Comércio Exterior, Economia, Industria, Informação, Inovação, Investimento, Sustentabilidade

Acordo Mercosul-União Europeia será ganha-ganha, diz Alckmin

Em evento sobre desenvolvimento industrial, ministro afirmou que programa Depreciação Acelerada será ampliado para contemplar mais setores

Em debate sobre política industrial, nesta terça-feira (26), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se mostrou otimista com as negociações para o acordo entre Mercosul e União Europeia, reforçando o impacto positivo esperado para o comércio exterior.

“Estamos muito otimistas. Esse será um acordo ganha-ganha, importante para a União Europeia, Mercosul e para o Brasil. Ele trará um impulso estratégico para o multilateralismo e para a inserção competitiva do Brasil no mercado global”, disse Alckmin. Ele destacou que a Bolívia se tornou membro do bloco sul-americano e o acordo comercial com Singapura.

No evento promovido pelo BNDES e a Folha de São Paulo, que reuniu lideranças do setor, acadêmicos e empresários para discutir desafios e perspectivas para o crescimento industrial no Brasil, o ministro também destacou avanços estratégicos em diferentes áreas da indústria brasileira, impulsionados pela Nova Indústria Brasil (NIB), lançada pelo governo federal no início do ano.

“Não há como ter um país de renda mais alta sem uma indústria forte, consolidada e inovadora. Então, a primeira tarefa foi estabelecer a Nova Indústria Brasil, com seis missões”, afirmou o ministro, ao apresentar os temas das missões, que definem diretrizes para posicionar a indústria brasileira como uma força global, sustentável e competitiva.

Modernização de máquinas

O vice-presidente também informou que o programa de renovação de máquinas Depreciação Acelerada será ampliado, com a inclusão de novos setores. O programa permite que empresas depreciem bens de capital em dois anos, reduzindo custos e incentivando a modernização industrial.

“Isso reduz o custo das máquinas e equipamentos, estimula a competitividade e eleva a produtividade. A boa notícia é que estamos ampliando o alcance do programa para mais setores, com valores maiores, e o presidente Lula deve assinar o decreto nos próximos dias”, afirmou.

O vice-presidente mencionou, ainda, iniciativas para descarbonização, como o fortalecimento da bioeconomia, o aumento na mistura de biodiesel e a promoção de combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). Ele também destacou esforços para tornar o Brasil mais competitivo no comércio exterior, como o Portal Único, que promete reduzir o custo Brasil em R$ 40 bilhões por ano.

“O Brasil vive um bom momento. Reforma tributária aprovada, agora sendo regulamentada, o arcabouço fiscal vai ser cumprido, nós teremos o lançamento das medidas de contenção de gastos, medidas de melhor eficiência na área da despesa, para poder cumprir rigorosamente o arcabouço fiscal”, ressaltou o ministro.

Ele frisou, ainda, que os investimentos anunciados por diferentes setores produtivos brasileiro. “Chegamos a quase R$ 1,5 trilhão o que mostra confiança no Brasil, geração de emprego, geração de renda”, concluiu.

FONTE: MDIC.gov
https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2024/novembro/acordo-mercosul-uniao-europeia-sera-ganha-ganha-diz-alckmin

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Informação, Investimento, Logística, Negócios, Oportunidade de Mercado, Sustentabilidade, Tecnologia

WEG compra catarinense Reivax para ampliar portfólio

Aquisição permite aumentar oferta de produtos para geração e transmissão de energia, integrar tecnologias e oferecer aos clientes soluções para melhorar eficiência operacional; Operação na China deixará de ter diretor a partir de fevereiro.

 A WEG anunciou nesta terça-feira (26) a aquisição da catarinense Reivax e suas subsidiárias. A empresa fundada em Florianópolis atua nos segmentos hidrelétrico, fotovoltaico, eólico, termelétrico, subestações e industrial. Com atuação global, a Reivax é referência na América Latina e tem sólida presença na América do Norte e vendas consistentes em locais como Índia, Europa e sudeste asiático.O anúncio da compra se dá após a WEG divulgar investimentos de US$ 62 milhões na China e informar que vai extinguir o cargo de diretor superintendente no país a partir de 1º de fevereiro de 2025, com a saída do executivo Eduardo de Nóbrega. Segundo a WEG, as operações chinesas passarão a responder diretamente aos diretores superintendentes das unidades de negócios.

Ampliação de Portfólio
Segundo Carlos José Bastos Grillo, diretor superintendente de Digital & Sistemas da WEG, a aquisição da Reivax permitirá expandir o portfólio de soluções da companhia, integrar novas tecnologias e melhorar a eficiência operacional dos clientes. “A busca por eficiência e confiabilidade na indústria de energia e o foco em sustentabilidade são tendências globais que se alinham com a nossa visão e os nossos objetivos de crescimento. Esta aquisição representa uma ampliação na nossa oferta na geração e transmissão de energia, melhorando a confiabilidade e resiliência do grid que necessita evoluir com as energias renováveis, inclusive com o emprego de soluções adjacentes de sistemas armazenamento de energia por baterias (BESS) e compensadores síncronos.”

Em 2023, a Reivax apresentou uma receita operacional líquida de R$ 131 milhões, com uma margem EBITDA de 22,6%, sendo mais da metade proveniente de vendas realizadas fora do Brasil. A empresa atua no fornecimento de sistemas de controladores digitais de tensão e de velocidade para fabricantes de turbinas e geradores, além de atender empresas de geração de energia na integração destes equipamentos (geradores, turbinas, controladores).

Também oferece suporte aos clientes perante órgãos reguladores como o ONS no Brasil, fornecendo estudos, serviços especializados de modelagem e parametrização, para o melhor desenho e análise da estabilidade e resiliência do grid. A conclusão do negócio está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, dentre as quais, as aprovações regulatórias.

Com informações da assessoria de imprensa da WEG.
Fonte: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/weg-compra-catarinense-reivax-para-ampliar-portfolio

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Agronegócio, Economia, Exportação, Industria, Informação, Negócios, Notícias, Sustentabilidade

São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde

São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde.

São Paulo se reafirma como uma potência no agronegócio brasileiro, representando cerca de 20% das exportações do setor e implementando práticas que aliam tecnologia e sustentabilidade. Entre as ações recentes, destaca-se a abolição da marcação a fogo em bezerras de 3 a 8 meses durante a vacinação contra brucelose. 

A mudança, que permite a identificação por bótons, foi celebrada como um avanço no bem-estar animal e um exemplo a ser seguido por outros estados, segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

Sustentabilidade em foco

O Estado do São Paulo também se destaca em projetos de sustentabilidade, como o uso de resíduos agroindustriais em confinamentos e a compostagem dos dejetos bovinos para adubos ou energia. Essas práticas fazem de São Paulo um modelo em economia circular.

“A nossa pecuária é de longe a mais sustentável do mundo”, afirma Piai, enfatizando o uso de biometano em regiões como o Pontal do Paranapanema.

Outro marco foi a retomada da Feicorte, após dez anos, em Presidente Prudente, com foco na valorização da cadeia produtiva. O evento reforçou a força da pecuária paulista, que lidera em confinamentos e plantas frigoríficas, e a integração harmoniosa entre os elos da cadeia produtiva.

Avanço com regularização fundiária

No Pontal do Paranapanema, a regularização fundiária transformou a região. Mais de 150 mil hectares foram titulados, garantindo segurança jurídica e impulsionando investimentos privados.

“Agora o produtor pode dar suas terras em garantia no banco, abatendo gado ou investindo em reflorestamento, com a certeza de que a terra é dele”, explica o secretário.

 

FONTE: Giro do Boi
São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde – Giro do Boi

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Economia, Exportação, Gestão, Importação, Industria, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Mercado Internacional, Sustentabilidade, Tecnologia

Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping firmaram ontem uma declaração conjunta em que elevam o status da relação entre os dois países a uma “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”.

Os dois líderes assinaram 37 tratados em diferentes áreas. Entretanto, Xi não conseguiu de Lula a adesão total do Brasil ao projeto que ele pretende deixar como legado: a chamada “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. A adesão integral brasileira poderia causar mal-estar com os Estados Unidos.

Na prática, o Planalto pretende mudar o perfil de sua relação com a China, passando de mero exportador de commodities a um parceiro com integração financeira e a participação de suas indústrias nas cadeias de produção industriais chinesas. O fato de Xi ter firmado um comunicado que diz que o status da parceria foi elevado sinaliza, ao menos em tese, uma boa vontade dos chineses. O nome escolhido mescla o “Futuro Compartilhado”, usado por Xi Jinping para definir parcerias estratégicas com nações amigas, com um “tempero brasileiro”, formado por políticas relacionadas à liderança que Lula pretende exercer no palco global.

Lula recebeu Xi ontem em Brasília em uma visita de Estado – mais pomposa que as visitas oficiais. Eles tiveram reuniões no Palácio da Alvorada e, depois, jantaram no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira.

“Estou confiante de que a parceria que o presidente Xi e eu firmamos hoje excederá expectativas e pavimentará o caminho para uma nova etapa do relacionamento bilateral”, disse Lula em declaração à imprensa no Alvorada.

Xi, por sua vez, afirmou que a relação bilateral está “em seu melhor momento”. E que“a China está disposta a trabalhar com o Brasil para substanciar constantemente a comunidade de futuro compartilhado China-Brasil e defender firmemente o verdadeiro multilateralismo”.

“Juntos vamos emitir a voz alta da nova era de buscar desenvolvimento, cooperação e justiça, em vez de pobreza, confrontação e hegemonia, e vamos construir  um mundo melhor”, afirmou.

Diferentemente do que desejavam os chineses, o Brasil decidiu não aderir à iniciativa conhecida como “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. Em vez disso, concordou em usar na declaração conjunta o termo “sinergia”, para integrar a iniciativa chinesa a programas de infraestrutura como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Nova Indústria Brasil.

Com a elevação das relações “a um novo patamar”, diz o texto, “as partes concordaram em estabelecer sinergias estratégicas entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana”.

Isso servirá “para impulsionar a atualização e o melhoramento da qualidade da cooperação entre os dois países, promover os processos de modernização do Brasil e da China, e contribuir positivamente para a interconectividade e desenvolvimento sustentável regionais”.

Marca do governo Xi, a “Nova Rota da Seda” foi criada em 2013 com o objetivo de aproximar a China do resto do mundo com investimentos em infraestrutura. Mas vem ganhando contornos militares e geopolíticos nos últimos anos, sobretudo com iniciativas em áreas disputadas, como o mar do Sul da China. Segundo fontes do Planalto, a não adesão do Brasil tem caráter simbólico, evitando enviar sinais ruin spara os EUA, parceiro considerado importante.

O comunicado diz ainda que “o Brasil apoia a China a transformar-se em um grande país moderno em todos os aspectos e promover a revitalização da nação chinesa em todas as frentes através do caminho chinês para a modernização”. Em contrapartida,“a China apoia o Brasil a trilhar seu caminho de desenvolvimento justo, inclusivo, sustentável e livre da fome e da pobreza, e faz votos de novos êxitos de desenvolvimento econômico e social para o Brasil”.

“No processo de estabelecimento de sinergias estratégicas entre o Brasil e a China, as duas partes promoverão prioritariamente a cooperação estratégica em áreas como finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, investimentos, transformação ecológica, ciência, e tecnologia e inovação”, diz o texto.

Lula e Xi assinaram ainda 37 novos atos bilaterais. Foram firmadas cooperações em diversas áreas como agricultura, tecnologia nuclear, captação de recursos em bancos estatais, troca de experiências entre TVs públicas, bioeconomia, regulação de pesticidas, satélites e regras de normatização.

No âmbito financeiro, os países assinaram um contrato de captação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB). Na área de ciência e inovação, foram firmados memorandos de cooperação em bioeconomia, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear e telecomunicações via satélite. Sobre desenvolvimento sustentável foram firmados memorandos sobre transformação ecológica e desenvolvimento sustentável na mineração.

A área agrícola teve o maior número de atos firmados. Foram estabelecidos protocolos fitossanitários para exportação de uvas, requisitos para a inspeção e quarentena para a exportação de gergelim, regras para a importação de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado, e normas para exportação de sorgo do Brasil para a China.

Foram assinadas também uma carta de intenções para promover a cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola e um memorando de entendimento sobre tecnologia e regulação de pesticidas.

E foi firmado um plano de ação na área de saúde para os anos de 2024 a 2026, e um memorando de fortalecimento do turismo. Ainda foram assinados atos de cooperação audiovisual e um acordo de cooperação técnica entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a China Media Group (CMG), conglomerado de mídia estatal do país asiático.

Os países assinaram também um acordo de Cooperação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Administração Estatal para Regulação do Mercado (Administração Nacional de Normalização) da China (SAMR/SAC).

A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Entre 2003, primeiro ano do mandato Lula 1, e o ano passado, as trocas entre os dois países subiram de US$ 6,6 bilhões para US$ 157,5 bilhões. As exportações brasileiras para a China são, atualmente, quase o triplo dos embarques para os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do país.

O gráfico abaixo revela o progresso das importações de contêineres provenientes da China nos portos brasileiros entre janeiro de 2021 e setembro de 2024. Os dados são do DataLiner.

Importações de contêineres provenientes da China | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Na avaliação do professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) Vinícius Rodrigues Vieira, esse é, de fato, o melhor momento das relações entre Brasil e China.

“Parece que o Brasil conseguiu uma certa horizontalidade nas relações [bilaterais]”,afirma.

Vieira acredita que existem hoje mais chances de os laços entre os dois países prosperarem, mas pondera que as promessas de investimento chineses no Brasil vêm desde o primeiro governo Lula.

“Vejo, no contexto atual, mais chances. Mas não algo que está dado. É porque o Brasil é um grande mercado consumidor, e a China precisa fazer a roda da sua economia girar, e está tendo dificuldades domesticamente”, argumenta.

Para Vieira, a estratégia do Brasil de não aderir à Rota da Seda, mas assinar dezenas de acordos, também indica uma posição de barganha do Brasil com o Ocidente, como outras potências intermediárias, a exemplo de Turquia e Nigéria, têm feito.

“Vale muito mais a aposta de o Brasil se aproximar da China para ver o que o Ocidente tem a lhe oferecer em troca”, diz, acrescentando que já houve movimentação semelhante quando Lula foi à China e a Europa buscou aproximação. “Aderir à Rota mostraria um alinhamento político explícito [com a China].”

Fonte: Valor Econômico
Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda | Brasil | Valor Econômico

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Gestão, Social

GH & Projeto Mudando Histórias: Fator GH em ação para transformar vidas em Itajaí

No dia 9 de novembro, a GH Solucionador Logístico realizou em Itajaí, a primeira edição local do projeto Mudando Histórias, uma ação solidária em parceria com o projeto social de mesmo nome, que tem como objetivo transformar a vida de milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Com raízes em São Paulo, o projeto Mudando Histórias já impactou mais de 200 mil pessoas, levando muito mais que refeições às comunidades carentes – ele é um motor de esperança e transformação para aqueles que mais precisam.

O evento reuniu aproximadamente 100 crianças e 200 adultos, contou com o envolvimento de voluntários da GH e de nossos parceiros: Decaprio Seguros, Grupo Golden SAT, Singlec e HM Confecção e Estamparia. Mais do que um evento de entrega de alimentos, a ação proporcionou momentos de integração e troca entre a equipe GH e as crianças presentes, promovendo um espaço de alegria e acolhimento para todos.

No projeto Mudando Histórias, acreditamos que transformar vidas exige mais que ajuda pontual. A ação do dia 9 é mais um passo para tornar o mundo um lugar melhor, um prato de comida por vez, mas também uma interação, uma lembrança positiva, e uma semente de futuro. Na GH, trabalhamos para que nossa missão de conectar mercados e indústrias também seja uma missão de transformar vidas e inspirar mudanças.

SinerGHia Social

O projeto Mudando Histórias integra o nosso programa Sinerghia Social, um pilar essencial das práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) da GH. Ele reflete nosso compromisso em expandir o alcance das nossas ações sociais, promovendo um futuro mais justo e sustentável para todos. Por meio deste programa, a GH amplia seu impacto para além da logística, englobando iniciativas sociais focadas na alimentação, educação e desenvolvimento de oportunidades para adultos e crianças.

Esta ação é parte do Fator GH, nossa cultura Growth e Humanity (Crescimento e Humanidade), que orienta todas as atividades e interações da GH Solucionador Logístico. Nós entendemos que nosso papel vai muito além da logística: estamos comprometidos em promover impacto positivo nas comunidades onde atuamos, construindo conexões que fazem a diferença. Para nós, o sucesso é medido pelo bem que fazemos e pelo apoio que damos, especialmente para aqueles em maior vulnerabilidade.

Esse é o Fator GH: a união do crescimento com a humanidade para criar impacto real, ajudando a transformar histórias. Acompanhe e apoie essa jornada de transformação conosco, porque juntos, somos capazes de ir muito além.

FONTE: GH Solucionador Logístico

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Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas

Texto teve consenso entre países, mas sofreu ressalvas do presidente argentino Javier Milei antes da publicação

A Declaração de Líderes do G20 foi aprovada em consenso entre os países e publicada na noite desta segunda-feira (18). A divulgação ocorreu no site do encontro dos países. A Cúpula do Rio, que reúne os presidentes das países que respondem pelas maiores economias mundiais, ocorre até esta terça-feira (19), no Rio de Janeiro. As informações são do portal g1.

A declaração aborda três temas considerados prioritários no encontro – acordos para combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas e reforma da governança global, com mais representatividade de países emergentes em órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Além disso, o texto também pede o fim das guerras da Ucrânia e na Faixa de Gaza e defende a taxação dos ultrarricos, nomeados no documento como “indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto”. A declaração também aponta preocupações com o avanço da inteligência artificial.

Os líderes do G20 haviam negociado um consenso até o domingo, véspera do início da Cúpula do Rio. No entanto, um dos últimos países a fecharem apoio ao texto foi a Argentina, do presidente Javier Milei. Na tarde desta segunda-feira (18), o governo argentino anunciou que não iria atrapalhar o consenso do encontro do Brasil, mas deixou claro que o presidente argentino discorda de diversos pontos da declaração. Entre eles o governo argentino citou os temas ligados ao desenvolvimento sustentável, a Agenda 2030 das Nações Unidas.

A taxação de grandes fortunas, o multilateralismo e temas de clima e meio ambiente também foram alvo de embates do governo argentino na reta final das negociações entre países. Na prática, o comunicado emitido pelo governo argentino pode simbolizar um menor comprometimento do país com esses temas específicos.

Um dos pontos do impasse, a ideia de compromisso com a taxação dos super-ricos também está presente no documento. A adesão ao documento final foi o segundo gesto de recuo da Argentina. O primeiro ocorreu também na segunda-feira, quando o país aceitou integrar a Aliança de Combate contra a Fome e a Pobreza. Inicialmente, o governo argentino havia decidido ficar de fora do acordo. A criação da Aliança foi a principal medida do encontro do G20 no eixo de combate à fome e à pobreza.

Os conflitos na Ucrânia e em Gaza são outros pontos que podem gerar impasses até o fim do encontro no Rio de Janeiro. A decisão de Milei de endossar o acordo, ainda que com visão divergente de alguns aspectos, evitou uma possível derrubada da declaração.

A declaração dos líderes do G20 também reafirmou o compromisso com a Agenda 2030, ressaltando que apenas 17% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no caminho certo.

FONTE: NSC Total
Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas – NSC Total

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Porto de Santos inaugura novo posto de eletrificação para rebocadores

Na próxima quinta-feira (14), às 14h30, o Porto de Santos dará um passo significativo rumo à sustentabilidade e a descarbonização, com a inauguração de um moderno sistema de Onshore Power Supply (OPS) no cais da curva do armazém 23.

Esse projeto inovador de eletrificação possibilitará que até três rebocadores, atracados simultaneamente, sejam abastecidos com energia limpa diretamente do cais, permitindo que desliguem seus geradores a diesel durante as estadias nos cais.

Fruto de uma parceria entre a Autoridade Portuária de Santos (APS), a empresa Wilson Sons e a IC Supply, o novo sistema busca reduzir o impacto ambiental das operações portuárias e marca uma transformação sustentável nas operações de rebocadores. A energia utilizada é 100% renovável, proveniente da hidrelétrica de Itatinga, com potencial de reduzir a emissão diária de 8,4 toneladas de dióxido de carbono, além de 165 kg de óxidos de nitrogênio, 21 kg de dióxido de enxofre e 6 kg de material particulado.

Além do novo posto, o Porto de Santos também conta com um ponto de eletrificação no Cais da Marinha, voltado ao atendimento das embarcações da Marinha do Brasil.

O Presidente da APS, Anderson Pomini, afirma que “este projeto coloca o Porto de Santos na vanguarda global das iniciativas sustentáveis em portos, alinhando-o com as metas internacionais de descarbonização e contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental e da relação Porto-Cidade”. A APS ainda planeja expandir a infraestrutura de eletrificação, com a instalação de mais cinco painéis até o final de 2025.

Essa iniciativa reflete o compromisso do Porto de Santos com a inovação e com o desenvolvimento de práticas que fortalecem a sustentabilidade em uma das mais importantes portas de entrada e saída de mercadorias do país.

FONTE: Datamar News
Porto de Santos inaugura novo posto de eletrificação para rebocadores – DatamarNews

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Evento na FIESC debate associativismo e competitividade no dia 21

Fórum Radar traz executivos como Neivor Canton, Roberto Zagonel, Daniel Godinho e Ana Rita Vieira para discutir desafios da indústria de SC para se manter competitiva e como parcerias estratégicas colaboram para o desenvolvimento industrial

Temas que impactam a competitividade, como o Custo SC, a sustentabilidade e a inovação centram os paineis e palestras do  Fórum Radar. A última edição do evento em 2024 está marcada para o próximo dia 21 de novembro, na sede da Federação das Indústrias de SC (FIESC), em Florianópolis.

O evento tem início às 13h30 e a primeira palestra é com o conselheiro executivo do Movimento Brasil Competitivo Rogério Desio Cauiby, que fala sobre Custo Santa Catarina: Desafios para uma indústria competitiva.

Em seguida, o Fórum Alumni EMC-UFSC promove o debate sobre Oportunidades e desafios para a cadeia de máquinas e equipamentos, com a participação dos CEOs André Odebrecht (Bovenau e Cassava), Edvaldo Ângelo (Metisa), Guido Dellagnelo (Futura) e Marcio Schissatti (B&L) e também dos executivos Daniel Godinho (WEG) e Daniel Moraes (Tupy).

As parcerias estratégicas como ferramentas para aumentar a competitividade das empresas são tema do painel com a diretora da Baly, Dayane Titon Cardoso, e o presidente da Zagonel, Roberto Zagonel.

A sustentabilidade e a agenda ESG serão foco de dois painéis. No primeiro, a executiva da Viplan e presidente do Sinduscon Joinville, Ana Rita Vieira, e a diretora-executiva do JBS Biotech Innovation Center, Fernanda Berti, debatem o papel da liderança frente aos desafios do mercado para negócios sustentáveis. No segundo, a executiva Patrícia Maeda traz o case do grupo Fleury nos pilares ESG, inovação e excelência.

Neivor Canton, presidente da Aurora Coop, fala sobre como o associativismo pode se tornar uma ferramenta impulsionadora da competitividade industrial. O evento termina com a participação do ex-técnico da seleção masculina de vôlei, Renan Dal Zotto, com uma palestra sobre liderança e a busca pela excelência.

Serviço:
O quê: Radar Reinvenção – Associativismo e Competitividade
Quando: 21/11 das 13h30 às 19h10
Onde: Sede da FIESC em Florianópolis
Inscreva-se. As vagas são limitadas.

FONTE: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Evento na FIESC debate associativismo e competitividade no dia 21 | FIESC

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Portonave recebe prêmio internacional em Cibersegurança Portuária

Terminal Portuário foi reconhecido na 10ª edição do Prêmio Marítimo das Américas, realizada na Guatemala

A Companhia conquistou o Prêmio Marítimo das Américas em Cibersegurança Portuária pelas ações e investimentos realizados em prol da proteção digital. A cerimônia de premiação foi realizada na capital da Guatemala, a Cidade de Guatemala, pela Comissão Interamericana de Portos (CIP), na última semana. O reconhecimento demonstra o compromisso da Portonave com a segurança da informação. Na categoria Cibersegurança Portuária, mais de 20 portos e terminais de sete países das Américas se inscreveram.

O Terminal Portuário, em conjunto com sua acionista, a Terminal Investiment Limited (TiL), vem estruturando o Sistema de Gestão em Segurança da Informação, que inclui a criação de uma equipe especializada, a revisão constante de processos em adesão às melhores práticas, a implantação de recursos tecnológicos de segurança mais modernos disponíveis no mercado e, especialmente, a conscientização dos profissionais.

A empresa também participa anualmente de exercícios como o Guardião Cibernético do Governo Federal, assim como de diversas auditorias, com o intuito de prevenir incidentes cibernéticos. Jardel Fischer, Gerente de Tecnologia da Informação da Portonave, destaca a importância da cibersegurança para a Companhia, “Sempre buscamos implantar as melhores práticas globais em segurança da informação. Para isto, investimos tanto em processos de tecnologia quanto nas equipes, com objetivo de garantir integridade e confidencialidade de dados.”

Em 2023, o Terminal foi reconhecido na Categoria de Empoderamento e Igualdade pelo Prêmio Marítimo das Américas, com o seu Programa de Apoio à Maternidade realizado entre as profissionais. O reconhecimento é realizado pela Comissão Interamericana de Portos (CIP). A organização reúne autoridades portuárias de 34 países. Também, envolve líderes da indústria marítimo-portuária destes países com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor com segurança, competitividade, sustentabilidade e inclusão.


Jardel Fischer, Gerente de TI, representou a Portonave na Guatemala

Sobre a Portonave

A Portonave é o primeiro terminal portuário privado de contêineres do país e iniciou suas operações há 17 anos. Localizada em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, a empresa é responsável por 12% das movimentações de contêineres cheios no Brasil e 51% no Estado, segundo o Datamar, consultoria especializada no modal marítimo, de janeiro a setembro. Já movimentou mais de 1 milhão de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), de janeiro a outubro deste ano. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a Portonave é o terminal mais eficiente na produtividade de navio, com média de 119 Movimentos por Hora (MPH).

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“Zonas francas geram cadeias produtivas que promovem o desenvolvimento local”

A presidente da AZFA, Claudia Pellerano, destacou os benefícios do regime para promover o desenvolvimento produtivo.

As zonas francas são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento econômico em várias regiões do mundo, facilitando o comércio exterior e atraindo investimentos estrangeiros. Essas áreas especiais oferecem incentivos fiscais e regulatórios que favorecem a geração de empregos, o desenvolvimento de cadeias produtivas com empresas locais, a transferência de tecnologia e o aumento das exportações, contribuindo assim para o crescimento econômico dos países.

Nesse contexto, a Associação de Zonas Francas das Américas (AZFA) se destaca como uma guilda com 26 anos de experiência, que defende e promove o uso de zonas francas na Ibero-América.
Claudia Pellerano, presidente da AZFA, conversou com serindustria.com.ar sobre como eles trabalham para fortalecer a competitividade dos 20 países membros da entidade e promover a colaboração, reconhecendo a importância deste instrumento na economia regional e sua capacidade de gerar sinergias que beneficiem todos os atores envolvidos. Com mais de 25 anos no setor, Pellerano destacou que as zonas francas não apenas promovem o desenvolvimento econômico, mas também contribuem para a estabilidade social e a sustentabilidade da região.

O que as zonas francas representam para a Ibero-América?

Cada vez mais países da Ibero-América estão desenvolvendo zonas francas, que se tornaram verdadeiros ecossistemas de competitividade. Esse regime não apenas gera empregos formais, mas também produz divisas por meio de investimentos estrangeiros e exportações. Por exemplo, na República Dominicana, 68% das exportações em 2023 vieram de zonas francas; na CostaRica 60%; e em El Salvador mais de 75%. Além disso, a transferência de tecnologia é essencial, uma vez que as multinacionais que investem e se instalam nessas áreas operam sob padrões internacionais de alta competitividade. Isso requer um nível de educação que contribua para aumentar a formação intermediária nesses países. De fato, as organizações multilaterais estão recomendando as zonas francas como uma ferramenta fundamental para os países emergentes fortalecerem suas economias e alcançarem a estabilidade social.

Como você lida com a percepção de que as zonas francas representam uma perda de receita para os estados?

Geramos estatísticas sobre o nível de investimento e os efeitos que esse investimento gera no setor de zonas francas para os países que o possuem. Esses estudos, medidos em moeda local, mostram, por exemplo, que na República Dominicana, para cada peso isento, a economia dominicana recebe 10 pesos. No Uruguai é de 1 a 6. Na Colômbia, 1 a 3. Honduras 1 a 4. El Salvador 1 a 6. É uma ferramenta que gera no nível de investimento, é um excelente negócio para o governo realmente fazer uma isenção de 1 e receber 6 de volta. É por isso que a perda de receita é um mito que desmascaramos estatisticamente com estudos independentes mostrando que é um investimento que acaba gerando mais lucro do que aparenta.

Em sua função em uma entidade que reúne diferentes países, como você trabalha para evitar a concorrência desleal entre eles na busca de maiores benefícios para suas zonas francas?

Na AZFA, procuramos criar sinergias para tornar a nossa região mais atrativa para investimento. Estamos cientes de que cada país tem seus pontos fortes e que podemos nos complementar. A cadeia logística é composta por muitos elos e nosso objetivo é que cada um deles seja realizado no país que possui as maiores capacidades nesse aspecto, conseguindo assim uma cadeia logística verdadeiramente eficiente para o cliente final. É por isso que, muitas vezes, uma parte de um produto é produzida em um país, depois transportada por uma empresa de logística para outro país para ser transformada e montada com outras peças, e o produto final pode ser finalizado em outro país antes de chegar a um mercado que, em nossa região, geralmente é voltado para o mercado norte-americano. Como associação, posicionamos o setor de zonas francas como uma ferramenta de desenvolvimento e compartilhamos boas práticas de governança que podem ser replicadas em diferentes países, para que sejamos competitivos como região. Estamos cientes de que a história mudou. Embora tenhamos falado muito sobre globalização, com tudo o que aconteceu, o conceito de regionalização está mais presente do que nunca. Somos países pequenos e economias em desenvolvimento que, por si só, não são tão competitivos quanto quando nos agrupamos para competir com economias muito maiores, como o México ou o Brasil. Portanto, temos certeza de que complementar um ao outro é mais benéfico do que competir entre si na atração de investimentos.

Essa integração ou complementaridade é complicada principalmente por questões políticas em cada país?

Garantimos que não nos envolvemos em questões políticas. Somos uma entidade social e econômica que contribui de forma diferente para nossos respectivos países. Um dos fatores que fortaleceu o setor de zonas francas é a existência de marcos legais definidos e claros em cada um desses países. Isso permite que, independentemente do governo no poder, haja um nível de estabilidade que muitas vezes não está presente no restante da economia, o que confere maior solidez ao setor. Descobrimos que uma estrutura legal estável, que regula adequadamente e proporciona tranquilidade aos investimentos, é a melhor maneira de incentivar o planejamento de longo prazo. Esses tipos de investimentos não são temporários. Exigem o desenvolvimento de equipamentos e processos que não podem ser alterados de um dia para o outro, e sua natureza é orientada para um horizonte de longo prazo.

No caso da Argentina, o regime só permite que o processo de produção seja desenvolvido em algumas zonas francas específicas e entre no mercado local. Como essa situação é tratada em outros países ibero-americanos e quais estratégias foram implementadas?

A estrutura e a regulamentação das zonas francas variam entre os países e evoluíram ao longo do tempo para facilitar e enriquecer os processos. Na maioria dos países, uma zona franca é definida como uma área geográfica delimitada que oferece benefícios específicos às empresas que nela operam. Dentro desta área, as operações industriais ou de serviços gozam de isenções fiscais ou tarifárias. No entanto, se esses produtos ou serviços quiserem entrar no mercado local, eles devem cumprir certos regulamentos. Isso implica pagar impostos e tarifas como se fossem produtos importados, permitindo que eles entrem formalmente no mercado nacional. Além disso, alguns países permitem um “internamento transitório”, ou seja, a saída temporária de matérias-primas ou produtos para serem processados externamente por empresas locais, contribuindo para o desenvolvimento de fornecedores nacionais. Isso funciona sob um acordo que estipula que o produto deve retornar à zona franca após o processamento. Por exemplo, uma peça metálica que requer um processo específico pode ir para o mercado local, ser processada por um fornecedor especializado e depois retornar para continuar seu tratamento na zona franca. Existe ainda a possibilidade de transferência entre diferentes zonas francas, o que mantém o estatuto de zona franca do produto mesmo quando é transportado para outra área com estes benefícios, permitindo assim o seu processamento e transformação. Por fim, quando um produto é nacionalizado para entrar definitivamente no mercado local, devem ser pagos os impostos e taxas correspondentes. Em alguns países, essa nacionalização implica um imposto adicional por vir de uma zona franca, enquanto em outros são aplicados apenas impostos regulares, equivalentes aos de um produto importado.

A zona franca deve ser considerada exclusivamente como uma ferramenta para o desenvolvimento do comércio exterior?

As zonas francas não apenas impulsionam o comércio exterior, mas também geram cadeias produtivas que promovem o desenvolvimento local, que é, em última análise, um dos principais objetivos dos países. O crescimento de uma nação não depende exclusivamente da expansão de seu comércio exterior. Exige também a melhoria da sua estabilidade social, o aumento do nível de desenvolvimento da sua população, a garantia de uma economia sólida e a promoção da independência económica sustentável. Portanto, as zonas francas são ferramentas estratégicas que beneficiam tanto local quanto internacionalmente, contribuindo para o bem-estar geral do país.

Pela sua experiência, é necessário que o país determine quais setores podem participar de uma zona franca, ou algum setor que deseje fazê-lo deve ser autorizado a se estabelecer livremente?

A perspectiva sobre as zonas francas pode variar consideravelmente entre a visão nacional e a de um empreendedor. Em muitos países, esforços têm sido feitos para estabelecer amplos marcos legais que permitam a inclusão de várias operações dentro de zonas francas, desde que gerem transformações e cadeias produtivas, sem restringi-las a setores específicos. Isso é crítico porque os setores críticos muitas vezes podem estar entrelaçados com setores secundários que também são necessários. Por exemplo, ao analisar o setor de dispositivos médicos, observa-se que ele engloba diversas atividades, como injeção e esterilização de plásticos, além de processos mais tradicionais como a costura. Todas essas atividades alimentam um ecossistema vital para muitas empresas do setor. Como tal, é mais benéfico focar a atenção nos tipos de processos necessários, em vez de se limitar a setores específicos. No entanto, muitos países identificaram setores críticos ou de alta importância para incentivá-los ainda mais. Se um país tem a educação certa para atrair investimentos em áreas como eletrônicos ou dispositivos médicos, ele pode optar por promover esses setores de maior valor agregado sem desencorajar atividades tradicionais, como costura e calçados, que são igualmente fundamentais para seu desenvolvimento. Essa estratégia permite a rotação do desenvolvimento da infraestrutura. Para focar em setores prioritários, é necessário fazer alguns trabalhos preliminares, que incluem o desenvolvimento da infraestrutura necessária, como parques industriais, conectividade logística e serviços de segurança. Além disso, é necessário garantir que os serviços básicos, como energia e água, estejam disponíveis para essas indústrias. O talento humano também é crucial; A população precisa ter a educação e as habilidades necessárias para atrair investimentos. Essa é uma pergunta recorrente: o que vem primeiro, o desenvolvimento ou a busca por investimentos? Cada país pode ter a sua própria resposta, mas é evidente que o sucesso reside na selecção eficaz dos sectores prioritários. Um exemplo claro é a República Dominicana, que anos atrás decidiu diversificar sua cesta de produção além da produção tradicional de calçados e costura. Essa estratégia de diversificação, que incluiu o fortalecimento do setor de dispositivos médicos, fez com que esse setor se tornasse o principal exportador do país, depois do setor de mineração. Essa experiência demonstra como o planejamento estratégico pode levar a um desenvolvimento significativo e sustentável em zonas francas.

Por que o regime de zonas francas é tão importante, especialmente na América Central e no Caribe?

A América Central e o Caribe têm uma posição estratégica em relação aos Estados Unidos, graças à sua proximidade geográfica que facilita a interconectividade. A região oferece conexões tanto por terra quanto por várias rotas, e as zonas francas têm sido uma das maiores geradoras de renda e emprego nesses países. Essas áreas contribuíram significativamente para a redução da pobreza, abordando esse problema de forma eficaz. O emprego gerado pelas zonas francas é crucial para a paz social, pois oferece oportunidades para uma ampla gama de perfis humanos. Isso inclui pessoas com um nível limitado de educação, como é comum em muitos de nossos países, a profissionais com habilidades altamente competitivas em nível internacional. A capacidade das zonas francas de oferecer emprego em diferentes níveis de educação e competência é um fator-chave para seu sucesso. Em um contexto em que é difícil para os países em desenvolvimento gerar empregos formais em larga escala, as zonas francas representam uma solução viável e eficaz, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Você ressalta que não é conveniente estabelecer restrições quanto aos setores que podem participar, mas é aconselhável determinar em qual região ou local de um país uma zona franca deve ser instalada?

Esclarecendo meu ponto, acredito que não é benéfico limitar o investimento em setores específicos, mas é positivo escolher em qual tipo de setor você deseja se concentrar. Quanto à localização desses investimentos nos países, as zonas francas têm se mostrado eficazes, pois estão espalhadas por todo o território nacional. Isso é muito positivo, pois ajuda a evitar a migração para as grandes cidades e permite a geração de cooperatividade, investimentos e riqueza no campo, nas pequenas cidades e nas periferias. De acordo com os níveis de infraestrutura que são desenvolvidos nesses locais, podem ser localizadas empresas específicas que aproveitam as habilidades e a educação disponíveis em cada região. Em nosso país, temos um mapa que analisa o percentual de emprego direto fornecido pelo setor da zona franca em cada província. Tenho certeza de que essas informações são acessíveis em outros países, pois fazem parte do sucesso dessas áreas: não apenas contribuem para o desenvolvimento das grandes cidades, mas também ajudam a elevar a média da educação em nível nacional. Embora algumas áreas tenham maior desenvolvimento e acesso do que outras, a dispersão das zonas francas é o que favorece uma distribuição mais equitativa do crescimento e da estabilidade econômica do país.

Qual é a sua opinião sobre o fato de que na Colômbia uma empresa pode solicitar o regime de zona franca individualmente? Essa abordagem é apropriada ou seria melhor estabelecer parques industriais para esse fim?

Acho que as zonas francas e outras ferramentas econômicas são diferentes e cada uma tem sua razão de ser. Eles são chamados de nomes diferentes em diferentes países e são implementados de maneiras diferentes, mas é importante reconhecer que existem tipos de operações mais adequadas para ambientes que fomentam um ecossistema eficiente e sinérgico, onde as soluções oferecidas pelo parque beneficiam os clientes e promovem a troca entre eles. No entanto, existem outras operações que, devido à sua natureza – seja por requisitos de localização ou pelo tipo de matéria-prima ou insumos de que necessitam – podem exigir condições diferentes. Por exemplo, em alguns países, “água livre especial” é conhecida como aquelas que requerem alto consumo de água e, portanto, devem estar localizadas perto de fontes aquíferas. Nesse caso, não seria apropriado colocá-los em um parque industrial no meio de uma cidade. Tudo isso tem suas razões de ser. As aprovações individuais de zonas francas são geralmente viáveis e recomendadas, embora gerem uma necessidade adicional de controle, pois essas operações podem estar localizadas em locais menos controlados. Por esta razão, muitos países exigem que as empresas estejam localizadas dentro de um parque, a menos que se trate de um “parque unicomercial”, onde a natureza da empresa justifique o seu estabelecimento independente ou onde a sua dimensão não permita a sua integração num parque. Cada país tem buscado uma forma de dividir esses dois conceitos, analisando o que é mais eficiente e necessário para o seu contexto específico.

A Ibero-América é composta por muitos países, mas você vê que os regimes de zonas francas em cada um deles estão sendo atualizados de acordo com a demanda internacional?

Acho que os processos estão sendo atualizados, mas nem todos os marcos legais fazem isso. É essencial considerar ambos os aspectos. As estruturas legais são fundamentais para a estabilidade do investimento. Se eles são constantemente alterados, a incerteza é gerada no investidor, que poderia perguntar: “Se eu investir aqui pensando que estarei aqui por 20 anos, o que acontecerá se em dois anos as regras do jogo mudarem?” É, por isso, essencial que haja estabilidade no quadro jurídico. Isso não significa que processos, procedimentos e controles não possam ser atualizados. As leis fornecem orientação sobre as regras, enquanto os processos e procedimentos são responsáveis por garantir que os produtos, as informações e as origens do investimento sejam tratados de forma consistente. Esses controles podem existir independentemente das próprias leis. É crucial que os marcos legais mantenham sua estabilidade e permanência, evitando mudanças constantes. A governança mais eficaz é alcançada quando há colaboração entre o setor privado e o setor público. Quando ambos trabalham juntos na geração de procedimentos e normas, soluções mais sustentáveis e de longo prazo podem ser implementadas, que é exatamente o que se busca atualmente. Um investidor que considere onde liquidar avaliará a situação legal. Se você perceber que nos últimos cinco anos houve várias mudanças na estrutura legal, você pode pensar: “Não quero estar em um lugar onde todos os dias acordo sem saber o que esperar”. Portanto, a estabilidade é fundamental.

No caso da Argentina, por exemplo, muitas empresas de serviços se estabeleceram no Uruguai porque seu regime de zona franca é muito mais benéfico. Como resolver essa situação se a Argentina não está disposta a atualizar seu regime?

Não tenho conhecimento pormenorizado sobre a situação na Argentina e devo admitir que não estou totalmente informado sobre o alcance das suas zonas francas. Em particular, não sei se eles são mais orientados para o comércio ou serviços, ao contrário de muitas de nossas zonas francas, que não são focadas no comércio. Nesse contexto, usamos o termo zonas de livre comércio para nos referirmos àquelas que se dedicam a atividades comerciais. Estamos utilizando muito o conceito de ecossistemas de competitividade, que envolve a criação de um ambiente favorável para as empresas que atuam nessas áreas, além da simples venda de produtos. Os países estão aprendendo com as experiências uns dos outros para definir suas próprias estratégias. Parte do nosso trabalho é apoiar os países na identificação de seus pontos fortes e no compartilhamento de informações sobre o que está sendo feito em outras nações, para que possam tomar decisões informadas. Os países que ainda não desenvolveram as suas zonas francas da forma que mencionei têm de rever o seu quadro jurídico e, em muitos casos, criar o seu próprio quadro jurídico que realmente incentive o investimento. Vários países estão atualmente nesse processo. Por exemplo, o Uruguai tem sido muito proativo e alcançou um desenvolvimento significativo nos últimos anos. Trabalhamos em estreita colaboração com eles neste processo. É importante ver as zonas francas não apenas como ferramentas para o comércio, mas também como oportunidades para o desenvolvimento de serviços, como desenvolvimento de software e outras áreas tecnológicas, bem como para transformação e manufatura. Isso pode ajudar a incentivar mais comércio na região, especialmente considerando sua localização no sul.

Existe uma tendência para mais e mais zonas francas?

Definitivamente, essa é a tendência que estamos observando. Posso dizer que comecei no setor de zonas francas em 1997 e, desde então, o número de zonas francas em todo o mundo cresceu exponencialmente. Isso pode ser evidenciado observando as associações globais de zonas francas e o surgimento de várias associações regionais aplicando abordagens diferentes em cada país. Existem zonas francas que realizam processos muito simples, desde a montagem de produtos têxteis, até aquelas altamente sofisticadas que se dedicam à produção de microchips. Isso demonstra a ampla gama de possibilidades para a implementação de zonas francas em diferentes contextos. Todos os países, inclusive os mais desenvolvidos, estão adotando esse modelo. Portanto, o que realmente precisamos é identificar, de acordo com a realidade de cada país e a disponibilidade de seu talento humano, quais são as melhores opções para focar em setores específicos e nos preparar adequadamente para atrair investimentos. Um exemplo claro disso é o que o Uruguai fez há alguns anos, onde definiu seus setores estratégicos. Os resultados dessa decisão refletiram-se claramente no seu crescimento e desenvolvimento.

Qual é o modelo a seguir para os países que compõem a associação?

Como presidente de uma associação que reúne mais de 20 países membros, posso dizer que temos exemplos de zonas francas que foram modelos. De fato, desenvolvemos um modelo dentro da associação para que as zonas francas que desejam se autoavaliar possam garantir que estejam alinhadas com as tendências globais de qualidade, segurança, controles e governança. Se eu estivesse avaliando a situação das zonas francas em diferentes países, procuraria exemplos de países que compartilham realidades econômicas semelhantes e que têm soluções que já estão funcionando, bem como marcos legais estabelecidos e eficazes. Nesse sentido, a República Dominicana se destaca como um caso muito forte no setor de zonas francas, assim como a Costa Rica, que sempre esteve na vanguarda nessa área. É fundamental fazer uma análise do perfil de cada país para determinar qual modelo melhor se adapta às suas necessidades. Por exemplo, poderia referir que a Irlanda tem soluções muito interessantes, mas que não se enquadram necessariamente nas circunstâncias locais de cada país. Dentro da região, existem países que podem ser considerados referências, aqueles que tiveram mais tempo nesse modelo e que demonstraram um maior nível de emprego e investimento. No entanto, não consigo apontar um único modelo a seguir, pois cada país tem suas particularidades e exigências.

Até que ponto a pandemia de COVID-19, juntamente com as mudanças no nearshoring provocadas pelo conflito Rússia-Ucrânia e eventos recentes em Israel, influenciaram o crescimento das zonas francas?

Este é um ponto crucial e reflete uma tendência cíclica na história econômica. A discussão sobre nearshoring começou no contexto das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e se intensificou com a pandemia e outros conflitos recentes. Isso levou a uma reavaliação da globalização, caminhando para uma regionalização mais estratégica. No passado, falávamos em “just in time” para otimizar os estoques, mas agora o foco mudou para “just in case”, o que implica manter níveis de estoque mais altos como medida de precaução. Essa evolução levou a uma mudança significativa na maneira como as empresas olham para suas cadeias de suprimentos. Eles não estão mais procurando apenas estar perto de seus clientes finais, mas também de fornecedores e de todos os elos da cadeia de transformação. A pandemia evidenciou a fragilidade desses sistemas e a necessidade de maior proximidade e resiliência. Além disso, o conceito de “Friend Shoring” ganhou relevância. Hoje, as demandas não se limitam ao custo e disponibilidade dos produtos. Eles se estendem a como e com quem são produzidos. Sustentabilidade e governança são agora fatores-chave. As empresas estão sendo avaliadas não apenas por seus preços, mas também por seus princípios e práticas. Isso levou à criação de regulamentos e normas complementares ao quadro legal existente que garantem a conformidade com as normas internacionais. Por exemplo, na área de comércio e segurança, muitos países implementaram certificações, como o Operador Econômico Autorizado (OEA), que certifica a eficácia de seus agentes alfandegários e logísticos. Isso não apenas fortalece a credibilidade dos países nos mercados internacionais, mas também facilita processos mais ágeis e eficientes. Assim, o foco não está apenas em “fazer”, mas em “como se faz”. A governança adequada nos setores público e privado é essencial para atender a esses novos padrões e garantir um ecossistema de competitividade que possa se adaptar às necessidades em constante mudança do mercado global.

De certa forma, as Zonas Francas acabam sendo um selo de qualidade…

Exatamente, a ideia de um parque de zona franca como um ecossistema integral é fundamental para maximizar a eficiência e o controle. Ao centralizar a infraestrutura e os serviços de segurança, as empresas que operam nesses parques podem se beneficiar de um ambiente mais seguro e organizado, que inclui segurança física e segurança operacional. Essa abordagem não apenas otimiza recursos, mas também facilita a implementação de projetos relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente. Por exemplo, uma fazenda pode investir em sistemas de tratamento de água e geração de energia renovável, o que seria muito mais complicado e caro para uma empresa individual. Ao compartilhar esses recursos, o custo é reduzido e a viabilidade financeira de tais projetos é melhorada. Além disso, essa sinergia entre as empresas do parque permite uma troca de conhecimentos e melhores práticas que fomenta a inovação. As empresas podem colaborar em áreas como pesquisa e desenvolvimento, o que lhes confere uma vantagem competitiva no mercado. Unificar esses esforços em um único espaço não apenas cria um ambiente mais produtivo, mas também promove um senso de comunidade e colaboração que é essencial no contexto de negócios atual. No final, esses parques atuam como catalisadores do crescimento, proporcionando não apenas um local para operar, mas um ambiente dinâmico que apoia a sustentabilidade, a eficiência e o desenvolvimento de longo prazo das empresas que ali se estabelecem.

No caso da China, as zonas econômicas especiais desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento do país. Você acha que esse regime também pode ser classificado como zona franca?

De fato, a terminologia e a estrutura das zonas francas e seus equivalentes variam significativamente de país para país. Esse fenômeno reflete não apenas diferenças culturais e econômicas, mas também a evolução das políticas comerciais e dos padrões de desenvolvimento econômico ao longo do tempo. As zonas francas, ou como são chamadas em diferentes contextos, foram projetadas para incentivar o comércio e o investimento, oferecendo incentivos como isenção tarifária e outras regulamentações. No entanto, como você mencionou, ao longo dos anos, esses espaços tiveram que se adaptar às novas realidades do comércio global e às necessidades das empresas que operam dentro deles. No caso do México, por exemplo, o sistema maquiladora é um bom exemplo de como a manufatura e o comércio podem ser promovidos sem necessariamente serem rotulados no conceito de zona de livre comércio. Essas “zonas francas” permitem que as empresas operem com certas flexibilidades fiscais, mas nem sempre têm a mesma estrutura legal ou benefícios normalmente associados às zonas francas em outros países. O foco nos “ecossistemas de competitividade” que você mencionou é particularmente interessante, pois permite maior flexibilidade na implementação de políticas e programas adaptados às necessidades locais e setoriais. Em vez de se conformar a um modelo rígido de zona franca, os países podem criar ambientes mais dinâmicos que integrem não apenas produção e comércio, mas também inovação e sustentabilidade. Isso também é visto no caso da China, onde desenvolveram zonas econômicas especiais que vão além da simples manufatura e comércio, criando espaços inteiros dedicados à tecnologia e inovação. Assim, a evolução das zonas francas e suas alternativas demonstra uma tendência de adaptação e inovação, buscando sempre maximizar o potencial econômico de cada região. Cada país, ao adotar um modelo que se adapte ao seu contexto específico, pode promover um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, que não se limite apenas a atrair investimentos, mas também impulsione o crescimento econômico de longo prazo.

Qual é a sua opinião sobre as maquilas?

Ao longo das décadas, o conceito e a prática da manufatura mudaram radicalmente, e muitos dos estigmas ou percepções negativas que podem ser associados às maquiladoras vêm de realidades passadas que não se aplicam mais. Maquilas, originalmente, se concentrava na produção em massa de mão-de-obra intensiva, muitas vezes em condições de trabalho que seriam inaceitáveis hoje. No entanto, a modernização dessas fábricas trouxe consigo não apenas melhorias nas condições de trabalho, mas também uma crescente integração de tecnologias avançadas nos processos de fabricação. Agora, muitas dessas instalações são altamente automatizadas e se concentram na qualidade, inovação e sustentabilidade. O fato de as fábricas estarem adotando práticas mais eficientes e sustentáveis, bem como ambientes de trabalho mais saudáveis e ergonômicos, reflete uma mudança significativa na indústria. Essa mudança de paradigma implica que os trabalhadores não são apenas operadores, mas estão envolvidos em processos que exigem habilidades técnicas mais sofisticadas, o que também pode levar a melhores oportunidades de emprego e desenvolvimento profissional. Por outro lado, o uso do termo “maquila” em vez de “zona franca” em determinados contextos pode limitar a percepção do que essas instalações realmente representam hoje. Como você corretamente indica, uma maquila pode ser vista simplesmente como uma fábrica, mas o conceito evoluiu para abranger muito mais, incluindo inovação e integração da cadeia de suprimentos. O desafio é comunicar efetivamente esse desenvolvimento ao público e às partes interessadas. É fundamental destacar as transformações ocorridas no setor, bem como os benefícios que essas instalações podem oferecer tanto para as economias locais quanto para as comunidades em que operam. Isso não apenas ajuda a mudar a narrativa, mas também pode atrair novos investimentos e talentos para o setor, contribuindo para seu desenvolvimento contínuo. Portanto, a chave é continuar posicionando esses espaços como ecossistemas de inovação e competitividade, em vez de se limitarem aos rótulos do passado.

Por que é importante para um país ter um regime de zona franca?

É essencial para qualquer país avaliar e desenvolver um setor de zonas francas, pois eles constituem uma ferramenta para a estabilidade social e econômica, bem como um raro motor de desenvolvimento. Este setor trabalha com e para o povo, gerando emprego formal e melhorando a educação, ao mesmo tempo em que atrai investimentos estrangeiros, permitindo que o país seja menos dependente de suas economias e se torne mais competitivo sob padrões de conformidade atualizados. Em geral, isso eleva o padrão interno, o que, por sua vez, gera mais empregos. Por ser altamente institucionalizado e regulamentado, o setor de zonas francas, por ter incentivos, deve operar de forma mais transparente e prestar contas de sua operação e resultados, cumprindo as regulamentações internacionais. Isso contribui para o país em vários setores. Além disso, devido ao seu foco internacional, esse setor promove padrões de sustentabilidade que incluem o trabalho inclusivo, bem como a participação das mulheres na força de trabalho. Isso não apenas ajuda as mulheres, mas também aumenta as oportunidades educacionais, o que contribui para o crescimento e o desenvolvimento. Em conclusão, as zonas francas são uma ferramenta que todos os países devem avaliar, pois é difícil encontrar outro setor que ofereça tantas vantagens em um contexto tão amplo e de forma tão abrangente.

FONTE: Ser Industria
“Zonas francas geram cadeias produtivas que promovem o desenvolvimento local” – Ser Indústria

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