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Comércio, Internacional, Negócios

Líder da indústria brasileira alerta para uma guerra comercial “perde-perde” com os EUA

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defende cotas de importação e critica políticas populistas trabalhistas e tributárias em meio às tensões entre EUA e China.

Em meio à guerra tarifária iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, uma delegação empresarial brasileira deve desembarcar em solo americano nesta quarta-feira. Segundo Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a missão é ajudar a preservar a relação complementar entre os setores industriais dos dois países. Na visão dele, “não há ganha-ganha — só perde-perde”.

Alban defende um sistema de cotas como forma de proteger a indústria brasileira de um possível aumento nas importações de produtos que os EUA deixem de comprar de outros países. Ele afirmou que já discutiu a proposta com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. “Está no radar”, disse.

A entrevista foi realizada na véspera do 1º de maio, quando um dos principais apelos dos movimentos trabalhistas era o fim da jornada 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso) — proposta que Alban classifica como “populista”. Para ele, a baixa produtividade brasileira não permite esse tipo de medida.

Sobre o projeto de reforma do Imposto de Renda enviado recentemente ao Congresso, ele se posiciona contra o que considera uma forma de bitributação: um imposto mínimo sobre pessoas físicas de alta renda que já são tributadas na esfera corporativa e agora seriam taxadas também como indivíduos. Alban também demonstrou preocupação com a complexa transição para um novo regime de impostos sobre o consumo.

A seguir, os principais trechos da entrevista ao jornal Valor Econômico:

Valor: O senhor viaja aos EUA na próxima semana?

Ricardo Alban: Sim, vamos na quarta-feira com cerca de dez empresas brasileiras que já têm relações com empresas americanas. Estaremos acompanhados da Amcham, de representantes do governo e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Vamos nos reunir com interlocutores do governo americano.

Valor: Qual o objetivo da viagem?

Alban: Identificar pontos críticos e construir mais alinhamento. Algumas questões envolvem segmentos inteiros das cadeias produtivas, outras são específicas de produtos. Estamos lidando com os debates sobre aço e alumínio, atingidos não só pela tarifa de 10% imposta por Trump, mas também por sobretaxas. Mais importante ainda, temos segmentos integrados — áreas de verdadeira complementaridade entre os dois países. O Brasil exporta produtos semielaborados para os EUA, e eles nos vendem produtos quase finalizados ou finais, como equipamentos. Isso não é ganha-ganha; é perde-perde. Vai apenas aumentar os custos dos dois lados. O Brasil não impõe tarifas tão altas sobre produtos americanos porque há exceções, compensações e mecanismos de equilíbrio.

Valor: Como o senhor avalia as medidas tarifárias de Trump até agora?

Alban: O Brasil precisa aproveitar esse momento com inteligência. Não podemos simplesmente ignorar a China, nem virar as costas para os EUA. Os EUA são parceiros industriais fundamentais, enquanto a China é uma parceira relevante em commodities. Precisamos de equilíbrio.

Valor: A China pesa mais que os EUA hoje?

Alban: Não necessariamente, mas a China domina em escala global. E não dá mais para desprezar a tecnologia chinesa. A época de dizer que “máquinas chinesas são baratas, mas ruins” acabou. A China hoje compete em setores de alta tecnologia, como satélites e data centers. Essa é a nova realidade — e mudou o jogo.

Valor: O setor industrial teme o redirecionamento de produtos chineses para o Brasil. É por isso que a CNI defende cotas de importação?

Alban: É uma questão que precisa ser discutida. Vejo as cotas — como o próprio Trump já usou no caso do aço — como uma forma de lidar com o fluxo crescente de aço chinês no Brasil. Com essa disputa entre EUA e China e o esfriamento do comércio global, é inevitável o aumento de produtos chineses no Brasil. Os dados já mostram isso.

Valor: De que forma?

Alban: No primeiro trimestre deste ano — antes mesmo da situação se agravar, o que começou em março — as exportações de manufaturados da China para o Brasil aumentaram mais de 30%. Isso considerando o total. Imagine o que pode acontecer se a guerra comercial se intensificar. Então, por que não estabelecer uma referência com base nos níveis de 2024 e criar um modelo de cotas ou faixas tarifárias que tragam previsibilidade às cadeias produtivas?

Valor: Mas não há conflitos internos nas cadeias? Alguns setores se beneficiam com insumos mais baratos…

Alban: A indústria tem conflitos internos legítimos e naturais. No agronegócio, por exemplo, soja não compete com milho, nem o milho com o trigo — eles se complementam. Já na indústria, aço e máquinas competem — um é insumo do outro. Políticas de preços petroquímicos competem com a indústria de plásticos. Esses conflitos existem e precisam ser debatidos com transparência e base técnica — e não com foco apenas em produtos isolados.

Valor: O Brasil deveria adotar cotas especificamente para produtos chineses?

Alban: Não especificamente. Não devemos apontar um país só. O que precisamos é aplicar o conceito de cotas dentro de uma política tarifária mais ampla. As duas devem se complementar — para evitar protecionismo excessivo, mas também impedir o enfraquecimento da base industrial.

Valor: Então, as medidas dos EUA são justificáveis?

Alban: A Europa provavelmente terá que fazer o mesmo para se reindustrializar ou modernizar. O que são as medidas dos EUA senão formas de proteger sua indústria? Estão realmente errados? Essa é a pergunta.

Valor: Como o governo brasileiro está tratando a questão das cotas?

Alban: Estamos conversando tanto setor a setor quanto diretamente com o governo. A própria embaixada americana afirmou que o Brasil está tendo um diálogo muito construtivo. O vice-presidente Alckmin parece ter sido o primeiro a iniciar essa conversa. Mas também há uma dimensão geopolítica. Haverá solução de curto prazo? Difícil dizer — a cada dia surge algo novo. Um dia é um anúncio de programa, no outro é uma declaração do presidente dos EUA sobre acordo com a Índia… Isso vai acalmar ou piorar?

Valor: Os EUA alegam que há aço chinês sendo vendido indiretamente via Brasil — uma triangulação. Isso faz sentido?

Alban: É preciso analisar os dados. Também importamos aço para nossa indústria de máquinas. Como eu disse, aço e máquinas têm políticas concorrentes. O mesmo vale para plástico e resinas. Então, não se pode assumir que o aço importado é apenas para reexportação. Temos uma indústria avançada de máquinas agrícolas. O aço vem dos EUA, do México, da China. Esse debate é antigo na relação com os EUA — aço, alumínio. Já passamos por isso no governo Trump, e foi resolvido com cotas. É o que se pede de novo agora.

Valor: Isso não causaria problemas com a OMC? O Brasil costuma respeitar a instituição.

Alban: Os EUA não parecem muito preocupados com a OMC. Sinceramente, precisamos ter um referencial, e não concordo em ignorar a OMC, pois é importante ter um mediador. Mas o mundo está, em muitos aspectos, ignorando a OMC. Isso não significa que o Brasil deva fazer o mesmo — mas ela não dará soluções de curto ou médio prazo. Esse é o ponto.

Valor: O que acha da lei de reciprocidade aprovada pelo Congresso?

Alban: Gostaria que o Congresso tivesse a mesma unidade em outros temas importantes para o país. Precisamos de convergência em torno do que é bom para o Brasil — e não apenas de medidas que nos dividem. A reciprocidade não pode ser nossa única ferramenta.

Valor: Como o 6×1, por exemplo?

Alban: Exatamente.

Valor: O presidente Lula está sob pressão para se posicionar sobre isso…

Alban: Porque é uma pauta populista. E, no momento, tanto o governo quanto a oposição estão apelando ao populismo — isso é claro. Mas qual é a lógica? Tenho plena convicção de que o capital não funciona sem o trabalho. Isso não é demagogia — é fato. Claro que hoje o trabalho tem peso menor comparado ao capital, por causa da automação. Mas o que falta no Brasil hoje? Nos rankings de competitividade, ficamos em último lugar. Produtividade não se melhora da noite para o dia. E temos baixa produtividade. Enquanto isso, fala-se em pleno emprego…

Valor: Os dados oficiais mostram isso…

Alban: Não concordo. Ver o copo meio cheio é dizer que temos pleno emprego. Mas é preciso ver quem realmente está procurando trabalho. Muitos já desistiram. Sim, o emprego aumentou — é fato. Mas temos uma narrativa de pleno emprego combinada com baixa produtividade e falta real de mão de obra qualificada.

Valor: Então o problema é a qualificação?

Alban: É um problema relativamente simples. Não temos nem pedreiro suficiente para obra. Num cenário desses, como se fala em reduzir jornada? Onde vamos encontrar mão de obra para repor? Como vamos melhorar a competitividade com aumento de custo? Isso tudo está sendo discutido com oportunismo. Precisamos de racionalidade.

Valor: A isenção de IR para quem ganha até R$5.000 também é populista?

Alban: Isso é populista, sim — mas é justo. Ainda assim, precisamos de uma abordagem racional para encontrar uma solução. Caso contrário, corremos o risco de judicialização e bitributação. A empresa já é tributada, e agora estamos impondo um imposto adicional à pessoa física. É uma forma de compensação fiscal sobre algo que a empresa já pagou.

Valor: E não houve mudança no Imposto de Renda das Empresas…

Alban: Exato. É apenas um aumento da carga tributária indireta. E tudo isso para atingir os chamados “super-ricos”. Mas sabe quem é realmente afetado? Pequenas empresas e profissionais autônomos.

Valor: Acho que é a primeira vez que venho à CNI e não ouço um apelo por reformas estruturais…

Alban: Vamos ver como será a experiência com essa reforma tributária nos próximos três ou quatro anos. Teremos que lidar com dois regimes tributários paralelos. Vamos precisar de muito esforço para entender todas as novas normas…

Valor: Mas, no longo prazo, a reforma não simplifica o sistema?

Alban: Simplifica — até certo ponto. Não é o ideal, mas pelo menos elimina o efeito cascata dos créditos. Isso é uma grande conquista para o setor industrial. Ainda nem sabemos qual será a alíquota final do IVA. Então, como vamos navegar por esse período de transição, especialmente com dois sistemas sobrepostos? Vai ser confuso.

Valor: O senhor tem alguma proposta concreta sobre o período de transição da reforma? Deveria ser estendido?

Alban: Não, acho que poderia até ser mais curto. Prolongar demais só vai gerar mais disputas.

Valor: Como os juros altos estão afetando a indústria?

Alban: Independentemente dos gastos públicos irracionais do governo, a política monetária está extremamente apertada. Nossos juros reais são absurdos. Não há nada parecido no mundo. Some-se a isso nosso sistema financeiro — com todos os calotes e inseguranças jurídicas, que também questiono — e se chega a um spread médio de 15% a 20%. Como se sustenta um setor produtivo com esse “Custo Brasil”?

Valor: O Banco Central está exagerando?

Alban: É claro que o Banco Central tem uma meta de inflação a cumprir. Mas o Brasil é uma nação. Precisamos de uma visão de médio e longo prazo. Juros altos são uma ferramenta legítima de controle da inflação — mas não nesse nível de juros reais. Não sou contra uma política monetária rígida, especialmente se houver uma política fiscal mais racional. Mas precisamos de racionalidade.

Valor: O que o senhor quer dizer com isso?

Alban: Política fiscal não é só responsabilidade do governo federal — vamos dar a César o que é de César. Os três Poderes não colaboram com a disciplina fiscal. Nenhum deles. Há gastos públicos irracionais em todos os Poderes.

Valor: Por exemplo? O novo arcabouço fiscal depende de medidas que ainda não foram implementadas — como aconteceu com o antigo teto de gastos.

Alban: Esses vínculos obrigatórios de gastos são um grande problema. O orçamento é engessado por causa das receitas carimbadas e da forma como o Congresso administra os recursos disponíveis. Mas sabemos que isso não começou com o atual governo, então não se trata de culpar um só. Temos decisões judiciais… A judicialização virou um problema sério no país.

Valor: Um tema em discussão é a racionalização dos gastos tributários. Como o setor privado pode contribuir? O senhor defende um corte linear ou uma revisão caso a caso?

Alban: Estamos falando de gastos tributários — ou de incentivos fiscais direcionados, necessários ao desenvolvimento de certos setores? Acho que tem um pouco dos dois. Mas aqui vai a questão: por que o lobby não é legalizado neste país? O que impede isso? Por que não temos discussões estruturadas, setor por setor? Talvez seja necessário aumentar incentivos em alguns setores e reduzir em outros. Mas esse tipo de decisão não deveria ser unilateral do Ministério da Fazenda ou da Receita Federal.

Valor: Já há uma proposta no Congresso prevendo corte linear. Qual a sua opinião?

Alban: Isso não é lavar as mãos como Pôncio Pilatos? É o caminho mais fácil — mas você acaba com as mesmas distorções. Acredito que precisamos de uma discussão mais profunda e aberta. A isenção do IR até R$ 5 mil já está definida. Mas alguém que ganha R$ 50 mil por mês não é “super-rico”. Não sei em que lugar do mundo isso é considerado super-riqueza. Se há legislação que dá vantagens injustas aos verdadeiramente ricos, corrija-se isso. Mas isso aqui não resolve nada. Só vai atingir a classe média. Na minha visão, a classe média molda a opinião pública — mas não é formada por super-ricos. Se quem ganha R$ 50 mil por mês fosse super-rico no Brasil, estaríamos com uma distribuição de renda maravilhosa.

Valor: A CNI tem uma posição sobre esse projeto de imposto de renda?

Alban: Temos participado ativamente do debate sobre tributação justa, especialmente sobre as big techs. Mas acho que a sociedade se beneficiaria mais se o foco fosse o combate ao comércio ilegal e ao crime organizado. Em 2023, identificamos comércio ilegal em 17 setores, somando R$ 500 bilhões. A perda potencial de arrecadação? Cerca de R$ 150 bilhões.

Valor: E quanto ao projeto sobre reincidência tributária?

Alban: Inicialmente apoiamos, mas ele travou na Câmara. Agora há duas novas propostas em discussão no Senado.

Fonte: Valor International




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Internacional, Negócios

Xi Jinping confirma visita à Rússia para o Dia da Vitória e reunião com Putin

Nos últimos anos, as relações entre a China e a Rússia têm se intensificado, especialmente no contexto das tensões geopolíticas globais. A visita do presidente chinês Xi Jinping à Rússia, a convite do presidente Vladimir Putin, destaca a importância dessa parceria estratégica. Durante a visita, além de participar de comemorações do Dia da Vitória, os líderes discutiram o desenvolvimento das relações bilaterais e questões internacionais e regionais.

Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a China tem mantido uma posição que se autodenomina neutra. No entanto, Pequim tem apoiado algumas das alegações do Kremlin, além de fornecer componentes essenciais para a produção de armas russas. Essa dinâmica ressalta a complexidade das relações sino-russas em um cenário de sanções ocidentais.

Que efeitos a guerra na Ucrânia teve na economia russa?

O conflito com a Ucrânia teve um impacto significativo na economia russa, principalmente devido às sanções impostas por países ocidentais. Essas sanções limitaram o acesso da Rússia ao sistema comercial internacional, forçando Moscou a buscar alternativas para manter sua economia funcionando. Nesse contexto, a China emergiu como um parceiro crucial para a Rússia.

A dependência econômica da Rússia em relação à China aumentou consideravelmente. Moscou redirecionou grande parte de suas exportações de energia para o mercado chinês. Além disso, empresas chinesas têm sido fundamentais para a importação de componentes de alta tecnologia, essenciais para as indústrias militares russas.

De que maneira a China atua no cenário do conflito Rússia-Ucrânia?

A posição da China no conflito entre a Rússia e a Ucrânia é complexa. Embora Pequim declare neutralidade, suas ações indicam um apoio tácito a Moscou. A China tem criticado as sanções ocidentais e defendido a narrativa russa de que o Ocidente provocou a ação militar. Essa postura tem gerado críticas de várias nações, que veem a China como um facilitador indireto das ações russas.

Além disso, a cooperação econômica entre os dois países fortalece a capacidade da Rússia de resistir às sanções. A China, por sua vez, se beneficia do acesso a recursos energéticos russos a preços competitivos, além de fortalecer sua posição geopolítica em um cenário global cada vez mais polarizado.

A evolução das relações China-Rússia

O futuro das relações entre a China e a Rússia dependerá de vários fatores, incluindo a evolução do conflito na Ucrânia e a resposta da comunidade internacional. A parceria estratégica entre os dois países parece sólida, mas está sujeita a desafios internos e externos. A cooperação econômica e militar continuará a ser um pilar central dessa relação, enquanto ambos os países buscam fortalecer suas posições no cenário global.

Fonte: Terra Brasil Notícias

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Informação, Internacional, Notícias

China faz reabastecimento inédito de reator nuclear com tório

Elemento é 3 vezes mais abundante do que o urânio; resultado obtido em teste no Deserto de Gobi pode baratear o setor de energia

Cientistas chineses conseguiram pela 1ª vez na história reabastecer um reator nuclear com tório –elemento radioativo– sem precisar desligar o equipamento. O teste foi realizado em um reator localizado no Deserto de Gobi, no noroeste da China.

Segundo informações do jornal estatal chinês Guangming Daily, a unidade experimental pode gerar 2 megawatts de energia, utilizando sal fundido para transportar o combustível, tendo o tório como fonte de combustível.

A base para o experimento chinês foram pesquisas iniciadas nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970 que foram arquivadas e posteriormente ficaram disponíveis para consulta pública.

O resultado chinês pode revolucionar o setor energético, pois o tório é um elemento mais fácil de ser encontrado do que o urânio –elemento comumente utilizado nos reatores nucleares.

Segundo a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), o tório é 3 vezes mais abundante na natureza do que o urânio, mas historicamente tem pouca utilização na geração de energia devido a obstáculos técnicos que podem ter sido em parte superados pelos chineses.

Uma reportagem do jornal chinês South China Morning Post de fevereiro de 2025 diz que pesquisadores chineses encontraram reservas que podem chegar a 1 milhão de toneladas de tório na província da Mongólia Interior.

O reator de tório chinês é o único em operação no mundo. Com o resultado da pesquisa, o governo da China pode apostar na construção de novas unidades.

Fonte: Poder 360

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Comércio Exterior, Internacional, Negócios

China e México expõem iniciativas de Trump em busca de negociação de tarifas: veja o que pressiona o americano

Novos indicadores macroeconômicos e das empresas apontam impactos negativos da política comercial do republicano na economia dos EUA

Após a retração de 0,3% na economia dos EUA no primeiro trimestre, revelada na quarta-feira, colocar de vez no radar a possibilidade de o país entrar em recessão, surgiram sinais de novos recuos do presidente Donald Trump em seus movimentos para redesenhar a política americana de comércio exterior com a taxação de importações. Destacaram-se ontem informações de que os EUA tomaram a iniciativa de estreitar negociações de acordos comerciais com a China e o México.

Os recuos não foram oficiais, e os sinais tampouco partiram da Casa Branca ou das corriqueiras manifestações de Trump nas redes sociais.

As novidades sobre eventuais negociações com a o governo de Xi Jinping vieram da imprensa estatal chinesa. Segundo publicação do Yuyuantantian — uma conta do Weibo afiliada à Televisão Central da China (CCTV) que frequentemente sinaliza as visões de Pequim sobre comércio—, o governo dos EUA entrou recentemente em contato com Pequim por diversos canais. A publicação citou pessoas não identificadas com conhecimento do assunto, sem dar detalhes.

“A China não precisa conversar com os EUA até que estes tomem medidas significativas”, afirmou a publicação do Yuyuantantian. Do ponto de vista da negociação, os EUA são “claramente a parte mais ansiosa no momento”, acrescentou, citando a pressão doméstica enfrentada pelo governo Trump em várias frentes.

Desde o início do segundo governo Trump, em janeiro, a China tem sido alvo preferencial das sobretaxas no comércio exterior anunciadas pelo governo americano.

Ao mesmo tempo, tanto o presidente americano quanto seus assessores já declararam publicamente que estão abertos a negociar um acordo comercial com os chineses, mas que esperavam um primeiro movimento de Pequim, numa espécie de jogo de empurra.

À espera de xi Jinping

Trump afirmou repetidamente que o presidente Xi Jinping precisa contatá-lo para dar início às negociações sobre tarifas e, no início da semana, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que cabe a Pequim dar o primeiro passo para reduzir a tensão.

Anteontem, Trump disse, durante uma reunião de gabinete, estar “descontente” com a acentuada redução no comércio entre os dois países porque queria que “a China se saísse bem”, mas tratando os EUA de forma justa.

Outro sinal de recuo veio do México. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, revelou numa postagem nas redes sociais que conversou ao telefone com Trump. Segundo ela, foi o americano quem telefonou.

A mandatária disse que a ligação foi “muito positiva”, embora sem definições. Ficou acordado que as equipes de ambos “continuarão trabalhando nos próximos dias em alternativas para melhorar nossa balança comercial”.

Na terça-feira, já havia ocorrido um recuo oficial. Trump assinou uma ordem executiva atenuando os efeitos das sobretaxas sobre a importação de automóveis, cedendo após semanas de intensa pressão de montadoras, fornecedores de autopeças e concessionárias, que alertaram que tarifas excessivas poderiam elevar os preços dos carros nos EUA, provocar o fechamento de fábricas e causar desemprego.

Mais sinais de fraqueza

Junto dos sinais de novos recuos, indicadores divulgados ontem reforçaram o cenário de fraqueza na atividade econômica dos EUA. O Departamento de Trabalho informou que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentaram durante a semana após a Páscoa.

Foram 18 mil pedidos a mais, chegando a 241 mil na semana encerrada em 26 de abril, acima do esperado, segundo pesquisa de projeções da agência Bloomberg, que apontava para 223 mil solicitações.

O total de pedidos semanais é o maior desde fevereiro, mas economistas ponderaram que altas do tipo são esperadas nessa época do ano, por causa do recesso de primavera (no Hemisfério Norte) nas escolas públicas de Nova York, já que parte dos trabalhadores da educação do estado tem direito ao seguro no período de pausa, inflacionando a estatística nacional.

Outro indicador de fraqueza na economia veio da indústria. O índice do setor industrial do Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês) caiu 0,3 ponto, chegando a 48,7. O subíndice de produção da entidade recuou mais de 4 pontos, para 44. Leituras abaixo de 50 indicam contração.

A perspectiva de contração foi corroborada por dados empresariais. A fabricante de carros General Motors anunciou ontem uma redução na sua previsão de lucro para 2025, em parte por causa do tarifaço de Trump.

A montadora agora espera que o lucro antes de juros e impostos fique entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões este ano, abaixo da previsão inicial feita em janeiro, que chegava a US$ 15,7 bilhões.

As metas financeiras da gigante do comércio eletrônico Amazon para o segundo trimestre, anunciadas ontem com o balanço contábil do primeiro trimestre, vieram abaixo do esperado por analistas de mercado, segundo a agência Bloomberg. A varejista anunciou que espera lucro operacional entre US$ 13 bilhões e US$ 17,5 bilhões para este trimestre, enquanto as projeções estavam em US$ 17,8 bilhões.

Já as vendas em mesmas lojas da rede de fast food McDonald’s nos EUA caíram 3,6% no primeiro trimestre, ante igual período de 2024, segundo dados divulgados ontem.

Bolsas sobem

Por outro lado, resultados vistos como positivos anunciados pela Meta, gigante das redes sociais dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, e pela Microsoft — que foram anunciados na noite de anteontem, após o fechamento das bolsas de valores — impulsionaram os índices de ações ontem nos EUA, onde não foi feriado, pois o Dia do Trabalhador é comemorado em setembro.

O índice Dow Jones encerrou em alta de 0,21% ontem, aos 40.752 pontos; o S&P 500 subiu 0,63%, aos 5.604 enquanto o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, avançou 1,52%, aos 17.710 pontos.

Fonte: O Globo

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional

China mostra chegada de soja brasileira e diz que não precisa dos EUA

O influente perfil de mídia social Yuyuan Tan Tian, da rede oficial CCTV, publicou nesta segunda-feira (28) um vídeo mostrando diversos navios descarregando soja no porto de Ningbo-Zhoushan, próximo a Hangzhou e Xangai, na China.

“Depois que a China reduziu as compras dos Estados Unidos, navios com soja brasileira apareceram um atrás o outro”, afirmou o canal da plataforma Weibo.

Neste mês de abril, 40 usaram o terminal, um aumento de 48% em relação aos 27 do mesmo mês, no ano passado. Estão sendo desembarcadas 700 mil toneladas de soja brasileira no mês, contra 530 mil em abril de 2024, um aumento de 32%.

Pouco antes, foi aberto o terminal da “trader” chinesa Cofco, o maior no porto de Santos, voltado em grande parte para soja.

Poucas horas depois de sair o vídeo, Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento econômico no país, afirmou em entrevista coletiva que a China pode prescindir dos produtos agrícolas dos EUA, por dispor de outras fontes de suprimento e da produção interna.

“Não haverá muito impacto no fornecimento de grãos de nosso país mesmo que não compremos grãos e oleaginosas dos Estados Unidos”, disse Zhao. O mesmo valeria para minérios e gás.

As cenas de Ningbo-Zhoushan, um dos principais portos para soja na China, contrastam com imagens dos portos de Seattle e Los Angeles, veiculadas em mídia social americana nos dias anteriores.

Ambos são situados na costa oeste dos EUA e já apresentam queda no fluxo de carga, segundo veículos jornalísticos locais, depois que as tarifas impostas por Washington aos produtos manufaturados chineses inviabilizaram as importações.

Pequim já vinha buscando menor dependência da produção americana há anos, tendo reduzido a proporção de importações de soja do país, em relação ao total anual, de 40% em 2016 para 18% no ano passado.

Na comparação direta com o concorrente sul-americano, a proporção de alimentos americanos importados pela China caiu de 20% para 13%, enquanto a de brasileiros saltava de 17% para 25%.

A China comprou apenas 1.800 toneladas de soja dos EUA na semana encerrada em 17 de abril, após 72.800 toneladas na semana encerrada em 10 de abril, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

A perda do mercado chinês seria um golpe substancial para os agricultores americanos, que enviaram aproximadamente US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões) em produtos agrícolas para o país em 2023. Os EUA também enviaram cerca de US$ 15 bilhões (R$ 85 bilhões) em petróleo, gás e carvão para a China.

Um artigo de Yin Ruifeng, que é afiliado ao ministério da agricultura da China, estima que as remessas de grãos, principalmente do Brasil, Argentina e Uruguai, podem subir para mais de 30 milhões de toneladas entre abril e o final de junho. Segundo cálculos da Bloomberg, esse seria um recorde para o trimestre.

“Não importa como a situação internacional evolua, manteremos o foco em nossos objetivos de desenvolvimento e nos concentramos em administrar bem nossos próprios assuntos”, disse Zhao na coletiva. “Estamos totalmente confiantes em alcançar as metas de desenvolvimento deste ano.”

Foi uma referência à projeção para o PIB chinês em 2025, de cerca de 5%, que vem sendo questionada em relatórios de agentes financeiros ocidentais após a escalada tarifária entre os dois lados, a partir do início de abril.

Zhao não chegou a anunciar medidas de maior impacto sobre o consumo interno, como se esperava na própria China, como saída para as vendas mais baixas nos EUA. A avaliação chinesa teria sido de que as medidas de estímulo, iniciadas no final do ano passado, são o bastante —ao menos até que haja maior definição por parte dos EUA.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Comércio, Internacional

China adota lei para reforçar setor privado em meio à guerra comercial

A legislação, que entrará em vigor em 20 de maio, garantirá a concorrência justa no mercado e promoverá o crescimento da economia privada e dos empreendedores privados

A China aprovou nesta quarta-feira uma nova lei com o objetivo de aumentar a confiança no setor privado e fortalecer seu papel na economia, em meio ao aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos.

A Lei de Promoção da Economia Privada foi aprovada pelo principal órgão legislativo da China, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

O setor privado é “uma força vital para o avanço da modernização no estilo chinês, uma base fundamental para o desenvolvimento de alta qualidade e uma força importante para transformar a China em uma potência socialista moderna e realizar o grande rejuvenescimento da nação chinesa”, diz a lei, segundo a Xinhua.

A legislação, que entrará em vigor em 20 de maio, garantirá a concorrência justa no mercado e promoverá o crescimento da economia privada e dos empreendedores privados.

A lei reafirma a postura “inabalável” de Pequim: consolidar e desenvolver inabalavelmente o setor público e incentivar, apoiar e orientar inabalavelmente o desenvolvimento do setor não público, segundo a Xinhua.

A China implementará um sistema de acesso ao mercado, segundo o qual todos os tipos de entidades econômicas, inclusive empresas privadas, poderão entrar no mercado em pé de igualdade, informou a Xinhua.

Nos últimos meses, o governo revelou uma série de medidas para apoiar as empresas privadas em dificuldades e a economia, que vem sofrendo com o fraco consumo interno e uma crise de dívida desestabilizadora no setor imobiliário.

Essas medidas sinalizam uma mudança na abordagem de Pequim em relação aos seus gigantes da tecnologia e um afastamento de uma repressão regulatória de quatro anos atrás.

Em fevereiro, o presidente chinês, Xi Jinping, realizou uma rara reunião com alguns dos maiores nomes do setor de tecnologia da China, incluindo o fundador do Alibaba, Jack Ma, instando-os a “mostrar seu talento” e a confiar no poder do modelo e do mercado da China.

A China apoiará o papel das empresas privadas na promoção da inovação científica e tecnológica e na construção de um sistema industrial moderno, informou a Xinhua.
As empresas privadas serão incentivadas a fortalecer a pesquisa de acordo com as necessidades estratégicas da China e a desenvolver tecnologias essenciais e inovações de ponta, acrescentou.

O setor privado na China, que compete com as empresas estatais, contribui com mais da metade da receita tributária, mais de 60% da produção econômica e 70% da inovação tecnológica, segundo estimativas oficiais.

As empresas privadas chinesas têm impulsionado os avanços tecnológicos, destacados pela ascensão meteórica da startup de IA DeepSeek, à medida que os líderes buscam garantir a autossuficiência tecnológica do país em meio às restrições dos EUA.

As instituições financeiras devem desenvolver produtos e serviços financeiros adaptados à economia privada, aumentando a oferta de crédito para empresas privadas bem estabelecidas, disse a Xinhua.

Muitos investidores privados estão relutantes em investir em meio a uma recuperação econômica frágil.

No primeiro trimestre, o investimento no setor privado aumentou 0,4% em relação ao ano anterior, ficando atrás de um aumento de 6,5% no setor estatal, segundo dados oficiais.

Os principais formuladores de políticas da China se comprometeram a apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pelo impacto das tarifas de três dígitos dos EUA e pediram que o país se preparasse para os piores cenários.

Fonte: InfoMoney

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Comércio, Economia, Internacional, Tributação

General Motors projeta impacto de US$ 5 bilhões com tarifaço de Trump

A General Motors diminuiu suas estimativas de lucro para este ano, em meio aos efeitos das tarifas comerciais impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a uma série de produtos importados de mais de 180 países.

De acordo com a companhia, uma das gigantes do setor automotivo nos EUA, os impactos do tarifaço de Trump devem chegar a US$ 5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões, pela cotação atual).

Nesta quinta-feira (1º/5), a montadora norte-americana anunciou suas novas projeções ajustadas do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na faixa entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões.

Anteriormente, a GM estimava um Ebitda ajustado para este ano entre US$ 13,7 bilhões e US$ 15,7 bilhões.

Recuo de Trump
Na última terça-feira (29/4), Trump anunciou um alívio nas tarifas impostas sobre o setor automotivo. A bordo do Air Force One, o avião oficial da Presidência dos EUA, ele assinou um decreto que estipula, no caso dos automóveis importados, uma pausa nas tarifas separadas sobre alumínio e aço. Assim, o governo norte-americano pretende evirar que múltiplas tarifas se acumulem no setor.

“Agora determinei que, na medida em que essas tarifas se aplicam ao mesmo artigo, elas não devem ter um efeito cumulativo (ou ‘se acumular’ uma sobre a outra) porque a taxa de imposto resultante de tal acúmulo excede o que é necessário para alcançar o objetivo político pretendido”, anotou Trump na ordem executiva divulgada pela Casa Branca.

De acordo com o governo dos EUA, devem ser modificadas as taxas de 25% sobre peças automotivas, que estavam previstas para entrar em vigor no dia 3 de maio. Os fabricantes de automóveis que produzem e vendem veículos nos EUA terão um desconto de até 3,75% do valor de um veículo fabricado no país, segundo informações do Departamento de Comércio.

Esse desconto diminuiria, em 1 ano, para até 2,5% do valor do automóvel e seria eliminado no ano seguinte – em uma tentativa de manter a fabricação doméstica. A medida seria válida para veículos produzidos após o dia 3 de abril.

Na semana passada, diversos grupos do setor apelaram a Trump para que houvesse uma redução das taxas de 25% sobre peças automotivas importadas, alegando que isso levaria a uma diminuição das vendas de veículos e à alta dos preços.

Em carta endereçada aos acionistas da GM, a CEO da companhia, Mary Barra, afirmou que a empresa espera manter um canal forte de comunicação com o governo dos EUA, tratando de questões relacionadas à indústria automotiva, ao comércio e a políticas para o setor.

“Como vocês sabem, há discussões em andamento com os principais parceiros comerciais que também podem ter um impacto. Continuaremos a ser ágeis e disciplinados e os atualizaremos assim que soubermos mais”, escreveu a CEO.

Fonte: Metrópoles

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Comércio, Internacional, Sustentabilidade

Impacto da mobilidade sustentável na demanda por petróleo na China

Nos últimos anos, a China tem se destacado no cenário global pela rápida adoção de veículos eletrificados, como carros elétricos e híbridos plug-in. Em outubro de 2024, o país registrou a venda de 1,43 milhão desses veículos, um marco significativo que está diretamente relacionado à redução da demanda por petróleo. Essa mudança no consumo energético reflete uma tendência global em direção à mobilidade sustentável.

A Agência Internacional de Energia (AIE) observa que a desaceleração do consumo de petróleo na China está intimamente ligada ao aumento das vendas de carros de nova energia. Essa transição não apenas contribui para a redução das emissões de carbono, mas também altera o panorama econômico global, uma vez que a China tem sido responsável por uma parte significativa do crescimento da demanda por petróleo desde a década de 1970.

Como a economia chinesa influencia o consumo de petróleo?

Historicamente, o crescimento econômico de um país tem sido um indicador direto do aumento no consumo de petróleo. Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) sempre esteve fortemente associado ao consumo de combustíveis fósseis, devido ao aumento na venda de veículos, viagens e investimentos em infraestrutura. No entanto, essa correlação está mudando à medida que o país avança em direção a uma economia mais sustentável.

Em 2024, a AIE relatou uma desaceleração significativa no consumo de petróleo na China, apesar do crescimento econômico contínuo. Isso se deve, em grande parte, à transição para veículos eletrificados, que reduzem a dependência de combustíveis fósseis. A mudança não apenas impacta o mercado interno, mas também tem repercussões globais, dado o papel central da China no mercado de petróleo.

Quais são as implicações globais da transição energética chinesa?

A redução da demanda por petróleo na China tem implicações significativas para o mercado global de energia. Desde a década de 1970, a China tem sido um dos principais motores do crescimento da demanda por petróleo. Com a desaceleração atual, os mercados internacionais precisam se adaptar a um novo equilíbrio de oferta e demanda.

Além disso, a transição para veículos eletrificados na China serve como um modelo para outros países que buscam reduzir suas emissões de carbono e dependência de combustíveis fósseis. A mudança para uma economia mais verde pode estimular inovações tecnológicas e políticas energéticas sustentáveis em todo o mundo.

O futuro da mobilidade sustentável na China

O futuro da mobilidade na China parece promissor, com o governo e a indústria automotiva investindo pesadamente em tecnologias sustentáveis. A crescente popularidade dos veículos elétricos e híbridos plug-in não apenas contribui para a redução das emissões de carbono, mas também representa uma oportunidade econômica significativa para o país.

Com políticas governamentais favoráveis e incentivos para a produção e compra de veículos de nova energia, a China está bem posicionada para liderar a transição global para uma mobilidade mais sustentável. Essa mudança não apenas beneficia o meio ambiente, mas também fortalece a posição da China como líder em inovação tecnológica e sustentabilidade.

Fonte: Terra Brasil Notícias



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Internacional, Notícias, Tecnologia

Europa lança ‘balança no espaço’ para saber o peso de todas as árvores na Terra

O satélite Biomass entrou em órbita nesta terça-feira, 29. Ele deve funcionar como uma gigantesca balança no Espaço, destinada a descobrir detalhes sobre as árvores do planeta Terra. A decolagem ocorreu a partir da base da Agência Espacial Europeia (ESA), na Guiana Francesa, por volta das 6h da manhã.

O Biomass emite ondas que conseguem transpor as nuvens e as copas das árvores nas florestas. Assim, será possível determinar a quantidade de material lenhoso (peso e volume), bem como a altura de cada espécime. O satélite é o primeiro com essa capacidade já colocado em órbita terrestre.

Por que colocar uma grande balança no Espaço?
Com o equipamento em órbita, a agência pretende monitorar a quantidade de carbono armazenado pelas plantas. Para cumprir a missão, essa grande balança no Espaço possui uma estrutura semelhante a um guarda-chuva — ou a uma antena parabólica — com 12 metros de diâmetro, apoiada sobre uma haste de 7 metros, além de um refletor para enviar os sinais ao solo.

Quantas árvores existem no planeta?
Cerca de 30% da superfície terrestre é coberta por florestas. Isso corresponde a aproximadamente 4 bilhões de hectares. Estima-se que essa área abrigue 3 trilhões de árvores — o equivalente a um pequeno bosque para cada habitante do planeta, considerando que existem cerca de 8 bilhões de seres humanos na Terra.

Fonte: Diário do Brasil

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