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Dólar deve cair abaixo de R$ 6 com fiscal no preço, diz Allianz

O dólar deve cair abaixo de R$ 6 nos próximos meses com os riscos fiscais já precificados pelo mercado financeiro e a ajuda dos juros mais elevados no Brasil, diz Carlos Carranza, gestor de portfólio da Allianz Global Investors baseado em Londres.

“Nós temos uma visão construtiva do real e, se as pressões sobre as moedas emergentes terminarem após a posse do presidente Trump, não seria surpresa o dólar romper os R$ 6,00, para um nível mais baixo”, disse em entrevista.

O gestor afirmou que a Allianz tem posições em Brasil, embora sem especificar um valor. Globalmente, a AGI tem 560 bilhões de euros em ativos sob administração.

O dólar fechou no nível dos R$ 6,10 na sexta-feira e devolveu parte do alívio das primeiras semanas de 2025, quando alguns investidores voltaram a vender a moeda depois do forte fluxo de saídas do final do ano passado.

A moeda brasileira deve ser beneficiada pela busca do investidor pelo diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, avalia Carranza. O Banco Central já sinalizou ao menos mais duas altas da Selic de 1 ponto percentual até março, o que levaria a taxa para acima de 14%, enquanto os juros nos EUA podem ser reduzidos, segundo o gestor.

Se o risco fiscal foi o grande fator por trás da disparada do câmbio no ano passado, quando a moeda subiu 27% – maior avanço desde 2020 -, as maiores ameaças neste ano podem vir do exterior. Ele cita eventuais impactos das políticas de Donald Trump nos EUA e uma eventual não confirmação da expectativa de redução dos juros do Federal Reserve — dados fortes de empregos no país em dezembro levaram o mercado adiar a aposta em novo corte do Fed para o segundo semestre.

Carranza acredita, entretanto, que os ativos brasileiros tendem a ser menos afetados do que os de outros países em caso de uma “guerra comercial” de Trump. O presidente eleito tem ameaçado impor tarifas contra parceiros comerciais dos EUA, como a China, México e Canadá.

À exceção do México, a América Latina é menos vulnerável à guerra comercial e pode se beneficiar da realocação de investimentos em relação aos países mais diretamente atingidos, disse o gestor.

FONTE:  Bloomberg
Dólar deve cair abaixo de R$ 6 com fiscal no preço, diz Allianz – Bloomberg

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Entrada em vigor do acordo de sede entre Brasil e a Corte Permanente de Arbitragem

Em 8 de janeiro de 2025, o governo brasileiro ratificou, após aprovação pelo Congresso Nacional, o acordo de sede celebrado entre o Brasil e a Corte Permanente de Arbitragem (CPA), em cerimônia realizada na sede da CPA, na Haia.

Com a conclusão do processo de ratificação, o acordo entra em vigor no plano internacional a partir daquela data. Estabelecida em 1899, a CPA é uma das mais antigas organizações intergovernamentais existentes. Dedicada a facilitar a solução de disputas internacionais, a Corte atua por meio de painel de árbitros independentes e auxilia na solução de controvérsias tanto interestatais quanto entre investidores e Estados. O número de casos administrados pela CPA vem aumentando a cada ano, com registro de 246 no ano de 2023.

A conclusão do processo de internalização do acordo de sede, assinado em 2017, facilitará a realização de arbitragens internacionais no país, de modo a reforçar a contribuição do Brasil para a resolução pacífica de controvérsias.

FONTE: MRE
Entrada em vigor do acordo de sede entre Brasil e a Corte Permanente de Arbitragem — Ministério das Relações Exteriores

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Petróleo russo sofre sanções de Biden; governo americano alega que medida seria para enfraquecer financiamento da guerra

O governo Biden adotou como alvo, nesta sexta-feira (10), o setor energético da Rússia, incluindo sua indústria petrolífera, com algumas de suas sanções mais severas até o momento. O objetivo é cortar o financiamento para a guerra de Moscou contra a Ucrânia.

As mudanças radicais, tomadas pouco mais de uma semana antes do presidente Joe Biden deixar o cargo, ocorrem no momento em que o presidente eleito Donald Trump diz que está se preparando para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Elas também têm o potencial de enfraquecer os investidores no mercados de energia.

Altos funcionários da administração dos EUA disseram que querem deixar Kiev – e a nova administração Trump – com uma posição favorável para potenciais negociações.

Esses funcionários expressaram esperança de que a próxima administração manteria e aplicaria as sanções, apesar do ceticismo anterior de alguns funcionários de Trump sobre a eficácia de tais medidas.

As novas sanções contra “a maior e mais importante fonte de receita do Kremlin” atingiram centenas de alvos, incluindo duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia: a Public Joint Stock Company Gazprom Neft e a Surgutneftegas.

As sanções também têm como alvo quase 200 navios transportadores de petróleo, muitos dos quais são acusados ​​de fazer parte da chamada “frota sombra” que trabalha para fugir das sanções, bem como comerciantes de petróleo e autoridades de energia. Eles também miram a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

“Esperamos que nossas ações custem à Rússia mais de bilhões de dólares por mês”, disse um alto funcionário do governo.

As sanções, introduzidas em coordenação com o Reino Unido, são parte da abordagem mais ampla da administração para reforçar Kiev. A administração Biden anunciou na última quinta-feira (9) sua parcela final de ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

O Pentágono disse na sexta-feira que haverá “pouco menos de US$ 4 bilhões” em financiamento da Presidential Drawdown Authority que será transferido para a administração Trump para financiar ajuda à Ucrânia.

“Essas sanções, somadas às ações que tomamos nas últimas semanas, ajudam a colocar a Ucrânia em uma posição na qual eles têm a capacidade de trabalhar com o novo governo para tentar encontrar uma paz justa”, disse um segundo alto funcionário do governo.

Na quinta-feira, Trump reiterou seu desejo de acabar com a guerra na Ucrânia: “O presidente Putin quer se reunir — ele disse isso até publicamente — e temos que acabar com essa guerra. Isso é uma bagunça sangrenta”, ele o presidente americano.

O primeiro alto funcionário da administração reconheceu que “cabe inteiramente” à equipe de Trump “determinar se, quando e em que termos poderão levantar quaisquer sanções que tenhamos implementado”.

Além disso, a força das sanções dependerá em grande parte da sua aplicação, com um responsável refletindo que “temos de fazer corresponder cada evasão a uma contramedida, e isso exigirá vontade política”.

“A Rússia fará todos os esforços para contornar essas sanções. É inevitável”, disse o oficial.

“Mas a evasão não é sem custos. A Rússia tem tido uma necessidade constante de se adaptar e reorientar suas cadeias de suprimentos. Isso cria ineficiência. Cria incerteza. Cria complexidade. Então nossas sanções são como quilos de areia nas engrenagens da máquina de guerra da Rússia”, disseram.

As medidas de hoje não têm sanções secundárias contra países específicos, afirmaram autoridades. China e Índia foram os principais importadores de petróleo russo durante a guerra na Ucrânia.

As autoridades argumentaram que esperaram até os últimos dias do governo para impor as sanções, em parte por causa do estado do mercado global de petróleo e do potencial impacto na economia dos EUA.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022 gerou temores de grandes interrupções no fornecimento de um dos principais produtores do mundo.

Os preços do petróleo atingiram US$ 130 o barril em março de 2022, contribuindo para a crise inflacionária na economia dos EUA e levando os preços da gasolina a máximas históricas.

“Durante grande parte desta guerra, os suprimentos globais estavam escassos e corriam o risco de não atender à demanda”, explicou o primeiro alto funcionário do governo, observando que isso provavelmente aumentaria as receitas para a Rússia “enquanto aumentaria os preços nas bombas de gasolina para as famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

Agora, disse o funcionário, tanto os mercados de petróleo quanto a economia dos EUA “estão em uma posição fundamentalmente melhor”.

Os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer nação na história mundial, forçando a OPEP a reduzir o fornecimento. Os preços do petróleo têm sido relativamente contidos, em parte por causa da produção recorde dos EUA.

Ainda assim, os preços do petróleo subiram acentuadamente na manhã de sexta-feira, mesmo antes do anúncio oficial das sanções, com alguns traders culpando os rumores de sanções.

O petróleo bruto dos EUA saltou 4% para quase US$ 77 o barril. O petróleo bruto Brent, referência mundial, avançou 3,7% para cerca de US$ 80 o barril.

Fonte: CNN
Biden impõe sanções ao petróleo russo para enfraquecer financiamento de guerra

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Com terminal em Santos, Cofco amplia capacidade de exportação no Brasil

Trading chinesa vai inaugurar em março seu maior terminal portuário agrícola fora da China; investimento total na operação chega a US$ 285 milhões

A chinesa Cofco International, uma das maiores tradings do mundo, vai inaugurar, em março, a primeira fase de seu terminal de exportação no porto de Santos. Com um investimento total de US$ 285 milhões, o terminal agrícola STS-11 promete acabar com um dos problemas da empresa desde que chegou ao Brasil, em 2014: não ter uma saída própria para os produtos originados do país.

Segundo Sérgio Ferreira, diretor de operações da companhia no Brasil, o uso de terminais de terceiros mantinha os custos da empresa entre 10% e 15% superiores aos dos seus concorrentes. “Quando saiu o edital da licitação, em 2021, percebemos que seria uma oportunidade incrível porque, além de exportar grãos, a permissão era para qualquer commodity agrícola”, disse o executivo ao Valor.

A expectativa é que, em 2025, a Cofco use sozinha o terminal e movimente 8 milhões de toneladas entre grãos, açúcar e farelo de soja. A partir de 2026, com a obra totalmente concluída e com a prestação de serviços para terceiros, a movimentação deve chegar a 14,5 milhões de toneladas. Atualmente, a empresa exporta cerca de 4,5 milhões de toneladas pelo porto de Santos.

A locação de espaço para outras empresas mudará o modus operandi da companhia no país. Até hoje, a Cofco era contratante de serviços “take or pay”, e agora passará a oferecê-los. Nesse modelo, o exportador é obrigado a pagar uma taxa mensal de uso do terminal, mesmo que não embarque todo o volume estabelecido no contrato. “Se a safra quebra, por exemplo, ainda temos que pagar o valor acordado. Além disso, o dono do terminal sempre tem prioridade no carregamento dos navios”, afirmou Ferreira.

A Cofco pretende exportar pelo porto de Santos entre 70% e 80% dos produtos que origina no país para exportação. O restante continuará a sair pelo Arco Norte, por meio dos terminais com a Hidrovias do Brasil, em que os contratos de “take or pay” estão mantidos.

Na primeira fase de obra do STS-11, na marginal direita do porto paulista, foram demolidas as instalações antigas da Bracell, Rishis, Rodrimar e Cereal Sul. Já na fase dois, será realizada a demolição de outras estruturas e das conexões de seus equipamentos com os da fase um.

A área do terminal foi arrematada pela Cofco International por R$ 10 milhões, em março de 2022, com direito à concessão por 25 anos e possibilidade de sucessivas prorrogações até o limite máximo de 70 anos.

Os investimentos contemplam obras em dois berços de atracação, incluindo reforço de cais, dragagem de aprofundamento e aquisição de dois shiploaders (carregadores de navios) com capacidade de 3 mil toneladas por hora cada. “Seremos o único terminal com dois shiploaders e, se o clima ajudar, poderemos encher dois navios Panamax por dia”, disse o executivo.

O pátio de descarregamento será composto por quatro linhas ferroviárias, com alimentação de três moegas (local onde são armazenados os grãos) com capacidade de 1,5 mil tonelada por hora. A previsão é receber três composições de até 120 vagões. Além disso, o terminal receberá cargas por caminhões.

Atualmente, a companhia envia a Santos 70% de sua originação de produtos por caminhão, e o restante vai por trem. Agora, a equação deverá se reverter. Os grãos devem chegar pela ferrovia da Rumo que liga Rondonópolis (MT) a Santos, e o açúcar deve usar o terminal rodoferroviário da Cofco em Votuporanga (SP). Os caminhões serão responsáveis pelo escoamento de produtos vindos de Minas Gerais, parte de São Paulo e Goiás.

“Anualmente, serão carregados mais de 200 navios, descarregados mais de 110 mil caminhões e mais de 85 mil vagões por ano”, afirmou o executivo.

Entre os diferenciais da construção, Ferreira destacou que 100% dos transportadores serão enclausurados (completamente fechados), o que é mais sustentável e reduz perdas. Além disso, o fluxo de caminhões e vagões será automatizado.

O STS-11 será o maior terminal portuário da Cofco fora da China. Até então, o campeão estava na Argentina, na região da Grande Rosário, com capacidade de 6 milhões de toneladas anuais. Há ainda outro com capacidade de carregar 5 milhões de toneladas ao ano também na Argentina. Além disso, a Cofco tem um grande terminal na Romênia com capacidade de 5 milhões de toneladas. Os terminais da China são todos para importação.

A Cofco International é o braço de comércio exterior da estatal chinesa Cofco Corporation e atua em mais de 50 países. Em 2023, a trading chinesa faturou US$ 50,1 bilhões ao comercializar 121,7 milhões de toneladas de commodities e alimentos.

FONTE: GLOBO RURAL
Com terminal em Santos, Cofco amplia capacidade de exportação no Brasil

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UNIA – Regulação aduaneira oferece segurança à importação de insumos para a saúde

A importação de insumos para o setor de saúde apresenta desafios significativos devido às regulamentações aduaneiras rigorosas.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a importação de insumos para o setor de saúde apresenta desafios significativos devido às regulamentações aduaneiras rigorosas que visam garantir a segurança e a qualidade dos produtos.

Esses insumos, que abrangem medicamentos, biológicos, equipamentos e correlatos, estão sujeitos a uma série de exigências estabelecidas por órgãos reguladores como a Anvisa e a Receita Federal. O cumprimento dessas normas é necessário para assegurar a conformidade legal e a eficiência na cadeia de abastecimento.

“Entender essas regulações e garantir que todas as etapas do processo estejam em conformidade é essencial para evitar atrasos que possam comprometer o abastecimento do setor”, afirma Jailson Araújo, da Unia.

Entre os desafios mais comuns estão a complexidade dos processos documentais e o tempo necessário para a liberação das mercadorias. Produtos para a saúde frequentemente demandam licenças específicas e análises técnicas que podem atrasar as operações, caso não sejam tratadas com a devida atenção. Além disso, a evolução constante das normas exige que as empresas estejam sempre atualizadas para evitar penalidades ou retenções alfandegárias.

Segundo Jailson Araújo, a Unia procura atuar em papel estratégico na importação de insumos para o setor, oferecendo serviços especializados que incluem a gestão de documentação, mapeamento das exigências regulatórias e monitoramento de prazos. Essa abordagem deve minimizar os riscos de atrasos, mas também assegurar que os produtos cheguem ao mercado brasileiro dentro dos padrões exigidos.

Outro aspecto relevante que ele ressalta, é a necessidade de rapidez no processo, especialmente em situações críticas, como a pandemia de Covid-19, que evidenciou a importância de uma logística ágil para atender às demandas de saúde pública.

A assessoria especializada contribui para que empresas do setor mantenham a regularidade no fornecimento de produtos essenciais, garantindo que o mercado brasileiro tenha acesso a medicamentos, equipamentos e outros insumos indispensáveis para o bem-estar da população.

Fonte: UNIA COMEX
https://uniabr.com/ 

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GH Solucionador e Operação com produtos controlados

Como a GH atua em operações com produtos controlados pela Anvisa, Polícia Federal, Exército e MAPA?

A logística de produtos controlados exige expertise, responsabilidade e conformidade rigorosa com normas legais. Produtos monitorados por órgãos como Anvisa, Polícia Federal, Exército e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) demandam operações seguras, com licenças específicas e práticas alinhadas aos mais altos padrões de segurança.

Esses órgãos reguladores têm um papel fundamental na fiscalização e no controle do transporte e armazenagem de produtos que podem oferecer riscos à saúde pública, ao meio ambiente ou à segurança nacional. A Anvisa regula medicamentos e produtos de saúde, a Polícia Federal supervisiona materiais sensíveis e perigosos, o Exército controla armamentos e explosivos, e o MAPA monitora produtos agropecuários e químicos.

Com anos de experiência no mercado, possuímos as certificações e licenças necessárias para operar com total legalidade e segurança. Entre elas, destacam-se: ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001, licenças da Anvisa, Polícia Federal, IBAMA, e outras certificações que atestam nosso compromisso com qualidade e responsabilidade socioambiental.

Nossa estrutura e processos são preparados para atender às exigências específicas de cada órgão regulador. Além disso, contamos com tecnologia de ponta para rastreamento e monitoramento em tempo real, garantindo total transparência e controle durante o transporte e armazenagem desses produtos.

Escolher a GH para operações com produtos controlados é optar por uma empresa que combina conhecimento técnico, experiência e compromisso com a segurança. Transportamos mais do que cargas: levamos tranquilidade para nossos clientes, assegurando que cada etapa da operação é realizada dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade e responsabilidade.

Se sua empresa precisa de uma solução logística especializada, a GH é o parceiro ideal para cuidar de toda a operação com eficiência e segurança.

Conheça nosso parceiro
GH Solucionador
LinkedIn: https://www.linkedin.com/pulse/opera%C3%A7%C3%A3o-com-produtos-controlados-ghsolucionador-z7s2f/
WebSite: https://ghlogistica.com.br/ 

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Aeroporto de Damasco volta a operar voos internacionais após queda de Assad na Síria

Os voos internacionais foram retomados nesta terça-feira (7) no aeroporto internacional de Damasco num clima festivo.

Quando a coligação liderada por radicais islâmicos tomou o poder e derrubou o presidente Bashar al-Assad, as operações no local foram suspensas, mas viagens que ligavam a Síria a outros países já eram extremamente restritas durante o governo do antigo ditador.
No saguão de desembarque, sírios carregando balões multicoloridos e buquês de flores cumprimentaram os passageiros do primeiro avião da Qatar Airways a pousar na capital em quase 13 anos.

Alguns passageiros se ajoelharam para beijar o chão, observou um fotógrafo da AFP. Outros, com os ombros cobertos pela nova bandeira síria, a da revolta contra o poder de Bashar al-Assad, adotada pelas autoridades locais, cantaram em coro canções revolucionárias.

“Estou à espera do meu irmão que não vejo há 17 anos, ele não pôde vir por causa do regime”, disse Reem Taghleb, uma mulher de 37 anos da região de Damasco.

“Ele pegou o primeiro avião (…) a nossa alegria é grande pelo seu retorno e pela liberdade do nosso país”, acrescenta.

O clima festivo também reinou na sala de embarque, com alguns passageiros fazendo o sinal de vitória. “O aeroporto está totalmente diferente”, (do que era no governo anterior), afirma Amal Geroudy, de 45 anos. “Os funcionários que nos trataram com condescendência, hoje sorriem para nós”.

“Tive medo que o aeroporto permanecesse fechado e que meu visto expirasse”, acrescenta esta mulher que vai se juntar à família nos Emirados Árabes Unidos.

“Novo começo”

Um primeiro avião da empresa nacional Syria Airlines, pintado com as cores da nova bandeira, decolou com destino a Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, por volta das 11h45 locais.

Foi o primeiro voo comercial internacional desde 8 de dezembro, data da captura de Damasco por grupos armados liderados pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), e da fuga do presidente deposto.

A agência oficial síria Sana anunciou que “o primeiro avião sírio após a libertação” descolou com “145 passageiros a bordo”.

“Hoje marca um novo começo”, disse o diretor do aeroporto, Anis Fallouh. “Começamos a receber voos internacionais decolando e pousando em Damasco”, acrescentou.

Voos retomados após interrupção de 13 anos

O voo do Catar pousou por volta das 13h, horário local. A companhia aérea nacional do Catar anunciou a retomada de seus voos para a capital síria, após quase 13 anos de interrupção. Segundo o diretor da Aviação Civil, Achhad al-Salibi, um avião da empresa privada síria Cham Wings também deverá decolar nesta terça-feira com destino a Erbil, no Iraque. O aeroporto, que atendia apenas alguns destinos antes do seu fechamento, voltou a receber aviões carregados de ajuda humanitária desde dezembro, especialmente de países árabes, incluindo a Arábia Saudita, que estabeleceu uma ponte aérea. A Jordânia anunciou nesta terça-feira que enviou um “voo de teste” a Damasco para se preparar para a retomada das conexões entre Amã e Damasco. Além disso, em 18 de dezembro, este foi o primeiro voo doméstico desde que o voo do presidente deposto decolou do terminal da capital para Alepo, no norte.

As novas autoridades intensificaram os sinais de abertura à comunidade internacional e o novo chefe da diplomacia síria, Assaad al-Chaibani, lidera um giro aos países árabes que já o levou aos Emirados e ao Catar, depois de uma primeira visita à Arábia Saudita.

 

FONTE: RFI
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Elevação do dólar faz reservas internacionais do Brasil despencarem 7% em 2024

As reservas internacionais desempenham um papel fundamental na economia de um país, servindo como uma garantia contra crises financeiras e choques externos.

Em 2024, as reservas internacionais do Brasil totalizaram US$ 329,7 bilhões, marcando uma queda de 7,1% em relação ao ano anterior. Esta redução está associada principalmente à venda de dólares realizada pelo Banco Central para controlar a volatilidade cambial.

Além da venda direta, que somou US$ 20,07 bilhões, o Banco Central também recorreu a leilões de linha, um tipo de empréstimo temporário de outros US$ 15 bilhões. Essa estratégia permite que as reservas sejam eventualmente recompletadas, minimizando o impacto direto sobre o montante total.

Qual a importância das reservas internacionais?

As reservas internacionais, muitas vezes compostas por ativos seguros como títulos do tesouro norte-americano, são instrumentos essenciais para a estabilidade econômica de um país. Elas funcionam como um colchão financeiro em tempos de crise, proporcionando uma defesa contra oscilações bruscas no mercado internacional, como o ocorrido durante a crise da Rússia em 1998.

Além disso, essas reservas permitem que o país mantenha um grau de autonomia financeira, evitando a necessidade de recorrer a empréstimos externos, como aqueles oferecidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), exemplificado recentemente pelo caso da Argentina. O Brasil assegura essas reservas de diversas formas, incluindo a compra direta de dólares no mercado, rendimentos de aplicações em ativos internacionais, e emissões de títulos da dívida pública no exterior.

Custos associados e o “custo de carregamento”

No entanto, manter reservas internacionais elevadas também implica em custos significativos, conhecidos como “custo de carregamento”. Essa é a diferença entre os rendimentos dos investimentos das reservas no exterior e os altos juros pagos por dívidas emitidas internamente. Para o Brasil, esse custo é estimado em cerca de R$ 40 bilhões anualmente, de acordo com o economista Sérgio Gobetti, do IPEA.

Como o Banco Central administra a política cambial?

A política cambial brasileira é gerida pelo Banco Central, que tem autonomia para intervir no mercado de câmbio apenas em momentos específicos para garantir estabilidade. A abordagem utilizada envolve instrumentos como o swap cambial, leilões de linha e vendas diretas de dólares, todos visando evitar movimentos especulativos e disfuncionais no valor do dólar.

Com o atual regime de câmbio flutuante, a intervenção do Banco Central se destina a suavizar a volatilidade inesperada e garantir um funcionamento saudável do mercado de câmbio. Segundo o ex-presidente do Banco Central, Campos Neto, não existe um ataque especulativo coordenado, mas sim uma dinâmica natural de mercado, com agentes em lados opostos em negociações de câmbio.

Papel da autonomia e estratégias futuras

A autonomia do Banco Central, estabelecida desde 2021, é um fator crucial que permite estratégias mais flexíveis e eficientes para a administração das reservas internacionais. A administração eficaz dessas reservas é vital para construir confiança nos mercados e garantir um futuro economicamente estável e autônomo para o Brasil.

Com as mudanças na liderança do Banco Central, como a recente nomeação de Gabriel Galípolo, espera-se um foco contínuo na gestão prudente e estratégica dessas reservas, garantindo que o Brasil se mantenha resiliente frente a futuros desafios econômicos.

FONTE: Terra Brasil Noticias
Elevação do dólar faz reservas internacionais do Brasil despencarem 7% em 2024 – Terra Brasil Notícias

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Bolsa de valores brasileira tem o pior desempenho em 9 anos, com a retirada de R$ 24,2 bilhões de capital estrangeiro

Investidores estrangeiros retiraram o valor de R$ 24,2 bilhões da bolsa de valores brasileira (B3) em 2024. Segundo dados compilados pela Elos Ayta, esta é a maior saída líquida de recursos desde 2016.

O levantamento apontou que, desde 2016, as saídas aconteceram somente em três ocasiões: nos anos de 2018, 2019 e 2024. Já o ano de 2022 marcou o melhor desempenho, com uma entrada líquida de R$ 119,79 bilhões.

Entre 2021 e 2023, a bolsa de valores brasileira atraiu R$ 217,2 bilhões em aportes estrangeiros, o que destaca a relevância do capital para o mercado acionário brasileiro.

Segundo a análise, as saídas recordes, como as de 2024, evidenciam desafios estruturais e conjunturais, como a percepção de risco associado ao ambiente político e econômico no Brasil, além de movimentos globais de aversão ao risco, o que afetam a percepção de investidores externos.

Desafios

O ano de 2024 foi marcado por uma volatilidade expressiva, com apenas os meses de julho, agosto, outubro e dezembro registrando saldo positivo de entrada de recursos estrangeiros.

De acordo com o estudo, agosto se destacou como o melhor mês do ano, com uma entrada líquida de R$ 10,01 bilhões, enquanto abril apresentou o pior resultado, com uma saída líquida de R$ 11,1 bilhões.

No entanto, esse padrão contrasta com os desempenhos mensais dos anos anteriores. Em 2022, foram registrados dez meses de saldo positivo, e em 2023, seis.

“A redução progressiva no número de meses positivos ao longo dos últimos anos reflete uma maior cautela dos investidores estrangeiros em relação ao mercado brasileiro”, pontuou Einar Rivero em pesquisa.

Perspectivas

Rivero explica que os números de 2024 reforçam a necessidade de políticas públicas e privadas que tornem o mercado financeiro brasileiro mais resiliente e atrativo para o capital estrangeiro.

“A B3, como principal bolsa de valores do país, é um termômetro da saúde econômica e política do Brasil. Atrair e reter investidores estrangeiros exige um compromisso contínuo com a previsibilidade, a transparência e a competitividade”, avalia.

Fonte: CNN
Estrangeiros retiram R$ 24,2 bilhões da B3, pior desempenho em 9 anos | CNN Brasil

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O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil

Durante sua passagem pelo Peru em novembro, o presidente da China, Xi Jinping, aproveitou para inaugurar o que em alguns anos será maior porto comercial da América do Sul.

O complexo portuário de Chancay fica cerca de 70 km ao norte de Lima. É um projeto superlativo, liderado pela companhia marítima estatal chinesa Cosco Shipping Company e com investimentos totais estimados em US$ 3,4 bilhões. Como o Peru, o Brasil é outro país com relações políticas e comerciais cada vez mais próximas com a China. O gigante asiático é o principal parceiro comercial do Brasil — e o governo brasileiro demonstrou interesse pelo megaporto de Chancay.

Nosso repórter André Biernath explica em detalhes neste vídeo. Confira.
https://youtu.be/E8eyycEVEIU

FONTE: BBC News Brasil
O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil – BBC News Brasil

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