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Xi Jinping voltou de viagem com 45 acordos com o Vietnã, 31 com a Malásia e 37 com o Camboja
O presidente da China, Xi Jinping, retornou a Pequim nesta sexta-feira (18), após sua turnê de maior destaque pelo Sudeste Asiático: uma visita de cinco dias a três países, carregada tanto de simbolismo quanto de cálculo estratégico.
O momento não poderia ter sido mais oportuno para Xi. Embora autoridades chinesas tenham afirmado que a viagem ao Vietnã, Malásia e Camboja tenha sido planejada há meses, ela coincidiu com a escalada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas políticas protecionistas do “America First” e com o afastamento de Washington da região.
“Para transmitir a mensagem de querer construir uma infraestrutura política asiática para os asiáticos ou pelos asiáticos, vai ressoar muito neste momento”, disse Benjamin Barton, da Universidade de Nottingham na Malásia. “A visita de Xi faz parte de um lembrete contínuo do que a Ásia precisa buscar. Para a China, isso significa tirar os EUA da Ásia, efetivamente.”
Para onde esse movimento os levará, ainda é incerto. “Os países do Sudeste Asiático querem ter o melhor dos dois mundos”, acrescentou Bland. “No entanto, à medida que a guerra comercial e tecnológica se intensifica, eles enfrentarão escolhas cada vez mais difíceis. Por enquanto, eles estão certos em tentar manter os pés em ambos os campos, mas precisam começar a se planejar para um mundo no qual decisões geopolíticas dolorosas terão que ser tomadas.”
Dilemas como esses são particularmente pertinentes no Vietnã, que adotou uma política externa multilateral desde o colapso da União Soviética. Khang Vu, pesquisador visitante no Boston College, que estuda segurança no Leste Asiático, acredita que Hanói buscará perpetuar tal abordagem pelo maior tempo possível.
“Para o Vietnã, ter que escolher um lado em detrimento do outro é o pior cenário, já que isso pode enviar a mensagem errada tanto para os EUA quanto para a China”, afirmou. “Como uma potência média, o Vietnã não pode decidir seu próprio destino. O país carece de autonomia em relação tanto à China quanto aos Estados Unidos, então qualquer decisão que tome reflete a vontade de uma das potências, e não a sua própria.”
Ele acrescentou que as tarifas dos EUA sugerem ao Vietnã que, apesar de toda a conversa sobre confiança e progresso nas relações EUA-Vietnã, eles “na verdade, não valorizam o Vietnã como um parceiro importante no Indo-Pacífico”. No entanto, mesmo que a relação bilateral com Washington sofra devido às tarifas de Trump, ele acredita que o país não abandonará sua política externa multilateral — em parte por preocupações com a “intimidação” chinesa no Mar do Sul da China.
Para o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, os cálculos geopolíticos são menos desafiadores, mas isso porque ele posicionou seu país muito mais na órbita da China, segundo Welsh. Os EUA agora veem a Malásia como “muito periférica”, disse ela.
Yin Shao Loong, vice-diretor de pesquisa do Khazanah Research Institute na Malásia, disse que a visita de Xi destacou a importância da Malásia — e do Sudeste Asiático de forma mais ampla — para as cadeias globais de suprimento e como um refúgio de neutralidade entre forças polarizadoras.
“A Malásia e a Asean têm uma oportunidade histórica de negociar uma relação mais forte tanto com a China quanto com os EUA para fortalecer o Sudeste Asiático como um portal de manufatura para o mundo”, disse. “Os países também buscarão garantias da China de que a diversificação do comércio não levará a um aumento disruptivo nas importações ou a atritos com outros parceiros comerciais.”
Enquanto isso, o Camboja é considerado um dos parceiros regionais mais próximos da China. E com Phnom Penh enfrentando uma das tarifas “recíprocas” mais severas dos EUA, de 49%, a “amizade inquebrável” que Xi mencionou repetidamente provavelmente perdurará.
Apesar disso, Brian Eyler, diretor do Programa do Sudeste Asiático do Stimson Center, disse que dois pontos problemáticos na relação bilateral permanecem: a ampliação da Base Naval de Ream, financiada por Pequim, e o altamente politizado Canal Funan Techo, de US$ 1,7 bilhão, que teve pouca atividade desde o início das obras no ano passado, segundo ele.
Não houve menção à base naval durante a visita. Mas o ministério das Relações Exteriores do Camboja disse na sexta-feira (18) que “o lado chinês também expressou forte apoio aos esforços do Camboja para avançar com o Projeto do Canal Funan”, sem fornecer detalhes além de dizer que alguns acordos com o setor privado relacionados à iniciativa, foram assinados.
Mas enquanto o envolvimento chinês na base naval “sinalizou ao Vietnã seu potencial engrandecimento militar”, Xi mudou o foco nesta semana ao tomar “medidas importantes para reiterar a irmandade socialista com o Vietnã antes de assumir novos compromissos com o Camboja”, explicou Trissia Wijaya, pesquisadora do Instituto Asiático da Universidade de Melbourne.
“Ele reverteu a escalada ao destacar o sistema multilateral de comércio, que é um interesse compartilhado entre as nações da Asean”, disse ela.
Eyler acredita que “tanto a China quanto o Camboja querem expressar ambiguidade sobre o que realmente está acontecendo em Ream”. O fato de a base “não ser mencionada enquanto Xi está no país é algo típico nas relações Camboja-China”, acrescentou.
Elvin Ong, da Universidade Nacional de Cingapura, disse que a turnê mostrou que Xi foi capaz de mostrar interesse em aprofundar laços com aliados regionais importantes, enquanto os EUA se mostram muito mais voltados para dentro.
“A visita de Xi simboliza como a China está disposta a investir e nutrir relacionamentos em prol da prosperidade mútua, enquanto os EUA parecem estar preocupados apenas com seus próprios interesses”, disse Ong. “A diferença é gritante.”
Produto é maior item de exportação dos americanos para país asiático, mas tarifas ameaçam mercado
A leguminosa com cerca de um centímetro de tamanho é consumida diretamente da vagem como edamame ou processada em tofu, leite de soja e outros produtos. Mas não é por isso que é uma das commodities mais lucrativas do mundo. Rica em gordura e proteína, a soja é o que grande parte do gado mundial come.
Agora, a humilde cultura está no centro da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Os Estados Unidos vendem mais soja para a China, em valor, do que qualquer outro produto individual. No ano passado, isso representou mais de 27 milhões de toneladas métricas, no valor de US$ 12,8 bilhões (R$ 2,19 trilhões), ou cerca de 9 centavos de cada dólar de mercadorias que os Estados Unidos venderam para a China.
Mas com as enormes tarifas impostas entre os dois países nas últimas duas semanas, essas vendas provavelmente sofrerão em breve. Isso é uma má notícia para os agricultores americanos que cultivam soja e para os criadores chineses de frangos e suínos que a compram —e potencialmente uma ótima notícia para a nação pronta para ocupar o vácuo: o Brasil.
Os produtores de soja americanos estão em duvida se seu maior cliente continuará comprando. Mais da metade das exportações de soja dos EUA foi para a China no ano passado, mas o preço acabou de subir 135% sob as tarifas que a China instalou em resposta ao imposto de 145% do presidente Trump sobre as importações chinesas.
“Os agricultores lidam com mau tempo. Lidamos com pragas, lidamos com tratores quebrando”, disse Heather Feuerstein, proprietária de uma fazenda perto de Grand Rapids, Michigan. “Essa é a nossa vida.”
Mas tarifas? “Isso é uma ameaça ao nosso modo de vida contínuo”, disse ela.
Enquanto Trump diz que sua barreira de tarifas criará um renascimento nos produtos fabricados nos Estados Unidos, milhares de produtores de soja como Feuerstein temem que ele devastará a agricultura americana no processo.
Ao mesmo tempo, ele poderia, inadvertidamente, estar ajudando os produtores de soja no Brasil e na Argentina.
Os dois países sul-americanos produzem 52% da soja mundial, incluindo 40% apenas do Brasil, em comparação com 28% dos Estados Unidos. Nenhum outro país está próximo.
“Uma vez que não conseguem comprar dos EUA, eles precisarão pegar mais do Brasil”, disse Neusa Lopes, uma alta executiva da Girassol Agrícola, uma grande produtora de soja no maior estado produtor de soja do Brasil, Mato Grosso. “E para pegar mais do Brasil, eles terão que pagar mais por isso.”
O mercado de soja envolve uma complexa rede de comerciantes de commodities, empresas de transporte e contratos futuros, então os preços são frequentemente um alvo em movimento, mas os preços à vista na semana passada mostraram que a soja sul-americana se tornou mais valiosa após as tarifas.
Lopes, cuja empresa planta soja e milho em mais de 68 mil hectares, uma área quase do tamanho dos cinco distritos da cidade de Nova York, disse que agora poderia vender uma saca de 60 quilos de soja por cerca de US$ 21 (R$ 122), um aumento de 10% em relação ao mês passado. A maior parte de sua safra vai para a China, que já é de longe o maior comprador de soja do Brasil. Mas agora Lopes espera ganhar mais pela mesma safra.
Os preços estão subindo mais tarde do que os agricultores brasileiros e argentinos teriam desejado. A temporada de colheita está terminando na América do Sul, e eles já venderam quase três quartos de seus estoques, disse André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa os maiores produtores de soja do país. Mas aqueles que ainda não venderam estão agora capitalizando —ou segurando e apostando que a guerra comercial vai durar, provavelmente significando preços ainda mais altos no futuro.
Em outras palavras, os sul-americanos estão em uma situação confortável.
A cerca de 6.400 quilômetros ao norte, Feuerstein está em apuros. A mudança anual das estações significa que ela deve começar a plantar seus mais de 80 hectares em breve. Se ela trabalhar duro, o clima cooperar e as pragas forem controladas, no final do outono ela colherá 4.500 ou mais sacas, mais de 270 mil quilos de soja.
Alguns podem ser vendidos para laticínios locais ou uma instalação de esmagamento próxima, onde a soja é processada em óleo e farelo. Outros serão vendidos imediatamente após a colheita para um elevador de grãos local, ou armazenados na fazenda para vender mais tarde.
“Eu adoraria ter uma bola de cristal agora”, disse Feuerstein. “Não acho que qualquer coisa que tradicionalmente fizemos seja necessariamente o que deveríamos estar fazendo agora. Acho que tudo está mudando de minuto a minuto.”
Os produtores de soja americanos dizem que não há muito o que possam fazer além de plantar e esperar pelo melhor. Muitos alternam seus campos entre milho e soja, para preservar a qualidade do solo e para diversificação. Porém, eles já compraram suas sementes, fertilizantes e outros equipamentos e não podem mudar de rumo em pouco tempo.
Em vez disso, suas esperanças residem em alternativas de longo prazo, aquelas que não podem substituir a China hoje, mas talvez possam em uma ou duas décadas. Organizações como o Conselho de Exportação de Soja dos EUA e a Associação Americana de Soja estão tentando desenvolver mercados maiores em países como Índia, Egito e México. Novas usinas de esmagamento de soja estão entrando em operação nos Estados Unidos, e pesquisadores estão estudando a soja como biocombustível e outros usos não alimentares.
Os Estados Unidos já percorreram esse caminho antes. Trump, durante o primeiro mandato, iniciou uma guerra comercial contra a China, e os produtores de soja brasileiros foram os beneficiários. De 2017, pouco antes daquela guerra comercial, até o ano passado, a China aumentou suas importações anuais de soja brasileira em 35%, para 72,5 milhões de toneladas métricas, enquanto cortou as importações de soja dos EUA em 14%, para 27 milhões de toneladas métricas, de acordo com dados dos dois países.
“Isso não se reverteu. Permaneceu”, disse Nassar. “Se a China mantiver tarifas altas sobre as commodities americanas, o mesmo acontecerá. Haverá outra substituição das exportações americanas pelas brasileiras.”
O que é diferente desta vez —além de tarifas muito mais altas— é que a China investiu dinheiro em armazéns, ferrovias, portos e outras infraestruturas no Brasil na última década para colocar mais soja do país em navios chineses.
Isso inclui a abertura este ano de um terminal gigante no maior porto da América Latina em Santos, Brasil. A Cofco, uma gigante estatal chinesa de alimentos, está por trás do projeto de quase US$ 500 milhões (R$ 2,9 bi), que se tornará seu maior porto fora da China.
A China parece ansiosa para reafirmar esses laços. Nesta semana, o vice-ministro da agricultura da China se reuniu com os principais funcionários da agricultura do Brasil, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou na semana passada que viajaria a Pequim para se encontrar com seu homólogo chinês, Xi Jinping, no próximo mês. Lula ainda não falou com Trump desde que cada um foi eleito.
A única coisa que impediu a ruína dos agricultores americanos durante a última guerra comercial foi um programa de resgate governamental de US$ 23 bilhões (R$ 135 bilhões). O governo Trump está novamente contemplando um resgate agrícola —um reconhecimento tácito de que as tarifas retaliatórias prejudicarão os agricultores— mas não há garantia de que compensará todas as perdas.
“Ficamos muito gratos pela assistência de emergência que recebemos”, disse Feuerstein, “mas isso não tornou nossas fazendas inteiras e matou nosso maior mercado de exportação.”
Mudança nas regras alfandegárias americanas força empresa de logística a interromper entregas business-to-consumer
A DHL Express, uma divisão da alemã Deutsche Post, anunciou que suspenderá globalmente as remessas business-to-consumer com valor superior a US$ 800 para indivíduos nos Estados Unidos a partir de 21 de abril, já que mudanças regulatórias alfandegárias dos EUA prolongaram o processo de liberação.
O aviso no site da empresa não estava datado, mas seus metadados mostraram que foi compilado no sábado (19). A DHL atribuiu a interrupção às novas regras alfandegárias dos EUA, que exigem processamento formal de entrada para todas as remessas acima de US$ 800.
O valor mínimo era de US$ 2.500 até uma mudança em 5 de abril.
A DHL informou que as remessas business-to-business não serão suspensas, mas podem enfrentar atrasos. Remessas abaixo de US$ 800 para empresas ou consumidores não foram afetadas pelas mudanças.
A DHL disse na semana passada, em resposta a questionamentos da Reuters, que continuaria processando remessas de Hong Kong para os Estados Unidos “de acordo com as regras e regulamentos alfandegários aplicáveis” e que iria “trabalhar com nossos clientes para ajudá-los a entender e se adaptar às mudanças planejadas para 2 de maio”.
Isso ocorreu depois que os correios de Hong Kong anunciaram na semana passada a suspensão dos serviços postais para mercadorias enviadas por via marítima aos Estados Unidos, acusando os EUA de “intimidação” após Washington cancelar as disposições de comércio livre de tarifas para pacotes da China e Hong Kong.
Produtos exportados do porto do Pecém, no Ceará, terão o prazo de entrega reduzido em 14 dias.
O porto do Pecém (CE) inaugurou uma rota marítima que reduzirá o tempo de navegação da China para o Ceará de 60 para 30 dias.
A iniciativa, chamada Serviço Santana, promete reduzir significativamente o tempo de transporte de cargas entre os 2 extremos do mundo, consolidando o Ceará como um novo pólo estratégico para o comércio exterior brasileiro.
Para os produtos exportados do Ceará, o prazo de entrega será reduzido em 14 dias, uma vantagem logística que beneficiará especialmente o comércio de produtos perecíveis, como frutas e carnes.
A rota é operada pela MSC em colaboração com a APM Terminals e visita os principais portos da Ásia, como Yantian, Ningbo, Shanghai, Qingdao (China), Busan (Coreia do Sul) e Mundra (Índia), além de Cingapura.
De lá, os navios cruzam o oceano Pacífico, passam pelo Canal do Panamá, Cristóbal (Panamá) e Caucedo (República Dominicana) e chegam diretamente ao porto de Pecém. Em seguida, seguem para outros portos brasileiros como Suape (Pernambuco), Salvador (Bahia) e Santos (São Paulo).
Antes da nova rota, as mercadorias da Ásia chegavam ao porto de Santos (SP), e depois eram transportadas para o nordeste brasileiro por meio de navegação costeira. Esta rota continuará operando, mas sua utilização será otimizada com a redução de tempo proporcionada pelo novo trajeto.
Segundo o presidente do CIPP (Complexo Industrial e Portuário do Pecém), Max Quintino, a nova rota tem potencial para aumentar o volume operacional do porto em 10%, com estimativa de aumento de 1.200 contêineres adicionais por semana.
“A nova rota marítima entre a China e Fortaleza reduz significativamente o tempo de transporte de cargas e melhora a logística. O tempo de viagem diminuirá de aproximadamente 60 dias para apenas 30 dias, tornando o Estado mais competitivo no comércio exterior”, afirmou.
Entre os produtos importados que serão mais beneficiados com a nova rota estão combustíveis minerais, ferro, minério, maquinário, materiais elétricos e plásticos. Já para a exportação, serão beneficiados granito, mármore, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, carnes, calçados, têxteis e produtos de e-commerce, segundo Quintino.
Plataformas digitais chinesas como Shopee e AliExpress também serão beneficiadas, já que o porto do Pecém será a 1ª parada de navios no Brasil, reduzindo custos operacionais e prazos de entrega. Espera-se um aumento de até 20% no volume de importações destinadas ao comércio eletrônico.
O anúncio desta nova rota ocorre com o aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, reforçando seu valor estratégico como alternativa logística para os fluxos asiáticos para a América Latina.
Entre os setores mais favorecidos está o Polo Automotivo do Ceará, que começará a montar seus primeiros veículos em novembro deste ano, com foco em modelos elétricos de origem chinesa. A expectativa é que o complexo atraia investimentos de pelo menos R$ 2,5 bilhões (US$ 500 milhões).
O valor pode aumentar nos próximos meses, segundo Quintino. O “timing foi uma coincidência”, diz ele, que entende que a nova rota “tem potencial para se consolidar como uma alternativa estratégica diante do atual cenário global”. Fonte: Poder 360
Motorista ficou mais de 98 horas parado aguardando a descarga de 32 toneladas de farelo de soja.
A Justiça de Santos condenou três empresas, de forma solidária, a indenizar em R$ 11.355,30 um caminhoneiro que esperou quatro dias para descarregar 32 toneladas de farelo de soja granel no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo o processo, obtido pelo g1, ainda cabe recurso da decisão.
Em 2023, a empresa Fazendão Indústria e Comércio de Produtos vendeu uma carga de farelo de soja para a Adm do Brasil. Para transportar o produto até o Porto de Santos, no litoral de São Paulo, a Fazendão Agro Transportes — pertencente ao mesmo grupo econômico da vendedora — terceirizou o serviço e contratou o caminhoneiro responsável pela entrega.
Segundo consta no processo, o motorista iniciou a viagem em 5 de outubro de 2023, saindo de Cariri do Tocantins (TO) com destino ao cais santista. O trajeto durou cerca de sete horas. Ele teve a entrada autorizada no Ecopátio, pátio regulador credenciado pela Autoridade Portuária de Santos (APS), em Cubatão (SP), no dia 7, conforme agendamento prévio.
A descarga da carga, no entanto, só foi finalizada no dia 11, totalizando mais de 98h de espera. A estadia resultou na condenação das empresas ao pagamento de uma indenização ao caminhoneiro. As empresas alegaram que as fortes chuvas na região impediram a descarga dentro do prazo previsto (veja mais abaixo).
Procurado pelo g1, o departamento jurídico da empresa Fazendão informou que as manifestações oficiais e eventuais medidas cabíveis serão apresentadas exclusivamente no âmbito do processo judicial. A empresa também reforçou o compromisso com a transparência e o respeito aos trâmites legais.
O g1 entrou em contato com a defesa da Adm do Brasil, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Legislação
Segundo a advogada Mônica Lima Ferreira, que representa o caminhoneiro, ele precisou ficar parado no caminhão sem pegar outros fretes por quatro dias devido à incapacidade de abandonar o produto até a descarga.
Ela explicou ao g1 que, de acordo com a legislação, quando há atraso superior de cinco horas para a carga ou descarga o caminhoneiro autônomo ou a empresa que fez o transporte devem ser compensados financeiramente.
“A lei fala que o descarregamento tem que ser feito em prazo máximo de até cinco horas, o veículo tem cinco horas da chegada do destino para descarregar. Não descarregando, ele [dono da carga] deve fazer esta compensação, o pagamento da estadia”, disse a advogada.
Segundo ela, competia exclusivamente à corré Fazendão, na qualidade de transportadora contratada pela Adm e também fornecedora da mercadoria, informar previamente a data de saída e a previsão de chegada da carga, permitindo os devidos preparativos logísticos para o seu recebimento.
“Tal obrigação se justifica ainda mais diante da dupla função exercida pela Fazendão, que, além de transportar, também comercializou a mercadoria”, disse ela.
Litigância de má-fé
À Justiça, os advogados da Fazendão afirmaram que a descarga sofreu atraso devido às fortes chuvas do mês de outubro. A Adm do Brasil alegou ilegitimidade passiva, considerando que não fez parte da conversa entre as partes e tomou ciência apenas pelo ajuizamento da ação.
A juíza Natália Garcia Penteado Soares Monti, da 3ª Vara do Juizado Especial Cível de Santos, entendeu que as intempéries não afastam “a responsabilidade das rés no pagamento da estadia e respectivas despesas, uma vez que se trata de obstáculo mais do que previsível e inerente à atividade de transporte rodoviário de cargas para o Porto de Santos”.
Além da indenização, as empresas do grupo Fazendão também foram condenadas por litigância de má-fé, pois alegaram ter feito o pagamento de R$ 3.502,58 ao autor no dia 10 de setembro de 2024, a título de indenização, após prévia negociação por telefone.
Os advogados do motorista provaram à Justiça que as rés utilizaram o comprovante de depósito de forma intempestiva e unilateral para tentar comprovar nos autos “a ocorrência de transação inexistente entre as partes”, quase um ano após o frete debatido no processo.
Decisão
Além da indenização solidária com a Adm do Brasil, as empresas do grupo Fazendão deverão pagar multa de 1% sobre o valor da causa, indenizar o autor no valor de 20% sobre o valor atribuído à causa e arcar com os honorários advocatícios, bem como ressarcir as custas e despesas processuais.
O Porto de Santos, o maior da América do Sul, passou a impedir a atração de navios que não apresentarem um atestado de conformidade com as regras internacionais de destinação das águas de lastro, que é essencial à segurança da navegação. A medida passou valer em 21 de agosto de 2024.
Representantes do governo chinês visitam obras do Novo PAC e discutem rota estratégica de integração continental
Em mais um passo rumo ao fortalecimento da cooperação entre Brasil e China, uma comitiva do governo chinês foi recebida nesta semana por autoridades brasileiras para discutir investimentos em infraestrutura, com foco na construção do Corredor Bioceânico. A visita faz parte das ações do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), e incluiu inspeções técnicas em importantes empreendimentos logísticos do país.
Entre os projetos visitados, destaque para a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), localizada em Goiás, considerada peça-chave na estratégia de integração ferroviária do Brasil. A delegação chinesa manteve reuniões com representantes da Casa Civil, Ministérios dos Transportes, do Planejamento e Orçamento, da Agricultura e Pecuária, além de técnicos da Agência Infra S.A.
De acordo com o secretário especial do Novo PAC, Maurício Muniz, a visita reforça o interesse mútuo entre os dois países em aprofundar parcerias na área de infraestrutura. “Estamos honrados em receber a delegação chinesa. Esta é uma oportunidade de estreitar nossos laços e mostrar a viabilidade para a construção desse corredor”, afirmou.
O Corredor Bioceânico é visto como um projeto estratégico para a integração sul-americana, com o objetivo de criar uma rota terrestre que conecte os oceanos Atlântico e Pacífico. A nova ligação permitirá o escoamento mais ágil da produção brasileira — especialmente do Centro-Oeste — para os mercados da Ásia, reduzindo distâncias e custos logísticos.
O projeto também prevê integração com a Ferrovia Norte-Sul, conectando áreas produtoras a uma malha ferroviária mais ampla e aos principais portos do país. A proposta está inserida nas Rotas de Integração Sul-Americana, prioridade do governo brasileiro para ampliar o comércio regional e a competitividade internacional dos produtos nacionais.
Nos próximos dias, a delegação chinesa seguirá para Bahia e São Paulo, onde visitará o Porto de Ilhéus, o Porto de Santos e as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Em São Paulo, os chineses também conhecerão o projeto do Túnel Santos-Guarujá, uma das principais obras de mobilidade e logística previstas no Novo PAC.
Com o apoio estratégico de um dos maiores investidores globais em infraestrutura, o governo brasileiro espera acelerar projetos de integração regional que podem transformar a logística do continente sul-americano nos próximos anos.
Diante a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, nesta quinta-feira (17), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que fará um acordo comercial com o país asiatico.
Segundo Trump, a China buscou os Estados Unidos para dialogar. Em coletiva com jornalistas na casa presidencial, o republicao informou que ” nós faremos um acordo com a China”.
Apesar do comunicado, Trump não revelou detalhes sobre o diálogo e preferiu esconder se falou diretamente com o presidente chinês Xi Jinping, mas disse aos repórteres q
Ainda escondendo o jogo, o presidente americano informou que não tem prazo para sair um acordo. Trump disse que os EUA teriam “muito tempo” para discutir, e que pode avançar com algo nas próximas três ou quatro semanas.
Por fim, o governante informou que não estaria mais inclinado a subir novamente as tarifas. Afirmando que as tarifas americanas sobre a China podem não aumentar mais.
Em recente evento realizado na sede da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o engenheiro químico Cleber Ceroni, Diretor da Câmara de Comércio Paraguai-Brasil com sede em Assunção, apresentou uma palestra reveladora sobre as inúmeras oportunidades de investimento no país vizinho, demonstrando por que o Paraguai tem se tornado um dos destinos mais promissores para investidores brasileiros.
Um Mercado em Expansão além das Fronteiras Conhecidas
Ceroni iniciou sua apresentação combatendo preconceitos arraigados sobre o Paraguai. “O país não é apenas a fronteira de Pedro Juan Caballero ou Ciudad del Este. É um mercado com potencial enorme e que acolhe muito bem os investidores estrangeiros”, destacou o palestrante, que reside em Assunção e conhece profundamente as oportunidades do país.
Esta visão limitada do Paraguai como mero destino de compras é um erro que muitos empresários brasileiros ainda cometem. Na realidade, o país vem experimentando uma transformação econômica significativa nas últimas décadas, com um crescimento médio do PIB de 4,5% ao ano entre 2004 e 2021, segundo dados do Banco Mundial, superando a média regional da América Latina.
A localização estratégica é um dos principais diferenciais do Paraguai, situado no coração da América do Sul, com proximidade a Equador, Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Essa posição privilegiada permite acesso aos principais mercados sul-americanos, transformando o país em um hub logístico natural. Essa vantagem geográfica tem atraído investimentos de mais de 45 países, resultando na presença de mais de 300 empresas maquiladoras, das quais aproximadamente 70% são brasileiras.
Apesar da ausência de saída direta para o mar, o Paraguai desenvolveu uma impressionante infraestrutura logística que surpreende muitos investidores. Conforme destacado por Ceroni, o país possui a terceira maior frota fluvial de barcaças do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China, com aproximadamente 35 operações navieras em funcionamento.
O sistema hidroviário baseado no Rio Paraguai, que deságua no Rio da Prata, forma um corredor de transporte eficiente e econômico. Por esta hidrovia, escoam-se produtos como soja, milho, trigo, combustíveis e diversos outros itens, tanto para exportação quanto importação, a custos significativamente menores que o transporte rodoviário.
Além disso, o país integra ativamente o ambicioso projeto da Rota Bioceânica, uma iniciativa multinacional que conectará o Porto de Santos, no Brasil, ao Porto de Iquique, no Chile. Esta rota reduzirá drasticamente os tempos de transporte entre os oceanos Atlântico e Pacífico, abrindo novos mercados para produtos latino-americanos, especialmente na Ásia.
Um exemplo concreto deste avanço logístico é a construção da ponte entre Porto Murtinho (Brasil) e Carmelo Peralta (Paraguai), que faz parte do Corredor Bioceânico e está em andamento, com participação de empresas como a que Ceroni representa.
O “Triângulo da Riqueza” Paraguaio: Oportunidades Concentradas e Diversificadas
A concentração econômica do Paraguai está principalmente distribuída entre Ciudad del Este, Assunção e Encarnación, formando o que Ceroni denominou como o “Triângulo da Riqueza”. Cada vértice deste triângulo oferece características e oportunidades específicas:
Assunção: Capital político-administrativa e centro financeiro, concentra os principais órgãos governamentais, sedes de bancos e empresas de maior porte. A cidade tem passado por uma modernização constante, com o surgimento de novos empreendimentos imobiliários, centros comerciais e infraestrutura urbana renovada.
Ciudad del Este: Terceira maior zona franca do mundo em volume de negócios, atrás apenas de Miami e Hong Kong. Além do comércio, tem se destacado na atração de indústrias maquiladoras, especialmente nas áreas de autopeças, têxtil e eletrônica.
Encarnación: Conhecida como a “Pérola do Sul”, tem se tornado um importante polo turístico e comercial, com forte presença de agroindústrias e empresas de logística que aproveitam sua localização fronteiriça com a Argentina.
Esses polos têm recebido significativos investimentos internacionais nos últimos anos, criando um ecossistema de negócios cada vez mais sofisticado e integrado à economia global.
Estabilidade Econômica e Política: A Base Para Investimentos Seguros
O Paraguai apresenta índices de estabilidade que surpreendem até os analistas mais céticos. Com uma taxa de alfabetização de 95% e indicadores sociais em constante melhoria, o país vem construindo uma base sólida para o desenvolvimento sustentável.
Na esfera econômica, destaca-se pela notável estabilidade monetária. O guarani é considerado, como apontou Ceroni, a moeda mais estável da América do Sul nos últimos 70 anos. Enquanto países vizinhos como Argentina e Brasil enfrentaram períodos de hiperinflação e múltiplas trocas de moeda, o Paraguai manteve sua unidade monetária com admirável consistência.
Esta estabilidade não é acidental, mas resultado de políticas fiscais e monetárias conservadoras. A inflação paraguaia tem se mantido consistentemente abaixo de 5% ao ano na última década, segundo dados do Banco Central do Paraguai, permitindo planejamentos de longo prazo com maior segurança para os investidores.
O ambiente político também contribui para esta estabilidade. Apesar de desafios típicos de democracias em desenvolvimento, o Paraguai tem demonstrado respeito às instituições e aos contratos internacionais, além de uma transição ordenada de poder entre diferentes administrações.
Benefícios Fiscais e Energéticos: Vantagens Competitivas Concretas
Um dos maiores atrativos para investidores, como enfatizou Ceroni, são os benefícios fiscais substanciais. A carga tributária paraguaia é extraordinariamente competitiva, em torno de 10% – uma das menores não apenas da região, mas do mundo. Para efeito de comparação, no Brasil, dependendo do setor e regime tributário, as empresas podem enfrentar cargas que facilmente ultrapassam 30%.
A Lei de Maquila (Lei nº 1.064/97) é um regime especial que merece destaque especial. Este modelo permite a importação de matérias-primas e insumos sem incidência de impostos para processamento em território paraguaio e posterior exportação. As empresas operando sob este regime pagam apenas um imposto único de 1% sobre o valor agregado dentro do país.
Verificando dados oficiais, o número de empresas operando sob o regime de maquila no Paraguai cresceu exponencialmente, saltando de apenas 45 em 2010 para mais de 300 em 2024, com investimentos acumulados superiores a US$ 2 bilhões e gerando mais de 20.000 empregos diretos
Outro fator determinante na competitividade paraguaia é o custo da energia elétrica. O país é o maior exportador líquido de energia elétrica do mundo, graças às hidrelétricas binacionais Itaipu (compartilhada com o Brasil) e Yacyretá (com a Argentina). Essa abundância energética resulta em custos significativamente menores para a indústria.
Enquanto no Brasil o megawatt para indústrias pode custar em torno de 170 dólares, no Paraguai esse valor cai para aproximadamente 50 dólares, uma economia de quase 70%. Este diferencial competitivo é particularmente relevante para indústrias eletrointensivas, como metalúrgicas, químicas e de processamento de alimentos.
Capital Humano Jovem e Adaptável: O Diferencial Humano
O perfil demográfico paraguaio também representa uma vantagem competitiva significativa para investidores. Aproximadamente 60% da população tem menos de 35 anos, proporcionando uma força de trabalho jovem, adaptável e com grande potencial de desenvolvimento.
Durante sua palestra, Ceroni compartilhou casos concretos de empresas que investiram em treinamento da mão de obra local e obtiveram resultados notáveis. Uma empresa brasileira do setor industrial, por exemplo, investiu cerca de 3 milhões de dólares em programas de capacitação e conseguiu formar uma equipe altamente qualificada, com produtividade comparável à de operações no Brasil, mas com custos trabalhistas significativamente menores.
O custo da mão de obra no Paraguai é, em média, 30% inferior ao do Brasil, com encargos sociais também mais baixos (em torno de 30% contra aproximadamente 100% no sistema brasileiro). Isso, combinado com uma legislação trabalhista menos burocrática, cria um ambiente favorável para empregadores, sem comprometer os direitos básicos dos trabalhadores.
As universidades paraguaias têm melhorado consistentemente seus padrões de qualidade, com destaque para cursos de engenharia, administração e tecnologia. Além disso, o bilinguismo (espanhol e guarani) é comum, e há uma crescente proficiência em português nas regiões fronteiriças e nos grandes centros urbanos.
Como Aproveitar estas Oportunidades: Caminhos para o Investidor
Os investimentos no Paraguai podem ser realizados de diversas formas, adequando-se aos diferentes perfis e objetivos dos investidores. Ceroni destacou algumas das principais modalidades:
Regime de Maquila: Ideal para empresas industriais que buscam reduzir custos de produção aproveitando os benefícios fiscais e logísticos do país.
Lei 60/90 de Incentivos para Investimentos: Oferece isenções fiscais para importação de bens de capital e matérias-primas, além de isenção do imposto sobre remessa de lucros para investimentos considerados de interesse nacional.
Investimentos Imobiliários: O setor tem apresentado valorização média de 12% ao ano nas principais cidades, impulsionado pelo crescimento econômico e pela urbanização acelerada.
Agronegócio: Com terras férteis a preços competitivos (cerca de 1/3 do valor comparável no Brasil), o setor agrícola paraguaio oferece excelentes oportunidades, especialmente em soja, milho e pecuária.
Serviços e Tecnologia: Setores emergentes com incentivos específicos, como o Regime de Empresas de Serviços Tecnológicos que oferece taxação reduzida para empresas de software e serviços relacionados.
Roger Maciel, Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai, complementou a apresentação de Ceroni destacando que a entidade oferece assessoria especializada para investidores brasileiros interessados em expandir seus negócios para o país vizinho. “Contamos com uma coordenação nacional e representação direta em Ciudad del Este, que mantém excelentes relações com consulados e embaixadas, facilitando todos os trâmites necessários”, explicou.
A Câmara trabalha ativamente com despachos aduaneiros e processos de internacionalização, servindo como ponte segura para empresários que buscam novas oportunidades no mercado paraguaio. Esta assistência é crucial para navegar pelas particularidades do ambiente de negócios local e garantir conformidade com todas as regulamentações.
Uma Parceria Estratégica Para Seu Próximo Investimento
Se você é um investidor em busca de novas fronteiras para expansão com carga tributária reduzida, custos operacionais competitivos e localização estratégica, o Paraguai representa uma oportunidade que não pode ser ignorada.
As vantagens comparativas do país – estabilidade econômica, incentivos fiscais generosos, energia abundante e barata, mão de obra jovem e custos operacionais reduzidos – criam um cenário ideal para empresas brasileiras que buscam aumentar sua competitividade e expandir seus mercados.
A Câmara de Comércio Brasil-Paraguai se posiciona como sua aliada estratégica nesta jornada de internacionalização. Ao se tornar membro, você terá acesso a uma rede de contatos qualificados, informações atualizadas sobre o mercado paraguaio e assessoria especializada que garante confiança, segurança e direcionamento estratégico para seus investimentos no país.
Os próximos eventos de networking promovidos pela Câmara, programados para 8 de maio em São Paulo e 26 de maio no Rio de Janeiro, são oportunidades imperdíveis para conhecer de perto as possibilidades apresentadas por Cleber Ceroni e estabelecer contatos valiosos com empresários que já operam com sucesso no Paraguai.
O futuro dos seus investimentos pode estar mais próximo do que você imagina – está no país vizinho que Cleber Ceroni descreve como “um verdadeiro paraíso para investidores”.
O Ministério do Comércio da China pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que parem de exercer “pressão extrema” sobre a segunda maior economia do mundo e exigiu respeito em qualquer negociação comercial, mas os dois lados têm permanecido em um impasse sobre quem deve iniciar as discussões.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tem aumentado a pressão sobre a China, elevando as tarifas de importação de produtos chineses nos últimos meses. Na terça-feira, a Casa Branca afirmou que a China agora pode enfrentar uma tarifa de até 245%.
O Ministério do Comércio chinês criticou as tarifas como irracionais e disse que Pequim ignorará o jogo de números de “sem sentido”, alertando que a China “lutará até o fim” se os EUA insistirem em causar danos substanciais aos direitos e interesses chineses.
“Os aumentos unilaterais de tarifas foram totalmente iniciados pelos Estados Unidos”, disse He Yongqian, porta-voz do Ministério do Comércio, em uma coletiva de imprensa semanal.
Ao contrário de vários países que responderam às “tarifas recíprocas” de Trump buscando acordos, Pequim tem aumentado suas próprias taxas sobre os produtos dos EUA em resposta e não buscou discussões, que, segundo o país asiático, só podem ser conduzidas com base no respeito mútuo e na igualdade.
Washington disse na terça-feira que Trump está aberto a fazer um acordo comercial com a China, mas que Pequim deveria dar o primeiro passo e que “a bola está no campo da China”.
“Pedimos aos Estados Unidos que parem imediatamente com a pressão extrema, a coerção e a chantagem, e resolvam as diferenças com a China por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”, disse a porta-voz do ministério .
O Ministério do Comércio tem mantido comunicação em nível de trabalho com seus pares norte-americanos, disse ela, acrescentando que a China está aberta a consultas econômicas e comerciais com os EUA.
Mas “a pessoa que amarrou o sino deve ser aquela que o desamarra”, disse ela, usando um provérbio chinês.
Ministro vê cenário de ‘tarifaço’ como uma oportunidade para o país expandir seus negócios com a potência asiática
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o Brasil vai “se apresentar” à China para substituir os Estados Unidos na exportação de carne bovina para o país asiático, em meio ao “tarifaço” praticado pelo presidente americano,Donald Trump.
Após os anúncios de Trump, que tarifa os produtos chineses em até 254%, o governo da China cancelou a autorização de 395 plantas frigoríficas dos EUA para comercializar carne bovina no país. O cenário é visto por Fávaro como uma oportunidade para o Brasil
“Alguém vai precisar fornecer essa carne que era fornecida pelos norte-americanos. O Brasil se apresenta, com muita vontade e capacidade, e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser um grande fornecedor”, disse Carlos Fávaro após uma reunião entre ministros de Agricultura do Brics
Fávaro pontuou que hoje, o Brasil é um dos “pouquíssimos” países capazes de expandir significativamente a área produtiva e, com isso, poderá ser a “segurança alimentar não só para a China, mas para todos os países do mundo”.
De acordo com o ministro, representantes dos governos brasileiro e chinês devem se encontrar na próxima terça-feira (22) para tratar da expansão do comércio entre as duas nações. O tema também estará na mesa na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, nos dias 12 e 13 de maio, quando se reúne com o primeiro-ministro daquele país, Xi Jinping.
“Por óbvio, queremos ampliação com a China. Acho que, diante da não reabilitação de quase 400 plantas nos EUA, eles vão precisar se decidir, e vamos nos apresentar”, complementou Fávaro.
O Brasil vem fazendo movimentos semelhantes com outros países do continente asiático, como o Japão e o Vietnã. Na viagem que fez aos dois países, em março, Lula também tratou da ampliação da venda de commodities brasileiras a esses mercados.