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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Internacional, Investimento, Logística, Negócios, Notícias, Portos

Grupo liderado por BlackRock comprará portos no Canal do Panamá, alvo de Trump

Um grupo de investimentos liderado pela BlackRock, uma gestora americana de ativos, concordou em comprar dois portos no Panamá que são de propriedade de uma empresa de Hong Kong e que se tornaram alvo de tensões entre o Panamá e o governo Trump.

A BlackRock comprará os portos, que ficam em cada extremidade do Canal do Panamá, e mais de 40 outros do conglomerado de Hong Kong CK Hutchison por cerca de US$ 19 bilhões (R$ 112 bilhões).

As conversas entre o consórcio liderado pela BlackRock e executivos da CK Hutchinson, de propriedade da família Li, uma das mais ricas da Ásia, começaram há algumas semanas, de acordo com uma pessoa familiarizada com as discussões.

Navio cruza o Canal do Panamá, alvo de críticas por Donald Trump, que quer retomar empreendimento Foto: Federico Rios/NYT

A família Li acreditava estar sob pressão política para sair do negócio de portos, particularmente de suas participações no Canal do Panamá, disse a pessoa. O presidente Trump tem sugerido, sem evidências, que os chineses estão influenciando a operação do canal por meio dos portos de propriedade da CK Hutchison.

O Canal do Panamá fornece um atalho crucial, conectando os oceanos Pacífico e Atlântico, para navios viajando entre a Ásia e os Estados Unidos. Os navios não precisam parar nos portos do Panamá para atravessar o canal.

Trump disse frequentemente que quer que os Estados Unidos retomem o controle da hidrovia, que cedeu ao Panamá em 2000.

A CK Hutchison opera os Portos de Balboa e Cristóbal desde 1997, quando o Panamá concedeu à empresa uma concessão de 25 anos. A concessão foi renovada por mais 25 anos em 2021.

Nos últimos dias, executivos da BlackRock, incluindo Laurence D. Fink, seu executivo-chefe, e um membro do conselho, Adebayo Ogunlesi, informaram Trump, o Secretário do Tesouro Scott Bessent, o Secretário de Estado Marco Rubio e outros sobre os detelhes do negócio, de acordo com duas pessoas envolvidas no acordo. O governo apoiou o acordo, acrescentaram.

A família Li também buscou especificamente um comprador americano, disse uma das pessoas informadas sobre as discussões. Houve três outras propostas para o negócio, disse outra pessoa familiarizada com o negócio.

Frank Sixt, codiretor administrativo da CK Hutchison, disse em um comunicado que o acordo era “puramente comercial por natureza e totalmente independente de notícias políticas recentes sobre os portos do Panamá”.

Este é o maior acordo de infraestrutura da BlackRock já feito. A operação está sendo feita por meio de um fundo administrado pela Global Infrastructure Partners, uma empresa de infraestrutura que ela comprou no ano passado, e com a Terminal Investment Limited, que opera portos atendidos pela maior empresa de transporte marítimo do mundo, a Mediterranean Shipping.

“Esses portos de classe mundial facilitam o crescimento global”, disse Fink em uma declaração sobre o acordo.

O acordo se soma ao portfólio de portos da Terminal Investment Limited na Europa e América Latina e, além de operar portos no Canal do Panamá, os compradores estavam particularmente interessados ??nos portos da CK Hutchison na Ásia.

A CK Hutchison faz parte do conglomerado fundado por Li Ka-shing, que foi o homem mais rico de Hong Kong em um ponto. Li se aposentou em 2018 e entregou o controle ao seu filho Victor Li. Os portos são apenas uma parte do conglomerado mais amplo que inclui redes de varejo, redes de telecomunicações e empresas de energia.

Trump também criticou as taxas que o Canal do Panamá cobra das empresas de navegação cada vez que elas passam por lá. As taxas aumentaram nos últimos anos, mas a agência panamenha que administra o canal disse que secas, investimentos em melhorias e a grande demanda estão entre os motivos dos aumentos.

A concessão de portos outorgada à CK Hutchinson em 2021 recentemente foi alvo de uma contestação legal no Panamá, que alegou que a concessão era inconstitucional. Norman Castro, um dos dois advogados que apresentaram a contestação, disse em um e-mail que a equipe jurídica estava agindo em caráter pessoal.

FONTE: Estadão
Grupo liderado por BlackRock comprará portos no Canal do Panamá, alvo de Trump – Estadão

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Canadá, China e México anunciam novas taxas a produtos dos EUA, em resposta a ‘tarifaço’ de Trump

Presidente norte-americano anunciou que as tarifas de importação de 25% sobre Canadá e México passaram a valer nesta terça-feira. Para a China, houve uma taxa adicional de 10%.

O Canadá, a China e o México anunciaram novas taxas de importação aos produtos dos Estados Unidos. As medidas vêm em resposta às tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que começaram a valer nesta terça-feira (4).

O Canadá foi o primeiro a responder ao “tarifaço” de Trump, tendo anunciado uma medida de retaliação já na véspera, logo após o presidente norte-americano confirmar que as novas tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e México passariam a valer.

Em comunicado, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o país iria impor tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA. Segundo Trudeau, parte das medidas entraria em vigor já nesta terça-feira (4), enquanto o restante passaria a valer em um prazo de 21 dias.

“Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, caso as tarifas dos EUA não cessem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar diversas medidas não tarifárias”, acrescentou o primeiro-ministro canadense.

Depois, foi a vez da China. Pequim não apenas impôs novas taxas de 10% a 15% sobre as exportações agrícolas dos Estados Unidos, como também anunciou novas restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, afirmando “motivos de segurança nacional”.

Segundo o governo chinês, produtos como frango, trigo, milho e algodão dos EUA terão uma taxa adicional de 15%, enquanto soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios sofrerão uma tarifa extra de 10%. As medidas passam a valer em 10 de março.

Nesse caso, a expectativa é que as novas taxas impostas pela China afetem cerca de US$ 21 bilhões em exportações de produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, deixando as duas maiores economias do mundo um passo mais perto de uma guerra comercial total.

O país já tinha anunciado tarifas de 15% para carvão e gás natural liquefeito (GNL) e taxas de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis dos EUA em fevereiro, também em retaliação às medidas de Trump.

“Tentar exercer pressão extrema sobre a China é um erro de cálculo e um engano”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim em uma entrevista coletiva, acrescentando que a China nunca sucumbiu à intimidação ou à coerção.

A China ainda afirmou que vai investigar alguns produtores norte-americanos de um tipo de fibra óptica por burlarem medidas antidumping, além de ter suspendido as licenças de importação de três exportadores norte-americanos e interrompido embarques de madeira serrada vindos dos EUA.

Pequim também adicionou 15 empresas norte-americanas à sua lista de controle de exportação, que proíbe empresas chinesas de fornecer tecnologias de uso duplo a empresas dos Estados Unidos, e colocou 10 empresas norte-americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis ​​por venderem armas para Taiwan. A China reivindica o país como seu próprio território, embora a ilha autônoma rejeite isso.

Por fim, veio o México. Nesta terça-feira, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum condenou as tarifas impostas pelos Estados Unidos e prometeu uma retaliação aos norte-americanos.

Segundo a chefe de Estado mexicana, não há justificativa para que os EUA imponham as taxas de 25% sobre as importações do México, destacando que o país colaborou com o vizinho norte-americano em questões de migração, segurança e combate ao tráfico de drogas.

” Não há razão, fundamento ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com esta decisão”, disse Sheinbaum em entrevista a jornalistas, afirmando que daria detalhes sobre a resposta do México às tarifas no próximo domingo (9).

g1.globo.com/globonews/conexao-globonews/video/china-e-canada-retaliam-tarifas-dos-estados-unidos-13390478.ghtml
China e Canadá retaliam tarifas dos Estados Unidos

O que motivou o anúncio de novas tarifas?

As medidas de retaliação dos três países vêm após o presidente norte-americano fazer novas alterações na política tarifária do país. No caso do Canadá e do México, os Estados Unidos passaram a impor uma taxa de 25% sobre os produtos importados. Segundo Trump, o motivo para a imposição de tarifas seria o grande fluxo de tráfico de drogas que tem chegado aos Estados Unidos desses países.

“Eles vão ter que ter uma tarifa. Então, o que eles têm que fazer é construir suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, caso em que não haverá tarifas”, disse Trump, na véspera.

As tarifas impostas pelos EUA ao Canadá e ao México deveriam começar em fevereiro, mas Trump concordou com uma suspensão de 30 dias para negociar por mais tempo com seus dois maiores parceiros comerciais.

Já para a China, o presidente norte-americano anunciou uma taxa adicional de 10% sobre as importações do gigante asiático, o que resultou em uma tarifa cumulativa de 20%.

Nesse caso, as novas tarifas já representam um aumento adicional nas taxas pré-existentes sobre milhares de produtos chineses. No ano passado, por exemplo, o então presidente dos EUA Joe Biden havia anunciado a duplicação de tarifas sobre semicondutores para 50% e a quadruplicação das tarifas sobre veículos elétricos para mais de 100%.

Agora, essa nova tarifa de 20% atingirá diversas importações importantes de eletrônicos de consumo dos EUA vindas da China, que antes escapavam ilesas. É o caso de smartphones, laptops, consoles de videogame, smartwatches, alto-falantes e dispositivos Bluetooth, por exemplo.

Com a acusação de Trump sobre o grande tráfico de fentanil para os EUA, Pequim acusou a Casa Branca de “chantagem”, reiterando que tem uma das políticas antidrogas mais rígidas do mundo.

Analistas disseram à Reuters que a percepção é que Pequim ainda espera negociar uma trégua nas tarifas. Isso porque o governo chinês tem definindo deliberadamente o aumento de suas taxas abaixo de 20%, dando espaço aos seus negociadores para chegar a um acordo.

A leitura, no entanto, é que a escalada das tensões entre os dois países reduz a chance de uma reaproximação, o que acende um alerta sobre uma nova guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

https://g1.globo.com/bom-dia-brasil/video/eua-aplicam-tarifas-de-importacao-sobre-china-canada-e-mexico-13389888.ghtml
EUA aplicam tarifas de importação sobre China, Canadá e México

Reações dos mercados

As últimas ações do presidente dos EUA voltam a levantar temores de inflação mais alta e a perspectiva de uma guerra comercial devastadora. A leitura é que Trump tem demonstrado disposição para contrariar os avisos dos economistas tradicionais e colocar sua própria aprovação pública em jogo, acreditando que as tarifas podem consertar o que aflige o país.

“É uma arma muito poderosa que os políticos não usaram porque foram desonestos, estúpidos ou pagos de alguma outra forma”, disse Trump na segunda-feira (3) na Casa Branca. “E agora estamos usando-as.”

As tarifas podem ter vida curta se a economia dos EUA sofrer. Mas Trump também pode impor mais tarifas à União Europeia, Índia, chips de computador, automóveis e medicamentos farmacêuticos. O presidente norte-americano injetou uma volatilidade desorientadora na economia mundial, deixando-a desequilibrada enquanto as pessoas se perguntam o que ele fará a seguir.

“É caótico, especialmente em comparação com a forma como vimos as tarifas implementadas na primeira administração (Trump)”, disse Michael House, copresidente da prática de comércio internacional do escritório de advocacia Perkins Coie. “É imprevisível. Não sabemos, de fato, o que o presidente fará.’’

Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, a Comissão Europeia afirmou que “lamenta profundamente” a decisão dos EUA de impor tarifas sobre importações do México e do Canadá.

“Essa medida corre o risco de interromper o comércio global, prejudicar parceiros econômicos importantes e criar incertezas desnecessárias em um momento em que a cooperação internacional é mais crucial do que nunca”, afirmou.

Na Europa, os mercados acionários perderam a força e passaram a cair com a validade das tarifas de Trump, puxados principalmente pelas montadoras, que são mais sensíveis às novas taxas. Na Ásia, as ações acompanharam as perdas de Wall Street e fecharam em queda.

Entre os demais ativos, o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos caíram para o menor nível desde outubro, assim como os rendimentos dos títulos alemães de 10 anos. O dólar australiano, o peso mexicano e o dólar canadense também enfraqueceram, e o bitcoin caiu abaixo de US$ 84 mil, apagando a alta visto no início da semana.

FONTE: G1.com
Canadá, China e México anunciam novas taxas a produtos dos EUA, em resposta a ‘tarifaço’ de Trump | Economia | G1

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Por Que a Exportação de Carne para o Japão é Estratégico para o Brasil

Como essa abertura de mercado pode ser um grande incentivo para investir ainda mais em qualidade

A notícia de que o Brasil finalmente irá exportar carne bovina para o Japão é um marco para o setor. Quem acompanha a pecuária sabe que não se trata apenas de abrir um novo mercado: estamos falando de um dos países mais exigentes do mundo quando se trata de qualidade, segurança alimentar e rastreabilidade. Dominado pelos Estados Unidos e Austrália, que conseguem atender a esses padrões, conquistar o mercado japonês é um reconhecimento significativo para a evolução da produção brasileira.

Falo isso com conhecimento de causa. Trabalhei na Austrália, em confinamentos cuja produção eram 100% voltadas ao Japão. Foi ali que tive contato de perto com os critérios rigorosos que o país exige para aceitar a carne que importa. A nutrição dos animais seguia protocolos específicos, garantindo que a carne tivesse exatamente o marmoreio esperado pelo consumidor japonês. Além, é claro, os criadores de onde eram originados os animais precisavam oferecer animais padronizados e selecionados a dedo pelo time de originação.

O Japão possui um dos sistemas mais sofisticados do mundo para o monitoramento da produção pecuária, com um Número de Identificação Individual para cada animal, garantindo transparência ao longo da cadeia produtiva, desde o nascimento até a venda ao consumidor final. A exigência assegura a segurança alimentar e fortalece a confiança do consumidor japonês na procedência do produto.

Ainda não sabemos quais protocolos serão adotados para a carne brasileira a ser exportada, mas olhando para nossa pecuária, não há dúvidas de que evoluímos muito nos últimos anos. Por muito tempo, nossa produção já foi mais voltada para volume do que para qualidade. Isso mudou. O país avançou em genética, nutrição, manejo e rastreabilidade, o que nos permitiu chegar ao nível necessário para atender mercados exigentes.

O Japão é um mercado estratégico, sendo o sétimo maior importador global de carne bovina, com cerca de 700 mil toneladas ao ano – o que equivale a 57% de seu consumo interno, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já o Itamaraty aponta uma participação ainda maior, estimando que 70% da carne consumida no país seja importada, movimentando entre US$ 3 e US$ 4 bilhões por ano. A oportunidade tem um potencial gigante, mas também traz à tona a necessidade de garantir um fornecimento consistente e competitivo.

A mecanização tem ajudado muito a garantir mais eficiência e padronização na produção, assim como aumentar a taxa de desfrute do rebanho. Hoje, contamos com equipamentos que permitem um controle mais preciso da alimentação do rebanho, o que reflete diretamente na qualidade e sabor da carne. Sistemas de mistura e distribuição de ração, por exemplo, reduzem o desperdício e garantem que os animais recebam uma dieta balanceada, sem variações. Adotar práticas de manejo de excelência na produção é essencial quando se busca atender a padrões rigorosos como os do Japão.

Mas se queremos realmente consolidar essa nova fase da pecuária brasileira, é preciso ir além. A rastreabilidade precisa ser mais ampla e eficiente, para que todo o processo, desde a fazenda até o frigorífico, seja transparente e confiável. Precisamos garantir que a carne que sair daqui chegará ao Japão sem risco de interrupções por questões sanitárias.

E, acima de tudo, devemos entender que esse mercado não quer apenas um produto de qualidade — ele quer consistência. Isso significa que não basta conseguir exportar um primeiro lote para o Japão. Há o desafio de garantir que a carne brasileira mantenha o padrão exigido a longo prazo, sem falhas.

Para o pecuarista brasileiro, essa abertura de mercado pode ser um grande incentivo para investir ainda mais em qualidade. O consumidor japonês paga mais por um produto premium e, se soubermos aproveitar essa oportunidade, podemos fortalecer ainda mais a pecuária nacional. Os preços de exportação para o Japão são cerca de 29% mais altos do que a média da carne bovina brasileira, o que pode trazer ganhos expressivos para os produtores. Mas isso exige comprometimento com boas práticas, tecnologia e, principalmente, uma visão estratégica de longo prazo.

A entrada no Japão é uma vitória para o setor, mas não um ponto final. Pelo contrário, é o começo de uma nova etapa que exigirá ainda mais profissionalismo e rigor. Agora, cabe a nós mostrar que o Brasil está realmente preparado para o desafio.

FONTE: Forbes
Por Que a Exportação de Carne para o Japão é Estratégico para o Brasil

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Exportação de café sofre com entraves nos portos brasileiros.

Diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil cobra investimentos para evitar colapso logístico e estima prejuízo de mais de R$ 57 milhões.

A infraestrutura portuária do Brasil não tem acompanhado o ritmo crescente das exportações de café, expondo gargalos logísticos que impactam diretamente o setor. Em 2024, o país embarcou um volume recorde de 50,5 milhões de sacas, mas os entraves logísticos resultaram em atrasos e custos adicionais para os exportadores. “Se não houver celeridade nos projetos, os problemas persistirão”, disse Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), em entrevista ao Poder360.

Segundo Heron, até dezembro de 2024, cerca de 1,8 milhão de sacas de café estavam paradas nos portos aguardando embarque, o equivalente a 5.300 contêineres retidos. Essa demora gerou um prejuízo acumulado de R$ 57 milhões ao setor exportador apenas nos últimos 8 meses.

“O Brasil está perdendo eficiência e competitividade. O setor agropecuário tem batido recordes de exportação, mas os investimentos em infraestrutura não acompanham esse crescimento”, afirmou. Os principais problemas são a falta de estrutura nos portos e a pouca disponibilidade de horários para embarque, o que leva os exportadores a pagar mais por armazenamento e taxas extras.

De acordo com Heron, o Porto de Santos, principal corredor logístico do café brasileiro, precisa urgentemente de ampliação e modernização para atender a demanda crescente. “Projetos como a concessão do STS-10 [terminal de contêineres] e a ampliação do canal de acesso são fundamentais, mas estão andando a passos lentos”, disse.

Assista (29min48s):

 

A situação se agrava com a proximidade da nova safra, que deve aumentar ainda mais o volume de café a ser exportado. Para Heron, o 1º semestre de 2025 pode passar a falsa impressão de normalização devido ao menor volume de embarques no período de entressafra, mas os problemas estruturais devem se intensificar no segundo semestre.

“A partir de julho, quando a safra entra no pico, a pressão sobre os portos será ainda maior. Se nada for feito agora, podemos enfrentar novos colapsos logísticos”, alertou. 

Além da infraestrutura portuária, os problemas logísticos se estendem às rodovias e ferrovias, que também carecem de investimentos para garantir um escoamento mais eficiente.

Atualmente, cerca de 15 mil a 20 mil caminhões circulam diariamente em direção ao Porto de Santos, evidenciando a necessidade de alternativas como o modal ferroviário e hidroviário para reduzir a pressão sobre o sistema rodoviário. “O Brasil tem um potencial gigantesco na cafeicultura, mas os gargalos logísticos precisam ser resolvidos para que o país mantenha sua liderança global”, disse.

FONTE: Poder360
Exportação de café sofre com entraves nos portos brasileiros

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O Crescimento das Marcas Automotivas Chinesas no Brasil

Nos últimos anos, o mercado automotivo brasileiro tem testemunhado a entrada e saída de diversas marcas chinesas.

Enquanto algumas enfrentam dificuldades para se estabelecer, outras demonstram um interesse crescente em consolidar sua presença no país. Este movimento reflete a dinâmica do setor automotivo global, onde as empresas buscam novos mercados para expandir suas operações.

Recentemente, a Seres anunciou sua saída do Brasil, enquanto a Neta, apesar de desafios na matriz chinesa, ainda mantém operações no país. A Neta, por exemplo, possui apenas uma concessionária no Rio de Janeiro, mas planeja expandir sua rede em breve. Este cenário destaca a importância de um planejamento estratégico robusto e da adaptação às condições locais para o sucesso no mercado brasileiro.

Quais são as estratégias das marcas chinesas para se estabelecer no Brasil?

Para se firmar no Brasil, algumas marcas chinesas têm adotado estratégias de aquisição de instalações industriais. A GWM e a BYD, por exemplo, adquiriram fábricas em Iracemápolis e Camaçari, respectivamente. A GAC, por sua vez, está interessada na fábrica da Toyota em Indaiatuba, atualmente em processo de desativação. Essas iniciativas são fundamentais para reduzir custos de importação e aumentar a competitividade no mercado local.

Além disso, a Caoa Chery, que foi a primeira a construir uma fábrica no Brasil, está buscando novas parcerias para fortalecer sua presença. Recentemente, a Caoa cedeu parte de seu terreno para que o grupo chinês possa tentar novamente se estabelecer industrialmente no país, desta vez com a divisão Omoda & Jaecoo. Essas parcerias são essenciais para enfrentar os desafios do mercado e garantir uma operação sustentável.

O Crescimento das Marcas Automotivas Chinesas no Brasil
Carros da Neta Auto – Créditos: Neta Auto Brasil

Como as vendas globais influenciam a presença das marcas no Brasil?

O desempenho das marcas chinesas no mercado global também impacta suas operações no Brasil. De acordo com a consultoria japonesa MarkLines, marcas como BYD e Chery estão entre as que mais vendem veículos leves no mundo. A BYD, por exemplo, tem se destacado pela produção de veículos elétricos e híbridos, o que pode ser uma vantagem competitiva no Brasil, onde a demanda por veículos sustentáveis está em crescimento.

Por outro lado, a competição global é acirrada, com gigantes como Toyota, Volkswagen e Hyundai-Kia liderando as vendas. As marcas chinesas precisam, portanto, não apenas aumentar sua produção, mas também investir em inovação e tecnologia para se destacar. A adaptação às preferências locais e a oferta de produtos diferenciados são estratégias essenciais para conquistar o consumidor brasileiro.

O que o futuro reserva para as marcas chinesas no Brasil?

O futuro das marcas chinesas no Brasil dependerá de sua capacidade de adaptação e inovação. Com o aumento das tarifas de importação previsto para 2026, as empresas que não possuem fábricas locais enfrentarão desafios significativos. No entanto, aquelas que investirem em produção local e em parcerias estratégicas poderão se beneficiar de um mercado em expansão.

Além disso, a crescente demanda por veículos elétricos e híbridos oferece uma oportunidade única para as marcas chinesas que já possuem expertise nesse segmento. Com a combinação certa de estratégia, inovação e adaptação, as marcas chinesas têm o potencial de se tornar players importantes no mercado automotivo brasileiro nos próximos anos.

FONTE: Terra Brasil Noticias
O Crescimento das Marcas Automotivas Chinesas no Brasil – Terra Brasil Notícias

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BYD bate recordes: Vendas disparam 188% em fevereiro

Os resultados mais recentes da empresa mostram um crescimento impressionante, especialmente nas exportações.

A gigante chinesa de veículos elétricos BYD está a consolidar a sua posição como líder global na produção de carros plug-in, com novos modelos, tecnologia de baterias inovadora e planos de expansão global acelerados.

Em fevereiro de 2025, a BYD vendeu globalmente 322.846 veículos, um aumento de 8,9% em relação aos 296.446 unidades vendidas em janeiro. Este crescimento é particularmente notável considerando que fevereiro geralmente é afetado pelas celebrações do Ano Novo Chinês.

No entanto, o destaque vai para as exportações:

  • A BYD exportou 67.025 veículos em fevereiro, um aumento surpreendente de 187,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
  • Combinando os números de janeiro e fevereiro, a empresa já exportou 133.361 veículos em 2025, representando um crescimento de 124% em relação ao ano anterior.
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Estratégias por trás do sucesso da BYD

Um dos fatores que contribuiu para este aumento nas vendas é o lançamento do BYD Atto 2 na Europa. Este crossover elétrico compacto combina:

  • Tecnologia de bateria Blade da BYD
  • Arquitetura de veículo e-Platform 3.0
  • Ecrã do condutor de 8,8 polegadas
  • Suporte para Apple CarPlay e Android Auto
  • Teto panorâmico
  • Sistema avançado de assistência à condução (ADAS)

O Atto 2 oferece estas características a um preço competitivo em comparação com concorrentes diretos como o Volvo EX30, o que tem forçado outras marcas a reagir.

Preços agressivos

A estratégia de preços da BYD está a causar ondas no mercado. Alguns concorrentes viram-se obrigados a fazer “movimentos desesperados” para se manterem competitivos. Um exemplo notável é a Volkswagen, que reduziu o preço do ID.4 em quase 20.000 dólares na China para fazer frente à concorrência feroz no mercado de veículos elétricos.

A BYD não está apenas a focar-se na produção de veículos, mas também a investir fortemente em infraestrutura logística. A empresa adquiriu vários navios de transporte de alta eficiência para facilitar as suas exportações. Este investimento em logística posiciona a BYD para um crescimento ainda maior no futuro.

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Perspetivas para o futuro

Os analistas têm grandes expectativas para a BYD em 2025. Prevê-se que a empresa venda cerca de 5,5 milhões de carros este ano. Este número representa um crescimento significativo em relação aos 4,25 milhões de veículos de passageiros vendidos globalmente em 2024, que já tinha sido um aumento de 41% relativamente a 2023.

É importante notar que a BYD deixou de produzir veículos exclusivamente a combustão interna em abril de 2022, focando-se apenas em veículos de nova energia, que incluem veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e veículos a célula de combustível (FCEV).

Em 2024, a distribuição das vendas da BYD foi:

  • 42,3% BEV
  • 57,7% PHEV
  • FCEV com vendas quase inexistentes na China

Com estes resultados impressionantes e as estratégias em curso, a BYD está a posicionar-se como uma força dominante no mercado global de veículos elétricos.

A sua capacidade de oferecer produtos inovadores a preços competitivos, combinada com uma forte infraestrutura logística, sugere que a empresa está bem preparada para enfrentar os desafios e oportunidades que o futuro do setor automóvel reserva.

FONTE: Teche net
BYD bate recordes: Vendas disparam 188% em fevereiro

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Deputado propõe nova regulamentação para Sistema Portuário Brasileiro

Entre as mudanças, o licenciamento ambiental integrado e a livre negociação das tarifas portuárias

Um Projeto de Lei (PL) apresentado nesta sexta-feira (28) pelo deputado federal Leur Lomanto Júnior (União/BA) pretende mudar o Sistema Portuário Brasileiro. Entre as principais mudanças, está o licenciamento ambiental único e a livre precificação dos serviços portuários. O projeto também pretende desburocratizar os processos de privatização dos portos brasileiros.

O PL define os atores do setor portuário, incluindo a União, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), autoridades portuárias, operadores portuários, terminais e sindicatos. A regulação baseia-se em princípios como segurança jurídica, livre concorrência, intervenção mínima do Estado, inovação tecnológica, preservação ambiental e integração porto-cidade.

Para ser aprovado, o projeto tem um longo caminho. Além de ser apresentado, ele precisa, se aprovado em plenário, passar por comissões. Como trata-se de mudança de Lei, é necessário ser aprovado também na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Além de nova votação na Câmara, Senado e, por fim, ir à Sanção Presidencial.

De acordo com o texto, cada órgão ficaria responsável, da seguinte forma, pela organização portuária:

União: Responsável por planejar e estabelecer políticas públicas para o setor, concedendo outorgas e definindo estratégias de desenvolvimento.

Antaq: Atua na regulação, fiscalização e outorga de concessões e autorizações para exploração portuária.

Autoridade Portuária: Responsável pela gestão dos portos públicos, administração de terminais e regulação de operações.

Conselho de Autoridade Portuária (CAP): Órgão consultivo que participa das decisões sobre planejamento e infraestrutura portuária.

Autoridade Aduaneira: Responsável pela fiscalização e controle de mercadorias e tributos nos portos.

Operadores Portuários: Empresas qualificadas para realizar movimentação e armazenagem de cargas.

Agentes Marítimos: Representam armadores e transportadores nos portos.

Fornecedores de Bens e Serviços a Navios: Empresas responsáveis pelo abastecimento e serviços aos navios.

Câmara de Autorregulação: Criada para mediar conflitos e regulamentar relações no setor.

Exploração e licenciamento

Segundo o texto, a exploração dos portos pode ocorrer de forma direta pela União ou indiretamente por meio de concessão, arrendamento e autorização. 

Uma das principais mudanças é com relação ao licenciamento ambiental dos portos públicos, que seria integrado, dispensando licenças individuais para terminais dentro de suas poligonais.

A precificação dos serviços portuários será livre, desde que respeitadas normas concorrenciais. Além disso, o texto prevê a implantação da Janela Única Aquaviária (Maritime Single Window – MSW), sistema para integrar informações logísticas e otimizar processos portuários.

Licenciamento Ambiental Integrado

Os portos públicos terão um licenciamento ambiental único, o que significa que terminais localizados dentro dessas áreas não precisarão de licenças individuais.

Atualmente, os portos brasileiros precisam seguir um processo de licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou pelos órgãos ambientais estaduais e municipais, dependendo do caso. O licenciamento ocorre em três fases principais:

Licença Prévia (LP), que avalia a viabilidade ambiental do porto antes do início do projeto; Licença de Instalação (LI), que autoriza a construção do porto ou terminal portuário; e Licença de Operação (LO), que permite que o porto comece a operar, após a verificação do cumprimento das exigências ambientais.

Tarifas integradas

As tarifas praticadas pelos operadores portuários poderão ser negociadas livremente, sem interferência governamental direta, desde que respeitadas as normas de concorrência. Isso favorece um ambiente mais competitivo e transparente no setor.

Atualmente, a precificação dos serviços portuários no Brasil segue um modelo regulado, onde os preços são estabelecidos ou supervisionados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). As regras variam dependendo do tipo de porto e serviço.

Em Portos Públicos, as autoridades portuárias estabelecem as tarifas para uso da infraestrutura, como atracação, armazenagem e movimentação de cargas. Essas tarifas devem ser previamente aprovadas pela Antaq, garantindo que não haja abusos de preços.

Nos Terminais Privados, os preços são definidos livremente pelos operadores, sem necessidade de aprovação prévia da Antaq, mas devem seguir regras de concorrência justa.

Em Operadores Portuários, as empresas que movimentam cargas dentro dos portos públicos podem negociar valores livremente, mas precisam seguir normas regulatórias e não podem praticar preços abusivos.

Por fim, o Maritime Single Window (MSW) é um sistema que centraliza e digitaliza a troca de informações logísticas entre os diferentes agentes do setor. Essa iniciativa busca reduzir a burocracia e agilizar os processos portuários, permitindo maior integração e eficiência na gestão das operações.

FONTE: Portal be News
Deputado propõe nova regulamentação para Sistema Portuário Brasileiro | BE News

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Facção declara guerra a provedores de internet e ação afeta Porto do Pecém

Empresas tem equipamentos danificados e fornecimento interrompido.

Após sofrer intimidações e ataques a equipamentos instalados em postes no distrito do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, empresas provedoras de internet estão impossibilitadas de operar na região. Uma organização criminosa que atua na localidade, está exigindo R$ 20 por ponto de internet instalado no Pecém. Sem ceder às chantagens, as operadoras passaram a ser atacadas em seus equipamentos. Caixas de distribuição de rede instaladas no alto dos postes foram destruídas ou parcialmente danificadas.

Ao portal CN7, uma fonte que não quis ser identificada, informou que a interferência do crime organizado no setor teria afetado as operações no Complexo Portuário do Pecém, na manhã desta quinta-feira (27). As empresas que atuam na área de exportação estariam impossibilitadas de emitir notas fiscais pela ausência de sinal de internet. Clientes também estão sendo impedidos de contratar os serviços, sob pena de terem os imóveis incendiados. Nenhum provedor conseguiu operar, comprometendo as exportações. Representantes das empresas denunciaram o caso às autoridades.

Em Fortaleza, as principais fornecedoras de internet estão sofrendo com a violência promovida pelas organizações criminosas. Somente em 2025, dois veículos prestadores de serviço no Grande Pirambu foram incendiados. Um terceiro carro, que também seria queimado, foi resgatado pela polícia que apreendeu coquetéis Molotov, que seriam usados no ataque. As ações do crime organizado buscam controlar o serviço de internet na região.

Fonte: Cn7
Facção declara guerra a provedores de internet e ação afeta Porto do Pecém – Cn7 – Sem medo da notícia

 

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Alesp coloca em pauta a greve dos Auditores-Fiscais e realiza audiência pública

A greve dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, que já completou três meses, foi pauta de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na tarde desta quarta-feira (26).

A discussão teve apoio do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e contou com a presença de diretores do Sindifisco Nacional, representantes da Delegacia Sindical de São Paulo (DS/SP) e de DS do interior do estado, bem como do vereador de São Paulo Celso Gianazzi (PSOL), que também é Auditor-Fiscal municipal. A audiência serviu para debater a inflexibilidade do governo no atendimento à pauta da categoria.

O diretor de Assuntos Jurídicos do Sindifisco Nacional e presidente da Delegacia Sindical de São Paulo, Auditor-Fiscal Gabriel Rissato, fez um histórico sobre a falta de recomposição salarial nos últimos dois mandatos presidenciais (2016 a 2022) e falou da importância da negociação para o reajuste do vencimento básico. “Houve um reajuste inicial que basicamente contemplou um respiro no orçamento das famílias dos servidores públicos”, referindo-se a 2023.

“Atualmente, o MGI [Ministério da Gestão e da Inovação] se nega a abrir uma mesa de negociação conosco”, disse. “Foi o que gerou a escalada da mobilização e essa situação de greve que tanto prejudica a sociedade. Queremos que haja uma resolução rápida, para que o movimento impacte o mínimo possível”, continuou Rissato.

O coordenador do Comando Nacional de Mobilização, Auditor-Fiscal Marcus Dantas, falou das consequências causadas pela greve. Ele deu como exemplo o Fundo de Participação dos Municípios, fonte fundamental para as finanças municipais. “O fundo é composto por Imposto de Renda e IPI, dois dos impostos mais difíceis de arrecadar, porque exigem uma pressão fiscal violenta. E quando os Auditores entram em greve, essa pressão arrefece. Algumas das 645 cidades do estado de São Paulo e do restante do país terão R$ 500 milhões a menos apenas agora em fevereiro”, informou.

“Queremos manifestar nosso apoio e solidariedade em nome das nossas bancadas e de todos os parlamentares comprometidos com a luta, com os direitos e a dignidade dos trabalhadores de todas as categorias profissionais”, pontuou o deputado Carlos Giannazi (PSOL) em sua fala. “Aqui na Assembleia Legislativa, temos muitos deputados que apoiam a greve. Nós vamos repercutir na tribuna e faremos encaminhamentos das notas taquigráficas para o governo federal, para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e para o MGI, exigindo que seja aberta uma negociação e que as reivindicações de vocês sejam atendidas”, acrescentou.

O vereador de São Paulo Celso Giannazi (PSOL) corroborou as colocações feitas pelo deputado e destacou o papel da categoria para a arrecadação de recursos públicos. “Sabemos da importância dos Auditores-Fiscais, carreira típica de Estado, que trazem recursos para o poder público e combatem a sonegação, elisão fiscal, fraude, proporcionando a aplicação das políticas públicas”, disse. “Vamos fazer uma moção da Câmara Municipal de São Paulo para que o ministro Fernando Haddad, o secretário [Robinson] Barreirinhas, o presidente Lula e o MGI façam essa negociações com vocês. Vamos fazer esse encaminhamento pressionando, pedindo ao governo federal que urgentemente abra essa mesa atendendo ao pleito da categoria. Contem com nosso total apoio”, disse.

Compuseram a mesa, além dos Auditores-Fiscais Gabriel Rissato e Marcus Dantas, e dos parlamentares Carlos Giannazi e Celso Giannazi, a vice-presidente da DS/SP, Auditora-Fiscal Assunta di Dea Bergamasco, e a vice-presidente de Assuntos Jurídicos da Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Auditora-Fiscal Maria Beatriz Branco.

Veja abaixo a audiência na íntegra:

FONTE: Sindifisco Nacional
Alesp coloca em pauta a greve dos Auditores-Fiscais e realiza audiência pública – Sindifisco Nacional

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Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio

Medida era discutida há 25 anos entre os blocos econômicos. Advogada especialista explica que o acordo é uma oportunidade para alavancar as exportações brasileiras e fortalecer o país no mercado global

Após mais de duas décadas de negociações, o Mercosul e a União Europeia anunciaram oficialmente o acordo de livre comércio entre os blocos econômicos. A medida, que visa a redução ou eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias entre os países, é considerada um marco geopolítico e econômico.

Segundo informações da Agência Gov, o acordo, que integra dois dos maiores blocos econômicos do mundo, abrange cerca de 718 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de aproximadamente US$ 22 trilhões.

De acordo com a advogada especialista em direito internacional e fundadora da Conexão Global de Empresários, Dryelle Santana, para as empresas que pretendem internacionalizar, este acordo representa uma oportunidade significativa de acesso a novos mercados e aumento da competitividade.

“Esse acordo é um passo estratégico para que empresas brasileiras, especialmente as pequenas e médias, tenham acesso a um mercado mais amplo, competitivo e promissor. Ele reduz custos, simplifica processos e garante maior previsibilidade nas transações comerciais entre os dois blocos. Isso é especialmente relevante para negócios que buscam diversificar mercados ou aumentar sua competitividade global”, explica Santana.

Embora o anúncio tenha sido feito no início de dezembro de 2024, o acordo ainda não foi assinado pelas partes envolvidas. A assinatura deve ocorrer após os textos negociados passarem por uma revisão jurídica e serem traduzidos para os idiomas oficiais de cada país. Somente após as aprovações internas o acordo poderá ser ratificado por cada uma das partes, etapa que permite a entrada em vigor da medida.

A especialista ressalta ainda que, com o acordo, os pequenos e médios empresários passarão a ter uma chance de competir em pé de igualdade com grandes companhias. “A redução de tarifas e o acesso a um mercado com mais de 450 milhões de consumidores na União Europeia são um incentivo sem precedentes. No entanto, é fundamental que esses empresários se preparem para atender às exigências técnicas e regulatórias do mercado europeu”, acrescenta.

“Expandir para o mercado internacional é desafiador. Existem questões regulatórias, culturais e logísticas que podem se tornar barreiras para quem não tem experiência. Por isso, para que o empresário não perca tempo ou recursos tentando resolver essas questões sozinho, buscar ajuda de uma consultoria especializada pode ser uma opção”, completa a advogada.

Internacionalização das empresas

Segundo a especialista da Conexão Global, o acordo pode desempenhar um papel crucial na internacionalização de pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, permitindo acesso a um dos maiores mercados do mundo composto por 27 países.

“O primeiro passo é a informação. Entender o mercado europeu, seus padrões de qualidade, certificações e regulamentações é essencial. Depois, é preciso adequar produtos e serviços às exigências locais, proteger a propriedade intelectual e estruturar uma logística eficiente”, explica Santana.

A advogada evidencia o método desenvolvido pela Conexão Global e direcionado aos empresários que desejam internacionalizar suas companhias, onde eles são guiados desde a pesquisa de mercado até a operação no exterior. “Essa metodologia é pensada para reduzir riscos e garantir que cada etapa do processo seja um investimento, e não um custo.”

“Esse acordo não só cria oportunidades como também exige preparo. Empresas que não estiverem alinhadas com padrões de qualidade, sustentabilidade e inovação podem perder essa chance de ouro”, avalia Santana.

Ela acredita ainda que a internacionalização não é apenas uma estratégia de crescimento, mas uma transformação para o empresário. “A Conexão Global quer ajudar empresas brasileiras a aproveitarem esse momento histórico, fortalecendo suas marcas e ampliando sua atuação mundialmente”, finaliza.

FONTE: TERRA.com
Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio

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