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Agro puxa novos investimentos em portos do país

Terminais receberão R$ 76 bilhões até 2026; aportes de cerca de R$ 10 bilhões já começaram

O agronegócio é um dos principais vetores de expansão dos investimentos em portos no Brasil. Nos últimos seis anos, os terminais receberam aportes de R$ 42,7 bilhões em investimentos, segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, que informa que os desembolsos chegarão a R$ 75,9 bilhões no intervalo entre 2023 e 2026.

Considerados projetos que já estão em andamento ou que estão perto de começar, autoridades públicas e operadores privados prometem desembolsar quase R$ 10 bilhões nos próximos meses, segundo levantamento do Valor. Integram essa lista os investimentos em alguns dos terminais mais importantes para os embarques da agropecuária nacional.

Fonte: GloboRural
Agro puxa novos investimentos em portos do país (globo.com)

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Déficit nas contas externas até julho atinge maior nível em 5 anos

Investimentos estrangeiros diretos somam US$ 45 bilhões

O aumento das importações de serviços e a queda no superávit da balança comercial fizeram o déficit das contas externas atingir o maior nível desde 2019 para os sete primeiros meses do ano, divulgou nesta segunda-feira (26) o Banco Central (BC). De janeiro a julho, o resultado ficou negativo em US$ 25,552 bilhões. O déficit mais do que dobrou em relação ao mesmo período de 2023, quando tinha ficado em US$ 12,54 bilhões.

Também chamadas de transações correntes, as contas externas medem a vulnerabilidade de um país diante de crises externas. O indicador é formado pela soma do saldo da balança comercial, da balança de serviços (exportações menos importações de serviços), pela renda primária (que engloba remessas de lucros ao exterior e pagamentos de juros de empréstimos) e pelas transferências pessoais de brasileiros que vivem no exterior às famílias.

Apenas em julho, as contas externas registraram déficit de US$ 5,162 bilhões, alta de 45,1% em relação ao mesmo mês de 2023.

O principal fator responsável pelo aumento no déficit das contas externas foi o aumento das importações de serviços, entre outros serviços. Isso levou a balança de serviços, que engloba transportes, seguros, serviços financeiros e viagens internacionais, a fechar os sete primeiros meses do ano com déficit de US$ 28,937 bilhões, contra resultado negativo de US$ 22,159 bilhões no mesmo período de 2023.

Paralelamente, após crescimentos sucessivos até 2023, o superávit da balança comercial está recuando em 2024. De janeiro a julho, o país exportou US$ 44,696 bilhões a mais do que importou. Nos sete primeiros meses do ano passado, o resultado estava positivo em US$ 49,789 bilhões.

Segundo o Banco Central, o aumento do déficit das contas externas está ligado ao crescimento da economia. Quando o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) cresce, o país importa mais produtos e serviços.

Turistas no exterior

Dentro da conta de serviços, as contas externas também medem os gastos de turistas brasileiros no exterior. Nos sete primeiros meses do ano, os turistas brasileiros gastaram US$ 8,403 bilhões em outros países. Apesar da alta do dólar, essas despesas tiveram queda mínima em relação ao mesmo período do ano passado, quando totalizaram US$ 8,465 bilhões.

Apenas em julho, os gastos de turistas no exterior atingiram US$ 1,384 bilhão, exatamente o mesmo nível de 2023. Como o dólar acumula alta de 19,56% nos 12 meses terminados em julho, a estabilidade nos gastos pode ser explicada pelo aumento da renda dos turistas brasileiros que saem do Brasil.

Investimentos diretos

O saldo negativo das contas externas costuma ser compensado pelos investimentos estrangeiros diretos, investimentos das empresas que geram empregos no país. De janeiro a julho, as companhias estrangeiras investiram US$ 45,065 bilhões no Brasil, alta de 20,15% em relação aos mesmos meses de 2023.

Apenas em julho, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 7,258 bilhões, com pequena alta em relação aos US$ 7,1 bilhões registrados em julho do ano passado.

Fonte: Guararema News
Déficit nas contas externas até julho atinge maior nível em 5 anos – Guararema News

 

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Economia argentina reflete em mercado automotor brasileiro

No início da administração do novo governo argentino, em dezembro do ano passado, “No hay plata” (não há dinheiro) era um slogan que sintetizava a obsessão do presidente Javier Milei de eliminar subsídios governamentais e acabar com os ministérios considerados irrelevantes.

Mas com o passar dos meses, a projeção recessiva tornou-se mais forte e a frase passou a expressar cada vez mais a realidade da Argentina.

Baixas nas vendas
Na combalida economia local, o “não há dinheiro” se reflete também na queda nos registros de motocicletas. De janeiro a julho deste ano, foram emplacadas 246.488 motocicletas, o que se traduz em um decréscimo de 12,64% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Reflexo no Brasil
E a crise do mercado vizinho se reflete diretamente no Brasil, que sempre teve na Argentina o principal mercado de exportação de suas motocicletas.

Os embarques dos integrantes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) somaram 19.024 unidades de janeiro a julho, uma queda de 19,8% em relação ao mesmo intervalo de 2023.

Fonte:  Gazeta de São Paulo
Economia argentina reflete em mercado automotor brasileiro – Gazeta de São Paulo (gazetasp.com.br)

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IPCA-15: preços sobem 0,19% em agosto, puxados pela gasolina

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, foi de 0,19% em agosto, 0,11 ponto porcentual abaixo da taxa de julho (0,30%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira, 27.

Os últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.

IPCA-15: 8 dos 9 grupos pesquisados tiveram alta da inflação em agosto
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,83% e 0,17 p.p), seguido por Educação (0,75% e 0,05 p.p.).

Nos transportes, o resultado foi influenciado pela gasolina. Os demais combustíveis (3,47%) também tiveram alta de preços: etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%). Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63%).

O grupo Alimentação e bebidas (-0,8%) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Comunicação e o 0,71% de Artigos de Residência.

Quanto aos índices regionais, oito áreas tiveram alta em agosto, informou o IBGE. A maior variação foi observada em Recife (0,50%), em razão da alta da gasolina (6,01%). Já o menor resultado ocorreu em Salvador (-0,11%), que registrou queda nos preços do tomate (-30,33%) e da cebola (-13,73%).

Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços entre 16 de julho e 14 de agosto de 2024 (referência) e os comparou com aqueles vigentes de 15 de junho a 15 de julho de 2024 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Segundo o IBGE, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em agosto. Além da gasolina, os demais combustíveis também tiveram altas expressivas no mês, e ajudaram o grupo
 Transportes a subir.

O etanol (5,81%), o gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) subiram, trazendo ganhos ao subgrupo combustíveis (3,47%). As passagens aéreas, que haviam subido quase 20% no último mês, registraram queda nos preços (-4,63%).

Veja abaixo a variação dos grupos em agosto

  • Alimentação e bebidas: -0,80%;
  • Habitação: 0,18%;
  • Artigos de residência: 0,71%;
  • Vestuário: 0,09%;
  • Transportes: 0,83%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,27%;
  • Despesas pessoais: 0,43%;
  • Educação: 0,75%;
  • Comunicação: 0,09%.
Últimos 12 meses

Alimentação volta a cair

O grupo Alimentação e bebidas voltou a ter deflação no mês de agosto com queda de 0,80%, contra recuo de 0,44% em julho. O resultado ajudou a retirar 0,17 p.p. do índice geral neste mês.

A Alimentação no domicílio, que reúne alimentos in natura, teve queda de 1,30%, também mais intensa do que a de julho (-0,70%). O tomate (-26,59%), a cenoura (-25,06%), a batata-inglesa (-13,13%) e a cebola (-11,22%) foram os recuos mais importantes do mês.

Já a Alimentação fora do domicílio acelerou em relação a julho, passando de 0,25% para 0,49%. Houve alta do lanche (de 0,24% para 0,76%) e da refeição (0,23% para 0,37%).

Outros dois grupos são dignos de nota. Em Educação, a alta foi de 0,75%, com reajustes de cursos regulares (0,77%), por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). O subgrupo cursos diversos (0,47%) teve influência de novos preços de cursos de idiomas (0,96%).

Já o grupo Habitação teve alta puxada pelo gás de botijão (1,93%). Mas houve compensação por meio da energia elétrica residencial, que retornou à bandeira tarifária verde. A alta que havia sido de 1,20% em julho passou para um recuo de 0,42% em agosto.

Fonte: G1
IPCA-15: preços sobem 0,19% em agosto, puxados pela gasolina | Economia | G1 (globo.com)

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Análise: Quais os interesses da Rússia e da China na crise da Venezuela

Ministério das Relações Exteriores da China também parabenizou Maduro por sua “reeleição bem-sucedida”. “A China felicita a Venezuela pelo sucesso das eleições presidenciais”, acrescentou o porta-voz Lin Jian.

Não são os únicos países a celebrar o sucesso de Maduro: também os governos de Cuba, Irã, Bolívia, Honduras e Nicarágua, entre outros, o fizeram. No entanto, Rússia e China, como duas das grandes potências militares e econômicas do mundo, estão no centro de uma crescente rivalidade com os Estados Unidos.

Quais são os interesses da Rússia e da China nessa crise e por que apoiam a continuidade do chavismo no poder?

Rússia, o eterno aliado

Em sua mensagem de felicitações, Putin destacou que as relações entre Rússia e Venezuela “têm o caráter de uma parceria estratégica”. “Gostaria de confirmar nossa disposição em continuar nosso trabalho construtivo em conjunto”, acrescentou.

As relações estreitas com a Rússia têm sido uma constante no chavismo desde sua chegada ao poder em 1999, e ambos os países são centrais para os interesses um do outro.

O vínculo começou no plano militar, quando a Venezuela começou a comprar armamentos da Rússia após os Estados Unidos, seu fornecedor habitual, terem interrompido as exportações de armas para o país em 2006, acusando-o de não cooperar na luta contra o terrorismo promovida por Washington. Especialmente entre 2007 e 2013, as compras de armas se multiplicaram.

Atualmente, a Venezuela opera uma grande quantidade de equipamento militar russo, que coexiste com material de origem americana e europeia adquirido em governos anteriores. De acordo com o balanço militar 2024 do International Institute for Strategic Studies (IISS), entre os sistemas operados estão os tanques T-72B1 e os transportes blindados de tropas BMP-3 e BTR-80A; os lançadores de foguetes BM-21 Grad e 9A52 Smerch; os helicópteros de ataque Mi-35M2 Hind; e os caças-bombardeiros Su-30MKV.

Os acordos de cooperação e os numerosos encontros entre os líderes cresceram com o tempo. Chávez visitou Moscou pela primeira vez em 2001 e continuou viajando regularmente durante sua presidência. Maduro também fez o mesmo, e em 2019 transferiu o escritório europeu da PDVSA de Lisboa para Moscou (enquanto a colaboração com a petrolífera estatal russa Rosneft aumentava).

Além disso, em setembro de 2008, uma frota da marinha russa visitou a Venezuela e realizou exercícios navais no Caribe, estrategicamente perto dos Estados Unidos, pela primeira vez desde a Guerra Fria.

Fonte: CNN
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Palestra com diretor da BMW: PIB Education mostra como autoconhecimento e protagonismo transformam a liderança

Ricardo Santin, diretor de montagem da BMW Brasil, destacou a importância da liderança inspiradora e da comunicação no sucesso das equipes

Disciplina, autoconhecimento e protagonismo foram os três pilares centrais discutidos durante a palestra de Ricardo Santin, diretor de montagem da BMW Group Brasil, para os estudantes do curso de Administração do Polo Educacional Plural Intelligence Business (PIB). O evento, realizado na última quinta-feira no auditório do Brava Mall, em Itajaí, reuniu alunos da primeira e da segunda fase do curso.

Com uma trajetória sólida, Santin, que possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e mestrado em Engenharia Mecânica e Projetos pela Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, compartilhou suas experiências e a importância de uma liderança baseada em autoconhecimento e inovação. Convidado pelo professor de Tecnologia e Inovação, Ricardo Grzybowski, Santin foi aplaudido como uma referência no mercado automotivo. “Ele lidera, hoje, uma equipe de 200 pessoas, mas essa posição é fruto de uma carreira construída com muita dedicação. É uma oportunidade única para os alunos aprenderem sobre gestão e administração”, comentou.

Durante a palestra, o executivo enfatizou que a busca por métodos de ensino inovadores e disruptivos pode ser determinante para a carreira de qualquer profissional.

Segundo Santin, fazer boas escolhas e assumir o protagonismo no desenvolvimento pessoal e profissional são atitudes essenciais para quem busca uma liderança de sucesso.Santin mencionou que, se tivesse tido a oportunidade de participar de um programa como o PIB no início de sua carreira, muitos de seus passos teriam sido acelerados. Ele destacou a importância de estar sempre preparado e disposto a sair da zona de conforto. “Isso foi algo que busquei ao longo da minha carreira e vejo que os alunos aqui também estão buscando”, afirmou.

Boas conexões

Santin também destacou a importância das boas conexões, uma liderança inspiradora e uma comunicação eficaz para o trabalho em equipe. Baseando-se em teorias contemporâneas e clássicas, ele reforçou a necessidade de habilidades que vão além do conhecimento acadêmico, como a capacidade de construir boas relações interpessoais.

O aluno Bernardo Vorsatz, presente na palestra, destacou que a parte mais marcante foi ouvir sobre a trajetória do executivo e entender como ele alcançou o cargo de diretor. “Ele explicou bastante sobre como o networking pode te ajudar na vida, algo que foi fundamental para ele. Vou focar na questão dos estudos e me propor a novas experiências”, comentou o estudante.


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Carros Importados abrem um rombo moral e financeiro na balança comercial do país

Brasil ja gasta mais com a importação de automóveis do que com petróleo ou fertilizantes.

As poucas altas e as muito baixas das exportações brasileiras de veículos, em combinação com o substancial aumento de importações sempre que nenhum protecionismo é adotado, abre dois rombos no comércio exterior do Brasil: um moral, outro financeiro.

O déficit moral decorre da difícil aceitação de que a indústria instalada no País há mais de setenta anos é incapaz produzir carros mais exportáveis, como faz a China que após vinte e poucos anos de desenvolvimento deve se tornar o maior exportador de veículos do mundo, com estimativa de 6 milhões de unidades este ano.

Já o rombo financeiro acontece porque a importação de bens de alto valor agregado reduz o saldo da balança comercial, hoje dependente de sobreviver só com vendas externas de commodities de baixo valor agregado, que trazem pouco desenvolvimento econômico.

Déficit industrial aumentado

Levantamento da AEB, Associação de Comércio Exterior do Brasil, produzido em julho, mostra que os automóveis de passageiros híbridos e elétricos, que têm imposto de importação reduzido, serão os principais responsáveis por alargar de US$ 108 bilhões em 2023 para US$ 123 bilhões o enorme déficit da balança comercial brasileira de produtos industrializados.

A AEB projeta que as importações de automóveis este ano – em sua grande maioria híbridos e elétricos vindos da China – deverão somar US$ 11,5 bilhões, em crescimento de vistosos 98% sobre os US$ 5,8 bilhões de 2023, quando a expansão já havia dado um salto expressivo de 61% ante os US$ 3,6 bilhões importados em 2022.

Se a projeção da AEB for confirmada, de acordo com dados da associação, os automóveis serão, em 2024, o segundo produto mais importado pelo Brasil, ficando só atrás de óleos combustíveis e à frente de petróleo, adubos e fertilizantes.

Enquanto isso estão em queda livre as exportações de carros brasileiros – que são gritantemente inferiores em acabamento e tecnologia aos importados chineses que aprenderam a fazer veículos em vinte anos.

Segundo projeta a AEB as vendas de automóveis brasileiros devem somar US$ apenas 3,7 bilhões este ano, em retração de 10,8% sobre 2023, abrindo déficit anual de US$ 7,8 bilhões só nesta conta.

Saldo negativo ampliado

Para piorar o rombo na balança comercial do setor automotivo no Brasil não se limita às importações de automóveis, mas a todos os produtos desta indústria.

Ainda segundo o levantamento da AEB as importações de veículos de carga devem crescer 12% este ano, para US$ 4 bilhões – impulsionadas principalmente por modelos de menor porte que deixaram de ser produzidos no Brasil, como vans e furgões – e as exportações destes modelos deverá cair 8,5%, para US$ 2,3 bilhões, gerando déficit de US$ 1,7 bilhão.

Já o Sindipeças projeta em quase US$ 12 bilhões o déficit da balança de autopeças, com importações de US$ 20 bilhões e exportações de US$ 8,1 bilhões.

Para pneus – outro item duramente atingido pela concorrência chinesa este ano, mas aqui com qualidade inferior ao produto brasileiro no mercado de reposição – a AEB projeta exportação de US$ 1,2 bilhão, queda de 5% em comparação ao ano anterior, e o dobro disto em importações: US$ 2,1 bilhões, em alta de 13% sobre 2023.

Exportação de empregos e PIB

Todos os quinze produtos mais exportados pelo Brasil este ano são commodities, como soja, minério de ferro e até petróleo, que encabeça esta lista pela primeira vez. Nada contra mas depender só destes produtos limita bastante as possibilidades de ganhos e de desenvolvimento industrial do País.

Automóveis estão fora da lista dos produtos mais exportados pelo Brasil por causa da dependência de mercados latino-americanos, especialmente da Argentina, o maior mercado externo dos veículos brasileiros, que passa por severos problemas econômicos e vem diminuindo as compras ano a ano.

Em outros mercados, como México, Chile e Colômbia, as vendas também estão caindo, não só por problemas locais como também por causa da concorrência chinesa que também está chegando com força nestes países com produtos melhores e mais baratos do que os brasileiros.

Países que importam muitos produtos industrializados exportam PIB e empregos. Segundo aponta a Associação de Comércio Exterior do Brasil a cada US$ 1 bilhão em importações de manufaturados, além da perda de divisas em si, o País sutenta cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos no Exterior. O contrário também é verdadeiro: ao exportar US$ 1 bilhão são gerados 30 mil empregos aqui e o valor entra como saldo positivo na balança comercial.

Nesta jornada não há caminho bom. Se as importações de carros continuarem a aumentar no ritmo que estão é bastante provável, como já aconteceu antes, que o governo adote barreiras tarifárias para evitar o alargamento do rombo na balança comercial, o que mais uma vez dará à indústria instalada no País a liberdade de continuar a produzir veículos de preços altos e qualidade inferior.

Por outro lado caso nenhuma barreira for adotada os importados tendem a engolir esta indústria, provocando perda de empregos e PIB, além de déficit de desenvolvimento tecnológico. É uma equação difícil de equilibrar mas que precisa de equilíbrio.

Saiba mais em AutoData
AutoData – Carro importado abre rombo moral e financeiro na balança comercial do País

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Terminal do Porto de Rio Grande é arrematado por R$ 50 mil

Ativos do Porto de Rio Grande (RS) e do Rio de Janeiro receberam apenas uma proposta

Uma área doPorto de Rio Grandefoi arrematada pela Sagres Operações Portuárias, que ofereceu R$ 50 mil de outorga, em leilão promovido na tarde desta quarta-feira, 21. Os investimentos previstos são de R$ 7.752.459,25. A agenda do certame também contemplou áreas nos Portos de Recife (PE) e Rio de Janeiro.

As outorgas que foram oferecidas por cinco terminais portuários leiloados somaram R$ 4,750 milhões, e os contratos de 10 anos somam investimentos de R$ 74 milhões, que deverão ser usados para modernização dos terminais.

Os ativos do Porto de Rio Grande (RS) e do Rio de Janeiro receberam apenas uma proposta. O carioca, que armazena e movimenta carga geral líquida, ficará sob responsabilidade da Iconic Lubrificantes, cuja oferta foi de R$ 500 mil. A estimativa é de R$ 10,1 milhões em aportes. Todas as áreas receberam propostas no certame, o primeiro deste tipo promovido em 2024 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)

Terminal no Estado

O espaço denominado Rig 10, arrematado no Porto de Rio Grande, é composto pelos armazéns A6, C1 e C2, pela Central de GLP e pelo anexo do armazém B3. Segundo a gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Flávia Galarraga, os armazéns arrendados têm como finalidade o depósito de carga geral, enquanto a Central de GLP e o anexo do armazém B3 são de apoio operacional.

“A Sagres é uma empresa com 22 anos de atuação no Porto do Rio Grande, onde temos um compromisso sólido e contínuo. Acreditamos no potencial do Porto e, por isso, investimos consistentemente, em conjunto com nossas empresas controladores Neltume Ports e Ultramar”, disse o diretor de Operações da Sagres, Leonardo Maurano.

O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, disse que o resultado do leilão demonstra o quanto as empresas acreditam no complexo portuário do Rio Grande. “Receber os investimentos nesse momento de reconstrução é fundamental e vem ao encontro do nosso planejamento estratégico, no que diz respeito a atração de investimentos, melhoria operacional e competitividade”, avaliou Klinger.

O secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Alex Sandro de Ávila, mencionou o Rio Grande do Sul, após os episódios climáticos. “Todos os leilões foram exitosos, mas a gente ter a oportunidade de ver a realização de um leilão no Porto do Rio Grande após um momento de tanta dificuldade e tristeza, sem sombra de dúvidas, é algo extremamente gratificante para nós enquanto Ministério de Portos”, frisou.

Restante do leilão

A maior outorga, de R$ 3,6 milhões, foi a da SCS Armazéns Gerais pelo REC10. O terminal, localizado no Porto de Recife, vai movimentar e armazenar granéis sólidos e cargas gerais, com estimativa de R$ 2,9 milhões em aportes. Os contratos de 10 anos somam investimentos de R$ 74 milhões, que deverão ser usados para modernização dos terminais.

Além da SCS, a Agemar Transportes também participou da disputa pelo REC10. Os lances iniciais foram de R$ 100 mil e R$ 300 mil, respectivamente. Como haviam duas propostas válidas, o certame foi a viva voz. Depois de uma longa sequência de lances, a SCS arrematou o terminal.

A SCS participou anteriormente da disputa pelo REC09, também no Porto de Recife. No entanto, a Usina Peribú saiu vitoriosa, com uma outorga de R$ 550 mil depois de disputa viva a voz. Com isso será responsável pela administração da área que movimenta e armazena granel sólido e carga geral, especialmente arroz. A projeção é de R$ 2,2 milhões em investimentos.

Já o terceiro terminal pernambucano, REC08, recebeu uma proposta única de R$ 50 mil da Liquiport. O REC08 é destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e tem previsão de investimentos diretos de cerca de R$ 51 milhões.

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Terminal do Porto de Rio Grande é arrematado por R$ 50 mil (correiodopovo.com.br)

 

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Atraso no desembarque de fertilizantes ameaça safra do agro em Santa Catarina

Associação denuncia que navios com adubos não são priorizados nas operações por falta de estrutura no terminal

Representantes de empresas importadoras de fertilizantes de Santa Catarina denunciam atraso nas descargas dos produtos no porto de São Francisco do Sul para entrega aos produtores rurais. O problema acontece bem no período de plantio e aumenta os custos dos agricultores e pode comprometer  e encarecer a safra catarinense.

A agilidade nas descargas é cobrada pela Associação Catarinense dos Importadores de Adubos (Acia), que reúne oito empresas responsáveis por 90% do volume de fertilizantes

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Atraso no desembarque de fertilizantes ameaça safra do agro em Santa Catarina | DIARINHO

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Comércio, indústria e serviços em SC crescem mais que a média do país até junho

Os setores de indústria e serviços em SC, no primeiro semestre, avançaram mais que o dobro da média do país, mostram dados do IBGE

Santa Catarina fechou o primeiro semestre de 2024 com atividade econômica bem mais acelerada que a do Brasil, mostram os resultados de três pesquisas do IBGE: varejo, produção industrial e serviços. O comércio ampliado liderou no Estado com alta de 7,2% no período de janeiro a junho frente aos mesmos meses do ano passado, a produção industrial avançou 5,6% os serviços, 5,2% na mesma comparação.

 

Esses mesmos indicadores variaram menos no Brasil no primeiro semestre. O comércio ampliado cresceu 5,2%, a produção industrial avançou 2,6% e os serviços, 1,6%, sempre na comparação com os mesmos meses do ano passado. Apesar de estarem baixos, o Banco Central (BC) está preocupado com as pressões inflacionárias e sinalizou que vai aumentar os juros.

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, deixou claro num evento em Belo Horizonte que, se for necessário, os juros serão elevados. E, depois, o presidente Lula, que estava presente em outro evento, concordou. A bolsa subiu e o dólar caiu, em movimento desejado pelo mercado.

Mesmo que a taxa Selic seja elevada, o ritmo da economia de SC deve seguir aquecido, porque alguns fatores estão mantendo o consumo em alta, como os juros ainda em patamar mais baixo, a alta taxa de empregabilidade e os benefícios sociais elevados.

Comércio ampliado

No primeiro semestre, o setor econômico de SC que liderou crescimento foi o varejo ampliado, com alta de 7,2% em volume. Esse varejo, que inclui veículos e materiais de construção, cresceu 2,6% em junho frente ao mês anterior, 11% na comparação com o mesmo mês de 2023 e 6,5% no acumulado de 12 meses.

As maiores altas no primeiro semestre foram registradas nas vendas de veículos, peças e motocicletas (19%), eletrodomésticos (13%), equipamentos para escritório (12,5%), produtos farmacêuticos (12%), hipermercados e supermercados (5%). A maior queda foi registrada em tecidos, vestuário e calçados (-7,2%).

– A grande maioria dos estados brasileiros registrou crescimento no setor, e tanto a indústria como os serviços de transporte catarinenses vêm se beneficiando do maior consumo no país – destacou a presidente interina da Federação as Associações Empresariais (Facisc), Rita Conti.

Produção industrial

A segunda maior alta no primeiro semestre frente aos mesmos meses do ano passado em SC, segundo pesquisa do IBGE, foi da produção industrial, que cresceu 5,6%. Em junho frente ao mês anterior, subiu 0,9%, na comparação com o mesmo mês de 2023 teve alta de 2% e, em 12 meses, cresceu 3,4%.

Quem cresceu mais no semestre foram os setores de equipamentos e materiais elétricos (17,6%), seguido por máquinas e equipamentos (9,6%), têxteis (6,4%) e alimentos (4,9%). Somente dois setores recuaram no semestre, a produção de móveis de madeira (-14%) em produtos de metal (-5,7%).

Expansão dos serviços

O setor de serviços cresceu 5,2% em Santa Catarina no primeiro semestre ante o mesmo período de 2023. Em junho frente ao mês anterior, cresceu 2,4%, em relação a junho do ano anterior avançou 2,9 e em 12 meses, 5,1%.

A maior alta foi registrada no grupo de transportes (5,8%), seguido por informação e comunicação (5,4%), serviços para as famílias (4,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (4,1%).

O Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc, que analisou os dados, destacou o crescimento de todos os grupos de serviços em SC no primeiro semestre enquanto o Brasil registrou alta de 1,6% no período. A liderança foi do setor de transportes, com variação de 5,8% frente a queda no país de 2,5%.

Para a presidente interina da Facisc, Rita Conti, o setor de transportes teve impulso do maior escoamento da produção catarinense, tanto para os portos, como de maquinário industrial para o restante do país. A empresária também chamou a atenção para a alta dos serviços profissionais.

– Um exemplo são empresas responsáveis pela contratação de mão de obra, devido ao maior dinamismo no mercado de trabalho formal no estado – comentou a presidente Rita Conti.

Saiba mais em NSC Total:
Comércio, indústria e serviços em SC crescem mais que a média do país até junho – NSC Total

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