Engenheira química e mestre em engenharia ambiental, a executiva fez a carreira toda na empresa, na qual ingressou como trainee

Gigante industrial com 62 anos de atuação, a multinacional catarinense WEG acaba de nomear a sua primeira diretora mulher. A escolhida é a engenheira química Daniela Chissini Sartori, 50 anos, com quase 30 anos de trajetória na companhia. Ela assumiu o cargo de Diretora de Operações, incluindo as áreas de logísticas e o departamento industrial da unidade WEG Tintas.

O desafio de Daniela Sartori é expandir atividades da unidade no Brasil e exterior, destaca o portal OCP News, de Jaraguá do Sul, que divulgou neste fim de semana um perfil da executiva. A nova diretora afirmou que seus objetivos sempre foram alinhados com a busca de resultados, desde o início da carreira. E sempre buscou se preparar para as oportunidades que pudessem surgir. Ingressou na WEG como trainee na área de qualidade.

Daniela Sartori é natural de Esmeralda, um pequeno município do Norte do Rio Grande do Sul com pouco mais de 3 mil habitantes, que tem Lages como um dos vizinhos. Ela fez graduação em engenharia química pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e mestrado em engenharia ambiental pela Universidade de Blumenau (Furb).

Depois que entrou na WEG, seguiu estudando. Fez MBA na FGV em comércio exterior e negócios internacionais e também em gestão de negócios. Daniela é casada com Ricardo Luiz Sartori, que também trabalha na WEG, e o casal tem dois filhos: Sofia (20 anos) e Lucas (14 anos).

Com DNA do setor industrial metalmecânico, é natural que a WEG tenha muito mais executivos homens do que mulheres. Atualmente, o quadro de pessoal da empresa é composto 75% por homens.

Na entrevista que concedeu para o portal NSC Total em julho, o novo presidente da companhia, Alberto Kuba, afirmou que a empresa está promovendo uma maior inserção de mulheres nos seus quadros, inclusive em altos cargos da diretoria, mas considerando a meritocracia. Segundo ele, a Daneila Sartori, que estava sendo promovida naquele mês, fez um trabalho espetacular na empresa nas áreas de logística e operações.

Para fazer essa maior inserção, a WEG está incluindo mais mulheres na base, em programas de trainee e no CentroWEG, o centro de formação técnica dentro da empresa. Atualmente, são 800 alunos, sendo 50% meninos e 50% meninas informou Alberto Kuba. Assim, a WEG projeta para um futuro próximo, um equilíbrio de gênero com meritocracia.

Ex-superintendente da WEG, consultor de empresas familiares e de carreiras, o empresário Emílio da Silva Neto acompanha com atenção esse movimento que vem sendo feito pela companhia. Segundo ele, para serem altas executivas empresariais, além da formação e meritocracia, as mulheres precisam ter um suporte para a gestão da casa. Isso porque, apesar dos avanços, normalmente são elas que cuidam do dia a dia da família, destaca ele.

FONTE: Saiba quem é a primeira mulher a assumir uma diretoria na multinacional WEG – NSC Total