Aeroportos, Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística

Empresas de comércio exterior alertam para situação do Aeroporto de Guarulhos em relação à carga aérea

Em publicações feitas nos últimos dias na rede Linkedin, empresas e profissionais do segmento de comércio exterior e transporte internacional estão fazendo um alerta sobre a situação do transporte aéreo de cargas através do mais movimentado terminal aéreo do país, o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).

De acordo com a empresa Ocean Express, a super lotação do terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos se agravou nos últimos dias, gerando uma situação muito crítica para os importadores e exportadores que têm embarques de exportação e importação através desse aeroporto.

“Os prazos para entrega e retirada de cargas estão muito maiores que o normal, dificultando as operações de carga aérea nesse aeroporto. Com a migração de algumas cargas para Campinas (VCP), as operações nesse outro aeroporto também foram afetadas”, afirma a Ocean Express.

Um profissional do segmento de transportes internacionais também deixou seu alerta sobre o que ele denomina como colapso das operações. Ele diz o seguinte:

“GRU colapsou!

O comunicado emitido pela GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo é simplesmente um atestado de incompetência.

Existe uma crise operacional no maior aeroporto do país e precisamos falar disso…

Já faz bastante tempo que o Aeroporto Intl. de Guarulhos, gerido pela GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, tem enfrentado vários problemas operacionais.

A situação agora é de colapso completo, uma desorganização que afeta diretamente a eficiência logística, gera altos custos extras e impacta a economia do país.

No dia a dia dos agentes de cargas, despachantes aduaneiros, importadores e exportadores, os principais problemas tem sido:

-Ausência de atracação das mercadorias causando um acúmulo desordenado.

-Utilização das áreas de conferência para armazenamento irregular de carga, atrasando a conferência física das mercadorias.

-Puxe de carga realizada pelo fiscal mas sem a disponibilização para a conferência física.

-Total falta de comunicação e grande descaso, não há nenhuma resposta aos e-mails enviados para os setores de suporte CCO e CAC e nenhum atendimento telefônico.

-Travamento de janelas do sistema de agendamento das coletas, impossibilitando que as transportadoras coletem e escoam as cargas.

-Indisponibilidades no sistema, sistemas fora do ar e sem previsão de retorno, atrasando os processos.

-Ausência de organização, gerando imensas filas de veículos desordenados aguardando as coletas de cargas e sem previsões.

-Inconsistências sistêmicas gerando atrações incompletas e sem justificativas fundamentadas, ou previsão de solução.

E por aí vai…

Esses problemas estão resultando em enormes atrasos, tanto para as exportações que enfrentam dificuldades de janelas para depositar as cargas, como na importação levando vários dias para se gerar a presença de carga, autorizar uma DTA e até para um simples serviço de reetiquetagem.

Os prejuízos são enormes, a economia brasileira sofre com uma ineficiência logística geral, que impacta diretamente na competitividade das empresas em seus mercados.

Atrasos nos processos resultam em perdas financeiras, contratos rompidos e uma imagem negativa do Brasil como parceiro comercial.

É urgente que a gestão do Aeroporto de Guarulhos (GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo) tome medidas imediatas para restabelecer a eficiência operacional.

Se escorar na desculpa do aumento do volume de cargas, ou de peak season, é inaceitável. Da mesma forma que a culpa pelo blackout que ocorreu em SP recentemente foi culpa das árvores que caíram…

A comunidade de importadores e exportadores brasileiros depende de um sistema logístico minimamente funcional.”

Diante das críticas, o AEROIN entrou em contato com as concessionárias de ambos os aeroportos citados, solicitando mais informações sobre a situação.

A Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), administradora do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), informou que suas operações seguem dentro dos padrões:

“A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos identificou crescimento do volume de importações e exportações nos últimos dias pelo Terminal de Carga, mas não pode ainda estabelecer uma conexão desta alta com situações envolvendo outros aeroportos. No entanto, esta alta ocorrida não impactou a operação de cargas em Viracopos, que segue normalmente dentro dos padrões de eficiência, agilidade e segurança, privilegiando a atenção e a dedicação total aos clientes, e com capacidade disponível para absorver mais voos internacionais”, reportou a ABV.

Por sua vez, a GRU Airport, administradora do Aeroporto de Guarulhos, confirmou que está lidando com um volume muito elevado e que busca normalizar a situação:

“O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, registra um aumento extraordinário no volume de cargas importadas e exportadas nos últimos meses. A concessionária está trabalhando em conjunto com os clientes para normalizar o fluxo o mais rápido possível.”

FONTE: aeroin.net

Empresas de comércio exterior alertam para situação do Aeroporto de Guarulhos em relação à carga aérea

Ler Mais
Comércio Exterior, Importação, Informação, Logística, Notícias, Portos

Secretário Especial da Receita Federal anuncia em Santos novas ações para endurecer o combate a importações fraudulentas.

O Secretário Especial da Receita Federal, Robinson Sakiyama Barreirinhas, estará em Santos/SP amanhã, 1/11, para anunciar um conjunto de ações destinadas a endurecer o combate às importações fraudulentas, incluindo cigarros eletrônicos, e ao contrabando. Durante o evento, serão apresentados os resultados recentes das operações de fiscalização e fornecidas explicações sobre as Instruções Normativas 2.231/2024 e 2.229/2024, que reforçam as medidas de controle aduaneiro.

Coletiva de Imprensa

Horário: 11h

Local: Alfândega da Receita Federal no Porto de Santos

Endereço: Praça da República, s/n – Centro, Santos/SP

Confirmação da presença

Pedimos confirmação de presença para coletiva. São necessárias as seguintes informações:

1. Nome do veículo de comunicação; e

2. Nome e função dos profissionais.

O e-mail para envio das informações é: gabinete.alfsts.sp@rfb.gov.br

Aviso de Pauta — Receita Federal

Ler Mais
Informação, Notícias, Trafico

Receita Federal apreende R$ 130 milhões em mercadorias ilegais em operação nas fronteiras

Ação em conjunto com outros órgãos de segurança também resultou na apreensão de mais de 15 toneladas de drogas.

O secretário-especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, divulgou hoje em Foz do Iguaçu (PR) os resultados da Operação Fronteira RFB, a maior ação de vigilância e repressão nas fronteiras terrestres do Brasil, realizada em parceria com outros órgãos públicos. Com ações nos estados de Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a operação cobriu toda a extensão da fronteira terrestre, focando no combate ao contrabando de cigarros, cigarros eletrônicos, tráfico de drogas e armas, crimes ambientais e outros delitos.

No total foram apreendidas mercadorias que ingressaram irregularmente no país que somaram R$ 78 milhões, sendo que destes R$ 23 milhões foram cargas de cigarros e cigarros eletrônicos. Além disso, foram apreendidas 14,5 toneladas de maconha e aproximadamente 1 tonelada de outras drogas, como cocaína, crack e Skank, com um prejuízo estimado de R$ 52 milhões aos criminosos. Um total de 18 pessoas foram presas em flagrante, e 228 veículos utilizados para o transporte ilegal de mercadorias foram apreendidos.

O resultado da operação foi cerca de 70% maior do que o registrado no ano anterior. Desde seu início em 2021 sob o nome “Fronteira Legal”, a Operação Fronteira RFB tem registrado resultados cada vez mais expressivos, com apreensões de R$ 67 milhões em 2022, R$ 76 milhões em 2023, e um recorde de R$ 130 milhões em 2024, demonstrando o protagonismo da Receita Federal no controle da fronteira brasileira.

O secretário-especial da Receita Federal ressaltou a importância da ação integrada com outros órgãos federais e estaduais de fiscalização e segurança, destacando que a união de forças e conhecimento das equipes proporcionou o sucesso da ação. Participaram da operação o Exército, a Marinha, o Ministério de Agricultura e Pecuária, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e Polícias Militares e Civis de diversos estados. Barreirinhas salientou a importância da operação para a defesa da sociedade brasileira. “Com a retirada de produtos ilegais de circulação, a Receita Federal protege a indústria nacional, combate a concorrência desleal e garante a segurança e saúde da população, retirando de circulação produtos como armas, drogas e outras mercadorias nocivas à sociedade” ressaltou.

O encerramento da operação foi marcado pela chegada de um comboio com 14 carretas transportando 6 milhões de cigarros e 170 mil cigarros eletrônicos que foram apreendidos durantes as ações de vigilância e repressão da Receita Federal. Os produtos serão destruídos em conformidade com práticas sustentáveis, com reciclagem do plástico e outros materiais e transformação do material orgânico em adubo.

FONTE: Receita Federal apreende R$ 130 milhões em mercadorias ilegais em operação nas fronteiras — Receita Federal

Ler Mais
Economia, Informação, Investimento, Mercado Internacional

O dólar encerra outubro com alta enquanto a bolsa registra queda de 1,58%

Os receios em torno da política fiscal do governo Lula e da possibilidade de Donald Trump vencer a eleição presidencial nos EUA voltaram a sustentar o dólar nesta quinta-feira (31), o que fez a moeda norte-americana terminasse o mês de outubro na maior cotação ante o real desde março de 2021.

O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,30%, cotado a R$ 5,7815. Este é o maior valor de fechamento desde 9 de março de 2021, quando encerrou em R$ 5,7927. Em outubro, a divisa acumulou elevação de 6,10%, indicando uma variação mensal mais alta desde março de 2018, quando o dólar subiu para 6,11%.

Às 17h06, na B3 o contrato de dólar futuro para dezembro DOLc1 — que nesta sessão passou a ser o mais líquido — subia 0,32%, a R$ 5,8005 na venda.

Já o Ibovespa fechou a sessão em queda, contaminado pelo viés negativo dos pregões em Wall Street, enquanto Bradesco também pesou com as preferenciais caindo 4% após resultado trimestral, apesar de alta no lucro e melhora em rentabilidade.

O Ibovespa, principal índice de referência do mercado acionário brasileiro, recuou 071%, a 129.713,33 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 129.655,61 pontos na mínima e 130.797,86 pontos na máxima da sessão.

Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou em outubro uma perda de 1,58%, no segundo mês seguido no vermelho. Em 2024, contabiliza agora um declínio de 2,64%.

O volume financeiro no pregão de hoje somava R$ 16,184 bilhões antes dos ajustes finais.

No cenário local, a atenção se volta à divulgação de balanços do terceiro trimestre, com destaque para Bradesco e Ambev, enquanto permanece a expectativa para o anúncio de medidas fiscais pelo governo federal.

Na pauta macroeconômica, o índice de desemprego no Brasil recuou a 6,4% no terceiro trimestre, o menor patamar para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.

Apesar da queda na abertura, o índice acumula uma valorização semanal de 0,46%, contrastando com uma variação mensal negativa de 1,01% em outubro. O volume médio de negociações nos últimos 20 dias permanece em R$ 832,5 milhões.

A moeda norte-americana mantém uma tendência de alta no curto prazo, acumulando ganhos de 1,05% na semana e expressivos 5,74% no mês de outubro.

Dados dos EUA
Mais cedo, dados do Departamento de Comércio dos EUA mostraram que a inflação do país recuou a 2,1% em setembro, se aproximando da meta de 2% ao ano perseguida pelo Federal Reserve (Fed).

O aumento anual ficou em linha com o que os economistas esperavam, de acordo com estimativas de consenso da FactSet.

Também nos EUA, números de pedidos de auxílio-desemprego caíram na semana passada, à medida que as distorções causadas pelos furacões se dissiparam.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 12 mil, para 216 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 26 de outubro, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam 230.000 pedidos para a última semana.

Desemprego no Brasil recua
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,4% no terceiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 7 milhões de pessoas desocupadas, conforme dados publicados nesta manhã.

Na véspera, dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram que o país criou 247 mil vagas formais de trabalho em setembro, alta de 21% ante o mesmo período de 2023.

O saldo foi resultado de 2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ainda no setor doméstico, investidores seguem de olho na cena fiscal, à medida que aguardam prometidas medidas de contenção de gastos a serem anunciadas pelo governo, que busca criar as condições para a sustentabilidade do arcabouço fiscal.

Na véspera, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acalmaram parte do nervosismo do mercado. Ele afirmou que o ministério e a Casa Civil encontraram convergência em torno da elaboração de medidas para equilibrar as contas públicas.

FONTE: Diário do brasil noticias

O dólar encerra outubro com alta enquanto a bolsa registra queda de 1,58%

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Mercado Internacional, Negócios

Participação do Brics nas exportações brasileiras passa de 8% para 42% em 20 anos

Em 2000, os 19 países que devem fazer parte dos Brics, considerando membros plenos e parceiros, importaram apenas 4 bilhões de dólares do Brasil, o que correspondia a 8% das exportações nacionais.

Em 2024, os mesmos países compraram 144 bilhões de dólares em produtos brasileiros, ou 42% de tudo que exportamos nos 9 primeiros meses do ano. Em 10 anos, as exportações brasileiras para os Brics cresceram 100%, ao passo que as vendas para os não-Brics subiram somente 22%. Quando olharmos para outra divisão geopolítica, separando o mundo entre Sul e Norte Global, a mudança é ainda mais impressionante.

Em 2000, o Sul Global, que também se pode chamar de Maioria Global, porque compreende a maior parte do planeta, era o destino de 49% das exportações brasileiras. O Norte Global, que engloba EUA, Europa, Japão e todos os países chamado “desenvolvidos”, respondia em 2000 por 51% das exportações brasileiras. Hoje isso mudou completamente. O Sul Global hoje é destino de 73% das exportações brasileiras, e o Norte, por somente 27%.

Confira os gráficos.

FONTE: O cafezinho

Exclusivo! Participação do Brics nas exportações brasileiras passa de 8% para 42% em 20 anos – O Cafezinho

Ler Mais
Economia, Importação, Informação, Inovação, Investimento, Notícias, Sustentabilidade, Tecnologia

BYD supera Tesla em aumento de receita trimestral pela primeira vez

 A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD registrou um aumento de 11,5% no lucro líquido do terceiro trimestre, anunciado nesta quarta-feira, beneficiada por forte demanda e incentivos governamentais de troca de veículos.

O lucro líquido totalizou 11,6 bilhões de iuanes (US$ 1,63 bilhão) no período de julho a setembro, e o acumulado dos primeiros nove meses subiu 18,1%, alcançando 25,2 bilhões de iuanes.

A receita do terceiro trimestre cresceu 24% em relação ao ano anterior, chegando a 201,1 bilhões de iuanes (US$ 28,24 bilhões), marcando a primeira vez que a receita trimestral da BYD superou a da Tesla, que registrou US$ 25,2 bilhões no mesmo período.

A BYD manteve sua liderança no mercado chinês de VEs, representando mais de um terço das vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in no país este ano. A empresa atingiu recorde de vendas mensais em setembro e estabeleceu um novo pico de vendas trimestrais no terceiro trimestre.

BYD e concorrentes como a Tesla têm se beneficiado dos incentivos “velho por novo” do governo, que visam estimular a compra de veículos mais sustentáveis. Dados do setor mostram que as vendas de automóveis na China reverteram uma queda de cinco meses no último mês, com o apoio desses subsídios governamentais.

A receita do terceiro trimestre cresceu 24% em relação ao ano anterior, chegando a 201,1 bilhões de iuanes (US$ 28,24 bilhões), marcando a primeira vez que a receita trimestral da BYD superou a da Tesla, que registrou US$ 25,2 bilhões no mesmo período.

A BYD manteve sua liderança no mercado chinês de VEs, representando mais de um terço das vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in no país este ano. A empresa atingiu recorde de vendas mensais em setembro e estabeleceu um novo pico de vendas trimestrais no terceiro trimestre.

BYD e concorrentes como a Tesla têm se beneficiado dos incentivos “velho por novo” do governo, que visam estimular a compra de veículos mais sustentáveis. Dados do setor mostram que as vendas de automóveis na China reverteram uma queda de cinco meses no último mês, com o apoio desses subsídios governamentais.

FONTE: Investing.com

BYD supera Tesla em aumento de receita trimestral pela primeira vez

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação

EUA abrem mais investigações para sobretaxar produtos brasileiros

Os Estados Unidos (EUA) abriram seis investigações contra três produtos brasileiros recentemente, numa sinalização de que o apetite para frear importações e proteger a indústria americana tende a continuar forte em Washington, seja quem for o próximo presidente a ocupar a Casa Branca.

Na semana passada, no auge da campanha eleitoral para a presidência, o US International Trade Commision (USITC) deflagrou duas investigações (dumping e subsídio) contra cápsula dura vazia exportada pelo Brasil sob alegação de causar prejuizos a produtores americanos.

No dia 18 deste mês, o órgão votou a favor de continuar duas investigações para sobretaxar produtos de aço resistentes à corroção originários do Brasil, igualmente sob a alegação de que seriam ‘vendidos abaixo do valor de mercado e subsidiados’ pelo governo brasileiro.

No fim de junho, Washington aprovara as investigações (dumping e subsídio) finais para sobretaxar a entrada de ferro silicio do Brasil e alguns outros países.

Essas são as novas investigações, com o potencial de afetar rapidamente as vendas, pelas incertezas que deflagram entre os operadores.

Os EUA já aplicam atualmente contra o Brasil 13 medidas antidumping ou antisubsídio, ou seja, taxação adicional, focando vários produtos siderúrgicos, papel não revestido, mel natural e suco de limão.

Aluisio Campos, professor de comércio na American University, em Washington, vê uma ‘curva ascendente’’ de defesa comercial americana em geral, seja quem for o próximo presidente dos EUA. Para ele, ‘com a situação econômica apertando, as empresas começam a olhar mais de perto os preços do produto estrangeiro que fica muito mais barato, e isso aumenta os casos”.

Os EUA registram com o Brasil um dos poucos superavits em sua balança comercial. Havia expectativa do lado brasileiro de enfim alcançar superavit neste ano, mas entre janeiro e setembro amargou mais uma vez deficit, agora menor, de US$ 1,2 bilhão num volume de comércio (exportações e importações) de US$ 60,1 bilhões no período.

O gráfico abaixo revela os produtos mais exportados em contêineres marítimos do Brasil para os Estados Unidos entre janeiro e agosto de 2024. Os dados, extraídos da plataforma DataLiner da Datamar, compreendem apenas embarques marítimos de longo curso.

Principais exportações em contêineres para os EUA | 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

De maneira geral, as políticas e as ferramentas comerciais estão sendo usadas não apenas para tratar de problemas relacionados ao comércio, mas também para tentar resolver preocupações geopolíticas e de segurança.

Donald Trump não cessa de ameaçar com imposição de tarifas elevadas a todos os países, as mais punitivas reservadas para a China, para aumentar o custo dos produtos estrangeiros e tentar reordenar as cadeias de suprimentos globais.

Segundo o jornal New York Times, as tarifas previstas pela equipe de Trump atingiriam quase todas as importações dos EUA, mais de US$ 3 trilhões em mercadorias.

A onda protecionista está se ampliando perigosamente, conforme dados da Organização Mundial do Comércio (OMC): mais de 130 novas medidas de restrição ao comércio foram registradas pela entidade desde o início deste ano.

Isso representa um aumento de 8% no estoque de mais de 1.600 medidas restritivas introduzidas entre 2009 e 2023, que, no ano passado, já estavam afetando mais de 10% do comércio mundial de mercadorias.

Além disso, os membros da OMC iniciaram 210 investigações de medidas de defesa comercial ou ‘ corretivas comerciais’ no primeiro semestre deste ano – quase o mesmo número de investigações de todo o ano de 2023. Embora nem todas culminem na imposição de tarifas, as investigações têm um efeito inibidor bem documentado sobre o comércio.

Isso tudo é sem falar da onda de subsídios bilionários praticada por vários países, incluindo os EUA e a China, que distorcem as trocas comerciais.

Na medida em que as medidas unilaterais ou suas ameaças se tornam cada vez mais generalizadas, a política comercial fica mais restritiva. Os atritos estão se manifestando como disputas comerciais.

Seis das oito disputas da OMC iniciadas este ano tratam de tecnologias verdes, especialmente veículos elétricos. Nos últimos meses, os EUA, a União Europeia, a Turquia e o Canadá introduziram novas tarifas e direitos compensatórios sobre os veículos elétricos chineses e outros produtos, inclusive o aço. A China contra-atacou com disputas na OMC e medidas contra produtos da UE, como laticínios, carne suína e conhaque.

A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, constata resignada que ‘estamos vivendo em tempos conturbados’. Na verdade, no que diz respeito ao comércio, ‘os tempos não são apenas conturbados, são tensos’, disse ela recentemente em palestra no FMI, segundo participantes.

Para Ngoki, ‘às vezes, o comércio é responsabilizado e apontado como bode expiatório por resultados ruins que, na verdade, derivam de políticas macroeconômicas, tecnológicas ou sociais pelas quais o comércio não é responsável’.

Ela disse esperar que ‘não estejamos em um caminho que nos leve de volta ao tipo de desordem econômica que existia antes de Bretton Woods, desordem que foi seguida por extremismo político e guerra’.

Lembrou que foi justamente para evitar a repetição dessa situação que as instituições econômicas multilaterais foram criadas. E sua preocupação hoje é que o mundo tenha esquecido essa lição.

‘Abandonar o legado de Bretton Woods, inclusive o sistema de comércio, diminuiria a capacidade do mundo, coletivamente e em nível nacional, de responder aos problemas que afetam a vida e as oportunidades das pessoas’, completou ela, segundo um participante.

EUA abrem mais investigações para sobretaxar produtos brasileiros – DatamarNews
FONTE: https://valor.globo.com/opiniao/assis-moreira/coluna/eua-abre-mais-investigacoes-para-sobretaxar-produtos-brasileiros.ghtml

 

Ler Mais
Informação, Investimento, Logística, Sustentabilidade

DP World expande a Divulgação do Impacto no Desenvolvimento Sustentável para novos países

A DP World ampliou sua Divulgação do Impacto no Desenvolvimento Sustentável (SDID) para incluir Brasil, Senegal e África do Sul, continuando seu progresso em direção ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Isso ocorre após a publicação do primeiro SDID da empresa em abril de 2024, que se concentrou na Índia e em Somalilândia.

O relatório SDID ampliado destaca o compromisso da DP World com o avanço do desenvolvimento sustentável por meio de investimentos estratégicos e demonstra como a empresa está gerando um impacto tangível em áreas críticas, desde infraestrutura resiliente até engajamento comunitário e igualdade de gênero.

Por exemplo, no Brasil, a DP World está colaborando com a Rumo para desenvolver um novo terminal capaz de operar 12,5 milhões de toneladas de grãos e fertilizantes, consolidando ainda mais Santos como um hub importante para logística agrícola. Da mesma forma, no Senegal, a empresa investiu mais de US$ 300 milhões para modernizar suas operações, aumentando a capacidade de manuseio do terminal de 265.000 TEUs em 2008 para 800.000 TEUs em 2023, melhorando a conectividade do comércio sub-regional e ampliando o acesso a mercados de difícil acesso.

Sultan Ahmed bin Sulayem, Presidente do Grupo e CEO da DP World, disse: “Estamos comprometidos em investir em larga escala globalmente para fortalecer a resiliência do comércio e promover impactos sociais positivos nas comunidades onde operamos. Por isso, estamos imensamente orgulhosos de ampliar esta divulgação e destacar nossas contribuições para avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e preencher lacunas em economias em desenvolvimento importantes. O relatório mostra como os serviços que a DP World oferece criam infraestrutura, melhoram os serviços logísticos e proporcionam oportunidades para as comunidades.”

DP World expande a Divulgação do Impacto no Desenvolvimento Sustentável para novos países – DatamarNews

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Logística, Portos

Terminal de Contêineres de Paranaguá espera ampliar embarques de algodão

Tradings e operadores logísticos vêm avaliando alternativas às exportações por Santos (SP)

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) espera aumentar os embarques de algodão, em meio a uma diversificação de rotas logísticas da pluma brasileira. Atualmente, as exportações do produto são amplamente dominadas pelo porto de Santos. Mas tradings e operadores logísticos vêm avaliando outras possibilidades.

Entre os locais que estão movimentando cargas da pluma, buscando ganhar espaço entre os pontos de embarque alternativos ao terminal paulista, estão portos como Itapoá (SC) e Salvador (BA). Em Paranaguá (PR), o TCP não quer ficar para trás nesta tendência.

“A estratégia de diversificação de rotas de exportação de algodão não é uma escolha. É mandatória. Se não fizer isso, não se exporta algodão, ou se exporta de uma maneira limitada, abaixo do que se prevê de meta”, analisa Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento do TCP.

Em todo o ano de 2023, o terminal de Paranaguá embarcou 50,1 mil toneladas de algodão em pluma. De janeiro a agosto de 2024, foram 22 mil toneladas. Com o Brasil assumindo a liderança mundial das exportações do produto, a administração do local acredita que é possível ganhar espaço no segmento.

Nas previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações totais de algodão da safra 2024/24 devem totalizar 2,85 milhões de toneladas. Para a pluma da temporada 2024/25, a projeção é de 2,86 milhões. Neste cenário, a previsão do TCP é encerrar este ano com crescimento. E manter a tendência nos próximos.

“Começamos a retomar esse projeto do algodão em Paranaguá alguns anos atrás. Tivemos um bom volume no ano passado e projetamos continuar crescendo ano a ano. A gente vê uma dinâmica dos terminais e uma demanda do mercado necessitando de mais players na exportação de algodão”, diz Guidolim.

O algodão em pluma chega a Paranaguá por caminhões. Nos armazéns da chamada retroárea portuária, o produto é estufado em contêineres para ser exportado, e direcionado para o terminal de embarque nos navios.

Atualmente, a maior parte da pluma exportada pelo TCP é originada em Mato Grosso. A expectativa é de que volumes cada vez maiores “desçam” do Centro-oeste, considerando que a cotonicultura do Estado prevê aumento na demanda do exterior.

De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações de algodão em pluma do Estado na safra 2023/24 são estimadas em 1,79 milhão de toneladas, 5,66% a mais que na temporada anterior (1,69 milhão). Para o ciclo 2024/25, a previsão é de 1,99 milhão de toneladas, 11,16% a mais.

“A gente espera chegar a mais de 50% de crescimento no algodão. É o que a gente está projetando de mercado e espera fazer. O algodão vem ganhando corpo e a gente quer que continue crescendo”, afirma Guidolim.

Ele avalia que, ao procurar alternativas a Santos, a cadeia produtiva do algodão tende a escolher Paranaguá, entre outros motivos, por proporcionar um alto volume de frete de retorno, que compensa a operação logística. O caminhão que chega carregado com a pluma retorna ao ponto de origem com fertilizantes, ajudando a diluir o custo da operação.

O porto de Paranaguá é um dos principais locais de entrada do fertilizante importado pelo Brasil. De janeiro a setembro de 2024, foram 7,84 milhões de toneladas desembarcadas, 11% a mais que no mesmo período em 2023 (7,05 milhões). É o principal produtor em volume de importações no terminal paranaense.

O executivo do TCP acrescenta que o terminal paranaense concentra rotas logísticas para diversos destinos, especialmente o mercado asiático, principal cliente internacional da cotonicultura brasileira. Outra característica que, em sua avaliação, favorece a escolha do local como ponto de embarque da pluma.

“Paranaguá sempre foi muito estratégico para o fluxo de caminhões com fertilizantes, o que torna o frete de retorno ainda mais competitivo”, diz Guidolim, do TCP. “E, quando você tem, em um terminal, essa concentração de serviços, facilita para o exportador. Conseguimos trabalhar no conceito de ‘one stop shop’, a centralização da logística em um player”, acrescenta.

TCP

Atualmente, o TCP é o segundo maior terminal do Brasil em movimentação de contêineres, atrás apenas de Santos, de acordo com dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A capacidade estática de armazenagem do local está próxima de 45 mil TEU’s (medida equivalente a um contêiner de 20 pés).

Entre 2022 e 2024, a companhia investiu R$ 370 milhões em melhorias na infraestrutura e compra de equipamentos, seja para algodão ou outras cargas, e concluiu obras de modernização de estruturas, como vias e portões de acesso, monitoramento e fluxo de entrada e saída de caminhões, e na área de ferrovia.

“A ferrovia, hoje, não entra tanto no algodão, mas é um produto a ser estudado pelo segmento. Existe a possibilidade de, assim como em outros terminais portuários, a ferrovia na exportação de algodão”, diz Guidolim, ressaltando que, em Paranaguá, há o acesso direto ao terminal alfandegado por via férrea.

Investimentos em estruturas específicas para movimentar algodão, especificamente, afirma o executivo, têm sido feitos por parceiros do TCP. Segundo ele, são armazéns e retroáreas para recebimento e estufagem de contêineres.

Terminal de Contêineres de Paranaguá espera ampliar embarques de algodão

Ler Mais
Comércio, Economia, Importação, Informação, Logística, Negócios, Notícias, Tributação

Câmara aprova isenção de imposto de importação para medicamentos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 30, um projeto que mantém a isenção de impostos para a importação de medicamentos. O texto será enviado ao Senado para análise antes de seguir para sanção do presidente Lula.

Ministério da Fazenda pode ajustar alíquotas

O projeto concede ao Ministério da Fazenda a possibilidade de alterar alíquotas e os valores das faixas de tributação do Imposto de Importação sobre medicamentos destinados à importação por pessoa física. Uma medida provisória publicada na semana passada mantém o imposto em zero, mas o projeto atual visa tornar a isenção permanente.

Tributação simplificada e setor automobilístico

O relator da proposta, deputado Átila Lira (PP-PI), incorporou ao parecer outras medidas provisórias (MPs) que tratam de tributação simplificada. Entre as mudanças, também foi incluída a atualização do programa Mover, que beneficia o setor automobilístico.

Com a nova proposta, montadoras e empresas habilitadas poderão importar autopeças com tributação reduzida para 2%, em vez dos 16% anteriores, desde que não haja produção nacional equivalente. Além disso, o texto do Mover explicitou que a redução de alíquota poderá ser aplicada a importações feitas por terceiros (tradings).

Alterações no conselho do FNDIT

Outro destaque aprovado excluiu a participação de representantes de trabalhadores e empregadores no conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT). Esse órgão é responsável por administrar os recursos oriundos do descumprimento de metas de pesquisa e desenvolvimento industrial.

Câmara aprova isenção de imposto de importação para medicamentos

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1