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Alta de 250%: Quanto custa o frete de um contêiner da China?

Até março, o frete de um contêiner de 40 pés custava cerca de 3 mil dólares, mas agora atinge 7.500 dólares, representando uma alta de 250% em menos de um ano.

A crescente demanda por veículos elétricos chineses e a antecipação de importações em razão do reajuste nas alíquotas, assim como a sobrecarga dos portos são alguns dos principais fatores para a escalada dos preços, segundo o especialista em comércio exterior entre Brasil e China e consultor de importação, Rodrigo Giraldelli.

“Para o importador brasileiro, a adaptação é fundamental. O aumento dos custos e a superlotação dos portos exigem uma gestão mais estratégica, desde a escolha do produto até a negociação com fornecedores”, diz.

Estimativas do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave) indicam que o gargalo logístico no Brasil seja responsável por perda anual superior a 21 bilhões de dólares com o comércio exterior, em especial por exportações não efetivadas. O cálculo leva em conta uma capacidade adicional de 500 mil contêineres/ano que deixa de ser ofertada aos exportadores brasileiros e considera a infraestrutura instalada atual.

Fonte: Veja
Alta de 250%: Quanto custa o frete de um contêiner… | VEJA

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Superintendência do Porto de Itajaí vai virar estatal

Criação de empresa públical é uma das condições para renovação do convênio de delegação do porto ao município

A Câmara de Vereadores de Itajaí aprovou em votação única, em regime de urgência, proposta que transforma a Superintendência do Porto de Itajaí – hoje, uma autarquia – em empresa estatal, vinculada ao gabinete do prefeito. A mudança é uma exigência legal, e já tramitava desde março no Legislativo.

A criação da estatal é uma das condições para renovação do convênio de delegação do porto ao município de Itajaí. O prazo vence em 31 de dezembro – mas, até agora, não há garantia do governo federal sobre continuidade da municipalização.

Como Itajaí pode perder o porto para o governo federal

Nos bastidores, há discussões sobre manter o Porto de Itajaí sob comando do governo federal, ou vincular a administração à estatal federal que comanda o Porto de Santos. As duas alternativas são vistas com ressalvas pelo setor portuário, porque centralizariam em Brasília a tomada de decisões.

O projeto que torna a Superintendência do Porto de Itajaí uma empresa pública aguarda sanção do prefeito Volnei Morastoni (MDB).

Fonte: NSC Total
Superintendência do Porto de Itajaí vai virar estatal – NSC Total

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Evergreen amplia sua frota de contêineres com um enorme pedido de US$ 187 milhões

A importante transportadora marítima taiwanesa Evergreen fez um pedido de 60.500 novos contêineres, totalizando US$ 186,8 milhões.

O custo total significa que cada contêiner terá um preço médio de US$ 3.087, o que sugere que a maioria das unidades será de 40′.

De acordo com o relatório da DynaLiners, a Evergreen fez três pedidos separados para os seguintes fabricantes de contêineres:

Fonte: Container-News
 https://container-news.com/evergreen-enhances-container-fleet-with-massive-us187-million-order/

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Porto de Santos atinge a maior marca entre os meses de outubro e projeta maior marca anual de sua história em 2024

O Porto de Santos consolidou, em outubro de 2024, a maior movimentação de cargas já registrada na série histórica desse mês. Foram 15,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

No acumulado de janeiro a outubro, o porto já soma 153,0 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um crescimento de 7,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é recorde histórico para o período, reafirmando o protagonismo de Santos no setor portuário brasileiro.

Os embarques, que totalizaram 10,9 milhões de toneladas em outubro, cresceram 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto as descargas tiveram alta expressiva de 30,0%, alcançando 4,6 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques somaram 112,9 milhões de toneladas (+6,0%) e as descargas, 40,0 milhões de toneladas (+13,0%).

A movimentação de contêineres continua aquecida e foi outro recorde importante, com 493,7 mil TEU movimentados em outubro, 12,3% a mais que em 2023, e 4.548 mil TEU no acumulado do ano, alta de 15,4%.

O gráfico abaixo revela o desempenho das exportações e importações de contêineres no Porto de Santos entre janeiro de 2022 e setembro de 2024, medido em Twenty-Foot-Equivalent Units (TEUs). As informações são do DataLiner, produto desenvolvido pela Datamar, e consideram apenas embarques de longo curso, excluindo operações de cabotagem e transbordo.

Exportações e Importações de Contêineres em Santos | Jan 2022 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

As cargas do agronegócio continuam a destacar-se, com a soja em grãos atingindo 27,8 milhões de toneladas, o açúcar 23,4 milhões de toneladas e o milho 11,5 milhões de toneladas.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, celebrou os números recordes, afirmando que “os resultados alcançados até outubro de 2024 são fruto de uma operação eficiente, aliada a investimentos estratégicos que ampliaram nossa capacidade e competitividade. A movimentação de cargas, contêineres e o fortalecimento do agronegócio destacam a relevância do Porto de Santos para o Brasil e o mundo. Estamos confiantes de que alcançaremos um novo recorde anual, reafirmando nosso papel como agente estratégico para o comércio exterior brasileiro.”

Os granéis sólidos somaram 7,6 milhões de toneladas em outubro (+7,7%), impulsionados pelo aumento nas exportações de açúcar a granel (+47,4%) e farelo de soja (+31,3%). No acumulado, foram 79,2 milhões de toneladas (+2,2%), com a soja em grãos respondendo por 35,1% desse volume, o açúcar por 25,4%, o milho por 14,5% e a soja peletizada por 10,5%.

Os granéis líquidos atingiram 1,8 milhão de toneladas em outubro (+5,8%) e 16,3 milhões no acumulado (+2,4%), com destaque para gasolina (+60,7%) e óleo combustível (+25,4%). No acumulado do ano as maiores participações ficaram com o óleo diesel e gasóleo (4,9%), óleo combustível (3,5%) e sucos cítricos (2,4%).

O segmento de carga geral solta movimentou 838 mil toneladas no mês (+3,7%) e 7,7 milhões no acumulado (+6,3%), puxado, principalmente, pelos embarques de celulose (+25,6%).

O fluxo de navios de janeiro a outubro somou 4.660 embarcações, um crescimento de 3,6%.

Corrente Comercial

A corrente comercial brasileira, via Porto de Santos, também cresceu, atingindo US$ 147,3 milhões de janeiro a outubro, correspondendo a 29,0% do total nacional. Os demais portos do país juntos operaram 51,6% da corrente comercial (US$ 262,2 milhões). A China segue como principal parceiro comercial (27,9%), enquanto o estado de São Paulo concentra 53,6% das transações externas realizadas pelo porto.

FONTE: Datamar news
Porto de Santos atinge a maior marca entre os meses de outubro e projeta maior marca anual de sua história em 2024 – DatamarNews

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Maersk investe R$ 1,6 bilhão em novo terminal em Suape

A APM Terminals, braço do grupo dinamarquês Maersk, vai ampliar em 60% a capacidade de transporte de contêineres no Porto de Suape, em Ipojuca (PE), após aporte de R$ 1,6 bilhão em um novo terminal.

Quarto empreendimento da APM no Brasil – a empresa já opera em Santos (SP), Pecém (CE) e Itapoá (SC) -, este será o primeiro em que o grupo deterá 100% do capital.

Segundo Leo Huisman, CEO da APM Terminals para a região das Américas, o aumento de capacidade em Suape deve beneficiar de imediato as importações do setor têxtil asiático, com redução de custos logísticos, além de melhorar a competitividade para exportadores regionais.

Construído apenas com recursos do caixa da matriz, o novo terminal será 100% eletrificado, o primeiro neste formato na América Latina. “O custo da tecnologia para isso [terminais eletrificados] vem caindo rapidamente”, afirma.

Ricardo Rocha, presidente da Maersk para Costa Leste da América do Sul, diz que o empreendimento está alinhado à meta da companhia de ser carbono zero até 2040.

A APM Terminals está com 100% da sua capacidade no Brasil ocupada. “Precisaremos dobrar a nossa capacidade entre cinco e 10 anos”, afirma Huisman.

Ele diz que o crescimento da economia brasileira, projetado em 3% este ano, foi uma surpresa positiva e ajuda a explicar avanço de 22% nas importações e de 16% das exportações. Como um todo, a infraestrutura de terminais no país já está perto do limite.

A escolha por Suape, sexto maior atracadouro com movimentação de cargas no Brasil, está ligada ao avanço no processo de aprofundamento do calado. Atualmente, nenhum porto brasileiro tem a profundidade desejada de 17 metros, o que é um gargalo nacional para atração de embarcações de grande porte que são usadas globalmente.

O canal externo do Porto de Suape já está dragado, com 20 metros de profundidade. O interno deve atingir 16,2 metros no prazo máximo de seis meses, com investimento de R$ 327 milhões, incluindo a recuperação do molhe. Os recursos para a obra são do governo do Estado de Pernambuco e do governo federal (PAC3).

A dragagem do Porto de Suape também deve beneficiar diretamente a operação dos terminais de granéis líquidos, dando vazão à carga da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, cujas obras foram retomadas no início do ano.

Após uma etapa de demolição que durou 222 dias, a APM iniciará a fase de escolha das empresas que serão responsáveis pela construção do cais, pátio e prédios. A previsão é que o novo terminal comece a operar plenamente em junho de 2026. Já foram investidos R$ 241 milhões em 28 equipamentos eletrificados.

A APM Terminals desenvolve e opera terminais em 33 países. Com previsão de gerar 300 empregos diretos e mais 2 mil indiretos, a construção do terminal em Suape é um dos três projetos globais em andamento na empresa. Os outros dois são em Rijeka (Croácia) e Vietnã.

De acordo Huisman, o investimento antes da demanda é essencial para o futuro crescimento da empresa. “Expandiremos as janelas de atracação para nossos clientes, permitindo que eles introduzam novos serviços que conectam Pernambuco a vários portos globais”, diz o executivo. O terminal da APM será o segundo de contêineres em Suape, onde já está instalado um terminal da ICTSI.

FONTE: Valor Econômico
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Draga gigante tá chegando pra recuperar canal de acesso portuário

Embarcação está em Santos e tem previsão de chegar domingo

A draga gigante Utrecht, de fabricação holandesa, tem previsão de chegar em Itajaí na manhã de domingo. A embarcação, que opera sugando material do fundo do rio pra descarte em alto mar, será usada pra restabelecer a profundidade do canal de acesso portuário e dos berços de atracação.

A dragagem do rio Itajaí-açu foi retomada no dia 8 de novembro após três meses de paralisação devido a uma dívida de R$ 35 milhões do porto com a empresa de dragagem. A volta do serviço foi possível com um acordo de antecipação tarifária com a Portonave, renegociação da dívida e prorrogação do contrato de dragagem.

A retomada da dragagem foi feita de imediato com a draga Njord, uma embarcação pequena que opera por injeção pra que os sedimentos sejam levados pela correnteza. Já a Utrecht, com 159 metros de comprimento, tem uma cisterna gigante para carregar até 18 mil metros cúbicos de material dragado do rio. É a maior draga do tipo hopper em operação no Brasil atualmente e que está trabalhando em Santos (SP).

Com o trabalho, o calado operacional do canal portuário deve ser restabelecido para as profundidades mínimas contratuais, de 14 metros (canal externo) e 13,5 metros (canal interno). As cotas atuais estão em 13,9 e 13,2 metros, respectivamente, com homologação das medições pela Marinha do Brasil válida até 23 de novembro.

A previsão é que a recuperação do canal com a nova draga seja feita em 10 dias após o início dos trabalhos. A Utrecht já trabalhou em Itajaí em 2019 e 2024. Na última vez, foi para a dragagem dos sedimentos trazidos pelas cheias no rio Itajaí-açu. A embarcação pode fazer 12 viagens por dia para despejo do material, em área a seis quilômetros da costa.

FONTE: Diarinho.net
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Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora

Porto promete revolucionar o comércio entre Brasil e China, encurtando a rota em 10 dias. No entanto, desafios logísticos, incluindo travessias pela Amazônia e Andes, dificultam sua utilização plena. O projeto destaca as ambições da China e o potencial da América do Sul no comércio global.

Enquanto os holofotes internacionais se voltam para a crescente rivalidade comercial entre China e Estados Unidos, um megaporto recém-inaugurado na América do Sul emerge como uma possível solução para encurtar em 10 dias a rota de comércio entre Brasil e China. Apesar do potencial revolucionário, a infraestrutura precária e barreiras geográficas desafiam sua plena utilização, deixando em aberto o futuro dessa ambiciosa empreitada.

Porto de Chancay: um marco estratégico

O porto de Chancay, situado a cerca de 70 quilômetros ao norte de Lima, no Peru, foi oficialmente inaugurado em uma cerimônia que reuniu a presidente peruana Dina Boluarte e o líder chinês Xi Jinping. O local é administrado pela gigante chinesa Cosco Shipping e simboliza as ambições de Pequim em fortalecer o comércio com a América do Sul.

Com uma promessa de reduzir significativamente o tempo de transporte entre os dois maiores parceiros comerciais do Brasil, o porto reflete os esforços da China em diversificar sua cadeia de suprimentos diante de possíveis restrições comerciais vindas do governo norte-americano.

No entanto, as dificuldades de transporte entre as regiões agrícolas do Brasil e o litoral pacífico peruano evidenciam a complexidade de transformar essa promessa em realidade.

Obstáculos geográficos e logísticos

A travessia da densa floresta amazônica e das imponentes montanhas dos Andes surge como um dos maiores desafios para viabilizar a utilização plena do porto. Atualmente, não há ferrovias conectando as regiões agrícolas brasileiras ao litoral peruano, e as poucas rodovias existentes são insuficientes para o tráfego de caminhões de grande porte. Conforme explicou Edeon Vaz, diretor do Movimento Pro-Logística, os altos custos de transporte associados às limitações das estradas tornam o uso do porto economicamente inviável para muitos produtores agrícolas.

“É um custo extremamente elevado, especialmente para soja e milho, que precisam ser transportados por caminhões menores devido às restrições das rodovias andinas”, destacou.

Integração regional: um sonho distante?

Apesar das dificuldades, especialistas enxergam o porto de Chancay como uma oportunidade para reacender o sonho de integração das costas atlântica e pacífica da América do Sul. Segundo Marco Germanò, pesquisador da Universidade de Nova York, o projeto reflete um antigo desejo de interconexão continental, mas ainda carece de um plano estratégico para superar os obstáculos existentes. Mesmo internamente, o Peru enfrenta desafios de conexão. Conforme apontado por Rafael Zacnich, da ComexPerú, nem mesmo as ligações do porto com regiões produtoras locais, como as de café e cacau, são eficientes. Apesar disso, há esperanças de que o projeto atraia novos investimentos na infraestrutura de transporte.

Benefícios econômicos e dilemas ambientais

Além de aumentar a competitividade sul-americana no mercado global, o porto de Chancay pode impulsionar a economia de pequenos estados brasileiros, como o Acre, cuja produção de soja e carne suína tem registrado crescimento. Segundo Assuero Doca Veronez, da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, o transporte via Peru poderia beneficiar a região, desde que houvesse avanços na infraestrutura logística. Contudo, a construção de uma nova rodovia entre Cruzeiro do Sul (AC) e Pucallpa, no Peru, enfrenta resistência. Em 2023, o projeto foi paralisado por preocupações ambientais e pelo impacto sobre comunidades indígenas.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva expressou interesse em melhorar as estradas próximas à fronteira, mas uma rota controversa no Acre não está nos planos imediatos.

China, Brasil e o cenário global

A inauguração do porto de Chancay ocorre em um momento estratégico.
Com o Brasil consolidado como o maior fornecedor de soja da China, o país asiático busca diversificar rotas e minimizar impactos de uma possível guerra comercial com os EUA. Conforme Wagner Cardoso, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a integração sul-americana exige mais do que infraestrutura portuária.

“Precisamos de acordos bilaterais que facilitem o trânsito de mercadorias entre as fronteiras e tornem viável o uso desse porto”, afirmou.

Futuro promissor, mas incerto

Embora o porto de Chancay represente um passo importante para o comércio sul-americano, sua plena eficácia depende de uma série de fatores: investimentos em transporte, cooperação internacional e superação de barreiras geográficas e ambientais.
Enquanto isso, o Brasil e seus vizinhos encaram o desafio de transformar potencial em realidade.

FONTE: CPG Click Petroleo e Gas
Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora – CPG Click Petroleo e Gas

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Superintendência do Porto de Itajaí vai virar uma estatal

Votação foi em regime de urgência; próximo passo é a sanção pelo prefeito

A Câmara de Vereadores de Itajaí aprovou em votação única e em regime de urgência o projeto pra transformar a Superintendência do Porto de Itajaí (SPI) em empresa pública. Com a mudança, a SPI, que é uma autarquia municipal criada em 1995, virará uma estatal, sob forma de Sociedade de Propósito Específico (SPE), vinculada ao gabinete do prefeito, pra administrar o complexo portuário.

O projeto estava tramitando na Câmara desde março. A prefeitura recebeu a exigência de renovação do convênio de delegação do governo federal para a manutenção da autoridade portuária pública e municipal, cujo prazo termina em 31 de dezembro. A mudança também é uma exigência para o arrendamento definitivo do Porto de Itajaí e foi critério no acordo pra retomada da dragagem.

A proposta só voltou a andar na Câmara neste mês, após as eleições municipais. A votação foi após a aprovação de pedido de urgência do município na semana passada. O projeto passou com 16 votos favoráveis e sem a votação de cinco emendas apresentadas por vereadores e que acabaram retiradas. As mudanças previam critérios para a composição da diretoria e conselho da futura empresa e visavam resguardar direitos dos atuais servidores.

O texto aprovado será encaminhado pra sanção do prefeito Volnei Morastoni (MDB). A empresa pública terá personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa, técnica, financeira e patrimonial, mas vinculada ao prefeito. A função será de administrar o Porto Organizado de Itajaí, incluindo retroáreas portuárias, hidrovias, vias lacustres e navegáveis do município.

Empresa pública

O projeto estabelece que a administração da empresa pública será feita por uma Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração. Além disso, a empresa pública contará com um conselho fiscal permanente. O projeto não cria a empresa de imediato, apenas autoriza a prefeitura a fazer a mudança. O Executivo terá prazo de até 180 dias pra regulamentar a nova lei e aprovar o estatuto social da empresa pública.

A aprovação do estatuto social determinará a data de instalação da empresa. O documento definirá a estrutura organizacional, composição e atribuições de órgãos internos, regras de governança e outras condições para o funcionamento da nova corporação. Até a criação da empresa, seguem valendo as normas que se aplicam ao modelo de autarquia.

Concursados do porto não serão mantidos

O projeto prevê a formação do Conselho de Administração da empresa pública com no mínimo sete e, no máximo, 11 membros, com mandatos de dois anos, permitidas até três reconduções seguidas. A composição da Diretoria Executiva será de, no mínimo, três diretores, além de um diretor-presidente, com gestão de dois anos e até três reconduções.

O Conselho Fiscal será o órgão interno de fiscalização e controle dos atos do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva. Os conselheiros terão mandatos de dois anos, permitidas duas reconduções seguidas. Também há previsão de formação de um comitê de Auditoria Estatutário. O pessoal do quadro permanente, comissionado e de funções gratificadas será definido no estatuto social.

Emenda que previa um representante dos trabalhadores portuários avulsos no Conselho de Administração não nem discutida.

O projeto garante um membro dos empregados e outro de acionistas minoritários. Outra emenda exigia experiência e formação superior para o cargo de superintendente. Cargos de direção, chefia e coordenação também deveriam comprovar experiência e formação acadêmica na área.

Concursados do porto

Próximo passo é a prefeitura pedir a renovação da delegação portuária.

Ainda ficou pelo caminho uma proposta com medidas para resguardar os direitos de servidores concursados do porto. A ideia era que eles pudessem escolher sobre permanecer ou não no cargo que tem hoje no processo de mudança, garantindo a continuidade dos serviços do porto. A regulamentação da lei deve definir as regras. Os cargos na empresa pública serão regidos pela CLT e a contratação de pessoal será por concurso público.

Após a sanção, a prefeitura vai pedir a renovação da delegação portuária.

Até esta quinta-feira o prefeito ainda aguardava o envio do projeto pra sanção. A partir da vigência, o município vai providenciar, junto ao governo federal, a celebração de termo aditivo ao convênio de delegação 008/97 para que Itajaí continue como autoridade portuária por meio da nova empresa pública.

Delegação

A atual delegação foi prorrogada por dois anos temporariamente em 2022, com a promessa do governo federal de ser renovada em definitivo por 25 anos, mantendo a autoridade portuária pública e municipal. No momento, a renovação depende de uma decisão do Ministério dos Portos, atrelada ao edital de arrendamento definitivo do porto.

O projeto de concessão prevê a gestão portuária separada das operações do terminal, mas o modelo de descentralização ainda é avaliado pela União. Entre as opções está a manutenção da delegação municipal, a federalização ou a estadualização da autoridade portuária.

FONTE: Diarinho Net
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Comércio entre China e Brasil cresce 9,9% nos primeiros 10 meses de 2024

O comércio entre China e Brasil disparou 9,9% nos primeiros 10 meses de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, reforçando os laços econômicos e comerciais entre os dois países.

A taxa de crescimento foi 4,7 pontos percentuais superior à taxa de crescimento geral do comércio exterior da China, conforme dados divulgados no domingo pela Administração Geral de Alfândegas da China.

O comércio entre China e Brasil atingiu 1,14 trilhões de yuans (158,33 bilhões de dólares) de janeiro a outubro, incluindo 432,08 bilhões de yuans em exportações e 708,15 bilhões de yuans em importações, ambos com crescimento estável. Este ano marca o 50º aniversário das relações diplomáticas China-Brasil.

O gráfico abaixo mostra o progresso das importações de contêineres provenientes da China nos portos brasileiros entre janeiro de 2021 e setembro de 2024. Os dados são do DataLiner.

Importações de Contêineres Provenientes da China | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Ao longo dos últimos cinquenta anos, os dois países alcançaram resultados frutíferos na cooperação econômica e comercial e fizeram progressos significativos nas relações econômicas e comerciais bilaterais. A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações brasileiras nos últimos 15 anos consecutivos, enquanto o Brasil tem sido, por muito tempo, o maior parceiro comercial da China na América Latina.

Com o aprofundamento da cooperação econômica e comercial, mais produtos de qualidade do Brasil estão entrando no mercado chinês. Nos primeiros 10 meses, a participação da China nas exportações brasileiras de soja e minério de ferro superou 70%, enquanto na celulose e no petróleo bruto, a participação ultrapassou 40%. Mais produtos industriais de qualidade da China estão entrando no Brasil.

Fonte: Nation.com/Datamar News
Comércio entre China e Brasil cresce 9,9% nos primeiros 10 meses de 2024 – DatamarNews

 

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Com mercado aquecido, empresa brasileira exporta mais 500 toneladas de feijões especiais

A Interco, uma startup do setor de commodities, se associou ao Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses (IBRAFE) para o desenvolvendo do projeto de exportação de feijões especiais no Brasil com a introdução de uma terceira safra, mesmo diante de desafios climáticos e logísticos.

De acordo com a empresa, que também é associada a Global Pulses Confederation (GPC), esse crescimento é impulsionado pela crescente demanda de mercados internacionais, como os da Ásia, do mundo árabe e da África. Segundo dados da Future Market Insight, o mercado global de pulses, que inclui feijões especiais como o mungo verde, matpe preto e o feijão marrom, foi avaliado em US$ 71,76 bilhões em 2022, com projeção para atingir US$ 122,89 bilhões até 2033, a uma taxa anual composta de crescimento (CAGR) de 4,9%. Para este ano, a Interco já programou embarques de 500 toneladas dessas leguminosas.

Entre os mercados que receberão os feijões especiais brasileiros, destaca-se a Índia, que importa cerca de 3 milhões de toneladas anualmente, representando cerca de 20% do consumo global de pulses. A China, outro grande importador, deve apresentar um crescimento anual de 6,4% até 2033, o que faz desse mercado uma oportunidade significativa para exportadores brasileiros. Em uma recente viagem a Macau o diretor executivo da Interco Trading, Nicholas Taylor, participou de um evento em que a pauta foi a exportação de feijões. Segundo ele, o mercado está aquecido e o Brasil está bem-posicionado para aproveitar esse cenário.

“Temos dois grandes aliados nesse cenário: o projeto APEX Brazil Superfoods e o próprio IBRAFE. Ambos promovem missões e encontros com grandes compradores em eventos realizados em embaixadas de mercados prioritários. Além disso, há negociações em andamento com diversos governos para reduzir tarifas sobre os feijões nacionais. Um destaque importante são as tratativas com o governo chinês, cujo mercado de pulses, avaliado em mais de US$ 10 bilhões anuais, representa um marco potencial para o setor brasileiro, devido ao alto nível de competitividade dos nossos produtores e à qualidade dos produtos”, explica.

Entre os desafios, o principal é a infraestrutura dos portos brasileiros, que se encontra colapsada. De acordo com Marcos Ferraz, diretor de commodities da Interco Trading, a falta de previsibilidade nas políticas econômicas do Brasil desestimula investimentos maiores na produção nacional. “Na nossa visão, como empresa privada, importante termos pesquisas e investimentos em novas variedades no mercado brasileiro e agregar valor de forma conjunta com produtores para exportação de feijões para outros continentes”, complementa.

Ainda segundo Ferraz, o mercado brasileiro se destaca como protagonista. “A Interco, com sua visão de futuro e alinhada à estratégia de parceria com o IBRAFE, busca produtores para atender à crescente demanda internacional. Estima-se que o mercado global de pulses continue a se expandir, o que trará uma expansão saudável dos negócios nos próximos anos”, finaliza.

FONTE: Datamar News
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