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Comércio Exterior, Mercado Internacional

Presidente da WEG fala sobre estratégia da empresa diante das tarifas de Trump

Alberto Kuba afirma que o cenário atual, de volatilidade, será ajustado com o tempo

Desde quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o tarifaço de importações, o mundo empresarial, em especial a indústria, enfrenta incertezas sobre quanto, quando e onde investir, entre outros desafios. Mas esse não é o caso da gigante WEG, de Santa Catarina. O presidente da companhia, Alberto Kuba, afirmou em entrevista para a coluna que no plano estratégico da empresa nada mudou. Ela segue investindo em diversos mercados.

A WEG adquiriu há poucos dias uma tradicional fábrica de tintas no país, a Heresite $ Protective Coatings, e está consolidando a integração da maior aquisição da sua história, da Regal Rexnord, concluída em maio de 2024. Sobre mais investimentos nos EUA, Kuba disse que a empresa está avaliando oportunidades.

Fonte: NSC

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Comércio Exterior, Internacional, Negócios

Crusoé: Lula assume que quer importar censura chinesa

O presidente Lula afirmou na China nesta quarta, 14, que o ditador Xi Jinping enviará, a seu pedido, um representante ao Brasil para conversar sobre a regulamentação das redes sociais.

A China é o país que mais promove a censura em todo o mundo.

Além de controlar tudo o que é publicado nas redes em tempo real, o regime chinês usa as novas tecnologias para fazer vigilância em massa e promover os seus cidadãos que seguem comportamentos considerados desejáveis pelo Partido Comunista.

Conteúdo nocivo
Em uma coletiva de imprensa, Lula foi questionado sobre uma notícia dizendo que a primeira-dama Janja teria reclamado do “conteúdo nocivo” de extrema-direita publicado na rede Tik Tok.

O petista se mostrou irritado com o vazamento do conteúdo da reunião pela imprensa e disse que, a seu pedido, o ditador Xi Jinping enviará ao Brasil uma pessoa de sua confiança para “conversar conosco sobre o que que a gente pode fazer, sabe, nesse mundo digital“.

A primeira coisa que eu acho estranho é que como é que essa pergunta chegou à imprensa porque estavam só meus ministros, o Alcolumbre e o Elmar [Nascimento]. Então alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que teve num jantar em que era uma coisa muito confidencial e uma coisa muito pessoal. E, depois, [fui] eu que fiz a pergunta, não foi a Janja. Eu que fiz a pergunta“, disse Lula

Fonte: O Antagonista

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Comércio, Tecnologia

Maior navio de carros do mundo “abarrotado” com 7 mil BYDs tem data para chegar a SC

Batizada de Shenzhen, embarcação saiu da China no final do mês passado e levará semanas para atracar no porto de Itajaí

Já está a caminho do Porto de Itajaí o maior navio de transporte de carros do mundo. Propriedade da BYD, a famosa marca chinesa de automóveis elétricos enviou ao Brasil 7 mil veículos, o maior lote de exportação da empresa até o momento.

Apesar de serem 7 mil carros elétricos, o navio que saiu de Jiangsu, na China, tem capacidade para 9,2 mil, espaço equivalente a 20 campos de futebol. O “Shenzhen” saiu da China em 27 de abril e deve chegar na última semana deste mês, já que o tempo de viagem está estimado em um mês (ele atinge 34 km/h). A embarcação tem quase 220 metros de comprimento e 37,7 metros de largura.

A escolha por mandar o “Shenzhen” abarrotado para o país não é à toa. A BYD vende uma ampla gama de veículos no Brasil, que é o maior mercado externo da gigante chinesa, com carros a partir de R$ 100 mil. Em outubro do ano passado, a marca lançou a primeira picape híbrida, a Shark.

Veja fotos dos carros da marca em Blumenau e SC

Com ao menos três navios transportadores lançados no último ano, a ideia é acelerar a expansão da BYD pelo mundo. O Brasil é apenas um dos mercados internacionais na mira da chinesa. As vendas devem dobrar na Europa neste ano, com crescimento significativo em outras regiões importantes, como Japão e México.

Fonte: NSC

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Agronegócio, Comércio, Logística

VLI atinge recorde histórico de movimentação de açúcar na Ferrovia Centro-Atlântica 

A VLI, companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, atingiu seu recorde histórico de movimentação de açúcar na safra de 2024/2025 – iniciada em abril do ano passado e concluída no último mês de março – na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). A marca de 6,2 milhões de toneladas transportadas foi atingida mesmo com a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil sendo 5,3% inferior ao volume registrado na safra anterior. Nos portos, a empresa manteve o mesmo desempenho do exercício anterior, embarcando 5,0 milhões de toneladas no Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio de Mesquita (Tiplam).

A safra 2024/2025 foi marcada por desafios climáticos, que impactaram no volume da produção da commodity no Centro-Sul brasileiro. Tais efeitos ocasionaram uma maior compactação do açúcar, o que representa um grande desafio logístico, por dificultar o desembarque do produto. Para solucionar a questão, a VLI investiu na cocriação de soluções inovadoras com seus clientes, como a adoção do uso de socadores pneumáticos para auxiliar na descarga dos vagões, a adoção de um tempo de descanso mínimo nos Terminais Integradores de Guará (TIGU) e Uberaba (TIUB), aspersão nos armazéns (aplicação de partículas de água no produto para equilíbrio de temperatura), entre outros.

“O resultado expressivo que obtivemos na safra 2024/2025, mesmo com um volume produzido de açúcar menor no Centro-Sul brasileiro, é fruto de nossa capacidade para desenvolver soluções operacionais e estratégicas inovadoras, sempre com o olhar atento às necessidades de negócio de nossos clientes. Ao trabalharmos lado a lado, superamos os desafios e alcançamos uma nova marca histórica na Ferrovia Centro-Atlântica, uma ferrovia de características singulares, na qual a VLI possui expertise para extrair o máximo em eficiência, contribuindo com os fluxos dos nossos clientes e a economia do Brasil”, afirma Marcelo Cardoso, diretor de operações do Corredor Sudeste da VLI.

As soluções logístico-estratégicas propostas pela VLI viabilizaram impactos positivos no negócio dos clientes que utilizam o Tiplam para a exportação de açúcar. A Czarnikow, por exemplo, aumentou seus carregamentos no terminal em 32% em relação ao volume movimentado na safra 2023/2024.

Corredor Sudeste da FCA

O corredor Sudeste da Ferrovia Centro-Atlântica é um sistema logístico de alta eficiência, que atende fluxos de importação e de exportação por meio do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita, o Tiplam. Sua área de cobertura abrange estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, movimentando açúcar, grãos e fertilizantes, majoritariamente.

A estrutura do corredor também inclui dois terminais integradores, em Uberaba (MG) e Guará (SP), onde é feito o transbordo da carga para o sistema ferroviário. Além da alta eficiência ofertada aos clientes, o Tiplam também gera impactos positivos na região da Baixada Santista, uma vez que todos os seus fluxos de exportação são feitos por ferrovia, contribuindo para o trânsito e o ambiente da região, uma vez que o modal ferroviário é até nove vezes menos intensivo que o rodoviário na emissão de CO² na atmosfera.

Fonte: Datamar News

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Logística, Portos

Portos brasileiros batem recorde de movimentação em março, com 113,7 milhões de toneladas

Em março de 2025, os portos brasileiros movimentaram 113,7 milhões de toneladas de cargas, o que representa um crescimento de 5,49% em comparação com o mesmo período do ano passado. O número é recorde para o mês.

Segundo os dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), no primeiro trimestre do ano foram movimentados 303,8 milhões de toneladas (-1,92%).

Ao longo do terceiro mês do ano, a navegação por longo curso foi responsável pela movimentação de 80,8 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 7,85% frente a março de 2024.

A movimentação da cabotagem atingiu 24,2 milhões de toneladas, uma queda de 2,17%, e a navegação interior movimentou 8,4 milhões de toneladas, uma alta de 9,92%.

Cargas

A movimentação de carga geral aumentou 8,67%, chegando a 5,6 milhões e a de granéis sólidos cresceu 7,25% no terceiro mês do ano, em relação ao mesmo período de 2024, atingindo uma movimentação de 67,8 milhões de toneladas de cargas. Por sua vez, granéis líquidos movimentaram 27,5 milhões de toneladas, uma alta de 3,22%

A movimentação de contêiner foi de 12,6 milhões de toneladas, se mantendo estável no mês de março, com crescimento de 0,16% – isso representa 1,2 milhão de TEUs. Desse total, 8,6 milhões de toneladas foram movimentadas em longo curso e 3,9 milhões por cabotagem.

Portos Públicos

Os portos públicos movimentaram 40,1 milhões de toneladas de cargas em março de 2025. O número representa aumento de 1,96% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Entre os 20 portos públicos que mais movimentam no país, o com maior crescimento percentual no terceiro mês do ano foi o Porto de Santana (AP). O aumento foi de 47,33%, em comparação com março de 2024, e a movimentação atingiu 0,4 milhão de toneladas.

Terminais Privados

Nos terminais autorizados houve um crescimento de 7,52% na movimentação em relação a março do ano passado. O setor movimentou 73,5 milhões de toneladas de cargas.

Entre os 20 TUPs que mais movimentaram em março, o com o maior crescimento de movimentação, comparado ao mesmo mês do ano passado, é o Terminal Marítimo Ponta Ubu (ES) com uma alta de 44,90%. O terminal movimentou 1,2 milhão de toneladas de cargas.

Fonte: Datamar News

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Agronegócio, Comércio, Exportação

Mercado de Feijões: Semana de valorização e exportações históricas

Na semana passada, o mercado registrou uma nova valorização no Feijão-carioca, com negócios reportados a até R$ 280 por saca de 60 quilos. Já o Feijão-preto continua em patamares mais baixos, variando entre R$ 110 e R$ 130 FOB nas lavouras do Paraná.

No cenário das exportações, o Brasil já superou, apenas nos primeiros meses de 2025, o volume anual de Feijão-preto exportado até 2023. Já são 22 mil toneladas embarcadas — a segunda maior marca anual da história — e ainda há muito a ser exportado até o fim do ano.

Considerando todos os tipos de Feijões, o Brasil alcançou, nos primeiros quatro meses deste ano, um total de 95 mil toneladas exportadas, gerando US$ 83 milhões em receita. Nunca exportamos tantos Feijões em quatro meses na história do Brasil.

O mungo preto, por sua vez, já ultrapassa as 30 mil toneladas exportadas para a Índia. Vale destacar que todo esse volume exportado não implicou em desabastecimento do mercado nacional. Pelo contrário, a exportação estimula a produção interna.

Fonte: Noticias Agrícolas 

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Comércio Exterior, Internacional

Brasil tem espaço limitado para ganhos na guerra comercial entre EUA e China

Dos 1.832 produtos que tanto o Brasil quanto os Estados Unidos exportam para a China, apenas 17 — ou 0,9% — apresentam sobreposição significativa e concorrência direta entre os dois países. Em um portfólio comercial dominado por commodities, oito desses 17 itens estão relacionados a alimentos.

Entre os 20 países que mais exportaram para a China em 2024, o Japão lidera em número de produtos que competem diretamente com os EUA, com 391 itens. A Alemanha vem em seguida, com 373, e a Coreia do Sul com 222. O Brasil ocupa a 15ª posição, atrás de países como França, Malásia, Tailândia, Suíça, Rússia e Canadá. Entre os países sul-americanos, apenas o Brasil e o Chile (17ª posição) aparecem na lista.

Segundo economistas, os dados indicam que, devido à atual composição da pauta exportadora brasileira, o potencial de ganho de mercado na China em meio ao acirramento das tensões entre as duas maiores economias do mundo é limitado, especialmente em comparação a outros países.

A análise do Valor começou identificando todos os produtos que os 20 maiores exportadores para a China têm em comum com os Estados Unidos. Desse universo, o estudo filtrou os produtos cujas importações chinesas superaram US$ 100 milhões em 2024, abrangendo 96,5% do total importado pela China no ano passado. Dentro desse grupo filtrado, considerou-se que havia “concorrência com os EUA” quando ambos os países detinham pelo menos 5% do mercado de importações da China para aquele item.

Para o Brasil, houve sobreposição de 1.832 produtos exportados para a China em 2024. Destes, 730 tiveram importações chinesas superiores a US$ 100 milhões, mas apenas 17 produtos contavam com participação de mercado superior a 5% tanto para o Brasil quanto para os EUA.

A classificação utilizada foi no nível de oito dígitos, o que proporciona alta especificidade. Para referência, a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC) permite buscas por códigos de dois, quatro, seis ou oito dígitos — quanto mais dígitos, mais detalhada a classificação.

O Japão teve 4.943 produtos em comum com os EUA, dos quais 1.131 superaram o limiar de US$ 100 milhões em importações. Desses, 391 produtos apresentaram participação de mercado de pelo menos 5% tanto para o Japão quanto para os EUA, indicando que 34,6% dos produtos japoneses qualificados competiam com os americanos. As taxas foram de 33% para a Alemanha, 20,6% para a Coreia do Sul e apenas 2,3% para o Brasil.

“Esses números mostram que, embora o Brasil tenha algumas oportunidades, elas são muito mais limitadas em comparação a outros fornecedores que competem diretamente com os EUA”, afirmou Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador do FGV Ibre. “O que os dados revelam é que se trata majoritariamente de comércio intraindústria — peças, bens intermediários e de capital circulando entre países com cadeias de produção complexas”, acrescentou.

O comércio do Brasil com os EUA também apresenta elementos de comércio intraindústria, especialmente em setores como o de aço. “Mas, com a China, estamos posicionados de maneira diferente na cadeia de valor, atuando majoritariamente como fornecedores de produtos básicos. Portanto, qualquer argumento de que o Brasil poderia ganhar mercado em um cenário de desacoplamento entre EUA e China é mais aplicável às commodities do que a produtos manufaturados ou processados. Nesses setores, a concorrência é mais acirrada e muitos players já estão muito à frente do Brasil”, explicou Ribeiro.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, destacou que a relação comercial entre Alemanha e China está fortemente atrelada ao setor automotivo, com empresas como BMW, Mercedes-Benz e Audi operando fábricas em território chinês. “Isso confere às exportações alemãs um valor agregado maior, diferente do Brasil, cuja competição com os EUA é mais voltada ao agronegócio”, disse.

Segundo Ribeiro, Japão e Alemanha possuem bases exportadoras muito mais diversificadas. “Isso lhes dá mais opções de atuação, facilitando a busca por nichos de mercado, embora isso não garanta sucesso.” Ele alertou, no entanto, que nos segmentos de manufatura de alto valor agregado, predominam cadeias de fornecimento longas e complexas.

“Se você olha apenas para as exportações finais, perde de vista todos os componentes envolvidos na fabricação do produto. Pegue o iPhone como exemplo: o microprocessador vem de um país, a tela de outro, o invólucro, o giroscópio e o acelerômetro de outros diferentes. Esse tipo de montagem global conecta países como Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, China e EUA de uma forma que os números brutos do comércio não captam”, explicou Ribeiro.

Leal acrescentou que o Sudeste Asiático está fortemente integrado à economia chinesa. Malásia, Tailândia e Singapura ocupam, respectivamente, a sexta, sétima e oitava posições no índice de competição. Vietnã e Indonésia aparecem mais abaixo, na 12ª e 14ª posições. “Isso é natural, dado a proximidade geográfica e cultural, e também reflete a migração da produção da China para países com custos mais baixos”, explicou.

O Vietnã, destacou ele, chama atenção. “Foi um dos países mais afetados pelas tarifas de Trump, devido ao seu terceiro maior superávit comercial com os EUA, atrás apenas de China e México.” O Vietnã tornou-se um polo de exportação para os EUA de produtos cuja cadeia de suprimentos começa na China. Donald Trump impôs uma tarifa de 46% sobre as importações vietnamitas.

De acordo com Ribeiro, uma intensificação da guerra comercial entre EUA e China provavelmente levaria Pequim a aprofundar seus laços não apenas no Pacífico, mas também via a chamada Iniciativa Cinturão e Rota, estendendo-se à Ásia Central e gerando efeitos indiretos na Europa e na África. “Os EUA estão tentando isolar a China”, disse. “Mas em alguns mercados, especialmente no Sudeste Asiático, isso dificilmente terá sucesso. O mesmo se aplica à África e, em certa medida, à Ásia Central. É improvável que os EUA consigam substituir a presença chinesa, que já é dominante nessas regiões.”

Ribeiro lembrou ainda que, no final do ano passado, a China anunciou tarifas zero para produtos de países que reconhece como “Menos Desenvolvidos” (LDCs, na sigla em inglês) e com os quais mantém relações diplomáticas. Seguindo a definição da ONU, são países com renda nacional bruta per capita de US$ 1.088 ou menos. Dos 44 LDCs, 32 estão na África.

“A realocação dos mercados exportadores americanos para a China ocorreria majoritariamente no Pacífico, entre economias avançadas como Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Singapura”, explicou Ribeiro. “Em menor escala, pode envolver também Canadá, México, partes da Europa e da América Latina.”

Entre os 17 produtos em que Brasil e EUA concorrem diretamente na China, a soja lidera a lista. Atualmente, a soja é o principal produto exportado pelo Brasil para a China. Outros itens relevantes incluem carne bovina congelada sem osso e algodão. Segundo dados da alfândega chinesa, o Brasil respondeu por 70% das importações de soja da China em 2024, contra 23% dos EUA. Para Leal, o Brasil ainda pode ganhar um pouco mais de participação, “mas a maior parte do que poderíamos conquistar já ocorreu no primeiro mandato de Trump”.

Confira a seguir um histórico das exportações de carne bovina à China nos últimos quatro anos. Os dados são do DataLiner:

Exportações Brasileiras de Carne Bovina à China| Jan 2022 – Mar 2025 | TEUs

Em 2016, antes da primeira administração de Trump, o Brasil já era o principal fornecedor de soja para a China, com 45,8% de participação, enquanto os EUA detinham 40,5%. As mudanças no mercado desde 2019 impulsionaram fortemente a produção brasileira. Segundo dados da SECEX/MDIC, o Brasil exportou US$ 14,4 bilhões em soja para a China em 2016. No ano passado, esse número saltou para US$ 31,5 bilhões.

Esse boom da soja também aumentou a dependência do Brasil em relação à China. Em 2016, a China representava 19,6% das exportações brasileiras. Em 2019, esse percentual chegou a 28,7%, atingiu o pico de 30,7% em 2023 e recuou levemente para 28% em 2024.

O Brasil também tem forte participação na carne bovina congelada sem osso, detendo 53% do mercado chinês. Já os EUA possuem apenas 8%. No algodão, o Brasil detém 42% enquanto os EUA têm 35%, indicando espaço para ganhos adicionais. O milho é o quarto item da lista, e o Brasil também tem ampliado sua presença nessa categoria, com 51% das importações chinesas contra 15% dos EUA.

Ribeiro observou que os ganhos brasileiros nas exportações de milho também estão ligados às políticas comerciais de Trump. “A maior parte dos ganhos agrícolas já ocorreu. A próxima oportunidade pode vir de novas culturas”, afirmou, citando o sorgo como uma possível nova aposta que ainda não integra a lista de 17 itens compartilhados.

Barral acredita que o Brasil poderia encontrar mais oportunidades em produtos onde os EUA ainda são dominantes. Um exemplo é o caulim, no qual o Brasil detém 9% do mercado chinês e os EUA 62%. Contudo, as importações de caulim pela China somaram apenas US$ 150,5 milhões em 2024, muito menos que os US$ 52,2 bilhões da soja.

Leal ressaltou que eventuais ganhos com a substituição das exportações americanas também dependem da demanda interna chinesa. “No final das contas, o que mais importa é se o consumo na China cresce. Caso contrário, corremos o risco de aumentar nossa fatia em um mercado em retração, sem avançar de fato.”

No ano passado, Leal destacou que 30% do crescimento econômico da China veio das exportações. A guerra comercial entre EUA e China deve acelerar os planos de Pequim de estimular o consumo interno. “A China não pode continuar dependendo tanto das exportações ou do mercado americano. Todo mundo está atento a isso”, acrescentou.

Fonte: Valor International

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Comércio, Portos

Entidades de fertilizantes lutam por garantia de berço público em Santos

Quatro entidades que representam operadores de insumos para fertilizantes reivindicam à Autoridade Portuária de Santos (APS) garantias para utilizar o cais público do Porto de Santos. Movimentando anualmente 4,6 milhões de toneladas de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), as companhias receiam perder acesso aos berços do 31 ao 35.2, na Margem Direita, que, eventualmente, se tornem preferenciais para arrendatários.

O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubo (AMA Brasil), Antonino Wenceslau Gomes Netto, visitou a sede do Grupo Tribuna na última sexta-feira (9) e apresentou o pleito do segmento ao diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini.

O administrador e sócio da Set Logística, Alexandre Soares, o diretor de negócios do Grupo Cesari, Giovanni Carbone Borlenghi, o diretor do Grupo Cesari, Paulo Converso, e o advogado Thiago Miller também participaram da reunião.

Antonino Gomes afirmou que, no dia 11 de abril, foi protocolado ofício junto à APS manifestando preocupações quanto ao processo de adensamento de berços na região que abriga terminais de celulose, na Margem Direita. “Isso traz incerteza se nós podemos ou não operar navios nesses berços, do 31 ao 35.2”.

Assinam o ofício, além da AMA Brasil, a Associação Nacional para Difusão de Adubo (Anda), o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas (Siacesp) e a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).

“Nós estamos pedindo que o berço definitivo para fertilizantes seja considerado no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZ). Solicitamos prazo compatível para desenvolver uma área específica para descarga e movimentação de fertilizantes e, em contrapartida, continuarmos utilizando esses berços que estão sendo adensados para empresas de celulose”, afirmou.

Antonino disse que, num eventual adensamento, os terminais passam a ter preferência de atracação nos berços públicos, “e podem não permitir que navios de fertilizantes atraquem para descarga”.

Carga
Antonino disse que o Porto de Santos recebe 160 navios de fertilizantes por ano, um a cada dois dias. “Cada navio descarrega em torno de 35 mil a 40 mil toneladas. Se eu não tiver berço, eu vou ter que procurar alternativa em outro porto, o que vai nos gerar um aumento de quilometragem de caminhão transitando em rodovia para suprir o mercado que hoje é atendido pelo Porto de Santos.

O diretor-executivo da AMA afirmou que 94 mil caminhões fazem a rota do Porto de Santos para o Interior de São Paulo, sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e sul de Goiás. “Esse mercado, que representa 4,6 milhões de toneladas de produto importado, seria transferido para outro estado”.

Confira a seguir um histórico das importações de fertilizantes via Porto de Santos. O gráfico foi elaborado a partir de dados do DataLiner:

Fertilizantes importados via Porto de Santos | Jan 2022 – Mar 2025 | TEUs

Resposta
Procurado por A Tribuna, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, informou, em nota, que “defende os pleitos de manutenção e até a ampliação do cais público. Ele informa que já determinou também a disponibilização dos berços do novo terminal de passageiros para atendimento das demandas de operação dos terminais, dado o caráter sazonal do turismo”.

Fonte: A Tribuna

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Industria, Negócios

Raízen (RAIZ4): BTG elogia venda de uma das ‘piores usinas do portfólio’, mas vê longo caminho pela frente

Raízen (RAIZ4) acertou na última segunda-feira (12) a venda da usina de Leme para Ferrari Agroindústria S.A. e a Agromen Sementes Agrícolas Ltda por R$ 425 milhões.

Segundo o BTG Pactual, a venda está alinhada com a estratégia da nova direção da companhia de redução da dívida.

“A decisão de vender usinas de cana-de-açúcar, junto com outros ativos que, segundo relatos, também foram colocados à venda, faz parte disso. O senso de urgência já havia sido acionado e agora está se concretizando”, explicam Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Gustavo Fabris.

Os analistas apontam que o preço de venda não parece particularmente atraente à primeira vista e que mesmo assumindo que a usina esteja moendo apenas 1,5 milhão de toneladas de cana, isso implica um valor de EV/tonelada de apenas US$ 50. 

“Isso provavelmente representa menos da metade (ou talvez um terço) do custo de reposição de uma usina de cana-de-açúcar atualmente. Dito isso, acreditamos que a usina de Leme possivelmente está entre as de pior desempenho do portfólio da Raízen, o que significa que é muito melhor vendê-la do que permitir que continue drenando o caixa da empresa”.

No fim das contas, o banco acredita que múltiplo implícito da transação, em termos de resultado final, pode na verdade ter sido positivo para as ambições da Raízen de desalavancar seu balanço. Vale lembrar que a Raízen publica seus resultados hoje, referentes ao quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25).

RAIZ4: Comprar ou vender?

O BTG reforça que nos últimos 12 meses, incluindo esse acordo, a Raízen arrecadou aproximadamente R$ 1,6 bilhão com a venda de unidades de energia, ativos relacionados à cana-de-açúcar e uma participação em sua subsidiária de distribuição de combustíveis no Paraguai.

“Para uma empresa que deve encerrar o ano fiscal de 2025 com um endividamento líquido de R$ 33 bilhões — ou R$ 49 bilhões, se forem considerados o financiamento de fornecedores e os adiantamentos de clientes — será necessário fazer mais. Mas, obviamente, gostamos da direção que as coisas vêm tomando”.

Quanto ao desempenho dos ativos de cana-de-açúcar, os analistas reforçam que a empresa tem apresentado resultados abaixo do esperado há muitos anos, especialmente quando comparada aos concorrentes como São Martinho (SMTO3), Adecoagro Jalles (JALL3).

“Abrir mão de usinas com desempenho insatisfatório é algo que celebramos. A Raízen é uma tese de desalavancagem que precisa voltar ao básico após uma profunda reformulação na equipe de alta gestão e uma reavaliação das prioridades de crescimento e alocação de capital da companhia”.

O banco mantém sua recomendação de compra com preço-alvo de R$ 3,50 (potencial de alta de 92,31%), sob a crença de que mesmo uma pequena melhoria no perfil de geração de fluxo de caixa livre (FCF) pode destravar um aumento significativo no preço das ações.

Fonte: Money Times

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Comércio, Internacional, Tecnologia

Ferrari sem rugido: marca aposta em carro elétrico diante de estagnação na China

Queda na demanda por veículos de luxo no país asiático tem impacto nas vendas da empresa, que espera que a taxação mais baixa do Elettrica ajude a impulsionar uma retomada

O primeiro carro totalmente elétrico da Ferrari deve se beneficiar de tarifas e impostos mais baixos na China, e a empresa espera que isso ajude a reanimar suas vendas no país.

Espera-se que o Elettrica que a Ferrari apresentará a partir de outubro seja tributado a uma taxa composta de 30% do preço de varejo sugerido pelo fabricante.

Os modelos da montadora equipados com seus potentes motores de 12 cilindros enfrentam um imposto combinado de importação, consumo e valor agregado que é quase quatro vezes maior que essa taxa.

Um dos carros que a Ferrari está lançando este ano será “mais adequado” para a China, disse o CEO Benedetto Vigna durante uma teleconferência de resultados nesta semana, sem especificar o modelo. “Isso melhorará o quadro”.

As vendas da Ferrari na China estagnaram devido à baixa demanda por veículos de luxo.

Os fabricantes locais liderados pela BYD também estão entrando nos segmentos de ponta com modelos destinados a competir com as marcas de supercarros.

As remessas da Ferrari para a China caíram 25% no primeiro trimestre, atingindo o nível mais baixo em quase quatro anos.

O mercado de carros de luxo da China encolheu em 2024 devido à desaceleração econômica do país e ao enfraquecimento do sentimento do consumidor.

Para o segmento que começa a partir de 500.000 yuans (US$ 69.200), os volumes ficaram estáveis em cerca de 850.000 unidades entre 2020 e 2023. Mas, no ano passado, esse número caiu cerca de 20%, para cerca de 677.000, de acordo com dados da consultoria automotiva Thinkercar, sediada em Xangai.

A Ferrari está menos exposta à China do que muitos de seus pares ocidentais porque a empresa limita as remessas para a região a cerca de 10% de seu total. A empresa poderia repensar esse limite ao entrar no segmento de veículos elétricos, disse Vigna no início deste ano.

A China limita a entrada de carros com motores a combustão, que consomem muito combustível, mesmo antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentar as tensões comerciais globais.

Os veículos importados com motores maiores que quatro litros estão sujeitos a uma tarifa de importação de 15%, um imposto de consumo de 40% e um IVA de pelo menos 13% na China. A China isenta os veículos elétricos do imposto sobre o consumo.

O maior mercado individual da Ferrari são os EUA, onde a empresa planeja aumentar os preços de alguns carros devido às tarifas de Trump.

Fonte: Bloomberg Línea

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