. Portanto, a aprovação deste acordo coloca os dois blocos em uma posição oposta aos nacionalismos e protecionismos econômicos, que provavelmente pautarão a agenda de curto prazo com a posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, daqui a pouco mais de um mês, e também com a ascensão de movimentos ultrarradicais na própria Europa. O acordo também colocará a União Europeia e o Mercosul na vanguarda da cooperação inter-regional, algo que parecia estar esquecido, assim como conceitos como a globalização e a integração regional.

Chegamos à linha de chegada, como prometido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O grande ponto de interrogação agora é qual dos caminhos seguiremos após ela. Torço, agora escrevendo como cidadão do Mercosul, pelo caminho do pódio.

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Taxa de importação subiu de novo: saiba quanto você vai pagar em 2025

taxa de importação que você paga ao comprar em plataformas estrangeiras como AliExpress, Shopee e Shein mudou. Atualmente, compras vindas de fora são taxadas em algo entre 12% e 77%, mas os valores devem ficar entre 20% e 80% a partir do ano que vem.

Isso porque o Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) anunciou nesta sexta-feira (06) que o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) subirá de 12% ou 17% (dependendo do estado) para 20% para produtos importados.

Para entrar em vigor, a “Taxa das Blusinhas”, com acréscimo de 3%, precisa ser aprovada pelas Assembleias Legislativas de cada estado e do Distrito Federal, caso essas unidades da federação já não cobram valor de 20%. Como os deputados estaduais estão de férias em grande parte do país, espera-se que a medida entre em vigor apenas em 2025 em âmbito nacional.

Quanto você vai pagar de imposto?

Desde agosto do ano passado, com a implementação do Remessa Conforme, o imposto de importação federal passou a ser de até 20% para compras abaixo de US$ 50, considerando todos os impostos. Para compras acima desse valor, a tarifa antiga segue valendo: 60% sobre o valor total do recibo. Nesses casos, o ICMS também passou a ser aplicado.

É importante notar que os impostos sobre produtos enviados ao Brasil via Remessa Conforme são aplicados também ao valor do frete. Isso ocorre porque alguns vendedores de marketplaces tendem a disfarçar o valor total, diminuindo o preço do produto e elevando o do frete, com a intenção de evitar faixas de tributação mais altas.

Imposto total para compras abaixo de US$ 50

A “taxa das blusinhas” para compras abaixo de US$ 50 deve ficar assim:

  • Compra: R$ 90 + Frete: R$ 10 = R$ 100;
  • Impostos: importação federal zerado + ICMS 20% (R$ 20);
  • Total de imposto: R$ 20;
  • Total a pagar: R$ 100 + R$ 20= R$ 120.

Com isso, se você fizer uma compra internacional no AliExpress que custa R$ 90, com frete de R$ 10, o valor total a ser pago no momento da compra será de R$ 120.

Imposto total para compras acima de US$ 50

A “taxa das blusinhas” para compras acima de US$ 50 deve ficar assim:

  • Compra: R$ 950 + Frete: R$ 50 = R$ 1.000;
  • Impostos: 60% de importação (R$ 600) + 20% de ICMS (R$ 200);
  • Total de imposto: R$ 800;
  • Total a pagar: R$ 1.000 + R$ 800 = R$ 1.800.

Nesse caso, se você fizer uma compra internacional no AliExpress que custa R$ 950, com frete de R$ 50, o valor total a ser pago no momento da compra será de R$ 1.800.

Existe ainda a possibilidade de o imposto de importação deixar de ser zerado para compras até US$ 50 no ano que vem, aumentando o total de imposto também para os produtos mais baratos.

FONTE: Canal tech
https://canaltech.com.br/e-commerce/taxa-de-importacao-subiu-de-novo-saiba-quanto-voce-vai-pagar-em-2025/

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DIARINHO entrevista agora o prefeito Robison sobre a federalização do porto

Entrevista pode ser acompanha no Youtube e nas redes sociais do DIARINHO. clique no link 

O DIARINHO entrevista a partir do meio-dia o prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL), para falar sobre o início do processo de federalização do Porto de Itajaí. Ao lado da jornalista Franciele Marcon, Heder Cassiano Moritz, que já foi funcionário de carreira do porto, além de diretor de logística e comercial do Complexo Portuário, entrevistarão o prefeito para entender como a mudança da autoridade portuária impacta a cidade, os riscos que o município irá de enfrentar e quais as mudanças que podem ocorrer a partir desse novo modelo de gestão.

FONTE: Diarinho Net
https://diarinho.net/materia/658019/?utm_source=whatsapp

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