Comércio Exterior, Industria, Informação, Inovação, Investimento, Sustentabilidade

MDIC avança na retomada da indústria brasileira

Crescimento da indústria, aumento de investimentos públicos e privados para o setor produtivo, desburocratização e acordos internacionais são destaques do período de 2023-2024.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) consolidou as bases da neoindustrialização do país. Desde 2023, executamos programas e ações em cumprimento dos objetivos propostos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de desenvolvimento inclusivo e sustentável, e conduzidos, no MDIC, pelo vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin.

Com a Nova Indústria Brasil (NIB), avançamos na direção do fortalecimento industrial sustentável, com inovação tecnológica, capacidade exportadora e geração de emprego e renda. Em 2024, os recursos do Plano Mais Produção, sistema de financiamento da NIB, saltaram de R$ 300 bilhões para R$ 506,7 bilhões, com a entrada dos novos parceiros, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, além do BNDES, Finep e Embrapii. São linhas de crédito e recursos não reembolsáveis para projetos relacionados às seis Missões prioritárias. Trabalhamos para integrar as políticas industrial e de comércio exterior, aumentar e qualificar as exportações, ampliar acordos internacionais e expandir a participação do Brasil no comércio mundial. O governo do presidente Lula anunciou a conclusão do Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia, depois de 25 anos de negociação. Avançamos na desburocratização para simplificar processos e reduzir custos para a indústria, com medidas como o Portal Único do Comércio Exterior. Lançamos plataformas inéditas que darão mais transparência às políticas públicas e aos números da economia, como o Observatório da Redução do Custo Brasil e o InvestVis. Intensificamos medidas rumo à economia verde, como a formalização do Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), e a reestruturação do Centro de Bionegócios da Amazônia. E aprimoramos políticas de inclusão social, com projetos como o Raízes Comex, Elas Exportam e Empreendedoras Tech.

Confira abaixo os destaques que marcaram o período 2023-2024: 

NIB impulsiona a indústria brasileira

Desde 2023, a Nova Indústria Brasil (NIB) impulsiona a retomada da indústria brasileiras, com políticas robustas, financiamento e muito diálogo com o setor produtivo e a sociedade civil, no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

O Plano Mais Produção (P+P) ganhou novos parceiros: BB, Caixa, BNB, BASA, além do BNDES, Finep e Embrapii. Os recursos para financiamento da indústria saltaram de R$ 300 bi para R$ 506,7 bilhões. O CNDI redefiniu as metas para as missões da NIB e, também, identificou, para cada uma das missões, as cadeias produtivas prioritárias que vão ajudar a impulsionar os setores produtivos relacionados e a alcançar as metas redefinidas. Do total de R$ 506,7 bilhões em linhas de crédito até 2026, R$ 384,4 bilhões já foram aprovadas entre 2023 e 2024. Só o BNDES aumentou o volume de desembolso de R$ 98 bilhões, em 2022, para R$ 148 bilhões, em 2024. O crédito para a indústria cresceu 262%.

Com a NIB, o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica, o setor privado já anunciou investimentos de R$ 2,3 trilhões

  • 1,06 trilhão – construção civil
  • 100,7 bilhões – TICs
  • 130 bilhões – automotivo
  • 296,7 bilhões – agroindústria
  • 100 bilhões – siderurgia
  • 105 bilhões – papel e celulose
  • 380 bilhões – bioeconomia e energia renovável
  • 39,5 bilhões – indústria da saúde

As conquistas que marcaram o período mostram crescimento do PIB de 3,5%, em 2024; a menor taxa de desemprego da história, de 6,1%; a quantidade de 103,9 milhões de brasileiros empregados; a menor taxa de pobreza da história, de 27,4%. Confira abaixo mais avanços obtidos:

– No ranking mundial de produção industrial, o Brasil avançou 30 posições, saltando de 70º para o 40º lugar entre 116 países, em 2024, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

– Crescimento da indústria é de 3,3% em 2024, segundo Iedi. E de 3,6% da indústria de transformação, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a maior em 10 anos.

–  A utilização da capacidade instalada da indústria foi de 83%, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A maior dos últimos 13 anos.

–  O emprego na indústria cresceu 75%, Desse total, 57,4% das vagas foram ocupadas por jovens entre 18 e 24 anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

– O setor automotivo registrou 15% de salto nas vendas de veículos novos, em 2024. Maior crescimento de 2007. 11% de aumento na produção de veículos e 100 mil novos postos de trabalho.

– Os segmentos de alta tecnologia cresceram 5%, segundo o Iedi.

– Houve crescimento de 8% das exportações brasileiras de bens de média/alta tecnologia desde 2022 até nov/24, segundo dados do MDIC.

– O volume de produção agroindustrial cresceu 4,2%, em out/24 frente a out/23, segundo FGVAgro. Melhor resultado em 14 anos.

– As vendas dos setores de linha branca e marrom cresceram 25%, segundo a Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos). É o maior aumento dos últimos 10 anos

– Os setores de máquinas e equipamentos cresceram 8,3%; de bens de consumo duráveis, 9,8%, segundo o IBGE. E as vendas do varejo tiveram alta de 12,2%, de acordo com dados da Visa Consulting & Analytics.

–  O Brasil se tornou o 2°maior receptor de investimentos estrangeiros diretos do mundo em 2024

Neoindustrialização é Inovadora

 – Com o Programa Mais Inovação (que integra o Plano Mais Produção), R$ 16,4 bi do total de R$ 60 bi (até 2026) já foram aprovados, com taxa TR, para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, em 2023 e 2024. É o melhor desempenho desde 1995.
– O programa de Depreciação Acelerada aprovou 374 projetos industriais, para renovação do parque industrial. Destaques para os setores: produtos de borracha; biocombustíveis; celulose e máquinas e equipamentos.

– O programa Brasil Mais Produtivo está capacitando 43.566 micro, pequenas e médias empresas, que já estão migrando para a indústria 4.0.

– No âmbito do Regime Especial da Indústria Química, 15 projetos no valor de R$ 711,8 milhões em investimentos foram aprovados, para fortalecer a competitividade do setor. Há mais sete em análise, com valor de R$ 237,6 milhões adicionais.

– A primeira emissão de Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD) do BNDES, resultou em R$ 9 bilhões de captação, para alavancar investimentos industriais.

– Criado em 2024, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT) vai captar recursos para desenvolvimento industrial, científico e tecnológico.

– O BNDES aumentou o volume de desembolso de R$ 98 bi, em 2022, para R$ 148 bi em 2024. Um crescimento de 262% no volume de crédito para a indústria.

A Neoindustrialização é Sustentável

– Com o Programa Mobilidade Verde e Inovação – Mover, 154 montadoras foram habilitadas para realizar projetos com objetivo de descarbonizar a frota de carros, ônibus e caminhões. O total de R$ 3,1 bi ou 100% de créditos financeiros foram autorizados no âmbito do programa, em 2024.

– O Programa Mais Alimentos (parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) aprovou R$ 6,3 bi em créditos, para compra de máquinas e implementos nacionais para agricultura familiar. Valor das operações foi 34% maior do que o executado na safra anterior.

– O BNDES aprovou R$ 4,2 bilhões em financiamentos para projetos de produção de biocombustíveis, em 2024. Maior valor em 13 anos.

– Com o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, R$ 17,5 bi de investimentos estão previstos, até 2027, para a produção de biocombustíveis.

– O Novo PADIS aprovou 14 novos projetos industriais, para o desenvolvimento da indústria de semicondutores e de placas fotovoltaicas. Maior patamar desde 2020

– Foram instituídos o Selo Verde e o Selo Amazônia, para fortalecer as cadeias de produção dos produtos sustentáveis e ampliar o acesso a mercados internacionais.

– O Centro de Bionegócios da Amazônia está sendo reestruturado, com a criação do Hub de Bionegócios e Inovação e a reforma do Biobanco.

– Foram criadas a Estratégia Nacional de Bioeconomia, com a participação de 13 ministérios, além do MDIC; e a Estratégia Nacional de Economia Circular, sob coordenação do MDIC com 14 ministérios + Anvisa, ABDI, BNDES, Embrapii

– Uma parceria entre MDIC, Reino Unido, UNIDO permitirá o desenvolvimento do Hub da Descarbonização, plataforma para mobilizar investimentos nacionais e internacionais em descarbonização. Promoverá a descarbonização do segmento de aço. E, também, financiamento climático na ordem de R$ 21 milhões.

 A Neoindustrialização é exportadora

– O governo do presidente Lula avançou em acordos internacionais relevantes para a abertura do comércio brasileiro no exterior:

  • Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia

Negociações concluídas, em 2024

  •  Acordo de livre comércio Mercosul-Singapura

Negociações concluídas, em 2023

  •  Acordo Mercosul- EFTA

Negociações avançadas

  •  Acordo Mercosul-Emirados Árabes –

Negociações avançadas

  •  Acordo sobre Comércio de Aviação Civil na OMC

Brasil passa a integrar, em 2023

  •  Regime de Origem do Mercosul

Aprovado, em 2023, para fortalecer o comércio regional

– Ministros de Comércio dos países do G20, em reunião sob a presidência do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, aprovaram os Princípios do G20 sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável, documento histórico, para estabelecer uma relação positiva entre o comércio internacional e o desenvolvimento sustentável.

– O MDIC avançou na implementação do Portal Único de Comércio Exterior, que trará economia de R$ 40 bi/ano com redução de tempo de liberação de carga. O portal incorpora outros avanços como: a licença-flex, que digitalizou as operações de importação e exportação; o Certificado de origem digital para exportação de frango, que representa economia anual de R$ 2,4 milhões para os exportadores brasileiros; o CCT aéreo, que reduz de 5 para 1 dia a liberação das importações de cargas aéreas.

– O MDIC atuou intensamente no combate ao comércio desleal. Foram 57 investigações de defesa comercial iniciadas, o maior número dos últimos 11 anos, além de 12 direitos provisórios aplicados, o maior número desde 2014.

– O MDIC reformulou, em parceria com Apex Brasil, o Plano Nacional da Cultura Exportadora, que recebeu adesão de todos os estados brasileiros.

– O governo criou, com apoio do MDIC, o Acelera Exportação, que está em votação no Congresso Nacional, para impulsionar as exportações de pequenas empresas.

– Novos projetos industriais foram aprovados no Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportação: a conclusão de obras e entrada em operação de duas novas ZPEs: Cáceres/MT e Uberaba/MG, aptas a receberem novos projetos empresariais para exportação; nove projetos industriais com investimentos esperados de R$ 26 bilhões, incluindo grande projeto e produção de hidrogênio verde; a criação de nova ZPE em Bacabeira/MA, com potencial de receber 15 bilhões em investimentos, tendo como projeto âncora uma refinaria de produção de combustível sustentável de aviação (SAF).

 A Neoindustrialização é competitiva

– A Nova Lei de Informática, aprovada no Congresso com apoio do MDIC, irá fortalecer o ecossistema de eletroeletrônica. São 494 empresas com faturamento anual de R$ 202 bi, e mais de 280 ICTs, em 92 municípios brasileiros. A lei criou o Brasil Semicondutores, programa que irá incentivar a produção nacional de bens como celulares, computadores, notebooks e tablets.

– O Observatório do Custo Brasil foi criado neste ano, uma plataforma inédita para acompanhar de perto as ações de redução de custos enfrentados pela indústria. Desde o lançamento da Agenda de Redução do Custo Brasil, pelo MDIC, em 2023, houve redução de R$ 86,7 bi no Custo Brasil,com ações como a abertura do mercado livre de energia e a expansão de redes de banda larga no Brasil.

– Com a simplificação do processo de patentes, caiu de 6,9 para 4,4 anos o prazo de tempo médio de processos de patentes no INPI, desde jan/2023. Um total de 120 novos servidores foram aprovados em concurso para o INPI.

– Foi criada a Plataforma de Indicação Geográfica, para oferecer maior controle, rastreabilidade e comunicação de IGs brasileiras, tendo o café como carro chefe da iniciativa.

– Em parceria com o BID, o MDIC irá construir plataforma Janela Única de Investimentos, para facilitar a entrada de capital estrangeiro no país.

– O MDIC lançou o InvestVis, plataforma inédita para consultas sobre investimentos estrangeiros diretos em todo o mundo.

– Com a criação da Estratégia Regula Melhor, o MDIC tem o objetivo de melhorar o processo regulatório de ponta a ponta: do treinamento e capacitação dos reguladores e revisão de normas atuais.

– Foi lançado o Guia Referencial de Sandbox, uma parceria entre o MDIC e Advocacia Geral da União, que facilitará a criação de ambientes regulatórios experimentais, seguros e colaborativos, de modo a garantir maior segurança jurídica, atrair investimentos e promover inovações.

– Foi implementada a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, para assegurar maior coordenação das políticas do governo para incentivar a criatividade, a inovação, investimentos e a competitividade.

– O Conselho Nacional de Fertilizantes aprovou 71 projetos de produção de fertilizantes, que mobilizarão investimentos de R$ 22,4 bilhões, um avanço do Plano Nacional de Fertilizantes.

A Neoindustrialização é inclusiva

– Com a Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), 2 mil negócios de impacto estão sendo apoiados com recursos de R$ 250 milhões. Em 2024, o MDIC implementou o Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), para alinhar as legislações estaduais e municipais à Enimpacto. O Simpacto recebeu adesão dos estados do RN, CE, AL e ES.

– O Programa Elas Exportam atendeu 117 empreendedoras e 97 mentoras em 4 edições do programa, que tem o objetivo de ampliar a participação e mulheres no comércio exterior.

– O MDIC lançou o Programa Raízes Comex, que tem o objetivo de ampliar a inclusão de mulheres e negros no comércio exterior brasileiro. E publicou estudo inédito: “Comércio Exterior e Representatividade Racial no Mercado de Trabalho Brasileiro”

– O programa Empreendedoras Tech realizou a 2ª edição do programa com o Sebrae, Enap e Impact Hub, para inclusão de mulheres no empreendedorismo tecnológico. 3 startups foram premiadas e 70 mulheres, capacitadas.

– Os ministros de Comércio e Investimentos do G20, reunidos em Brasília, sob a presidência do vice-presidente, Geraldo Alckmin, aprovou compêndio com boas práticas internacionais para enfrentar os desafios que as mulheres encontram no comércio internacional. Mulheres e Comércio Internacional foi tema prioritário da reunião.

– Brasil adere ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, durante a 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, com apoio e participação do MDIC.

Agenda da indústria avança no Congresso  

Desde 2023, a agenda da indústria ganha destaque de aprovações no Congresso Nacional, resultado do diálogo constante do governo do Presidente Lula e dos parlamentares. Confira as principais proposições aprovadas e já sancionadas:

– Reforma tributária – Maior justiça tributária e competitividade

– Marco de garantias – Melhor acesso ao crédito

– Mercado Regulado de Carbono – Maior incentivo para redução de emissões de carbono

– Lei do Combustível do futuro – Garantia da descarbonização da matriz energética

– Letras de Crédito do Desenvolvimento – Mais recursos para financiar projetos industriais

– Marco Legal de Hidrogênio Verde – Estímulo à produção de energia sustentável

– Programa da Depreciação Acelerada – Modernização do parque industrial brasileiro

– Programa Mobilidade Verde e Inovação – Mover – Descabonização das frotas de veículos

– Nova lei de Informática, com criação do Brasil Semicon – Mais tecnologia inovadora

FONTE: MDIC
MDIC avança na retomada da indústria brasileira — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Brasil assume a presidência do BRICS com ênfase em meio ambiente, comércio e inteligência artificial

O Brasil assume a partir desta quarta-feira (1º) a presidência do Brics, grupo que reúne diversos países, entre os quais o próprio Brasil, além de Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca ampliar relações multilaterais do Brasil, tem destacado em fóruns internacionais a importância que vê em grupos como o Brics e o Mercosul, por exemplo.
A presidência do Brics é rotativa e tem duração de um ano. Inicialmente, a previsão era a de que o Brasil assumisse o comando do bloco em 2024. Mas, como no ano passado também presidiu o G20, adiou a tarefa. Assim, a Rússia presidiu o grupo no ano passado.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil vai concentrar as atividades relacionadas ao Brics no primeiro semestre deste ano. Isso porque, no segundo semestre, o país sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Palácio do Planalto informou que o Brasil definiu cinco temas prioritários para discussão no Brics:
Facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública.

Fortalecimento institucional do bloco

“O Brics tem que ser parte dessa construção [de um mundo sustentável]. É importante que haja um entendimento entre esses países”, afirmou à Agência Brasil o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Saboia.
Como presidente do Brics, informou o Planalto, caberá ao Brasil organizar e coordenar as reuniões dos grupos de trabalho que compõem o bloco e reúnem representantes dos países-membros. O objetivo, segundo o governo brasileiro, é debater as prioridades da presidência.

“Há mais de 100 reuniões previstas para acontecer entre fevereiro e julho, em Brasília. Já a Cúpula do Brics, espaço de deliberação entre chefes de Estado e Governo, está programada inicialmente para julho, no Rio de Janeiro”, informou o Palácio do Planalto.

Substituição do dólar

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem ameaçado estabelecer tarifa de 100% sobre produtos dos países do Brics caso eles substituam o dólar norte-americano por outra moeda em suas transações. A discussão dentro dos Brics, de fato, existe e tem no presidente Lula um de seus maiores entusiastas. Desde o Acordo de Bretton Woods, em 1944, o dólar tornou-se a moeda-padrão no comércio internacional. Sua aceitação universal e a ligação com instituições financeiras globais solidificaram o dólar como referência mundial. Transações comerciais entre países, incluindo membros do Brics, tradicionalmente envolvem a conversão de moedas locais para a norte-americana. Só que essa dependência gera vulnerabilidade às flutuações do dólar e à política monetária dos Estados Unidos, impactando economias emergentes. Um dos motivos, portanto, para os Brics discutirem o tema, é justamente a vulnerabilidade em caso de oscilações na política monetária dos Estados Unidos.

Ampliação do grupo

A presidência brasileira do Brics acontece em um momento de sucessivas tentativas do bloco de se ampliar. Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o bloco convidou em 2010 a África do Sul. Em 2023, o grupo aprovou a entrada mais seis países, entre os quais Irã, Egito e Etiópia – a Argentina, que integrava essa lista, desistiu de participar quando Javier Milei assumiu a Casa Rosada no lugar de Alberto Fernández. Além disso, no ano passado, o grupo passou também a discutir a criação da categoria de países parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com possibilidade de participar de cúpulas e reuniões. Entre esses países, estão Cuba, Turquia, Tailândia, Nigéria e Argélia.

Especialistas em relações internacionais e em economia ouvidos pela GloboNews avaliam que a ampliação do Brics, com a entrada de novos países, e a discussão sobre a criação da categoria de parceiros, na prática, amplia a influência geopolítica da Rússia e da China. Eles divergem, porém, sobre os efeitos econômicos das medidas.

Para o professor José Luís da Costa Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, a busca pela ampliação do bloco é uma briga por hegemonia entre China e Rússia, de um lado, e Estados Unidos e Europa, de outro.
Na prática, acrescenta o professor, há uma disputa por áreas de influência ao redor do mundo, a exemplo do que motivou a criação de outros grupos, como o G7.

“O G7 é um grupo que tem muita influencia dos Estados Unidos, da Europa e do Japão. Com isso, o Brics se torna um clube favorável à China e à Rússia. Veja esses países que estão entrando. Cuba, por exemplo. Qual a vantagem para o Brics? Nenhuma. Mas, no fundo, você cria mais uma área de influência. É interesse geopolítico, não é de caráter econômico. Ou seja, disputa de influência”, afirmou Oreiro.

Fonte: G1
Brasil assume presidência do Brics com foco em meio ambiente, comércio e inteligência artificial | Política | G1

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Ceará globalizado: Porto do Pecém impulsiona o comércio exterior

Localizado em São Gonçalo do Amarante, o Porto do Pecém desempenha um papel crucial no fortalecimento da economia do Ceará e do Nordeste do Brasil.

Desde sua inauguração em 2002, o porto tornou-se um ponto vital para a logística e o comércio internacional, facilitando o escoamento de mercadorias para diversos mercados ao redor do mundo. Conforme divulgado pela Brasil Perfil, esta infraestrutura moderna é parte essencial do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que integra diversas indústrias e zonas de processamento.

O clima de negócios vibrante do Pecém é ampliado por suas capacidades de movimentação de cargas variadas, incluindo combustíveis, minério de ferro e produtos agrícolas. Além disso, a proximidade do porto com projeções de energia renovável como solar e eólica reforça seu papel como uma plataforma para o crescimento sustentável. Esta sinergia de elementos favorece não apenas o estado do Ceará, mas também a sua inserção no mercado global.

Como o Porto do Pecém Beneficia a Economia Local?

O Porto do Pecém oferece uma série de benefícios econômicos significativos que fortalecem o cenário macro e microeconômico do estado. Dentre esses benefícios, destacam-se:

  • Promoção da Economia Local: Amplia as exportações e diversifica as oportunidades econômicas, atraindo investimentos significativos e gerando milhares de empregos.
  • Conectividade Global: Sua infraestrutura avançada melhora a logística internacional, permitindo ligações comerciais mais rápidas e eficientes com a Europa, América do Norte e Ásia.
  • Sustentabilidade Energética: Funciona como um importante centro de distribuição de equipamentos para energia renovável, promovendo práticas ambientais responsáveis.
  • Zona Franca de Exportação: Oferece vantagens fiscais que atraem indústrias a buscar competitividade global através de produtos processados localmente.
  • Centro Logístico: Sua localização geográfica estratégica facilita o acesso a mercados globais, reduzindo os custos logísticos para exportadores e importadores.

Números que Destacam o Porto do Pecém

O Porto do Pecém tem se consolidado com números expressivos que comprovam sua relevância econômica. Ele movimenta mais de 20 milhões de toneladas de carga anualmente e é responsável pela geração de cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos.

Exportações incluem produtos como aço, frutas, ceras vegetais e calçados, tendo como principais destinos países como os Estados Unidos, China e membros da União Europeia. Esse perfil exportador é um reflexo do impacto do porto na economia regional e nacional.

Por Que o Porto do Pecém é Vital para o Ceará?

A importância do Porto do Pecém transcende seu papel como uma plataforma de comércio. Ele é um catalisador de inovação e desenvolvimento sustentável que projeta o Ceará em um cenário internacional desafiador. O investimento contínuo em sua expansão e modernização garante que o Ceará permaneça um centro atrativo para negócios globais.

Além de gerar oportunidades econômicas, o Pecém promove avanços nas condições de vida através do crescimento sustentável e do aumento da competitividade internacional. Assim, o porto mantém sua posição como um componente crucial na estratégia de desenvolvimento do estado.

O Futuro do Porto do Pecém e seu Papel no Cenário Global

O Porto do Pecém se consolida como um pilar central na evolução econômica do Ceará, enfrentando os desafios de um mercado cada vez mais globalizado. Com investimentos contínuos e foco em inovação, ele continua a ser uma peça-chave para a prosperidade e a integração do estado no mundo. A trajetória do porto é um testemunho do compromisso do Ceará com o desenvolvimento sustentável e com o futuro econômico da região.

FONTE: Terra Brasil Noticia
Ceará globalizado: Porto do Pecém impulsiona o comércio exterior – Terra Brasil Notícias

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Os 50 anos da Smurfit Westrock no Planalto Norte

Desde 1974 em Três Barras, mais do que produzir embalagens sustentáveis e renováveis, a multinacional tem o compromisso de contribuir com o desenvolvimento das comunidades.

lorianópolis, 19.12.2024 – Ao cruzar a histórica marca de 50 anos, a Fábrica de Papel Smurfit Westrock de Três Barras, localizada no planalto norte de Santa Catarina, celebra não apenas sua contribuição para o mercado de papel e embalagens brasileiro e global, mas também seu impacto no desenvolvimento socioeconômico das comunidades de Três Barras, Canoinhas e região.

Fundada em 25 de março de 1974, a fábrica foi pioneira na transformação da matéria-prima do negócio florestal em papel kraft de alta qualidade, deixando um legado de inovação, sustentabilidade e pertencimento para os moradores.

A fábrica não é apenas uma unidade de produção industrial, mas sim um epicentro de histórias e significados que vão muito além. É o ponto de convergência de milhares de pessoas que dedicaram seu esforço e talento à unidade, da energia que movimenta a região, de projetos sociais transformadores e da conexão com o mercado global. Acompanhe os principais marcos das últimas cinco décadas que moldaram essa jornada:

Anos 1970: A origem de uma transformação

•             1974: A fábrica inicia suas operações com a produção das primeiras 150 toneladas de papel, celebradas com uma grande mobilização das comunidades locais. Esse evento simbolizou o começo de um novo ciclo econômico e social para Três Barras e Canoinhas.

•             Impacto local: A chegada da fábrica trouxe oportunidade de empregos diretos e indiretos, dinamizou o comércio local e contribuiu para o fortalecimento da infraestrutura das cidades vizinhas.

*Destaque para a década de 1950, já que em 1956 dava início a operação florestal com a plantação de pinus e eucaliptos, matéria-prima para a produção do papel.

Anos 1990: Investimentos que consolidam a presença regional

•             1997: A fábrica recebe um investimento significativo de US$ 60 milhões para a instalação de uma nova caldeira de recuperação, aumentando a eficiência energética e a capacidade de geração de vapor. Esse avanço não apenas modernizou a unidade, mas também reforçou o compromisso da empresa com a inovação e sustentabilidade.

Anos 2000: Um salto em energia e produção

•             2007: A instalação de uma nova caldeira de força baseada em biomassa e um turbogerador com capacidade de produzir 25MWh, permitiram à Fábrica de Papel Smurfit Westrock autogerar energia renovável, equivalente ao consumo energético de 100 mil pessoas. Esse marco estabeleceu um novo patamar na jornada de sustentabilidade e eficiência energética.

•             2010-2012: Com um investimento de R$ 1,3 bilhões, a fábrica passou por uma expansão que incluiu a reforma da máquina de papel 3 e a construção da máquina de papel 4, uma nova planta de celulose de eucalpto e uma planta de reciclado, atendendo às mais altas exigências do mercado nacional de embalagens.

•             As inovações iniciadas em Três Barras, permitiram à Smurfit Westrock a produção de papel e embalagens comercializadas para os mais variados setores industriais, que posteriormente chegavam às casas de milhões de brasileiros e muitas vezes também exportados para outros países.

Anos 2020: Sustentabilidade e liderança

•             2021: A Fábrica de Papel Smurfit Westrock se tornou a maior produtora de kraftliner da América Latina. Esse marco foi alcançado graças a um investimento de US$ 345 milhões, reafirmando o protagonismo da unidade no setor.

•             Sustentabilidade: Com autossuficiência energética majoritária, a fábrica faz uso de biocombustíveis renováveis, como biomassa e licor preto, reduzindo significativamente suas emissões de gases de efeito estufa.

•             Tríplice certificação: A conquista das certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 reforçou o compromisso com a qualidade, o meio ambiente e a segurança dos funcionários.

•             2022: A empresa lança o Programa DesEnvolve oferecendo oportunidades para potencializar o desenvolvimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social e fornecer mão de obra qualificada para a indústria de Santa Catarina. O sucesso do Programa iniciado na região, motivou a Smurfit Westrock a realizar a iniciativa para outros estados do Brasil onde a companhia possui unidades produtoras.

Para Ali Abdul Ayoub, diretor industrial de Papel Virgem na Smurfit Westrock, a data é importante também para valorização da visão estratégica da empresa compartilhada com a região. “Ao longo dessas cinco décadas, enfrentamos desafios, conquistamos vitórias e construímos uma cultura de segurança, colaboração e excelência. Olhamos para os próximos 50 anos com entusiasmo, certos de que as próximas gerações continuarão a escrever essa história de sucesso.”
Impacto econômico e social no Planalto Norte

Ao longo dos 50 anos, a Fábrica de Papel de Três Barras tem impactado diretamente a vida das comunidades locais. Mais de 600 colaboradores atualmente fazem parte de uma história que já empregou milhares de pessoas ao longo das décadas. Além disso, inúmeros projetos sociais, além do Programa DesEnvolve, transformaram a realidade da região, promovendo educação, saúde e desenvolvimento social, como o Projeto Vencer, Juntos Pela Educação, Caixa do Bem e do Agasalho, Brincando na Praça, mel Florestal, entre outros.

Os benefícios também ultrapassam fronteiras. O papel produzido em Três Barras abastece não apenas o negócio de embalagens de papelão ondulado da empresa no Brasil, mas também países como Paraguai, Argentina, Chile, Equador e África do Sul. Cada tonelada de papel exportada carrega o nome de Três Barras para o mundo, conectando a região ao mercado global.

Para celebrar esse marco, a unidade abriu suas portas para clientes, comunidades, autoridades, funcionários e seus familiares, em uma visita guiada ao interior da fábrica, na qual o público conheceu mais detalhes sobre o processo de produção do papel, o compromisso da Smurfit Westrock com a segurança, inovação e sustentabilidade. Durante dois dias, a fábrica de Três Barras recebeu cerca de 300 visitantes.

“A Smurfit WestRock não apenas celebra sua trajetória histórica, mas também olha para o futuro com o compromisso de continuar sendo uma referência em inovação, sustentabilidade e conexão com a comunidade, oferecendo para nossos clientes as melhores soluções em papel e papelão ondulado. Nosso desejo é que as pessoas de Três Barras e região saibam que pertencem a uma história maior, construída com papel, mas, acima de tudo, com a participação e o talento de cada uma delas”, pontua Manuel Alcalá, presidente da Smurfit Westrock.

Sobre a Smurfit Westrock

A Smurfit Westrock é um líder global de embalagens sustentáveis, com presença em mais de 40 países e 100.000 funcionários. Possui mais de 500 operações de conversão e 63 fábricas de papel que oferecem soluções sob medida para clientes, com qualidade e confiabilidade. No Brasil, conta com cerca de 5.000 colaboradores e está presente em seis estados brasileiros, com seis unidades de produção de papel, 10 unidades fábricas de conversão e 54 mil hectares de floresta.

Fonte: Smurfit Westrock
FIESC https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/os-50-anos-da-smurfit-westrock-no-planalto-norte

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Investimento, Logística, Marketing, Negócios, Notícias, Sustentabilidade

Empreendedores criam empresa de logística com empréstimo pessoal de 40 mil e se tornam referências no Brasil

A ideia para criar um negócio eficiente para a logística de Santa Catarina surgiu em 2010, quando José Roberto Neves Filho sentiu a necessidade de ter algo grandioso para a sua carreira.

Convidou seu irmão, Gustavo Henrique Neves e o amigo João Pedro Mattos, para criarem um plano de negócio juntos. Como não tinham investimentos disponíveis, os 3 empreendedores optaram por um empréstimo pessoal de R$ 40 mil, valor que daria origem a um dos principais operadores logísticos de Santa Catarina, com o crescimento de mais de 10 filiais.

Formado em Administração com pós-graduação em logística, José Roberto Neves Filho trabalhava no setor logístico desde 1998, na época com 17 anos, e passou por algumas empresas do setor e diferentes funções.
“Sentia que a minha carreira precisava de um horizonte sem limites e desafiador. Minha família sempre apostou em pequenos negócios, e o empreendedorismo faz parte de nossas vidas. Eu me senti desanimado e queria abrir um restaurante, mas minha mãe destacou que a minha vida era logística e que precisava apostar algo neste setor”, destacou Neves. Segundo ele, os 3 empreendedores não possuem valores disponíveis e optaram por um empréstimo pessoal no valor de R$ 40 mil reais. “Alugamos uma pequena sala, montamos um plano de negócio e assim surgiu a GH Transportes e Logística em 2011.
Neves relata que os 8 primeiros anos foram difíceis, quase sem faturamento para os sócios. “Mas, estudamos, buscamos informações sobre gestão de pessoas, marketing, sustentabilidade, processos e o nosso negócio decolou”. Para ele, na logística é preciso resiliência, raciocínio rápido, não ter medo da mudança e ouvir o próximo pode fazer total diferença. Com três sócios-fundadores que somam 50 anos de experiência na logística
brasileira, hoje, a GH no mercado é um dos principais operadores de logística atuando nacionalmente, com faturamento bruto ultrapassando mais de 120 milhões de reais. Em 2024 completou 13 anos de história com
crescimento sustentável e importantes clientes. Nos próximos anos, investirá uma média de R$ 50 milhões para criar unidades de operações específicas para setores distintos.

Crescimento e Expansão com 10 filiais estrategicamente localizadas em diferentes estados brasileiros, a GH está em constante expansão no setor de operações logísticas. Das 10 filiais, 8 são especializadas em transporte rodoviário, oferecendo eficiência e agilidade no deslocamento de cargas por todo o país. Além disso, 2 filiais se destacam como Operadores Logísticos de alta performance, integrando armazenagem, distribuição e gestão de
mercadorias, os números refletem a grandeza da operação: em 2023, a GH realizou 12 mil entregas e movimentou 300 mil toneladas de cargas.

Para 2024, a expectativa é de superar 20 mil entregas e 450 mil toneladas movimentadas. Além disso, a empresa tem como meta aumentar o faturamento em 50% até o final de 2024 e alcançar um crescimento de 70% em serviços de armazenagem até 2025. Cobertura Nacional e Setores Estratégicos com matriz em Itajaí (SC) e filiais em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, a GH oferece soluções que atendem embarcadores, importadores e distribuidores com presença nacional. A empresa já é referência em segmentos estratégicos como petroquímico, agroquímico, siderurgia, indústria química, têxtil, alimentício, agronegócios, máquinas e equipamentos, veículos, metais nobres, entre outros.

SOBRE A GH – SOLUCIONADOR LOGÍSTICO
Em 2011, a GH Solucionador Logístico nasceu em Itajaí (SC) com forte atuação no transporte rodoviário de cargas (lotação). Em 2019, conquistou vários clientes para serviços logísticos. A GH desenvolve cerca de 20 ações e projetos com base em conceitos em ESG, assim como compensação dos gases poluentes das operações logística, ações sociais para o benefício das comunidades e segue requisitos de qualidade e segurança. No quesito ambiental, hoje segue diretrizes do Programa de Logística Verde Brasil que reúne empresas que desenvolvem iniciativas para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Investe em tecnologias de motorização que utilizam GNV e biometano que emitem menor quantidade de poluentes no meio ambiente.
Em relação à qualidade dos serviços prestados ao mercado, possui as certificações SASSMAQ (transporte de produtos perigosos), ISO 9001 (qualidade), ISO 14000 (Gestão Ambiental) e 45001 (Saúde e Segurança).
Desenvolvem o programa Pallets Zero e Programa Resinas que transformam cesses materiais em brinquedos para crianças. Já coletou mais de 2.000 tampinhas que são destinadas a instituições que as trocam por cadeiras de rodas, além de contribuírem para arrecadar fundos para a castração de animais de rua.

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Economia, Exportação, Gestão, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Sustentabilidade

Argentina deixa recessão e prevê crescimento em 2025

Sob austeridade de Milei, PIB cresce no terceiro trimestre, mas desigualdade e pobreza ainda preocupam

economia argentina registrou um crescimento de 3,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao período anterior, marcando a saída oficial da recessão que havia se instalado no final de 2023. O resultado, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística da Argentina, representa a primeira expansão do Produto Interno Bruto (PIB) após meses de estagnação e retração econômica.

De acordo com o Financial Times, o desempenho no terceiro trimestre é um marco importante para o presidente Javier Milei, que completa um ano no cargo com políticas focadas em austeridade fiscal e desregulamentação econômica. Milei assumiu o governo com a promessa de restaurar a economia argentina, fortemente abalada por anos de crise financeira, alta inflação e políticas intervencionistas que, segundo ele, corroeram as bases do crescimento sustentável.

A economia, no entanto, ainda enfrenta desafios consideráveis. Em comparação ao mesmo período de 2023, o PIB argentino teve queda de 2,1%, evidenciando que, embora os sinais de recuperação sejam animadores, os efeitos da crise persistem.

Medidas de austeridade e o impacto inicial

Desde que assumiu, Milei implementou medidas severas para conter o déficit fiscal e controlar a hiperinflação, que chegou a ultrapassar os três dígitos anuais em 2023. O ajuste fiscal incluiu cortes drásticos em subsídios estatais, desvalorização do peso argentino e uma desregulamentação intensa do mercado. Como consequência, a população enfrentou um aumento considerável nos preços dos serviços públicos, enquanto a pobreza atingiu 53% no primeiro semestre de 2024, 11 pontos percentuais a mais do que no início de seu mandato.

As políticas econômicas de Milei, descritas por analistas como “dolorosas, porém necessárias”, causaram retração inicial no consumo doméstico e desaceleração em setores como construção e manufatura, que continuam estagnados. No entanto, o terceiro trimestre mostrou uma recuperação expressiva em investimentos e exportações, especialmente no setor agrícola e de mineração.

Agricultura e exportações impulsionam a retomada

A safra agrícola argentina, que sempre teve papel central na economia do país, foi um dos principais motores da recuperação observada no terceiro trimestre. Com o fim de uma sequência de secas severas e o aumento da demanda global por commodities como soja e milho, o país conseguiu retomar o crescimento das exportações. A indústria de mineração também apresentou resultados positivos, beneficiada pelo aumento das exportações de lítio, um mineral estratégico no mercado global de energia limpa.

Outro fator que contribuiu para a recuperação foi o reajuste nos investimentos internos. Após um período de queda acentuada, o terceiro trimestre registrou aumento no fluxo de capital, especialmente em setores estratégicos como infraestrutura e energia. Apesar disso, a construção civil, um dos principais termômetros do mercado de trabalho, continua sofrendo com os efeitos da recessão e das políticas de contenção de gastos.

Perspectivas econômicas e desafios estruturais

O otimismo em relação ao crescimento se reflete nas projeções para os próximos anos. O banco de investimentos JPMorgan estima que a economia argentina fechará 2024 com uma retração de 3%, mas prevê uma recuperação robusta em 2025, com crescimento de 5,2%. Ainda assim, essa expansão deve apenas devolver o PIB per capita ao patamar de 2021, quando o país estava saindo da crise causada pela pandemia de Covid-19.

Especialistas alertam que o desafio de Milei agora será transformar essa recuperação inicial em crescimento sustentável. Entre os principais obstáculos estão os controles de câmbio e capital, que ainda limitam a entrada de investimentos estrangeiros e dificultam a acumulação de reservas internacionais pelo Banco Central argentino. A eliminação desses controles é uma das prioridades do governo, mas a transição precisa ser cuidadosamente gerenciada para evitar choques cambiais adicionais.

Sebastián Menescaldi, diretor da consultoria EcoGo, ressalta que o crescimento econômico de 2025 será desigual entre os setores. “A agricultura e a mineração vão continuar puxando a economia para cima, mas a recuperação no mercado interno será mais lenta. Isso cria uma disparidade significativa entre as indústrias e os trabalhadores, o que pode influenciar o cenário político”, avalia.

Os resultados econômicos também têm forte impacto no cenário político argentino. Milei, que governa com uma minoria no Congresso, dependerá da recuperação econômica para consolidar seu apoio popular antes das eleições legislativas de 2025. O sucesso no terceiro trimestre representa uma vitória para o presidente, mas a insatisfação social com os efeitos das políticas de austeridade ainda é um ponto de atenção.

A melhora no mercado de títulos soberanos argentinos é um reflexo da confiança crescente dos investidores nas políticas de Milei. O prêmio de risco da dívida caiu para 677 pontos-base, uma queda expressiva em relação aos mais de 2.000 pontos registrados no início de seu mandato.

FONTE: Exame
https://exame.com/mundo/argentina-deixa-recessao-e-preve-crescimento-em-2025/

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Informação, Sustentabilidade

Brasil e Argentina avançam na cooperação para fertilizantes e insumos agrícolas em seminário bilateral

O evento, promovido com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), reforçou a complementaridade entre os dois países no setor e buscou promover sinergias regionais para fortalecer o agronegócio

Na última quinta-feira (12), a Embaixada do Brasil em Buenos Aires e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizaram um seminário sobre o potencial da cooperação Brasil-Argentina na produção e comércio de fertilizantes e insumos. O evento, promovido com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), reforçou a complementaridade entre os dois países no setor e buscou promover sinergias regionais para fortalecer o agronegócio.

Representando o Mapa, o secretário-executivo adjunto, Cleber Soares, conduziu o primeiro painel do evento, intitulado “Políticas Públicas e Ações de Cooperação na América do Sul para a Produção de Fertilizantes”. Durante sua participação, Cleber destacou os avanços alcançados pelo Plano Nacional de Fertilizantes do Brasil, o papel estratégico da Argentina na produção de potássio e a relevância da política brasileira de bioinsumos, com ênfase na implementação do Programa Nacional de Bioinsumos.

Ele ressaltou como a expertise do Brasil no desenvolvimento e aplicação de bioinsumos pode impactar positivamente os países do Mercosul e da região, promovendo a expansão dessa tecnologia sustentável. “O Brasil tem muito a contribuir na cooperação técnica e na troca de experiências, apoiando os países vizinhos na implantação de políticas que otimizem o uso de bioinsumos e beneficiem a agricultura regional”, afirmou Cleber.

A adida agrícola do Brasil na Argentina, Andrea Parrilla, também participou do seminário, reforçando o papel das adidâncias agrícolas no fortalecimento das relações bilaterais. Sua contribuição destacou as oportunidades para ambos os países e as estratégias conjuntas para ampliar o comércio e o acesso a insumos agrícolas com preços competitivos.

O seminário contou ainda com a presença do embaixador do Brasil na Argentina, Julio Glinternick Bitelli, do secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Sergio Iraeta, e do diretor-geral do IICA, Manuel Otero, além de representantes do setor público e privado de ambos os países.

Um dos destaques do evento foi a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Mapa e o governo da província de Mendoza. O acordo busca fomentar a cooperação em áreas estratégicas do agronegócio, promovendo a troca de tecnologias e otimizando o comércio entre os dois países.

“Agradecemos a todos que contribuíram para esse marco no fortalecimento das relações Brasil-Argentina. O seminário reforça a importância da integração regional para promover a competitividade do setor agrícola e a segurança alimentar na América do Sul”, concluiu Cleber Soares.

FONTE: MAPA Gov.br
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/brasil-e-argentina-avancam-na-cooperacao-para-fertilizantes-e-insumos-agricolas-em-seminario-bilateral

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Portobello: projeto de economia circular transforma 480 toneladas de resíduos ao ano

Desenvolvida em parceria com o Grupo KWM, ação transforma resíduos de papelão em novas embalagens.
Um projeto inovador de economia circular desenvolvido pelo Grupo KWM (Kapersul Waste Management) está transformando resíduos de papelão em novas embalagens para o Portobello Grupo, um dos maiores fabricantes de revestimentos cerâmicos do Brasil. Os resíduos são transformados em embalagens exclusivas para produtos da empresa, fechando o ciclo de sustentabilidade e contribuindo para a redução da pegada de carbono da indústria.

Por meio dessa parceria sustentável, 40 toneladas de resíduos de papelão gerados na unidade Portobello, localizada em Tijucas (SC), são reciclados mensalmente, totalizando cerca de 480 toneladas ao ano.

No último ano, a indústria reduziu o consumo mensal de embalagens ao mesmo tempo que aumentou a quantidade de resíduos utilizados na composição de novas embalagens, atingindo a marca de 89,02%, sendo que destes, 9,15% são provenientes dos resíduos gerados no próprio parque industrial da companhia. Essas práticas resultaram na redução de emissões em mais de 700 toneladas de CO₂ em 2023.

Sustentabilidade na prática

“Nossa parceria mostra que é possível transformar resíduos em recursos valiosos, tanto para o meio ambiente quanto para o negócio, incentivando outras empresas a adotarem soluções sustentáveis semelhantes”, afirma Thiago Luckemeyer, gerente da unidade da KWM de Florianópolis.

Luckemeyer explica que, para o projeto desenvolvido para a Portobello, a KWM recolhe os resíduos, faz a triagem e a separação do papelão, prepara os fardos e encaminha para parceiros como a PCN e a Trombini, convertedores especializados na fabricação de embalagens. Elas então retornam à Portobello já prontas para embalar os revestimentos.

Para Vitor Henrique Piva, Coordenador de Desenvolvimento de Embalagens da Unidade Portobello, o projeto permite integrar soluções inovadoras no ciclo produtivo. “Transformar resíduos em embalagens e reduzir as emissões de carbono faz parte da nossa estratégia de sustentabilidade, oferecendo ao consumidor final não apenas produtos de alta qualidade, mas também a garantia de que nossa embalagem é ambientalmente responsável.”

Essa estratégia está alinhada com as metas de sustentabilidade do Portobello Grupo, que é signatária do Pacto Global e segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Listada na B3 (PTBL3), a empresa adota as mais avançadas práticas de governança corporativa e mantém um Comitê de Sustentabilidade ativo, garantindo a implementação de projetos que integram inovação e responsabilidade ambiental.

Com informações da KWM.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/portobello-projeto-de-economia-circular-transforma-480-toneladas-de-residuos-ao-ano

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Brasil já se prepara para o mercado global de carbono

Em fórum promovido pelo jornal Valor, o secretário Guilherme Mello explicou como a regulação aprovada no Brasil, na semana passada, dialoga com experiências internacionais

Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, o marco legal do mercado de carbono no Brasil (Lei 15.042/2024) foi tema do fórum promovido pelo jornal Valor, na manhã desta segunda-feira (16/12), em São Paulo, com transmissão pelo canal do jornal no Youtube. No painel de abertura do evento, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que o Brasil, com a nova regulação, se prepara para o momento de integração global do mercado de carbono.

“O modelo criado para o mercado de carbono no Brasil dialoga com o que está sendo feito no mundo. Traz mecanismos de regulação de preços e de monitoramento que nos preparam para a internacionalização”, disse Mello, após explicar como funcionarão no Brasil os mercados regulados e voluntário de carbono e a integração entre eles.

No mercado regulado, cerca de cinco mil empresas do setor industrial terão metas de descarbonização e poderão cumpri-las aquirindo Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs), que são créditos de carbono gerados pelo novo Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Do mercado voluntário participarão empresas não obrigadas a reduzir emissões, mas interessadas em atingir suas metas corporativas de descarbonização.

“O modelo mais comum nos países que têm mercado de carbono é o que estamos adotando, chamado cap-and-trade”, reforçou o secretário referindo-se ao modelo em que o governo define um teto de emissões e emite uma quantidade de permissões de emissão.

Relator do projeto de lei que deu origem à regulamentação do mercado de carbono, o senador Aliel Machado explicou os limites de compra de créditos para compensação de emissões e comentou que o agronegócio futuramente será incluído no mercado regulado: “Não foi ainda porque não há parâmetros para medir as emissões e remissões do setor”.

Participando virtualmente do painel de abertura do fórum, Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente comentou sobre a importância da integridade do mercado de carbono: “Não adianta vender crédito de carbono que não tenha valor sob a perspectiva climática”, ressaltou mencionando as iniciativas classificadas como greenwashing (aquelas que visam ganho de imagem corporativa, mas não têm efetivamente um impacto ambiental favorável).

Taxonomia

O secretário Guilherme Mello destacou que, além da regulação do mercado de carbono, como parte do Plano de Transformação Ecológica, o Ministério da Fazenda elabora a Taxonomia Sustentável Brasileira, instrumento de classificação objetiva, e com base científica, de iniciativas que contribuem para objetivos climáticos, ambientais e sociais.

“Basicamente, é um dicionário que vai dizer o que é considerado prática sustentável e o que não é. O mercado de carbono e a taxonomia devem ser reconhecidos internacionalmente como sistemas sérios, robustos, que realmente incentivem as práticas sustentáveis e desincentivem aquelas emissoras”, explicou.

Taxação na fronteira

Outro tema em debate no painel foi o CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism, Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira), sistema criado pela União Europeia para taxação de produtos com base em suas emissões de carbono. “Faz sentido pensar ‘eu estou punindo os meus emissores com taxação ou crédito regular de carbono, enquanto outros países não estão punindo seus emissores e, portanto, têm um custo menor’. Mas o que nos preocupa é que esse instrumento pode ser usado em estratégia de protecionismo comercial. Não podemos usar instrumentos tão importantes como os que visam a proteção ambiental, a mitigação de emissões, com finalidade meramente desglobalizante”, pontuou Guilherme Mello.

O secretário defendeu a criação de um grupo de países com mercado de carbono regulado sob critérios e metodologias comuns que experimente um controle de fronteiras não protecionista. Segundo Mello, o Brasil, a partir de agora, vai exercitar e calibrar o mercado de carbono, atento às práticas internacionais.

Assista ao Fórum Valor Mercado de Carbono no Brasil, realizado nesta segunda-feira, em São Paulo, com a participação do secretário de Política Econômica do MF, Guilherme Mello:
https://youtu.be/1sumJdXMm5M

FONTE: Ministério da Fazenda
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/brasil-ja-se-prepara-para-o-mercado-global-de-carbono

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BC participa de projeto do BIS que viabilizará o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio da interoperabilidade de open finance

O Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) está lançando o Projeto Aperta (“aberto” em latim), com vistas a explorar como reduzir fricções e custos nas finanças globais, ao permitir compartilhamento transfronteiriço de dados de forma contínua.
O projeto busca conectar infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições. O caso de uso inicial a ser explorado é o financiamento do comércio internacional (trade finance) para pequenas e médias empresas (PME), com várias outras aplicações a seguir.
Por que o Projeto Aperta?
Negócios baseados em trade finance enfrentam diversos desafios quando utilizam produtos financeiros que facilitam o comércio, tais como cartas de crédito, seguro de crédito comercial e financiamento a cadeias produtivas. Os processos costumam ser ineficientes e dispendiosos devido ao excesso de burocracia manual e à ausência de portabilidade digital de dados. A digitalização do trade finance pode promover o crescimento econômico sustentável e apoiar a estabilidade financeira, contribuindo para a resiliência do sistema financeiro global.
Por volta de 70 jurisdições atualmente regulamentam o open finance com variadas abordagens, sendo o open banking um subconjunto. Esses ecossistemas de open finance normalmente operam com diferentes padrões e protocolos domésticos, impedindo o regular fluxo transfronteiriço de dados. Contudo, as tecnologias baseadas em interfaces de programação de aplicação (application programming interfaces – APIs) têm o potencial de melhorar significativamente o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio desses ecossistemas já existentes, uma vez que o verdadeiro valor reside na facilitação dos fluxos internacionais de dados.
Algumas jurisdições começaram a adotar o compartilhamento transfronteiriço de dados através de acordos bilaterais, mas isso acarreta risco de causar fragmentação no escopo, nos padrões e nas soluções. Tal fragmentação, por sua vez, reduz a interoperabilidade e a escalabilidade, ao mesmo tempo que aumenta a complexidade geral. É essencial concentrar-se em evitar a fragmentação e promover a interoperabilidade.
É neste ponto que o Projeto Aperta pode desempenhar um papel fundamental para preencher esta lacuna.
O que é o Projeto Aperta
O Projeto Aperta é um protótipo de rede multilateral de interoperabilidade transfronteiriça, que conecta as infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições, permitindo um compartilhamento de dados financeiros de forma segura, criptografada de ponta a ponta, consentida pelo consumidor, e sem interrupções, por meio de APIs. Isso permite que instituições financeiras e demais instituições participantes desses ecossistemas possam estabelecer confiança mútua transfronteiriça e compartilhar dados em um ambiente seguro de ponta a ponta.
Como funciona o Projeto Aperta
O Projeto Aperta fornecerá um mecanismo inovador para interoperabilidade global, oferecendo harmonização de recursos, funcionalidades, casos de uso, protocolos de segurança, procedimentos operacionais e estruturas de confiança para open finance em diversas jurisdições. Nesta fase inicial, as jurisdições participantes incluem Brasil, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Hong Kong RAE. Os participantes possuem diferentes abordagens para open finance – variando de modelos liderados pela regulação, híbridos a modelos liderados pelo mercado.
A natureza multilateral do Projeto Aperta permitirá que uma instituição – como um banco, fintech, ou outro tipo de instituição – em uma jurisdição se conecte perfeitamente com instituições em outras jurisdições. Isto facilitará a troca de informações, como dados de pagamento e de conta, cartas de crédito ou conhecimentos de embarque eletrônicos (electronic bills of lading).
Quais são os casos de uso para o protótipo?
O protótipo habilitará o compartilhamento transfronteiriço de:
• dados da conta do consumidor e do negócio para um banco no exterior para abrir uma nova conta lá mais rapidamente
• dados de trade finance relacionados a transportes para reduzir significativamente os custos e aumentar a velocidade do comércio internacional
Quem está envolvido no Projeto Aperta?
O Projeto Aperta é uma colaboração entre o BIS Innovation Hub Hong Kong Centre, o Banco Central do Brasil, o Central Bank of the United Arab Emirates, a Financial Conduct Authority do Reino Unido, a Hong Kong Monetary Authority, a Global Legal Entity Identifier Foundation, a International Chamber of Commerce Digital Standards Initiative, e a Hong Kong University Standard Chartered Foundation FinTech Academy.
FONTE: Banco Central do Brasil
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20464/nota
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