Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Logística, Mercado Internacional, Portos

Exportações crescem 23,4% em outubro e atingem US$ 1 bi

No acumulado do ano até outubro, vendas externas do estado somam US$ 9,6 bilhões; Carnes de aves e suínos lideram a pauta exportadora

 As exportações de Santa Catarina alcançaram US$ 1 bilhão em outubro, um aumento de 23,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2024 até outubro, o estado exportou US$ 9,6 bilhões, uma queda de 0,9% em comparação a janeiro a outubro de 2023.

Na liderança da pauta exportadora, as carnes de aves somaram US$ 1,6 bilhão nos dez primeiros meses do ano. Apesar do bom desempenho, houve um recuo de 2,9% no valor das exportações do produto no ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.  De acordo com análise do Observatório FIESC, a queda foi resultado da doença Newcastle, encontrada em território brasileiro e que levou à imposição de barreiras sanitárias ao frango brasileiro.

Na segunda posição, a carne suína registrou aumento de 6,5%, para US$ 1,3 bilhão no acumulado do ano. Apenas no mês de outubro, o aumento foi de 58,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, a indústria de proteína animal catarinense demonstra mais uma vez que, a despeito de situações adversas pontuais, segue competitiva no mercado internacional.

Os motores elétricos também apresentaram crescimento nas vendas internacionais, sendo 25,3% entre janeiro e outubro de 2024 em relação a 2023. As exportações de madeira serrada também foram outro destaque no ano até outubro, com crescimento de 5,2%. Considerando apenas o mês de outubro, em comparação com o mesmo mês de 2023, o crescimento das vendas externas do produto foi de 73,3%.

Destinos
Os Estados Unidos foram o principal país comprador dos produtos catarinenses na análise acumulada, somando US$ 1,4 bilhão, o que representa um incremento 2,1% em relação a igual período do ano anterior.  Na análise do mês de outubro, contra outubro de 2023, os EUA ficam na segunda posição.

A China é o segundo destino no ranking das exportações catarinenses, com cerca de US$ 1,1 bilhão, número que representa um recuo de 24,4% no acumulado do ano. Considerando apenas outubro, o crescimento de vendas para a China foi de 21,3% em relação ao mesmo mês de 2023.

Importações
As importações catarinenses somaram US$ 28,14 bilhões nos dez primeiros meses do ano, um crescimento de 19,5% comparado a igual período de 2023. Apenas no mês de outubro, as compras do exterior atingiram US$ 3,3 bilhões, um aumento de 52,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Entre os principais produtos importados, o cobre refinado liderou o ranking, alcançando o montante de US$ 1,2 bilhão no acumulado de 2024, tendo alta de 39,5%. Esse desempenho é movido pelas indústrias catarinenses que utilizam o cobre na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Na sequência, a indústria automotiva se destacou com a importações de partes e acessórios para veículos, devido ao aumento da demanda por automóveis no estado e no Brasil. Na mesma análise, a importação de pneus de borracha, que se trata de um bem associado à produção de automóveis, cresceu 21% no acumulado do ano.

Origens
A China é o principal vendedor para SC no acumulado do ano, com aumento de 27,7%, seguida pelo Chile e os Estados Unidos. O economista Matheus Porto, do Observatório FIESC, explica que “a indústria de transformação acompanhou o crescimento da atividade econômica, com destaque para a produção de bens de consumo duráveis e de bens de capitais. Tais segmentos utilizam insumos como polímeros de etilenos, revestimentos de ferros laminados planos, semicondutores, entre outros para a fabricação de diversos produtos catarinenses e isso ajuda a explicar a elevação das importações no estado”.

FONTE: FIESC
Exportações crescem 23,4% em outubro e atingem US$ 1 bi | FIESC

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Logística, Mercado Internacional, Notícias

Canadá se torna 9º principal destino das exportações brasileiras

Recordes nas exportações e saldo positivo para o Brasil – ultrapassando
US$ 2 bilhões – mostram que o Canadá está cada vez mais no radar das empresas brasileiras

O Canadá acaba de subir uma posição no ranking de principal destino das exportações brasileiras, passando de 10º para o 9º lugar. O resultado reflete os recordes contínuos e expressivos no envio de produtos brasileiros para o país norte-americano, segundo dados copilados pelo estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Do agronegócio até o setor de aviação, da mineração até a indústria: as exportações brasileiras para lá totalizaram US$ 4,4 bilhões (FOB) entre janeiro e setembro de 2024, alcançando o maior nível já visto durante um terceiro trimestre. O avanço representa um crescimento de 7% em comparação com o mesmo período de 2023.

“Considerando apenas a última década, as exportações – no geral – cresceram mais de 60%, o que simboliza um marco na relação bilateral entre os dois países. O resultado reflete um trabalho intenso, realizado não somente de instituições como nós, mas também pelos governos brasileiro e canadense, através de ações comerciais das Embaixadas e Consulados dos dois países. Todo esse esforço visa fomentar novos negócios e permitir que empresas brasileiras utilizem o Canadá como porta de entrada para novos mercados: não apenas na América do Norte, mas também na Europa e até na Ásia”, afirma Hilton Nascimento, diretor comercial da CCBC.

O desempenho visto nas exportações colaborou para que a balança bilateral terminasse com um saldo positivo para o Brasil de US$ 2,2 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro deste ano – o maior nível da história. A cifra representa um avanço de 50,5% sobre igual intervalo de 2023, quando o superávit havia sido de US$ 1,5 bilhão (FOB). Para se ter uma ideia, o saldo estava negativo para o Brasil em US$ 362 milhões (FOB) em 2022.

A corrente comercial contabilizou US$ 6,7 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2024, um pouco abaixo (-2,6%) dos US$ 6,8 bilhões (FOB) vistos um ano antes. Ainda assim, a expectativa permanece otimista para o acumulado deste ano, ficando ainda mais próxima do recorde visto em 2022, quando o comércio entre os dois países ultrapassou a marca dos US$ 10 bilhões.

Perspectivas

“Estamos confiantes de que 2024 trará resultados significativos. A extensa agenda de encontros e iniciativas para fortalecer e ampliar os negócios entre Brasil e Canadá, somada ao trabalho dos escritórios regionais da CCBC em diferentes localidades de ambos os países para firmar novos acordos, têm colaborado fortemente no processo de ampliação das relações bilaterais”, avalia Daniella Leite, diretora de Associados e Novos Negócios da CCBC.

A executiva lembra que a CCBC realiza diferentes missões comerciais do Brasil para o Canadá a cada ano, relacionadas a temas como: inteligência artificial, alimentos e bebidas, mineração, Indústria 4.0, inovação em saúde e sistema médico-hospitalar, tecnologias limpas, transição energética, educação executiva e até economia criativa.

Exportações a todo vapor

Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: pedras e metais preciosos, incluindo ouro (28% do total exportado); alumina (óxido de alumínio), representando 24% do total; aeronaves e equipamentos, incluindo suas partes (9,9%); e açúcares e melaços (9,3%).

No ramo do agronegócio, o destaque foi para a predominância do café, ainda não descafeinado e em grãos, que registrou uma alta de 95% nas exportações e que representou quase 3,5% do total de produtos enviados para o Canadá, contabilizando US$ 153,7 milhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2024. A cifra mostra que o consumidor canadense está cada vez mais aderindo ao paladar do produto brasileiro.

Importações

A compra de produtos canadenses pelo Brasil contabilizou US$ 2,2 bilhões (FOB) nos primeiros nove meses de 2024, o que representa uma queda de 17,3% em comparação com igual período do ano anterior. O recuo, em especial, é atribuído a uma combinação de fatores, entre eles a desvalorização do real em relação a outras moedas, o que encarece os produtos canadenses para o mercado brasileiro.

As importações de adubos e fertilizantes totalizaram US$ 1,09 bilhão (FOB) entre janeiro e setembro de 2024. O valor total é 33% menor em relação aos US$ 1,95 bilhão visto em igual período de 2023. Apesar da queda, essa categoria de produtos continua na liderança dos itens mais comprados do Canadá, com um peso de 49% no total das importações.

Entre os outros produtos em destaque nas importações estão: motores e máquinas não elétricos que, por sua vez, registraram um aumento de 98,4%, para US$ 191 milhões (FOB); e aeronaves e outros equipamentos (incluindo suas partes), com alta de 37,2%, para US$ 137 milhões (FOB).

Fonte: CCBC.org
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FACISC alerta para o agravamento dos problemas nos portos catarinenses com a greve da Receita Federal

Na próxima terça-feira, dia 26, os auditores-fiscais da Receita Federal entrarão em greve no país inteiro, por tempo indeterminado, operando apenas 30% do contingente.

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) manifesta preocupação com os impactos dessa paralisação, que poderá agravar ainda mais os atrasos já enfrentados nos portos brasileiros, decorrentes de problemas operacionais internos e do aumento da instabilidade geopolítica global.

De acordo com o presidente da FACISC, Elson Otto, diversas indústrias catarinenses já enfrentam dificuldades significativas com atrasos nas exportações, comprometendo a credibilidade e os negócios com clientes internacionais. “Os atrasos na importação de insumos essenciais também afetam o planejamento produtivo e as vendas das empresas catarinenses”, destaca Otto.

A paralisação dos auditores-fiscais representa uma ameaça adicional à competitividade global das empresas do estado, com potencial de impactar negativamente a geração de emprego e renda em Santa Catarina. Isso ocorre em um momento positivo para o mercado de trabalho, em que o estado registra a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos, atingindo 2,8% no 3º trimestre.

A FACISC reforça a necessidade de soluções urgentes para minimizar os efeitos da greve e evitar prejuízos à economia catarinense.

FONTE: FACISC
FACISC alerta para o agravamento dos problemas nos portos catarinenses com a greve da Receita Federal – FACISC – Federação das associações empresariais de SC

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Redução da jornada: negociar é o caminho

Confira artigo do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, sobre a proposta de redução da jornada de trabalho.

Diminuir, de maneira compulsória, a atual jornada de trabalho para 36 horas semanais teria impactos devastadores e irreversíveis para a economia, para as empresas e para os próprios trabalhadores.

Trata-se de uma discussão inoportuna no atual cenário, em que as empresas têm dificuldades para encontrar profissionais. Além disso, o Brasil já possui instrumentos legais para que empregadores e empregados acordem as mudanças nos contratos de trabalho de acordo com a realidade de cada setor e empresa. Tanto é, que essa flexibilidade, muito bem exercida durante a pandemia, salvou muitos empregos.

Os próprios números do mercado de trabalho confirmam que a negociação já resulta em menos horas de trabalho. Embora o atual teto legal seja de 44 horas semanais, na prática, o brasileiro trabalha, em média, 39,2 horas por semana. E esse número tem caído ao longo dos últimos anos.

Por outro lado, a imposição da medida impactaria os custos das empresas brasileiras, estimulando a importação de países onde as indústrias são mais competitivas em função de um ambiente com melhor infraestrutura e menos impostos, burocracia e juros. Queda da produção local significa fechamento ou encolhimento de empresas, perda de empregos, desindustrialização, dependência do exterior e, em última análise, limitação do potencial de crescimento futuro. Teríamos aumento da inflação, da informalidade e precarização do trabalho; esta, sim, nociva à qualidade de vida.

O que precisamos é equilibrar qualidade de vida do trabalhador com a sustentabilidade das empresas. Não há magia ou voluntarismo capaz de tornar factível, sem graves efeitos colaterais, o que pretendem os autores da proposta de determinar a redução da jornada por lei.

O caminho para um futuro melhor para os brasileiros é conhecido. Passa por valorizar o bem-estar dos empregados e respeitar os necessários tempos para descanso, pois quem é saudável produz melhor. Mas envolve também reduzir custos logísticos, executar uma política macroeconômica que permita juros adequados, adotar uma boa política industrial, melhorar a educação para elevar a produtividade do trabalho e fomentar a inovação. Agora, sejamos francos: nenhuma nação ou indivíduo vence sem trabalhar.

FONTE: FIESC
gabinete@fiesc.com.br
Redução da jornada: negociar é o caminho | FIESC

 

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Balanço da força-tarefa do B20 sobre transformação digital é positivo

Fernando de Rizzo, executivo da Tupy que liderou o grupo temático, explica que o G20 adotou boa parte das recomendações do setor produtivo para esse pilar

Com o desafio de inserir 2,6 bilhões de pessoas no universo digital, a força-tarefa do pilar transformação digital do B20 conseguiu aprovar com o G20 boa parte das recomendações do grupo para políticas públicas. A afirmação é do CEO da Tupy, Fernando de Rizzo, que liderou a força-tarefa composta por 165 lideranças do setor privado, representando 23 países e 13 setores da economia mundial.

“Temos um problema fundamental quando o tema é a transformação digital: o acesso é muito desigual e limitado, o que favorece o aprofundamento de desigualdades”, explicou Rizzo na última sexta-feira, 22, quando apresentou um balanço da iniciativa aos membros da diretoria da Federação das Indústrias de SC (FIESC).

Após 15 reuniões e muita conversa para alcançar consenso, a força-tarefa definiu três tendências para focar suas recomendações e propostas. A primeira delas foi atingir conectividade universal para indivíduos e empresas. Para isso, o grupo do B20 propôs aos governos dos 20 países mais ricos do mundo acelerar os investimentos em infraestrutura de conexão, reduzir as disparidades nas habilidades digitais, investindo na capacitação, e ainda promover a transformação digital em micro, pequenas e médias empresas. As duas primeiras foram aceitas e incorporadas ao documento final do G20 Brasil.

Cibersegurança é uma das preocupações da força-tarefa do B20 Brasil e rendeu 2 recomendações. (Foto: Filipe Scotti)

A segunda tendência escolhida como prioridade foi proteger indivíduos e organizações e promover confiança digital. Segundo ele, leva 277 dias para que se identifique e resolva um ataque digital, ao custo de US$ 4,5 milhões por ataque. Assim, a força-tarefa colocou a cibersegurança como destaque nas propostas, que incluíram melhorar a ação cibernética internacional e avançar no fluxo livre de informações com segurança, esta aceita pelo G20.

Como terceira prioridade, a força-tarefa escolheu explorar de maneira responsável o potencial transformador da inteligência artificial, com a proposta de fortalecer a colaboração internacional e escalar frameworks pró-inovação baseados em gestão de risco para o desenvolvimento, implantação e governança responsáveis da IA. “Hoje, as discussões governamentais em torno da IA estão focadas em nos defender da inteligência artificial, o que pode limitar as possibilidades de uso. O objetivo da recomendação, que foi aceita, era unir forças e harmonizar essas políticas”, afirmou Rizzo.

O B20 é composto por representantes do setor produtivo, que se reúne em forças-tarefas temáticas para propor políticas públicas para os governantes do G20.

FONTE: FIESC Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Balanço da força-tarefa do B20 sobre transformação digital é positivo | FIESC

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Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping firmaram ontem uma declaração conjunta em que elevam o status da relação entre os dois países a uma “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”.

Os dois líderes assinaram 37 tratados em diferentes áreas. Entretanto, Xi não conseguiu de Lula a adesão total do Brasil ao projeto que ele pretende deixar como legado: a chamada “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. A adesão integral brasileira poderia causar mal-estar com os Estados Unidos.

Na prática, o Planalto pretende mudar o perfil de sua relação com a China, passando de mero exportador de commodities a um parceiro com integração financeira e a participação de suas indústrias nas cadeias de produção industriais chinesas. O fato de Xi ter firmado um comunicado que diz que o status da parceria foi elevado sinaliza, ao menos em tese, uma boa vontade dos chineses. O nome escolhido mescla o “Futuro Compartilhado”, usado por Xi Jinping para definir parcerias estratégicas com nações amigas, com um “tempero brasileiro”, formado por políticas relacionadas à liderança que Lula pretende exercer no palco global.

Lula recebeu Xi ontem em Brasília em uma visita de Estado – mais pomposa que as visitas oficiais. Eles tiveram reuniões no Palácio da Alvorada e, depois, jantaram no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira.

“Estou confiante de que a parceria que o presidente Xi e eu firmamos hoje excederá expectativas e pavimentará o caminho para uma nova etapa do relacionamento bilateral”, disse Lula em declaração à imprensa no Alvorada.

Xi, por sua vez, afirmou que a relação bilateral está “em seu melhor momento”. E que“a China está disposta a trabalhar com o Brasil para substanciar constantemente a comunidade de futuro compartilhado China-Brasil e defender firmemente o verdadeiro multilateralismo”.

“Juntos vamos emitir a voz alta da nova era de buscar desenvolvimento, cooperação e justiça, em vez de pobreza, confrontação e hegemonia, e vamos construir  um mundo melhor”, afirmou.

Diferentemente do que desejavam os chineses, o Brasil decidiu não aderir à iniciativa conhecida como “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. Em vez disso, concordou em usar na declaração conjunta o termo “sinergia”, para integrar a iniciativa chinesa a programas de infraestrutura como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Nova Indústria Brasil.

Com a elevação das relações “a um novo patamar”, diz o texto, “as partes concordaram em estabelecer sinergias estratégicas entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana”.

Isso servirá “para impulsionar a atualização e o melhoramento da qualidade da cooperação entre os dois países, promover os processos de modernização do Brasil e da China, e contribuir positivamente para a interconectividade e desenvolvimento sustentável regionais”.

Marca do governo Xi, a “Nova Rota da Seda” foi criada em 2013 com o objetivo de aproximar a China do resto do mundo com investimentos em infraestrutura. Mas vem ganhando contornos militares e geopolíticos nos últimos anos, sobretudo com iniciativas em áreas disputadas, como o mar do Sul da China. Segundo fontes do Planalto, a não adesão do Brasil tem caráter simbólico, evitando enviar sinais ruin spara os EUA, parceiro considerado importante.

O comunicado diz ainda que “o Brasil apoia a China a transformar-se em um grande país moderno em todos os aspectos e promover a revitalização da nação chinesa em todas as frentes através do caminho chinês para a modernização”. Em contrapartida,“a China apoia o Brasil a trilhar seu caminho de desenvolvimento justo, inclusivo, sustentável e livre da fome e da pobreza, e faz votos de novos êxitos de desenvolvimento econômico e social para o Brasil”.

“No processo de estabelecimento de sinergias estratégicas entre o Brasil e a China, as duas partes promoverão prioritariamente a cooperação estratégica em áreas como finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, investimentos, transformação ecológica, ciência, e tecnologia e inovação”, diz o texto.

Lula e Xi assinaram ainda 37 novos atos bilaterais. Foram firmadas cooperações em diversas áreas como agricultura, tecnologia nuclear, captação de recursos em bancos estatais, troca de experiências entre TVs públicas, bioeconomia, regulação de pesticidas, satélites e regras de normatização.

No âmbito financeiro, os países assinaram um contrato de captação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB). Na área de ciência e inovação, foram firmados memorandos de cooperação em bioeconomia, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear e telecomunicações via satélite. Sobre desenvolvimento sustentável foram firmados memorandos sobre transformação ecológica e desenvolvimento sustentável na mineração.

A área agrícola teve o maior número de atos firmados. Foram estabelecidos protocolos fitossanitários para exportação de uvas, requisitos para a inspeção e quarentena para a exportação de gergelim, regras para a importação de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado, e normas para exportação de sorgo do Brasil para a China.

Foram assinadas também uma carta de intenções para promover a cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola e um memorando de entendimento sobre tecnologia e regulação de pesticidas.

E foi firmado um plano de ação na área de saúde para os anos de 2024 a 2026, e um memorando de fortalecimento do turismo. Ainda foram assinados atos de cooperação audiovisual e um acordo de cooperação técnica entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a China Media Group (CMG), conglomerado de mídia estatal do país asiático.

Os países assinaram também um acordo de Cooperação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Administração Estatal para Regulação do Mercado (Administração Nacional de Normalização) da China (SAMR/SAC).

A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Entre 2003, primeiro ano do mandato Lula 1, e o ano passado, as trocas entre os dois países subiram de US$ 6,6 bilhões para US$ 157,5 bilhões. As exportações brasileiras para a China são, atualmente, quase o triplo dos embarques para os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do país.

O gráfico abaixo revela o progresso das importações de contêineres provenientes da China nos portos brasileiros entre janeiro de 2021 e setembro de 2024. Os dados são do DataLiner.

Importações de contêineres provenientes da China | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Na avaliação do professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) Vinícius Rodrigues Vieira, esse é, de fato, o melhor momento das relações entre Brasil e China.

“Parece que o Brasil conseguiu uma certa horizontalidade nas relações [bilaterais]”,afirma.

Vieira acredita que existem hoje mais chances de os laços entre os dois países prosperarem, mas pondera que as promessas de investimento chineses no Brasil vêm desde o primeiro governo Lula.

“Vejo, no contexto atual, mais chances. Mas não algo que está dado. É porque o Brasil é um grande mercado consumidor, e a China precisa fazer a roda da sua economia girar, e está tendo dificuldades domesticamente”, argumenta.

Para Vieira, a estratégia do Brasil de não aderir à Rota da Seda, mas assinar dezenas de acordos, também indica uma posição de barganha do Brasil com o Ocidente, como outras potências intermediárias, a exemplo de Turquia e Nigéria, têm feito.

“Vale muito mais a aposta de o Brasil se aproximar da China para ver o que o Ocidente tem a lhe oferecer em troca”, diz, acrescentando que já houve movimentação semelhante quando Lula foi à China e a Europa buscou aproximação. “Aderir à Rota mostraria um alinhamento político explícito [com a China].”

Fonte: Valor Econômico
Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda | Brasil | Valor Econômico

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Draga gigante já está operando no canal de acesso ao Complexo Portuário

Draga Utrecht pode fazer até 12 viagens ao dia com dejetos sugados no rio Itajaí-açu

Quem esteve na praia do Molhe, em Itajaí, na manhã deste domingo, acompanhou a chegada e o início dos trabalhos da draga gigante Utrecht, de fabricação holandesa. A embarcação vai atuar nos próximos 20 dias, sugando material do fundo do rio Itajaí-açu para descarte em alto-mar, com o objetivo de restabelecer a profundidade do canal de acesso ao Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, que deve ficar entre 13 e 14 metros.

A Utrecht chegou por volta das 8h e iniciou os trabalhos logo em seguida, acelerando o processo de dragagem.

Com 159 metros de comprimento, a embarcação possui uma cisterna gigante capaz de carregar até 18 mil metros cúbicos de material dragado. A draga pode fazer até 12 viagens diárias para o despejo do material, numa área localizada a seis quilômetros da costa.

Serviço retomado em novembro

A dragagem do rio Itajaí-açu foi retomada no dia 8 de novembro, após paralisação em virtude da dívida de R$ 35 milhões do porto com a empresa de dragagem. A retomada foi possível graças a um acordo de antecipação tarifária com a Portonave, renegociação da dívida e prorrogação do contrato de dragagem.

Inicialmente, a operação foi retomada com a draga Njord, uma embarcação menor que utiliza injeção para que os sedimentos sejam levados pela correnteza. Atualmente, as cotas do calado estão em 13,9 metros no canal externo e 13,2 metros no canal interno. O objetivo é alcançar profundidades mínimas de 14 metros no canal externo e 13,5 metros no canal interno.

FONTE: Diarinho Net
Draga gigante já está operando no canal de acesso ao Complexo Portuário | DIARINHO

 

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Alta de 250%: Quanto custa o frete de um contêiner da China?

Até março, o frete de um contêiner de 40 pés custava cerca de 3 mil dólares, mas agora atinge 7.500 dólares, representando uma alta de 250% em menos de um ano.

A crescente demanda por veículos elétricos chineses e a antecipação de importações em razão do reajuste nas alíquotas, assim como a sobrecarga dos portos são alguns dos principais fatores para a escalada dos preços, segundo o especialista em comércio exterior entre Brasil e China e consultor de importação, Rodrigo Giraldelli.

“Para o importador brasileiro, a adaptação é fundamental. O aumento dos custos e a superlotação dos portos exigem uma gestão mais estratégica, desde a escolha do produto até a negociação com fornecedores”, diz.

Estimativas do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave) indicam que o gargalo logístico no Brasil seja responsável por perda anual superior a 21 bilhões de dólares com o comércio exterior, em especial por exportações não efetivadas. O cálculo leva em conta uma capacidade adicional de 500 mil contêineres/ano que deixa de ser ofertada aos exportadores brasileiros e considera a infraestrutura instalada atual.

Fonte: Veja
Alta de 250%: Quanto custa o frete de um contêiner… | VEJA

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Supermercado do mundo: Paraná exporta alimentos e bebidas para 172 países

Ao longo dos últimos cinco anos, a estratégia de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito.

Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados US$ 5,6 bilhões em produtos desta natureza.

O Paraná exportou US$ 8,6 bilhões em alimentos e bebidas para 172 países diferentes de janeiro a julho de 2024, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 3,6 bilhões de produtos deste segmento comercializados. Na sequência estão o Irã (US$ 292 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 271 milhões), Indonésia (US$ 224 milhões), Coreia do Sul (US$ 222 milhões), Holanda (US$ 220 milhões), Japão (US$ 195 milhões) e México (US$ 190 milhões).

Ainda figuram na lista gigantes da economia global, como Estados Unidos (US$ 118 milhões), Egito (US$ 116 milhões), França (US$ 116 milhões) e Alemanha (US$ 116 milhões), e pequenos países e territórios, como Palau (Oceania), Gibraltar (Europa), Montserrat (Caribe) e Samoa Americana (Oceania), por exemplo.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a diversificação das exportações de alimentos do Paraná é fruto de uma soma de fatores, como a eficácia da produção agrícola e os investimentos em inovação e modernização do parque industrial local, principalmente das cooperativas.

“Nós comercializamos alimentos não apenas com os nossos clientes tradicionais como Estados Unidos, China, México, mas notamos um movimento de abertura de novos mercados, como Emirados Árabes, Indonésia e Irã. É uma ação conjunta dos setores produtivos com o Governo do Estado, incluindo também a nossa melhoria de infraestrutura”, disse.

CRESCIMENTO – Ao longo dos últimos cinco anos, a estratégia de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados US$ 5,6 bilhões em produtos desta natureza.

O total de grandes importadores de alimentos paranaenses também aumentou no período. Nos primeiros sete meses de 2019, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 36 países superaram esta marca.

Ao longo destes anos, vários países também aumentaram as importações de alimentos do Paraná. Para a China, por exemplo, a venda de alimentos paranaenses cresceu 76,7%. Para os Estados Unidos, as exportações de comida subiram 43,7% no período.

Países como Índia, Irlanda, Indonésia, México, Vietnã, Egito, Tailândia e Turquia mais do que dobraram as importações de produtos alimentícios do Paraná ao longo de cinco anos.

PRODUTOS – O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e julho foi a soja, com US$ 3,5 bilhões, seguida pela carne de frango (US$ 2,1 bilhões), farelo de soja (US$ 859 milhões), açúcares e melaços (US$ 831 milhões), carne suína (US$ 199 milhões) e café torrado (US$ 182 milhões). O Estado ainda exportou uma série de produtos industrializados e com valor agregado, como sucos (US$ 44 milhões), filés de peixe (US$ 19 milhões) e chocolates e preparações de cacau (US$ 10 milhões), por exemplo.

Neste início do ano o Paraná ainda bateu recorde na exportação de ovos, mais do que dobrou a comercialização de mel com outros países e registrou alta de 20% na venda de tilápia para fora do Brasil. No primeiro caso, foram 5.515 toneladas de ovos exportadas para 36 países, contra 3.721 toneladas no primeiro semestre de 2023, até então o melhor resultado. Já o mel paranaense alcança 23 países, com destaque para Estados Unidos, representando 75% das exportações, Canadá, Alemanha e Austrália.

A produção de peixes, setor em que o Paraná é líder nacional, também tem gerado maior interesse no Exterior. A exportação de pescados já alcançou 3,26 mil toneladas em 2024. O principal destino do pescado paranaense é os Estados Unidos, que concentram 98% das exportações. Foram US$ 15,9 milhões vendidos para o país norte-americano, majoritariamente de tilápia.

FONTE: Agencia Estadual de Noticias
Supermercado do mundo: Paraná exporta alimentos e bebidas para 172 países | Agência Estadual de Notícias

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Evergreen amplia sua frota de contêineres com um enorme pedido de US$ 187 milhões

A importante transportadora marítima taiwanesa Evergreen fez um pedido de 60.500 novos contêineres, totalizando US$ 186,8 milhões.

O custo total significa que cada contêiner terá um preço médio de US$ 3.087, o que sugere que a maioria das unidades será de 40′.

De acordo com o relatório da DynaLiners, a Evergreen fez três pedidos separados para os seguintes fabricantes de contêineres:

Fonte: Container-News
 https://container-news.com/evergreen-enhances-container-fleet-with-massive-us187-million-order/

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