Comércio Exterior

Balança comercial 1: EUA, Oriente Médio e África puxam alta do saldo comercial

Houve um aumento nas exportações para os Estados Unidos, mas o fluxo de comércio caiu. Assim como em relação à União Europeia.

O saldo comercial brasileiro aumentou em US$ 692 milhões nos 12  meses até setembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
Estados Unidos, Oriente Médio e África lideraram as altas, enquanto as maiores quedas vieram da Rússia e do Mercosul.

China continua o maior destino das exportações brasileiras, seguida pela União Europeia e Estados Unidos.

Já as maiores importações são dos três países.

E o saldo comercial maior é da Ásia e do Oriente Médio.

A cada mês, mais aumenta a participação da China nas exportações, importações e no fluxo de comércio.

Houve um aumento nas exportações para os Estados Unidos, mas o fluxo de comércio caiu.

Assim como em relação à União Europeia.

EUA, Oriente Médio e África puxam alta do saldo comercial (jornalggn.com.br)

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Exportação

Número de empresas brasileiras que exportam aos EUA bate recorde, aponta estudo do MDIC

Quase 10 mil companhias do país fizeram negócios com os Estados Unidos em 2023

O total de empresas do Brasil que exportam para os Estados Unidos bateu um recorde histórico.

Em 2023, 9.533 companhias nacionais venderam produtos ao país norte-americano, e a maioria deles são itens de maior tecnologia. O total de empresas do Brasil que exportam para os Estados Unidos bateu um recorde histórico. Em 2023, 9.533 companhias nacionais venderam produtos ao país norte-americano, e a maioria deles são itens de maior tecnologia.
O levantamento mostrou ainda que as empresas que exportam aos EUA pagam melhores salários aos funcionários e empregam mais mulheres, na comparação com companhias que vendem a outros países.

“Nunca na história tantas empresas exportaram para um único destino quanto exportaram no ano passado para os Estados Unidos”, diz Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC. “Isso é algo que interessa porque ampliar a base exportadora do Brasil é um objetivo do governo federal”, prossegue.

Em 2000, havia 4.664 empresas brasileiras exportando aos EUA. Em 2005, este número atingiu 8.023, mas houve queda nos anos seguintes, em parte por causa da crise financeira americana. A retomava veio a partir de 2013 e ganhou mais força nos últimos cinco anos, com crescimento contínuo desde 2018, até chegar aos atuais 9.953.

Como comparação, 11.253 empresas brasileiras exportam para países do Mercosul, 8.498 para a União Europeia e 2.847 vendem para a China.

200 anos de relações

Neste ano, Brasil e EUA completam 200 anos de relações bilaterais. Em 2009, os Estados Unidos perderam o posto de maior importador de produtos brasileiros para a China, mas permanece como o maior comprador de produtos industrializados brasileiros e é o segundo maior parceiro comercial do país.

Em 2023, os Estados Unidos compraram US$ 29,9 bilhões em produtos manufaturados brasileiros, como aeronaves, aço, máquinas para construção e mineração, motores e geradores. Além disso, o país exporta muito café em grão e suco de laranja aos EUA.

“Os produtos cujas exportações brasileiras para os Estados Unidos mais cresceram de janeiro a agosto desse ano são café, celulose e carne, mas também aeronaves e máquinas de energia elétrica. Nos chama a atenção o crescimento em universos de produtos que são muito diferentes”, diz Prazeres.

Abraão Neto, CEO da Amcham Brasil, aponta que, além do aumento de negócios com produtos manufaturados, há um momento promissor no setor de serviços e de investimentos americanos no Brasil.

“Temos percebido uma movimentação bastante promissora nos investimentos bilaterais. Percebemos fortes evidências de um novo ciclo de investimentos americanos no Brasil, em áreas como energia, sustentabilidade e tecnologia”, diz Neto.

O estudo aponta ainda que empresas brasileiras que exportam aos Estados Unidos geram 3,2 milhões de empregos no Brasil, número 22,5% maior em relação a 2008. A remuneração média nestas empresas é de R$ 4.588 mensais, número 16,2% maior do que na comparação com a China.

https://exame.com/economia/numero-de-empresas-brasileiras-que-exportam-aos-eua-bate-recorde-aponta-estudo-do-mdic/amp/

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Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação

RS exporta US$ 13,1 bi entre janeiro e agosto

Valor foi impactado pelos eventos meteorológicos de abril e maio

Entre janeiro e agosto de 2024, a soma das exportações do Rio Grande do Sul atingiu a marca de US$ 13,1 bilhões, uma diminuição de US$ 1,4 bilhão, em termos absolutos, em relação ao mesmo período do ano passado. A queda nas exportações está associada, principalmente, às consequências dos eventos meteorológicos extremos que atingiram em abril e maio. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27/9) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).  

Embora o valor das exportações das unidades federativas tenha encolhido 1,7% no período, a queda mais acentuada do Rio Grande do Sul fez o Estado passar do sexto para o sétimo lugar no ranking dos principais exportadores do país, deixando-o atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Pará. A participação relativa do RS diminuiu de 6,5% para 5,9%.

Os principais produtos exportados pelo Estado entre janeiro e agosto foram soja em grão (US$ 2,2 bilhões), fumo não manufaturado (US$ 1,5 bilhão), farelo de soja (US$ 957,4 milhões), carne de frango (US$ 807,9 milhões), cereais (US$ 775,3 milhões) e celulose (US$ 703,7 milhões).

O material estatístico foi elaborado pelos pesquisadores Ricardo Leães e Flávia Félix Barbosa, a partir de dados brutos do Sistema ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Destaques  

Em oposição à queda nas exportações totais do RS no período analisado, os produtos que mais obtiveram avanço nas exportações foram soja em grão (mais US$ 173,1 milhões; 8,6%), polímeros de etileno, em formas primárias (mais US$ 55,4 milhões; 16,8%), máquinas de energia elétrica e suas partes (mais US$ 53,7 milhões; 351,9%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (mais US$ 48,1 milhões; 32,1%).

Por outro lado, os produtos que apresentaram as maiores reduções absolutas nas exportações do Estado foram cereais (menos US$ 402,7 milhões; -34,2%), farelo de soja (menos US$ 279,3 milhões; -22,6%) e óleo de soja (menos US$ 215,8 milhões; -52,9%), além de carne de frango, bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes, partes e acessórios dos veículos automotivos e tratores agrícolas.

Principais destinos 

Entre janeiro e agosto, o Rio Grande do Sul exportou para 187 destinos. A China, mais uma vez, manteve-se como o principal comprador, com o percentual de 23,7% do total das exportações. Completam o ranking União Europeia (13,4%), Estados Unidos (9,2%), Argentina (4,9%) e Vietnã (3,3%).

Os destinos que apresentaram a maior alta nos primeiros oito meses do ano foram Filipinas (mais US$ 177,8 milhões; 370,3%) Irã (mais US$ 176,5 milhões; 144,2%) e China (mais US$ 83,8 milhões; 2,8%). Em contrapartida, os destinos que mais colaboraram para a queda de desempenho das exportações gaúchas foram União Europeia, Indonésia, México, Arábia Saudita, Argentina e Estados Unidos.

Conjuntura  

Uma das perspectivas trazidas pelo estudo do DEE é o impacto da aprovação do PL 528/2020, popularmente conhecido como “projeto combustíveis do futuro”, para a economia estadual. O documento estipula condições para assegurar uma demanda cativa de biocombustíveis como biodiesel, biometano, diesel verde renovável (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF) em território nacional.

“É muito importante observarmos essa medida, uma vez que o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja no Brasil, além de ser o principal Estado na produção de biodiesel, com nove usinas instaladas”, destacou Leães. “O Rio Grande do Sul foi pioneiro na produção de biodiesel no país e, em 2023, foi responsável por 46,1% das exportações brasileiras do produto.”

O incentivo à produção do biodiesel, portanto, pode estimular a soja esmagada dentro do RS, diminuindo o percentual de grão de soja destinado à exportação. Entretanto, o documento elaborado pelo DEE frisa que isso ocorrerá apenas se os exportadores de soja considerarem que o retorno com a produção de biodiesel para o mercado interno supera os ganhos com as vendas externas.

Fonte: Portal do Estado Rio Grande do Sul
RS exporta US$ 13,1 bi entre janeiro e agosto – Portal do Estado do Rio Grande do Sul

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Agronegócio

União Europeia flexibilizará “boicote” às importações de alimentos, diz Daoud

Lei que proíbe a compra de produtos fruto de desmatamento deve iniciar em 1 de janeiro de 2025

O presidente Luís Inácio Lula da Silva participou de reunião bilateral com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na segunda-feira (23). Na pauta, destaque para o acordo comercial entre o Mercosul e o bloco europeu.
A partir de 1 de janeiro de 2025, entra em vigor a chamada “Lei Antidesmatamento”, imposta pela União Europeia e que proíbe a importação de produtos oriundos de áreas degradadas ou desmatadas.

O Brasil segue atento ao impacto que isso pode gerar à agropecuária nacional e pediu, no início deste mês, o adiamento das novas regras. Contudo, um porta-voz do bloco europeu reiterou que a lei será implementada no início do ano que vem.
A lei vale para soja, gado, café, madeira, borracha e cacau oriundos de desmatamento após 2020. De acordo com o Itamaraty, o bloqueio tem o potencial de impactar mais de 30% das exportações do país.

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro e outros atores do agronegócio brasileiro já reforçaram que a nova legislação não leva em conta o desmatamento legal, previsto no Código Florestal brasileiro.

Flexibilização do bloqueio

Para o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, a restrição europeia é baseada mais em questões comerciais do que ambientais.

“O mundo caminha para um cenário muito arriscado em relação ao clima […]. Os extremos climáticos já prejudicam a produção de alimentos em vários setores não só no Brasil, o que leva a uma preocupação que está sendo incorporada em contratos futuros de todo o mundo que é o fenômeno econômico da inflação”.

Assim, Daoud afirma que os desafios climáticos têm o potencial de fazer o preço dos alimentos aumentar em todo o mundo. “Por conta disso, essa nova imposição, embargo da União Europeia talvez não seja tão rígida assim porque o mundo hoje depende exatamente da produção de alimentos e o Brasil desponta como um dos maiores produtores, sendo o único país com condições de atender grande parte da demanda até 2050”.

Para o comentarista, fica claro que a Europa impõe restrições com o objetivo de proteger os seus produtores, uma vez que não tem mais recursos para subsidiar a produção interna. “Países como Alemanha e França, que são os maiores emissores de gases de efeito estufa na atmosfera, estão passando a queimar carvão. Então é uma incoerência essa imposição União Europeia, mas que, ao meu ver, será flexibilizada em sua execução diante do cenário que temos pela frente”, finaliza Daoud.

Discurso na ONU

Ao abrir o debate de chefes de Estado da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York nesta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o planeta “está farto” de acordos não cumpridos.

O chefe do Executivo brasileiro lembrou que o ano de 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. “Furações no Caribe, tufões na Ásia, secas e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de mortes e destruição”, discursou.

Lula lembrou das enchentes no Rio Grande do Sul em maio deste ano, a maior desde o longínquo 1941. “A Amazonia está atravessando a maior estiagem em 45 anos, incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto”.

O presidente destacou em seu discurso que o planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos e está “cansado de meta de redução de carbono negligenciada, do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega”.
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Exportação

Paraguai exporta US$ 665 milhões em carne bovina para o Chile

Durante um encontro na última semana na Embaixada do Chile em Assunção para celebrar o 214º aniversário da independência do país, o embaixador Manuel Francisco Gormaz Lira destacou que o Paraguai é o quinto maior parceiro comercial do Chile na região e o décimo no mundo. O comércio anual entre os dois países totalizou US$ 1,8 bilhão.

O diplomata também apontou que, no ano passado, o Paraguai exportou mais de 128.000 toneladas de carne bovina, no valor de US$ 665 milhões, segundo um relatório do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), o que representou 50% das vendas de carne bovina paraguaia no exterior.

Entre os convidados do evento estava o presidente da Associação Rural do Paraguai (ARP), Daniel Prieto Davey.

O gráfico abaixo pega informações derivadas do serviço pioneiro de inteligência marítima da Datamar, DataLiner, para revelar o principal destino de exportação do Paraguai para carga de carne bovina nos primeiros sete meses de 2024.

União Europeia

Enquanto isso, a União Europeia (UE) anunciou, na última semana, que, a partir de 6 de outubro, suspenderá as importações de carne bovina brasileira proveniente de gado fêmea até que se possa determinar que esses animais não foram tratados com estradiol, um hormônio utilizado na inseminação artificial em tempo fixo (FTAI). Nesse período, apenas carne de gado macho será comercializada.

A medida também se aplicará ao Reino Unido, conforme explicado. O estradiol é proibido nesses territórios devido à potencial presença de resíduos hormonais na carne.

FONTE: Paraguai exporta US$ 665 milhões em carne bovina para o Chile – DatamarNews

 

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Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial

Os negociadores da União Europeia e do Mercosul se reunirão de 4 a 6 de setembro em Brasília, nas primeiras conversas presenciais desde abril, aumentando as esperanças de que um acordo comercial entre os dois blocos possa ser concluído este ano, segundo diplomatas.

 

Em negociação há duas décadas, o acordo foi adiado devido às preocupações europeias com as salvaguardas ambientais e às reclamações do bloco comercial sul-americano de que essas questões são motivadas pelo protecionismo.

“Estamos viajando para Brasília para uma rodada de negociações presenciais de 4 a 6 de setembro”, disse um diplomata europeu. “O cronograma de conclusão para o final do ano é realista”, disse ele.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou as datas da reunião. Os representantes do Ministério das Relações Exteriores da Argentina e do Uruguai não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. As autoridades do Paraguai não responderam.

As negociações sofreram um golpe em março, quando o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou o acordo de “péssimo” em uma visita ao Brasil, expressando a oposição dos agricultores franceses. As negociações foram suspensas até depois das eleições parlamentares da UE realizadas em junho.

Diplomatas disseram que as questões sobre a mesa continuam as mesmas, incluindo a proteção europeia a seus produtos alimentícios e a oposição brasileira a uma lei antidesmatamento da UE que entrará em vigor no próximo ano e que poderá afetar as exportações do país.

Agricultores franceses, alemães e belgas protestaram contra a concorrência de importações sul-americanas mais baratas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeram-se a concluir o acordo até o final do ano.

Nesse estágio, a UE é a principal força por trás do novo impulso para concluir o acordo, que abrirá mercados para as empresas europeias, disse o acadêmico de relações internacionais Ignacio Bartesaghi, da Universidade Católica do Uruguai.

“O Brasil quer dar um sentido de continuidade às negociações”, disse Bartesaghi, devido ao temor de que o presidente da Argentina, Javier Milei, se retire, embora seu governo tenha apoiado as negociações desde que assumiu o cargo.

Saiba mais:
Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial (msn.com)
(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília; Lucinda Elliott, em Montevidéu; Lucila Sigal, em Buenos Aires, e Daniela Desantis, em Assunção)

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Novas regras de sustentabilidade corporativa da União Europeia

Dr Adair Roberto Carneiro, Paula Magalhães Vice Sustentabilidade e Meio Ambiente , Ana Cristina Carvalho Presidente do Conselho de Turismo, Patrícia Aguiar Presidente do Conselho de Eventos , Arte e Música e Marco Aurélio Kuhner Presidente do Conselho de Agro

A União Europeia vem apertando o cinto dos grandes conglomerados mundiais usando a bandeira da Sustentabilidade Corporativa . Aprovado pelo Parlamento Europeu ,  a ‘due diligence’ que obriga grandes empresas da União Europeia de todos os setores da economia a verificar suas cadeias de valor, da extração da matéria-prima à distribuição do produto final. O efeito cascata dessa regra é gigantesco e indimensionável seu impacto

A medida vale para empresas europeias e estrangeiras que tiverem mais de mil empregados e faturamento global acima de € 450 milhões.

Isso envolve, inclusive, produtores e fornecedores que a princípio não têm relação comercial direta com a Europa. Um pequeno produtor brasileiro do agro que vende a grandes conglomerados aqui ou na Europa , terá sua cadeia fiscalizada e auditada , e as subsidiárias brasileiras de grandes grupos deverão reportar a matriz os dados brasileiros.

Os  27 países-membros da UE terão de criar uma legislação específica que atenda às exigências mínimas estabelecidas , inclusive países cujas leis sobre sustentabilidade corporativa já existam como a França e Alemanha) , terão que se adequar  . 

Serão três fases, entre 2027 a 2029, a depender do tamanho do tamanho da empresa.  O objetivo é que as empresas criem uma estrutura que mostre que estão atentas à sua cadeia de fornecedores e aos possíveis riscos

A fiscalização da CS3D será feita por autoridades do país de destino na União Europeia , onde dependendo do caso ,se  aplicará penalidades graves, que podem chegar ao valor de  5% da receita da companhia. 

A CS3D é complementar a uma série de regras europeias dos últimos anos para incentivar a economia verde – com repercussões diretas e indiretas para exportadores brasileiros .

Na verdade o adiamento da medida para 2027, em parte se deve a solicitação de empresas brasileiras  para se adaptarem a nova regra , que tambem atingira o  objetivo final do mecanismo de ajuste de frontera para o carbono, CBAM em inglês, que define um imposto para o carbono embutido em produtos que contêm cimento e ferro . A regra proíbe a comercialização na UE de produtos agrícolas associados ao desmatamento

Esta  Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa , CSRD em inglês), substitui a de relatórios não financeiros ,NFRD em inglês , e determina que as empresas sigam um  padrão para reporte ESG, relatando riscos e impactos ambientais e sociais que suas atividades causam ou sofrem. Com esta mudança de 12 mil empresas, agora 50 mil empresas deverão se ajustar , inclusive pequenas e médias que estao listadas nas Bolsas de Valores .

A CSRD é apenas uma das novas regras envolvendo sustentabilidade e responsabilidade corporativa implementadas pela União Europeia  Logo teremos padrões definidos para Empresas Estrangeiras de todos os setores da economia 

Por ANA CRISTINA CARVALHO

Novas regras de sustentabilidade corporativa da União Europeia – Ultima Hora Online

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União Europeia aprova mais uma lei ESG que impacta exportações brasileiras

A partir de 2027, empresas que fazem negócios com qualquer um dos 27 países da UE precisarão provar que seus fornecedores respeitam direitos humanos e meio ambiente — multas podem chegar a 5% da receita

O parlamento europeu aprovou na última semana uma lei que obriga companhias de todos os setores da economia que fazem negócios com a União Europeia a verificação de suas cadeias de valor.

Chamada de Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa e batizada com a sigla CS3D (em alusão ao acrônimo CSDDD), a lei engloba desde a extração da matéria-prima à distribuição, venda e marketing do produto ou serviço final, e implica na necessidade de adoção de indicadores ambientais, sociais e de governança (ESG), sobretudo no que diz respeito a violações de direitos humanos e do meio ambiente.

As empresas que tiverem mais de mil funcionários e faturamento global acima de 450 milhões de euros precisarão auditar suas fornecedoras, por exemplo, sobre prática de desmatamento ilegal e implicações sobre perda de biodiversidade, trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil. A previsão de especialistas é de que a lei tenha um efeito cascata – das grandes empresas às pequenas, com um potencial de transformação difícil de calcular.

A CS3D complementa uma série de outras leis estabelecidas pela UE nos últimos anos para incentivar a economia de baixas emissões de gases de efeito estufa, e já não é surpresa para exportadores brasileiros e seus fornecedores. Um exemplo de outra regra recente aprovada é a que proíbe a exportação para o bloco europeu de produtos agrícolas cultivados em áreas de desmatamento.

“O Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) trata de produtos livres de qualquer tipo de desmatamento, após a data de corte de 31 de dezembro de 2020. Isso significa que mesmo desmatamento legal será vedado pela EUDR”, diz o advogado especialista em ESG Bruno Galvão, do escritório alemão BLOMSTEIN, com sede em Berlim.

A diretiva implica cada um dos 27 países-membros da UE a criar uma legislação específica que atenda às exigências mínimas estabelecidas e colocar essas leis em vigor em até dois anos. Atualmente, França e Alemanha possuem leis de sustentabilidade corporativa e precisarão adequá-las aos novos parâmetros da UE.

A nova lei passa a valer entre 2027 e 2029, conforme o tamanho da empresa, começando pelas maiores – as que tiverem mais de 5 mil funcionários e faturamento global superior a 1,5 bilhão de euros em 2027. As empresas com 3 mil trabalhadores e um volume de negócios de 900 milhões de euros serão impactadas em 2028. E as com mil empregados e volume de negócios de 450 milhões de euros serão impactadas em 2029.

A diretiva ainda vai passar pela aprovação final dos ministros dos estados membros da UE e deverá ser publicada no Diário Oficial da UE.

Fiscalização

A Comissão Europeia deverá emitir uma série de recomendações, melhores práticas e diretrizes para o plano de transição das empresas e para o compartilhamento de informações auditadas.

O objetivo é que as empresas descubram os riscos e façam as mudanças necessárias para reduzir seu impacto negativo na sociedade e no planeta. As empresas também terão de adotar um plano de mitigação climática, em linha com o Acordo de Paris, para limitar o aquecimento global a 1,5ºC, descrevendo em detalhes a estratégia de transição detalhado, informando metas, prazos e investimentos.

A fiscalização deverá ser feita por autoridades nacionais competentes no estado em que a companhia está sediada, ou no local de onde provém a maior parte de seu faturamento. O valor da multa para quem infringir a diretiva poderá chegar a 5% da receita da companhia.

A recomendação de especialistas é que as empresas desde já identifiquem sua situação em relação às recomendações e passem a atuar para transformar o que for necessário para estar em conformidade.

*Publicado por Ligia Tuon
União Europeia aprova mais uma lei ESG que impacta exportações brasileiras | CNN Brasil

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