Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios

Argentina consolida superávit comercial pelo décimo terceiro mês consecutivo

As exportações aumentaram 33,4%, mas os preços registraram queda generalizada. Nas importações, veículos e bens de capital foram os setores que mais cresceram.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), em dezembro de 2024, a Argentina fechou o ano com uma troca comercial que somou US$ 12.405 milhões. Isso representou um aumento de 30,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento é dividido em aumento das exportações para um total de US$ 7,035 milhões e importações que atingiram US$ 5,369 milhões. A balança comercial continuou com superávit, atingindo US$ 1,666 bilhão, o que marca o décimo terceiro mês consecutivo de resultados positivos.

As exportações argentinas em dezembro de 2024 cresceram 33,4% em relação ao mesmo mês de 2023, com um aumento de US$ 1.762 milhões. Este avanço foi impulsionado principalmente por um aumento de 39,3% nas quantidades exportadas, enquanto os preços tiveram uma queda de 4,2%. Em termos com ajuste sazonal, as vendas externas aumentaram 0,6% em relação a novembro de 2024.

Os setores que se destacaram nesse crescimento foram Matérias-Primas Agrícolas (MOA) e Materiais de Origem Industrial (MOI). As exportações da MOA atingiram US$ 2,431 milhões. Houve um crescimento de 36,7% devido ao aumento significativo das quantidades exportadas. Isso se refletiu especialmente nas gorduras e óleos, que registraram aumento de US$ 320 milhões. Além disso, os resíduos e resíduos da indústria alimentícia tiveram um aumento de US$ 182 milhões.

O setor MOI também apresentou bons resultados, com aumento de 26,4% nas exportações, chegando a US$ 2.216 milhões. As vendas de equipamentos de transporte terrestre foram as de maior destaque, com crescimento de US$ 274 milhões.

Já as exportações de produtos primários (PP) somaram US$ 1.356 milhões, com aumento de 32,6% puxado pelos cereais. Enquanto os produtos químicos e da indústria alimentícia (S&E) cresceram 43,6% devido ao aumento de 60,3% nas quantidades exportadas, apesar da queda dos preços.

Importações: aumento moderado

As importações em dezembro de 2024 atingiram US$ 5.369 milhões, o que representa um aumento de 26,2% em relação ao último mês de 2023. Esse aumento foi impulsionado por um aumento de 36,9% nas quantidades importadas, enquanto os preços caíram 7,3%.

Os bens de capital (BK) foram os que mais cresceram, com aumento de 84,9%, principalmente devido à compra de equipamentos de transporte industrial e computadores e telefones. Os veículos motorizados também registaram aumentos significativos, especialmente os destinados ao transporte de pessoas.

No entanto, nem todos os setores apresentaram aumentos. As importações de combustíveis e lubrificantes processados (CyL) caíram 42,9%. Por outro lado, bens intermediários (BI), que incluem produtos para a indústria, recuaram 2,6%, destacando-se queda na compra de alimentos e bebidas básicos para a indústria.

O impacto da soja e da indústria automotiva nas exportações líquidas

Um olhar mais atento às exportações líquidas das principais commodities mostra que a soja continua sendo um pilar fundamental da balança comercial da Argentina. Em dezembro de 2024, as exportações líquidas de soja (incluindo feijão, óleo e farelo) atingiram superávit de US$ 1,321 bilhão. Claramente, um aumento significativo em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No setor automotivo, as exportações líquidas foram negativas, com déficit de US$ 240 milhões, apesar do aumento das vendas externas de veículos. O défice foi causado principalmente por um aumento mais acentuado das importações neste sector, especialmente veículos de transporte de passageiros.

Quanto aos combustíveis, as exportações líquidas apresentaram saldo positivo de US$ 728 milhões, superior ao superávit registrado em dezembro de 2023, o que reforça a posição da Argentina como exportadora líquida de energia.

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Indústria bate recorde e exporta US$ 181,9 bilhões em 2024

Os setores de alimentos, de metalurgia e de automóveis foram responsáveis por 56,7% das exportações da indústria de transformação no ano passado.

Uma boa notícia: as exportações de bens da indústria de transformação brasileira alcançaram o patamar recorde de US$ 181,9 bilhões em 2024, com um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior de 2023.

O resultado é destaque na Nota Técnica: Desempenho da Balança Comercial Brasileira em 2024, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que analisou os dados da balança comercial recentemente divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O recorde foi motivado pelas exportações de bens de consumo não duráveis e semiduráveis, que cresceram 11% em relação a 2023.

Os setores de alimentos, de metalurgia e de automóveis foram responsáveis por 56,7% das exportações da indústria de transformação no ano passado. Os bens do setor de alimentos foram os mais exportados, representando 36,6% das exportações industriais ao vender US$ 66,5 bilhões em 2024, ou seja, 6,5% a mais do que no ano anterior. O resultado segue a tendência registrada na última década.

Em relação às importações, mesmo em um cenário de desvalorização cambial, as compras externas de bens da indústria de transformação cresceram 9,3% em relação a 2023. De acordo com a análise da CNI, essas compras foram influenciadas pela aquisição de bens intermediários (US$ 151,1 bilhões) e bens de capital (US$ 35,7 bilhões), um resultado do desempenho positivo da atividade produtiva brasileira. Setores como químicos, equipamentos eletrônicos e máquinas e equipamentos concentraram 43,6% das importações.

“O desempenho da indústria de transformação em 2024 ressalta a importância das exportações industriais para impulsionar o crescimento econômico e fortalecer a competitividade do Brasil. Diante do contexto atual, em que diversos desafios se intensificam, será ainda mais crucial fortalecer a agenda de inserção internacional estratégica, com impacto direto no desenvolvimento da economia brasileira”, afirma a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.

O levantamento também destaca que em 2024 o Brasil teve um superávit – resultado positivo entre o valor exportado e o importado – de US$ 74,6 bilhões, o segundo maior da série histórica, iniciada em 2002.

As exportações totais registraram US$ 337 bilhões, impulsionadas por bens como café, açúcares e melaços, carne bovina, óleos de petróleo, celulose e aeronaves. Já as importações alcançaram US$ 240,8 bilhões em 2024, com altas em produtos como automóveis, aeronaves e suas peças e equipamentos elétricos.

Em 2024 não houve mudança em relação aos principais parceiros da indústria de transformação brasileira. Os Estados Unidos e a União Europeia ainda são os primeiros destinos das exportações, seguidos por Mercosul, China e México. Só os EUA representaram 17,4% das vendas externas no último ano, enquanto os blocos, juntos, somaram 22,6% das exportações no mesmo período.

Em relação às importações de bens industriais, a China teve o maior aumento em 2024 e segue como principal fornecedor do Brasil. Também houve aumento de importações de bens da União Europeia e dos EUA.

FONTE: Diário Nordeste
Indústria bate recorde e exporta US$ 181,9 bilhões em 2024 – Egídio Serpa – Diário do Nordeste

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Agronegócio, Economia, Informação, Mercado Internacional, Navegação, Negócios

Por que o canal do Panamá voltou a ser destaque na imprensa mundial?

Hidrovia que interliga os oceanos Pacífico e Atlântico é importante para economia

O Canal do Panamá, uma via artificial com 77,1 km de extensão, foi construído em 1914. As obras foram iniciadas pelos franceses e finalizadas pelos americanos uma década depois.

Idealizado para reduzir o tempo de viagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o canal evitava a perigosa rota do Cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, que incluía a travessia pela passagem de Drake ou pelo estreito de Magalhães. Atualmente, a travessia pelo canal leva cerca de 20 horas.

Ao longo de sua história, o canal foi administrado por colombianos, franceses e estadunidenses. Em 1977, foi assinado o Tratado Torrijos-Carter, que estabeleceu o controle conjunto das operações entre os Estados Unidos e o Panamá. Somente em 1999 a hidrovia passou a ser administrada exclusivamente pelo governo panamenho.

A última medição oficial, realizada em 2008, apontou que 309,6 milhões de toneladas foram movimentadas no canal, com cerca de 815 mil embarcações passando por ali. Desde que assumiu sua gestão, o Panamá implementou diversas melhorias na infraestrutura do canal.

Recentemente, o Canal do Panamá voltou a ser destaque na imprensa mundial devido a declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele sugeriu a possibilidade de retomar o controle das operações do canal, chegando a mencionar o uso de força militar. Trump alega que a China estaria exercendo influência sobre as operações locais.

Para entender melhor o contexto e a importância do canal no comércio global, conversei com Jackson Campos, especialista em comércio exterior, que esclareceu os desafios e as implicações desse momento.

Jackson Campos, especialista em comércio exteriorFoto cedida : Jackson Campos

Mundo Agro: Qual a importância do canal do Panamá?

Jackson Campos: Desde que foi inaugurado há mais de 100 anos, o canal do Panamá une os oceanos Atlântico e Pacífico em um complexo sistema de eclusas, que permitem que os navios economizem 20 mil km de viagem, permitindo que navios de todos os tipos cheguem rapidamente de um lado a outro.

Mundo Agro: Antes desse canal, como era feita a comercialização de toda carga? Após a criação do canal, agilizou o processo e barateou os custos?

Jackson Campos: Antes do canal havia duas formas de chegar de um lado a outro: dando a volta pelo hemisfério sul ou transbordando a carga entre o Atlântico e Pacífico através da terra no Panamá, atravessando de carros de boi os quase 80 km de extensão, o que levava dias. A inauguração o processo ficou muito ágil (menos de 10 horas por embarcação) e ajudou muitos os Estados Unidos com seus navios de guerra na Segunda Guerra Mundial.

Mundo Agro: Por que os EUA querem voltar a controlar esse canal estratégico? Isso será bom?

Jackson Campos: Segundo o presidente eleito Donald Trump, o Panamá (responsável pelo canal desde 1999) cobra taxas (tarifas) absurdas dos passantes. O valor do pedágio é calculado com base no valor da carga transportada. O custo médio da passagem de um navio fica em torno de US$ 250 mil (podendo chegar a US$ 400 mil, dependendo do tamanho da embarcação), ou, ainda, um custo médio de US$ 8,73 por tonelada de carga movimentada. Não há como saber que, com os Estados Unidos assumindo o canal, qual será o custo cobrado por eles. Contudo, provavelmente a estratégia seria privilegiar cargas para ou dos Estados Unidos e cobrar a diferença de outros países. Mesmo o pedágio sendo pago por navio e não por carga, o que tornaria essa teoria fraca, já que os navios dificilmente possuem bandeira americana.

FONTE: Noticia R7
Por que o canal do Panamá voltou a ser destaque na imprensa mundial? – Noticias R7

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Argentina implementa medidas para dolarização e mantém juros

(Bloomberg) — O banco central da Argentina anunciou que os intermediários de pagamento terão que habilitar transações com cartão de débito em moeda americana até 28 de fevereiro, marcando um passo importante na promessa do presidente Javier Milei de dolarizar a economia.

O banco também desenvolveu um programa para permitir que as pessoas realizem pagamentos parcelados em dólares ou pesos. A medida visa “fortalecer a competição cambial para permitir que pessoas e negócios utilizem a moeda que desejarem em suas transações diárias”, de acordo com um comunicado do banco central divulgado nesta quinta-feira.

Separadamente, o banco decidiu manter sua taxa de juros inalterada em 32% nesta quinta-feira, frustrando as crescentes apostas dos investidores em um novo corte nos juros, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto. A Bloomberg Línea foi a primeira a noticiar a decisão sobre a taxa básica de juros nesta quinta-feira.

Os mercados financeiros esperavam uma redução da taxa após a desaceleração da inflação anual em dezembro e a decisão do banco central de reduzir a taxa de depreciação mensal da moeda oficial de 2% para 1%.

O ministro da Economia, Luis Caputo, acrescentou em um post no X que, a partir de sexta-feira, empresas poderão exibir etiquetas de preços de bens e serviços em dólares ou em outras moedas estrangeiras, junto com o custo em pesos.

Durante sua campanha presidencial, Milei prometeu incentivar a competição entre moedas na segunda maior economia da América do Sul, em um plano amplamente conhecido como “dolarização”. A proposta gerou críticas da oposição porque era vista como impossível em meio à escassez de dólares. No entanto, o anúncio desta quinta-feira aponta na direção da promessa de Milei.

A Argentina ainda mantém uma série de controles cambiais e de capitais. Milei prometeu eliminar essas restrições este ano, o que pode forçar o banco central a oferecer taxas de juros mais atrativas para evitar uma possível corrida cambial.

O Fundo Monetário Internacional, de quem a Argentina espera obter mais empréstimos para ajudar a eliminar os controles, há muito defende taxas de juros bem acima da inflação.

Dados do governo divulgados na terça-feira mostraram que os preços subiram 2,7% em dezembro em relação a novembro, o terceiro mês consecutivo abaixo de 3% e em linha com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Bloomberg. A inflação anual recuou para 117,8%, abaixo de um pico de quase 300% no ano passado.

O banco central já reduziu as taxas de juros oito vezes desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, quando os juros eram de 133%. Essa estratégia se tornou uma das partes mais heterodoxas da estratégia de Milei para desacelerar a inflação.

 FONTE: Bloomberg L.P.
Argentina implementa medidas para dolarização e mantém juros – Bloomberg

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Greve: Auditores-Fiscais farão Semana da Mobilização Total a partir desta segunda-feira (20)

Em greve por tempo indeterminado desde o dia 26 de novembro, os Auditores-Fiscais da Receita Federal realizarão, entre os dias 20 e 24 de janeiro, a Semana da Mobilização Total. As ações foram definidas durante reunião realizada na tarde desta sexta-feira (17) pelo Comando Nacional e Mobilização (CNM) e Direção Nacional.

A Semana da Mobilização Total será marcada por diversas ações, tanto nas aduanas quanto nos tributos internos. Durante toda a semana se fará desembaraço zero em todas as zonas primárias, exceto cargas vivas, perecíveis e medicamentos, em respeito à legislação, além de operações nas bagagens dos aeroportos. Na terça-feira (21), às 14h30, será realizado o webinar “Sindifisco Mobiliza”, com transmissão ao vivo pela TV Sindifisco. O webinar será comandado pelo presidente do sindicato, Auditor-Fiscal Dão Real, com participação do coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Marcus Dantas.

Na quarta e na quinta-feira (dias 22 e 23), haverá caravanas às unidades aduaneiras do Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão e porto seco), Foz do Iguaçu (Ponte da Amizade e porto seco), Uruguaiana e Recife. Na quinta-feira (23), os Comandos Locais de Mobilização e as Delegacias Sindicais visitarão as Delegacias da Receita Federal, onde realizarão cafés da manhã, reuniões de mobilização e cobrança da entrega de cargos dos titulares de unidades

Fonte: Sindafisco
https://www.sindifisconacional.org.br/greve-auditores-fiscais-farao-semana-da-mobilizacao-total-a-partir-desta-segunda-feira-20/

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Novo passo na Reforma Tributária garante sustentabilidade e empregos de qualidade para o Novo Brasil

Lei sancionada consolida avanços do Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quinta-feira (16/1) ,o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a maior parte da Reforma Tributária sobre o consumo, instituída pela Emenda Constitucional (EC) 132, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023. Com a sanção, o PLP foi transformado na Lei Complementar (LC) 214/2025, publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Durante o evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o impacto histórico da medida: “Não será perceptível amanhã ou depois de amanhã, mas tenho certeza de que esse é o maior legado econômico que o senhor [presidente Lula] entregará ao povo brasileiro.” Haddad acrescentou: “Estamos plantando hoje um país mais justo, eficiente e com um horizonte muito mais amplo.”

A mudança é considerada um marco para a economia brasileira, permitindo a transição de um dos sistemas tributários mais complexos do mundo para um modelo moderno, digitalizado e automatizado. O novo sistema simplifica a cobrança de impostos, desonera exportações e investimentos e estimula a produção nacional com maior valor agregado, o que pode gerar produtos tecnologicamente mais sofisticados e empregos melhor remunerados.

Transformação Ecológica

O Projeto de Lei foi construído alinhado com os pilares do Novo Brasil, Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda, que tem três objetivos centrais:

  1. Adensamento tecnológico e geração de empregos de alta qualidade;
  2. Sustentabilidade ambiental; e
  3. Redução das desigualdades sociais e regionais.

A Reforma  alinha o sistema tributário brasileiro a estes objetivos, em um movimento que iniciou com a promulgação da Emenda Constitucional n° 132, de dezembro de 2023, que aprovou a Reforma Tributária sobre o consumo. Agora em sua regulamentação, novas medidas foram incorporadas para que os objetivos do Plano de Transformação Ecológica sejam alcançados.

Empregos de qualidade e aumento da produtividade

No âmbito do adensamento tecnológico e aumento da produtividade o texto prevê:

  • Não cumulatividade de impostos em cadeias produtivas, desonerando bens de capital e investimentos, inclusive em serviços empregados na atividade, o que estimula o uso intensivo de mão de obra qualificada;
  • Simplificação e digitalização do sistema tributário possibilitando que empresas direcionem esforços para inovação e geração de riqueza, em vez de lidarem com complexas conformidades fiscais.

Sustentabilidade e incentivo à economia verde

Na área ambiental, a reforma traz avanços significativos:

  • Criação do Imposto Seletivo (IS), que incide sobre produtos e processos nocivos ao meio ambiente ou à saúde pública;
  • Incentivos fiscais para biocombustíveis, com o objetivo de reduzir emissões de carbono;
  • Estímulos à economia circular, como a concessão de créditos presumidos para empresas que adquirirem materiais recicláveis de pessoas físicas ou cooperativas de catadores;
  • Redução de 60% na alíquota padrão para produtos florestais, inclusive para serviços ambientais, garantindo estímulos econômicos à regeneração de florestas e outros biomas.

Redução de desigualdades com cashback tributário

Alinhada ao objetivo de combater desigualdades, a Reforma introduz o cashback, mecanismo que devolve parte dos impostos recolhidos às famílias de baixa renda. O sistema corrige a regressividade histórica do modelo tributário brasileiro, que penaliza os pobres.

“O cashback é essencial para a progressividade. Ele devolve impostos diretamente às famílias de renda mais baixa, sem intermediários”, explicou Rodrigo Orair, diretor de programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária (SERT). “Estamos falando de quase 30 milhões de famílias no Cadastro Único, o que representa 73 milhões de pessoas, incluindo 55% das crianças na primeira infância.”

Com a sanção da nova lei, o Brasil dá um passo decisivo para modernizar sua economia, fortalecer a justiça social e adotar práticas mais sustentáveis, consolidando as bases de um futuro mais próspero, justo e inclusivo.

FONTE: MF.gov.br
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Economia, Finanças, Gestão, Industria, Informação, Negócios, Tributação

Sancionado o primeiro projeto de regulamentação do novo sistema de tributação do consumo

Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que institui a CBS e o IBS, é publicado como Lei Complementar 214/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (16/1) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68, de 2024, que regulamenta a maior parte da Reforma Tributária do consumo, instituída pela Emenda Constitucional (EC) 132, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023. Com a sanção, o PLP 68 foi transformado na Lei Complementar (LC) 214/2025,  publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira.

A lei sancionada regulamenta a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributos de alçada da União, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a ser gerido por estados, Distrito Federal e municípios, e o Imposto Seletivo (IS), de natureza extrafiscal e regulatória, voltado ao desestímulo do consumos de produtos noviços à saúde e ao meio ambiente. O modelo da CBS e do IBS é o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), adotado pela quase totalidade do países e que alinha o Brasil ao que se pratica de mais moderno no mundo em termos de tributação do consumo. O texto da lei tem 544 artigos. O presidente Lula vetou apenas 14 itens, distribuídos em 17 dispositivos. Confira a lista dos vetos.

Quase quatro décadas de discussões

Fundamental para o crescimento da economia brasileira e melhoria do ambiente de negócios, a reforma da tributação sobre os chamados impostos indiretos vinha sendo discutida desde a Assembleia Nacional Constituinte de 1988, sem gerar resultados práticos. A reforma substitui PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por apenas dois tributos.

Estamos plantando hoje um país muito mais justo, muito mais eficiente, com um horizonte muito mais amplo”, Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Além da simplificação na forma de pagar e arrecadar tributos no Brasil, o novo sistema trará, entre outros benefícios, mais segurança jurídica, ao reduzir a litigiosidade; melhoria no ambiente de negócios, com a desoneração de investimentos e exportações por meio da não cumulatividade plena, princípio que possibilita a efetiva recuperação de créditos tributários ao longo da cadeia de produção; e mais justiça tributária, ao elevar a progressividade do sistema, ou seja, aqueles que ganham mais pagando mais e aqueles que ganham menos pagando menos, ao contrário do que ocorre hoje, em que a regressividade é uma das principais características da tributação do consumo. O processo de transição para as novas regras começa a partir de 2027, com a entrada em vigor da CBS.

Transição

“Esse tempo é para preparar a sociedade brasileira, os empresários, os investidores a se adequarem à nova ordem tributária deste país”, ressaltou o presidente Lula sobre a transição para o novo modelo. O presidente fez um agradecimento especial ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. “Quando tudo parecia impossível, a gente via uma votação”, disse Lula ao se referir à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, ao longo de 2023, e ao PLP 68, em 2024.

O ministro Fernando Haddad afirmou, fazendo uma referência direta ao presidente: “Não vai ser perceptível a mudança amanhã ou depois de amanhã, mas eu tenho certeza de que esse é o maior legado da economia que o senhor vai entregar para a população brasileira”. Haddad observou: “Estamos plantando hoje um país muito mais justo, muito mais eficiente, com um horizonte muito mais amplo”.  

“Uma revolução”

Barnard Appy enfatizou o caráter histórico da sanção presidencial. “É um dia histórico no processo de aprovação da Reforma Tributária, que é um tema que o Brasil vem discutindo desde a Constituinte de 1988”, afirmou. “Todos sabem que nós tínhamos que mudar um sistema tributário extremamente ineficiente e injusto que nós temos no Brasil hoje”, disse.

É um dia histórico no processo de aprovação da Reforma Tributária, que é um tema que o Brasil vem discutindo desde a Constituinte de 1988. Todos sabem que nós tínhamos que mudar um sistema tributário extremamente ineficiente e injusto que nós temos no Brasil hoje”, Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária

Appy destacou a importância do trabalho conjunto da sociedade civil, das três esferas do Executivo e do Congresso Nacional para que a reforma avançasse. Um dos idealizadores da PEC 45/2019, quando atuava no Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), Appy frisou a importância de a proposta ter sido encampada pelo Parlamento – a PEC foi apresentada pelo então deputado Baleia Rossi (MDB-SP) – e ter sido priorizada pelo novo governo, com envolvimento pessoal do presidente Lula e do ministro Haddad.

“A Reforma Tributária só andou porque foi resultado de uma ação conjunta”, reiterou Appy, relembrando a  participação de estados e municípios nos trabalhos de regulamentação da reforma durante o Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação do Consumo (PAT-RTC), criado no início de 2024 pelo Ministério da Fazenda e coordenado pela Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária (Sert). “É uma revolução que nós estamos fazendo no sistema tributário brasileiro”, definiu Appy.

FONTE: MF gov.br
Sancionado o primeiro projeto de regulamentação do novo sistema de tributação do consumo — Ministério da Fazenda

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Agro paulista registra alta de 5,8% nas exportações em 2024.

Complexo sucroalcooleiro correspondeu por 40% das exportações do estado; China permaneceu como o principal destino, apesar de queda de quase 20% no valor total São Paulo tem superávit de R$ 150 bi em exportações agropecuárias em 2024.

As exportações do agronegócio de São Paulo registraram alta de 5,8% em 2024, alcançando um superávit de R$ 150 bilhões, conforme dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento publicados pela Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios). As exportações do setor somaram R$ 184,7 bilhões, um aumento de 6,8% em relação a 2023. A cifra corresponde a 43,2% das exportações totais do estado e 18,6% do agronegócio brasileiro. Já as importações totalizaram R$ 34 bilhões, com um crescimento de 11,9%. PRINCIPAIS PRODUTOS Destaque para o complexo sucroalcooleiro, com 40,1% de participação no agro paulista com R$ 74,16 bilhões. O etanol e açúcar representaram 7,0% e 93,0%, respectivamente. O segmento de carnes ocupou a 2ª posição, com 11,6% de participação e US$ 3,57 bilhões em receita.

Em seguida, os produtos florestais responderam por 10,2% das exportações, com US$ 3,14 bilhões. A celulose foi o principal produto, representando 54,9% do setor, seguida pelo papel, com 37,4%. O setor de sucos alcançou uma participação de 9,6%, totalizando US$ 2,95 bilhões, com o suco de laranja liderando as exportações, respondendo por 98,1% do valor embarcado. O complexo soja, que fecha a lista dos cinco principais grupos exportados, representou 7,4% do total, com exportações de US$ 2,27 bilhões, sendo a soja em grão responsável por 78,9% desse montante.

Esses grupos responderam por 78,9% das exportações setoriais paulistas. O café, que ocupou a 6ª posição, manteve sua relevância no mercado internacional, com vendas totais de US$ 1,28 bilhão. Em 2024, em relação ao ano anterior, os principais grupos de produtos da pauta paulista apresentaram variações expressivas nos valores exportados. Os setores de café (+42,9%), sucos (+29,7%), produtos florestais (+16,3%), carnes (+13,4%) e o complexo sucroalcooleiro (+11,6%) registraram crescimento. Essas mudanças nas receitas de exportação refletem tanto a oscilação de preços quanto o volume das mercado.

Esses grupos responderam por 78,9% das exportações setoriais paulistas. O café, que ocupou a 6ª posição, manteve sua relevância no mercado internacional, com vendas totais de US$ 1,28 bilhão.

Em 2024, em relação ao ano anterior, os principais grupos de produtos da pauta paulista apresentaram variações expressivas nos valores exportados. Os setores de café (+42,9%), sucos (+29,7%), produtos florestais (+16,3%), carnes (+13,4%) e o complexo sucroalcooleiro (+11,6%) registraram crescimento. Essas mudanças nas receitas de exportação refletem tanto a oscilação de preços quanto o volume das mercadorias embarcadas.

DESTINOS

A China permaneceu como o principal mercado do agro paulista, com R$ 35,57 bilhões, apesar de uma queda de 19,1% no valor total. A União Europeia ocupou o 2º lugar, com R$ 23,45 bilhões, seguida pelos Estados Unidos, que registraram R$ 20,8 bilhões e apresentaram alta de 21,5% em comparação ao ano anterior.

FONTE: Poder360
Agro paulista registra alta de 5,8% nas exportações em 2024

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FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025

Projeção do Fundo agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas nesta sexta-feira.

Na revisão de seu relatório “Perspectiva Econômica Global”, o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 para 3,7%. A previsão anterior, de outubro, era de 3,0%.

A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central do Brasil (BC), de 3,5%.

O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%.

O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março.

No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.

A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central.

Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária.

Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação.

No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente.

Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026.

Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração.

A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%.

“Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024”, disse o FMI.

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Economia, Gestão, Informação, Investimento, Negócios, Tecnologia, Tributação

Reforma Tributária: As áreas-chave que sofrerão grandes mudanças e como se adaptar

Reforma Tributária em curso promete transformar diferentes esferas da economia, incluindo o mercado de trabalho.

Espera-se que muitas profissões precisem adaptar suas habilidades e adotar novas tecnologias, o que poderá resultar em uma melhora ou até em um declínio nas carreiras existentes. Jorge Martínez Jr., empresário contábil e sócio da HB Realiza Contabilidade, identifica cinco áreas particularmente afetadas por essa reforma. O conhecimento dessas mudanças é essencial para aqueles que desejam compreender como suas carreiras podem ser atingidas.

Como a Reforma Tributária Afetará a Área Jurídica?

A reforma implica modificações significativas na constituição, abrangendo leis complementares, ordinárias e regulamentares. Para os advogados tributários, isso representa um novo ponto de partida. A necessidade de interpretação dos textos legislativos, sem precedentes estabelecidos, será fundamental, diferenciando os profissionais mais qualificados de seus pares.

Qual o Impacto no Planejamento Tributário e Financeiro?

A Reforma Tributária trará desafios e oportunidades para o planejamento tributário e financeiro das empresas. Com as novas legislações, haverá uma crescente demanda por profissionais especializados, que buscarão garantir o uso eficiente do capital e o cumprimento das novas exigências fiscais. As empresas precisarão ajustar suas estratégias de negócios para priorizar investimentos que tragam benefícios fiscais e melhorias operacionais.

Transformações na Contabilidade com a Reforma

  • A reforma visa simplificar processos e reduzir a burocracia, mas pode gerar confusões durante sua implementação.
  • Contadores precisarão adotar uma postura mais estratégica, atualizando-se para evitar práticas tributárias desatualizadas.
  • Consultores fiscais e tributários terão papel fundamental no suporte às empresas nesse período de transição.

A Tecnologia como Aliada na Nova Realidade Tributária

  • A demanda por profissionais de tecnologia, como desenvolvedores e especialistas em segurança digital, aumentará.
  • Empresas que ainda não implementaram sistemas automatizados de gestão tributária terão que se adaptar rapidamente.
  • A utilização de tecnologia será essencial para evitar erros tributários dispendiosos e manter a competitividade no novo cenário.

Gestão de Pessoas e os Novos Desafios da Reforma Tributária

A reforma não trará apenas a redução de impostos, mas uma equiparação que pode aumentar os custos em determinados setores. Desafios como antecipação de mudanças, monitoramento constante e comunicação clara serão fundamentais na gestão de pessoas, para que as empresas consigam equilibrar a carga tributária sem comprometer a atração e retenção de talentos.

As transformações trazidas pela Reforma Tributária exigirão das empresas e profissionais uma atitude proativa, focada em atualização contínua e inovação na forma de lidar com os novos desafios econômicos e legais.

FONTE: Terra Brasil Notícia
Reforma Tributária: As áreas-chave que sofrerão grandes mudanças e como se adaptar – Terra Brasil Notícias

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