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Comércio, Economia, Tributação

Tarifa de 50% sobre aço e alumínio entra em vigor hoje, diz Trump

Declaração foi feita em uma publicação nas redes sociais, após visita a uma usina da US Steel

O presidente Donald Trump anunciou na noite de sexta-feira (30) que as tarifas sobre aço e alumínio aumentarão para 50%, dobrando a taxa atual, a partir desta quarta-feira (4).

A declaração foi feita por meio de uma publicação nas redes sociais, após seus comentários em uma usina da US Steel, na Pensilvânia.

É uma grande honra para mim aumentar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, a partir de quarta-feira. Nossas indústrias de aço e alumínio estão se recuperando como nunca. Esta será mais uma GRANDE notícia para nossos maravilhosos trabalhadores do setor. FAÇAM A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!” Donald Trump, presidente dos EUA, em post na rede social Truth Social

“Anúncio importante”

Mais cedo, durante a visita à US Steel, Trump disse que tinha um “anúncio importante”.

“Vamos impor um aumento de 25%”, disse Trump. “Vamos aumentar de 25% para 50% as tarifas sobre o aço importado para os Estados Unidos, o que protegerá ainda mais a indústria siderúrgica nos Estados Unidos. Ninguém vai conseguir contornar isso.”

Trump disse que estava considerando uma tarifa de 40%, mas executivos do setor disseram que queriam uma tarifa de 50%.

“Com 25%, eles conseguem passar por cima”, disse Trump. “Com 50%, ninguém vai passar por cima.”

Brasil x EUA

O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço e ferro dos EUA. Em 2024, os americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”.

O volume de ferro e aço brasileiro exportado aos norte-americanos equivale a 14,9% do total importado pelos Estados Unidos. Em primeiro lugar, aparece o Canadá, com 24,2%. Depois do Brasil, estão México (10,1%), Coreia do Sul (5,9%) e Alemanha (4,6%).

Os EUA foram destino de 47,9% das exportações do grupo de aço e ferro do Brasil em 2024. O segundo maior comprador do Brasil é a China, que correspondeu por 10,7% das exportações de aço e ferro do Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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Internacional, Mercado Internacional, Tributação

Um Resumo Incendiário Impulsionado por Conservadores Ajudou a Colocar as Tarifas de Trump em Perigo

Uma coalizão que inclui figuras de destaque da direita afirmou que o programa do presidente violava a Constituição. Um dos juízes o citou oito vezes.

Um forte sinal de que a guerra comercial impulsionada por tarifas do presidente Trump está em risco surgiu em um amicus curiae (resumo de argumentos enviado ao tribunal por terceiros) apresentado em abril por uma coalizão que incluía muitos advogados, acadêmicos e ex-funcionários conservadores e libertários de destaque.

O documento também sinalizou uma crescente ruptura entre Trump e o movimento jurídico conservador — uma cisão que veio à tona na semana anterior com os ataques do presidente à Federalist Society, cujos líderes ajudaram a escolher os juízes e ministros que ele nomeou em seu primeiro mandato.

Entre os que assinaram o documento no caso das tarifas estava Richard Epstein, professor da Universidade de Nova York e um influente estudioso libertário do direito.
“É preciso entender que o movimento conservador, enquanto movimento intelectual, é hoje consistentemente anti-Trump na maioria das questões”, disse ele.

Outros signatários incluíam Steven G. Calabresi, um dos fundadores da Federalist Society; Michael B. Mukasey, ex-juiz federal e procurador-geral no governo George W. Bush; e três ex-senadores republicanos — George F. Allen, John C. Danforth e Chuck Hagel. Liberais também assinaram o documento, como Harold Koh, ex-reitor da Faculdade de Direito de Yale.

“O documento reúne estudiosos de direito constitucional de grande nome em todo o espectro político de uma forma que raramente vi”, disse Ilya Somin, professor de direito na Universidade George Mason e advogado de um importador de vinhos e de outras empresas que processaram o governo por causa das tarifas.
“Jamais esperaria ver Richard Epstein, Steve Calabresi e Harold Koh assinando o mesmo documento sobre uma grande questão”, acrescentou. “Mas aqui estão eles, juntos, se opondo à ‘tributação por proclamação’. Donald Trump os uniu.”

O documento foi preparado por Michael W. McConnell, ex-juiz federal de apelação nomeado por Bush e atualmente professor em Stanford, e Joshua A. Claybourn, advogado e historiador. Ele dizia que o programa de Trump feria a estrutura constitucional:
“Os poderes de tributar, regular o comércio e definir o rumo econômico da nação devem permanecer com o Congresso”, dizia o documento. “Eles não podem escorregar silenciosamente para as mãos do presidente por inércia, desatenção ou interpretações criativas de estatutos que nunca tiveram a intenção de conceder tal autoridade. Essa convicção não é partidária. É constitucional. E está no cerne deste caso.”

A coalizão apresentou um documento muito semelhante em um segundo caso, no Tribunal Distrital Federal em Washington. Na quarta-feira, o tribunal de comércio decidiu a favor dos contestadores. Na quinta, o juiz do tribunal distrital seguiu o mesmo caminho, citando o documento de apoio oito vezes.

O professor McConnell disse que a notoriedade dos amici curiae — os “amigos da corte” — que assinaram o documento enviava uma mensagem clara.

“Nossa esperança é que a identidade das partes que assinam o amicus curiae sinalize a gravidade da situação”, disse McConnell. “Todos estão preocupados com a usurpação, por parte do Executivo, do controle sobre a tributação do comércio — algo que a Constituição atribui explicitamente ao Congresso.”

O professor Harold Koh, que atuou no Departamento de Estado durante o governo Obama, afirmou que algumas questões vão além da política partidária:
“Apesar das nossas diferenças políticas, os amici concordaram facilmente, como juristas, que o presidente excedeu os poderes estatutários que lhe foram delegados”, disse ele. “Ao impor unilateralmente tarifas ilimitadas sobre produtos de todo o mundo, ele usurpou de forma ilegal os poderes exclusivos do Congresso de impor tributos e tarifas e de regular o comércio exterior.”

O documento deixou claro que não se posicionava sobre o mérito econômico das tarifas:
“Os amici não aparecem para defender ou se opor a nenhuma política comercial específica”, dizia. “Eles apresentam este documento porque acreditam que a Constituição traça limites claros entre o poder legislativo e o executivo — e que esses limites estão sendo distorcidos de forma a ameaçar a própria responsabilidade democrática.”

O professor Epstein disse ter se sentido honrado em assinar o que chamou de “um documento magnífico”, que resume o caso em sua essência.
“Este caso não é difícil”, disse. “Existem casos que são imensamente importantes e, ao mesmo tempo, fáceis.”

Outros acadêmicos, porém, foram mais cautelosos. Jack Goldsmith, professor de direito em Harvard e ex-integrante do Departamento de Justiça no governo Bush, escreveu recentemente que as questões legais no caso são “difíceis e delicadas”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi além. “A justificativa do presidente para impor essas tarifas poderosas era legalmente sólida e fundamentada no bom senso”, disse em uma coletiva na semana passada.

Um tribunal de apelações suspendeu temporariamente a decisão do tribunal de comércio e decidirá nos próximos dias se manterá essa suspensão. Há poucas dúvidas de que o caso chegará à Suprema Corte — e em breve.

Quando isso acontecer, os juízes terão de lidar com duas doutrinas caras ao movimento jurídico conservador, ambas contrárias à visão de Trump sobre seus próprios poderes:

  • A doutrina da não delegação, que afirma que o Congresso não pode transferir poderes legislativos ilimitados ao Executivo.
  • A doutrina das grandes questões, que exige que o Congresso autorize de forma clara e explícita qualquer ação do Executivo que possa transformar significativamente a economia.

O amicus curiae defende que, com base na separação dos poderes, essas doutrinas exigem que os tribunais rejeitem o programa de Trump:
“Este caso apresenta ao tribunal uma escolha — não entre políticas comerciais concorrentes, mas entre visões opostas de governança constitucional”, dizia o texto.
“Uma delas preserva o equilíbrio definido pelos fundadores, exigindo que decisões econômicas de grande porte tenham autorização legislativa explícita. A outra permitiria que o Executivo reconfigurasse unilateralmente a estrutura comercial do país com base em uma linguagem estatutária vaga e genérica, jamais destinada a respaldar tal ação.”
“O tribunal”, concluiu o documento, “deve escolher a primeira opção.”

Fonte: The New York Times

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Internacional, Mercado Internacional, Tributação

AGORA: Tribunal dos EUA aceita recurso de Trump e restabelece tarifaço

Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos suspendeu uma liminar e restabeleceu nesta quinta-feira, 29, o tarifaço do presidente Donald Trump, que havia sido bloqueado pela Justiça na quarta-feira.

Trump impôs tarifas duras a boa parte dos países do mundo, gerando uma turbulência nos mercados globais. As taxações mais altas foram impostas inicialmente a China, México e Canadá. Entre recuos e negociações, o presidente americano reduziu alíquotas. As tarifas dos EUA à China, que eram de 145%, por exemplo, foram reduzidas a 30%. Já as da China aos EUA, que eram de 125%, foram a 10%.

A decisão de bloqueio foi emitida na quarta-feira por três juízes do Tribunal de Comércio Internacional, em Nova York, e atendia a uma série de processos que acusam Trump de ferir os limites constitucionais da presidência.

Pelo menos sete processos questionam a legalidade das tarifas. Normalmente, para imposição de tarifas, é preciso que o Congresso americano aprove, o que não vem ocorrendo neste caso. O presidente tem usado a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, para impor as tarifas.

Os processos argumentam que a lei não autoriza o uso de tarifas como medida emergencial e que o déficit comercial que os Estados Unidos têm com os países não é uma “ameaça” que justifique a aplicação da legislação.

Fonte: Veja

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Internacional, Mercado Internacional

Tarifas de Trump: Qual é a Atual Situação da Guerra Comercial?

Na sexta-feira, o presidente Trump ameaçou, e depois suspendeu, tarifas mais altas sobre produtos da União Europeia. Ele também mirou na Apple.

Desde que reassumiu o cargo, o presidente Trump anunciou uma série de tarifas com o objetivo de reestruturar a economia global. As medidas comerciais foram implementadas de forma irregular, causando grandes oscilações nos mercados e novas tensões com alguns dos parceiros comerciais mais próximos dos Estados Unidos. Economistas alertaram que essas ações podem levar a uma recessão econômica que prejudicaria os consumidores.

Qual é a novidade?
Em abril, Trump anunciou suas tarifas mais severas até agora contra dezenas de parceiros comerciais dos EUA, mas as reverteu abruptamente por 90 dias para todos os países, exceto a China, a fim de dar tempo para negociações. Em 12 de maio, ele pausou temporariamente as tarifas contra a China. Na sexta-feira, ele pareceu retomar sua guerra comercial global ao ameaçar tarifas mais altas contra a União Europeia; no domingo, voltou atrás.

União Europeia:
No domingo, Trump afirmou que adiaria uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia até 9 de julho. Poucos dias antes, ele havia dito que as discussões com a UE estavam “sem progresso” e que tarifas pesadas entrariam em vigor em uma semana. A mudança de postura ocorreu após uma ligação com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, que disse que as negociações comerciais avançariam “de forma rápida e decisiva”.

Apple:
Trump também mirou no CEO da Apple, Tim Cook, na sexta-feira. Ele afirmou ter dito a Cook que esperava que os iPhones vendidos nos EUA fossem “fabricados e montados nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar”, ou então enfrentariam uma tarifa de 25%.

China:
Em 12 de maio, os Estados Unidos e a China anunciaram que haviam chegado a um acordo para reduzir as tarifas impostas entre si por 90 dias enquanto tentam negociar um acordo comercial.
O anúncio foi feito após um fim de semana de negociações de alto nível entre autoridades dos dois países na Suíça.

Muitas importações chinesas que entravam nos Estados Unidos estavam sujeitas a uma tarifa de pelo menos 145% — essencialmente um imposto equivalente a uma vez e meia o valor do próprio produto. Agora, essa tarifa será de 30%. Por sua vez, a China concordou em reduzir as tarifas que havia imposto sobre importações dos Estados Unidos para 10%, ante os 125% anteriores.

Separadamente, Trump eliminou uma exceção antiga que permitia que muitos produtos relativamente baratos da China entrassem no país sem tarifas. Essas importações agora enfrentam uma tarifa de 54% ou uma taxa fixa de 100 dólares.

Reino Unido:
No mês passado, Trump impôs ao Reino Unido a mesma tarifa de 10% que aplicou a outros países. Carros enviados do Reino Unido para os Estados Unidos enfrentam uma tarifa de 27,5%, e o aço britânico está sujeito a uma tarifa de importação de 25%.

No início de maio, Trump revelou um acordo preliminar com o Reino Unido que reduziria essas tarifas. Pelos termos do acordo, o Reino Unido poderia enviar até 100.000 veículos aos Estados Unidos com uma tarifa de 10%, e as tarifas americanas sobre o aço britânico seriam eliminadas.

A tarifa de 10% aplicada a todas as exportações britânicas permaneceria em vigor, embora o governo britânico tenha afirmado que continua pressionando para reduzi-la.

Embora o Reino Unido não seja um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, Trump declarou que esse acordo seria o primeiro de muitos. Autoridades americanas também estão negociando com Índia, Israel, Japão, Coreia do Sul e Vietnã, entre outros parceiros comerciais.

Por que Trump está usando tarifas?
Do ponto de vista de Trump, qualquer déficit comercial — a diferença entre o valor dos bens que os Estados Unidos importam de um país e o que exportam para ele — é prejudicial. Ele há muito tempo descreve os déficits bilaterais como exemplos de os Estados Unidos estarem sendo “explorados” ou “subsidiando” outros países.

O presidente e seus assessores afirmam que o objetivo das tarifas é torná-las tão dolorosas que forcem as empresas a produzir seus produtos nos Estados Unidos. Eles argumentam que isso criaria mais empregos no país e aumentaria os salários.

Mas Trump também tem descrito as tarifas como uma ferramenta de múltiplos usos, alegando que elas forçarão Canadá, México e China a combater o fluxo de drogas e imigrantes para os EUA. O presidente ainda afirma que as tarifas vão gerar enormes receitas para o governo, que poderiam ser usadas para financiar cortes de impostos internos.

Economistas, no entanto, dizem que as tarifas não podem alcançar todos esses objetivos ao mesmo tempo. Na verdade, muitas dessas metas se contradizem. As mesmas tarifas que supostamente devem aumentar a produção industrial americana também estão prejudicando os próprios fabricantes dos EUA, ao desorganizar cadeias de suprimentos e elevar o custo das matérias-primas.

“Todas essas tarifas são internamente inconsistentes entre si”, disse Chad Bown, pesquisador sênior do Peterson Institute for International Economics, um centro de estudos em Washington. “Qual é a prioridade real? Porque não dá para alcançar todas essas coisas ao mesmo tempo.”

Quem paga pelas tarifas e para onde vai esse dinheiro?

Uma tarifa é um encargo do governo sobre produtos importados de outros países.
As tarifas são pagas pelas empresas que importam os produtos. A receita gerada vai para o Departamento do Tesouro dos EUA.

Exemplo:
Se o Walmart importa um par de sapatos de 100 dólares do Vietnã — que está sujeito a uma tarifa de 46% — o Walmart deve pagar 46 dólares em tarifas ao governo americano.

O que pode acontecer a seguir?

O Walmart pode tentar forçar o fabricante vietnamita a reduzir o preço.
Pode absorver o custo da tarifa, reduzindo seus próprios lucros.
Pode repassar o custo ao consumidor, aumentando o preço do produto nas lojas.
Ou adotar uma combinação dessas estratégias.

Neste mês, o CEO do Walmart alertou que as tarifas forçariam a empresa a aumentar os preços em breve, e evitou fazer previsões de lucro para o trimestre atual. Em resposta, Trump criticou o varejista nas redes sociais, dizendo que o Walmart deveria “ENGOLIR AS TARIFAS” e manter os preços baixos.

Como as tarifas podem afetar os preços ao consumidor?

É difícil imaginar uma casa americana sem produtos chineses. Muitos itens essenciais são quase totalmente importados da China — e, com as novas tarifas, tendem a ficar mais caros.

O New York Times analisou dados de importação para mostrar onde os americanos podem enfrentar escassez de produtos, menos opções e aumento de preços.

O que acontece se as prateleiras ficarem mais vazias?
Sacrifício pelo seu país, diz o presidente.
“Você sabe, alguém disse: ‘Ah, as prateleiras vão ficar vazias’”, disse Trump recentemente. “Bom, talvez as crianças tenham duas bonecas em vez de 30 bonecas, sabe? E talvez essas duas bonecas custem alguns dólares a mais do que normalmente custariam.”

As tarifas de Trump miram países que fornecem uma ampla variedade de produtos aos Estados Unidos. Em alguns casos, os preços já começaram a subir. Mas, para as famílias americanas, os efeitos completos dessas novas políticas ainda estão por vir — e provavelmente resultarão em preços mais altos em supermercados, concessionárias de carros, lojas de eletrônicos e de roupas.

O Wirecutter (guia de produtos do New York Times) dá conselhos sobre como os consumidores podem lidar com isso.

Como as empresas têm reagido?

Uma forma de entender como as empresas estão respondendo às tarifas é pensar no Natal.
A produção de brinquedos, árvores de Natal e decorações já costuma estar em pleno vapor nessa época do ano. Leva de quatro a cinco meses para fabricar, embalar e enviar produtos aos EUA. E as fábricas da China produzem cerca de 80% de todos os brinquedos e 90% dos artigos natalinos vendidos no país.

Fabricantes de brinquedos, lojas infantis e varejistas especializados começaram recentemente a suspender pedidos para as festas de fim de ano, à medida que os impostos de importação se espalham pelas cadeias de suprimento.

“Se não começarmos a produção logo, há uma grande probabilidade de escassez de brinquedos neste fim de ano”, disse Greg Ahearn, diretor executivo da Toy Association, grupo que representa 850 fabricantes de brinquedos nos EUA.

A Mattel, empresa americana fabricante da Barbie, afirmou recentemente que aumentará os preços dos brinquedos nos EUA por causa das tarifas impostas por Trump às importações da China.

Qual é a história das tarifas nos EUA?

  • 1789: Na sua fundação, os EUA dependiam fortemente das tarifas para financiar o governo federal e proteger a indústria doméstica, como proposto por Alexander Hamilton, o primeiro secretário do Tesouro.
  • 1828: O governo federal aprovou tarifas médias de 38% para proteger o setor manufatureiro contra concorrência estrangeira. Esses impostos ficaram conhecidos como a “Tarifa das Abominações” nos estados do Sul, cuja economia era baseada na exportação de matérias-primas e importação de bens manufaturados — o que gerou um impasse constitucional.
  • 1930: A Lei Tarifária Smoot-Hawley foi promulgada após o crash da bolsa de 1929, numa tentativa de proteger empresas americanas. No entanto, como descrito no filme Curtindo a Vida Adoidado, “não funcionou, e os Estados Unidos afundaram ainda mais na Grande Depressão.”
  • 1934: Franklin D. Roosevelt assinou a Lei de Acordos Comerciais Recíprocos, que deu ao presidente o poder de negociar acordos bilaterais. Isso abriu caminho para mais de 90 anos de políticas de livre comércio.

Fonte: The New York Times

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Industria, Negócios, Tributação

Fator Tarifaço é tema de imersão da Academia FIESC de Negócios

Marcos Troyjo, Oliver Stuenkel, Constantin Jancsó e Fabrizio Sardelli Panzini estão entre os especialistas que vão participar do encontro, nos dias 21 e 22 de maio, da FIESC, em Florianópolis

Com o desafio de subsidiar indústrias catarinenses para fazer frente às mudanças que o mundo vem enfrentando com a nova configuração geopolítica e as tensões no comércio internacional, a Federação das Indústrias de SC (FIESC), por meio da Academia FIESC de Negócios, realizará imersão com foco no “Fator Tarifaço”.

O encontro, que ocorre nos dias 21 e 22 de maio, tem como foco preparar líderes e profissionais estratégicos das indústrias para compreender, antecipar e se posicionar de forma competitiva diante das transformações, convertendo riscos em oportunidades de crescimento e vantagem estratégica.

As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas aqui

Na programação estão profissionais como Oliver Stuenkel, especialista em risco geopolítico e colunista do Estadão e da Foreign Policy; Constantin Jancsó, economista do Bradesco; Marcos Troyjo, cientista político e membro do Conselho do Futuro Global do Fórum Econômico Mundial; Fabrizio Sardelli Panzini, diretor de políticas públicas e relações governamentais na AMCHAM, além de especialistas da FIESC.

Além do network, a imersão traz ainda a possibilidade de interação com os especialistas em atividades práticas. Também traz o case de internacionalização da Rohden, com apresentação do CEO do grupo, Jorge Luís Rohden, e do gerente de vendas internacionais da Rohden Artefatos de Madeira, Michel Cembranel.

Efeitos do tarifaço

A FIESC apresenta na imersão um estudo inédito da área de desenvolvimento industrial que traça os possíveis cenários decorrentes dos efeitos do tarifaço do governo norte-americano.

A ideia é mostrar aos participantes quais os destinos possíveis e prováveis do excedente de exportações chinesas, para que possam identificar oportunidades e potenciais ameaças em seus mercados.

O trabalho identificou todos os produtos importados da China pelos Estados Unidos, levando em conta as mais altas tarifas anunciadas pelos EUA, e quais países poderiam absorver esse excedente, considerando os custos de importação para esse novo destino, o potencial de mercado e também se já existem vendas chinesas daquele produto para o novo país.

Fonte: FIESC

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Agronegócio, Comércio, Comércio Exterior

Venda de carne bovina do Brasil aos EUA dispara 500% em abril em meio a tarifaço de Trump

Para exportadores, alta foi ‘grande surpresa’. Rebanho bovino dos EUA diminuiu, mas demanda por carne é alta.

As vendas de carne bovina do Brasil para os EUA dispararam 498% em abril, em relação a igual mês de 2024, uma alta que causou “grande surpresa” no setor.

Foi o que disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, nesta quinta-feira (8).

“Os Estados Unidos, apesar de já estarem vindo numa crescente, compraram um grande volume. Nós saímos de 8 mil toneladas em abril de 2024, para um volume em torno de 48 mil toneladas em abril de 2025”, detalhou Perosa.

A disparada ocorreu no mesmo mês em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um aumento das taxas de importação para os seus parceiros comerciais.

O presidente da Abiec e o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias dizem que a alta nas vendas para os EUA aconteceu porque:

  • a oferta de bois dos EUA está em seu menor nível em 80 anos;
  • mas a demanda é muito alta: americano “come hambúrguer todo o dia”, diz Perosa;
  • a carne dos EUA está mais cara do que a brasileira, mesmo com as tarifas.

As compras dos americanos já vinham crescendo em meses anteriores. De janeiro a abril, eles importaram 135,8 mil toneladas de carne do Brasil, um volume quase cinco vezes maior do que no mesmo período de 2024.

Como ficaram as tarifas para a carne bovina brasileira

➡️Com o anúncio, os importadores americanos estão pagando uma taxa de 36,4% para importar a carne brasileira. Isso porque a tarifa anterior era de 26,4%, mas Trump adicionou uma sobretaxa de 10%.

➡️Somente as carnes que entram nos EUA a partir de cotas estão sendo taxadas em 10%.

“O Brasil participa de um grupo de outros 10 países que têm direito a uma cota de exportação de 65 mil toneladas com zero de tarifa. [A taxa] Era zero, mas agora passou para 10%. Mas essa cota, geralmente, se atinge até 15 de janeiro”, explica Perosa.

“Majoritariamente, é o Brasil que se apropria dessa cota porque os outros países não tem capacidade de se apropriar”, acrescenta.

🚢Os EUA são o segundo maior destino das exportações de carne bovina brasileira, depois da China, que é o nosso maior comprador, de acordo com o Ministério da Agricultura.

A Austrália, porém, é a maior fornecedora de carne para os EUA, seguida por Canadá, México e Brasil, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.

Por que a exportação do Brasil para os EUA disparou?

Perosa diz que o rebanho bovino dos EUA atingiu o seu menor nível em 80 anos, ao mesmo tempo em que a demanda por carne bovina no país continua em alta.

“Nos Estados Unidos, eles comem hambúrguer todo os dias. Então, não dá para você falar ‘olha, para de consumir hambúrguer’. É cultural”, destaca Perosa.

“Eu costumo fazer uma brincadeira que é a mesma coisa de você dizer no Brasil: ‘a partir de hoje, ninguém mais come arroz e feijão’. Não tem como”, compara.

Segundo ele, a redução do rebanho bovino nos EUA aconteceu por uma série de fatores, como problemas climáticos, como secas intensas, e a migração de alguns produtores para atividades mais lucrativas do que a pecuária.

Mas e as taxas?

“Mesmo com uma tarifa de 36,4%, […] o Brasil vai nadando de braçada nesse mercado norte-americano. Eles estão comprando grandes quantidades de carne realmente”, diz Iglesias, do Safras.

“A carne norte-americana está mais cara do que a do Brasil, mesmo com as tarifas. Para você ter uma ideia, uma arroba do boi gordo no Brasil está na média de US$ 54, US$ 55. Nos EUA está US$ 115, US$ 120 por arroba. Então, está bem mais caro produzir lá”, destaca Iglesias.

Perosa tem a mesma avaliação. “A carne própria americana está tão cara que, mesmo aumentando a tarifa em 10%, isso não está tendo impacto no volume de exportação [do Brasil]”, diz o presidente da Abiec.

Segundo ele, as exportações do Brasil para os EUA devem continuar em alta, mesmo com o protagonismo da Austrália como o maior fornecedor para os norte-americanos.

“A Austrália fornece muita carne para os Estados Unidos, mas em um canal diferente do Brasil”, diz Perosa.

Segundo ele, os australianos vendem carnes que vão direto para as prateleiras dos EUA, ao passo que o Brasil fornece produtos para a indústria de carne processada.

Fonte: G1


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Internacional, Negócios

Mesmo com tarifaço, acordo com UE precisará de muito ‘convencimento’

Mesmo com a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos criando um ambiente mais favorável para a ratificação do acordo com o Mercosul, os próximos meses exigirão um amplo trabalho de convencimento para que a União Europeia aprove as mudanças. Para autoridades brasileiras envolvidas nas articulações, esse será um período marcado pela possibilidade de que chefes de Estado de França, Polônia e Itália tentem bloquear as mudanças. Essas autoridades também esperam para o verão europeu uma grande campanha contra o acordo, além de resistências de última hora no Parlamento da União Europeia. Mas a expectativa é de sanção até o fim do ano.

Espera-se também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre mais uma vez em campo para assegurar a conclusão desse processo. Não existe, no entanto, um cronograma obrigatório.

“O [presidente americano Donald] Trump está ajudando, não resta muita alternativa para a União Europeia a não ser reforçar os acordos [existentes ou em negociação]”,diz Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria,Comércio e Serviços (Mdic).

Junto com outras autoridades que participam ou acompanham as negociações e representantes empresariais, Viana passou parte de abril em missão oficial por Portugal, Polônia e Bélgica, cuja capital, Bruxelas, é também a capital da União Europeia.

Em negociação desde 1999, o acordo foi anunciado pelos chefes de Estado do Mercosul e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no fim de 2024. Se confirmadas, as novas regras criarão uma área de livre comércio para 700 milhões de pessoas, com Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 22 trilhões.

Desde a escalada tarifária promovida por Trump, o tema ganhou mais importância. Em grande parte como consequência das políticas adotadas pelo presidente americano, a Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou para baixo em abril a sua projeção para o fluxo comercial global deste ano, de crescimento de 2,7% para queda de 0,2%. Autoridades do Mercosul e da União Europeia também voltaram a destacar publicamente os benefícios do acordo.

Ainda serão necessárias outras etapas para que o acordo entre em vigor. Atualmente, o texto está em fase de tradução para as 23 línguas da União Europeia,além de versões específicas em português e espanhol para o Mercosul.

Na sequência, precisará ser aprovado por 65% do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado, sendo que esses 65% precisam representar 55% da população da União Europeia. Nessa etapa, o cálculo é considerado “complexo” e dinâmico”, por isso não há um número mágico a ser alcançado. Negociadores brasileiros usam até um aplicativo de celular para calcular diariamente os votos. Um acerto entre França, Polônia e Itália, por exemplo, seria suficiente para barrar as mudanças. França e Polônia já se manifestaram diversas vezes de maneira pública e enfática contra o acordo. A Itália vem adotando posições consideradas ambíguas.

Conseguir a neutralidade de alguns países, como a Bélgica, já é considerada uma vitória por negociadores brasileiros.
Posteriormente, será necessária a aprovação por maioria simples no Parlamento Europeu, o órgão legislativo do bloco, levando em conta apenas os deputados que comparecerem à sessão. É para esta etapa que são esperadas dificuldades ainda maiores, já que os deputados são considerados mais expostos a pressões do que os chefes de Estado.

“Teremos que trabalhar muito a opinião pública”, diz o chefe de Assuntos Estratégicos da Apex Brasil na Europa e ex-ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

Para as autoridades, a participação de Lula nas etapas decisivas será essencial. Viana, da ApexBrasil, é um dos que defendem essa tese, afirmando que a “retomadada diplomacia presidencial” por Lula desde 2023 vem fazendo a diferença positivamente para o Brasil no cenário internacional.

“O empenho do presidente será decisivo para essa virada”, diz ele, que é aliado de Lula e que foi governador do Acre por dois mandatos e senador por um mandato, sempre pelo PT.

Um fator que também poderá enfraquecer em alguma medida o discurso contrário europeu será a formalização, em maio, do reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal do Brasil como um país livre de febre aftosa sem vacinação.

O embaixador do Brasil junto à União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva, projeta que o acordo será “aprovado de forma discreta”. “Ninguém quer o desgaste”,diz.

Ele se diz otimista, mas destaca que a tendência é que até o fim do verão europeu “todos os inimigos” das mudanças, como o setor agropecuário da Europa e organizações não governamentais, realizem um “ataque permanente” que exigirá como resposta “um trabalho desgastante” brasileiro. “Vai ser com muita emoção”, diz.

No Brasil, a aprovação não deverá enfrentar maiores obstáculos. As mudanças começarão a entrar em vigor para a economia brasileira a partir do momento qu eforem aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas, e por Conselho e Parlamento europeus, sem necessidade de ratificação pelos demais membros do Mercosul.

“Esse conflito global acaba abrindo oportunidades e janelas de negociações que se tornam imperativas para a autodefesa dos países prejudicados”, diz o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. “Ou a gente faz, ou a gente faz.” A tendência é que o texto seja debatido pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Constituição, Justiça e Cidadania e Assuntos Econômicos, além de passar pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

O repórter viajou a convite da ApexBrasil

Fonte: Valor Econômico

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Economia, Gestão, Importação, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

China elevará tarifa para importações dos EUA de 34% para 84%, em nova retaliação

Isso ocorre após o último aumento tarifário dos EUA

O Ministério das Finanças da China emitiu na manhã desta quarta-feira, 9, pelo horário de Brasília, uma nova decisão da Comissão Tarifária do Conselho de Estado chinês que eleva a tarifa para produtos importados dos Estados Unidos de 34% para 84%, com base nos “princípios básicos do direito internacional”.

A medida entrará em vigor a partir da 00h01 (horário local) do dia 10 de abril de 2025.

“A China insta os EUA a corrigirem imediatamente suas práticas equivocadas, a cancelarem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e a resolverem adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário, baseado no respeito mútuo”, diz a nota.

O ministério chinês classifica o aumento de tarifas adicionais pelos americanos contra o país como “um erro em cima de outro” e alega que a medida infringe gravemente os direitos e interesses legítimos da potência asiática, além de prejudicar o sistema comercial multilateral baseado em regras e impactar “seriamente” a estabilidade da ordem econômica global.

“É um exemplo típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica”, acrescenta.

A medida de Pequim veio logo após os EUA aplicarem tarifa adicional de 50% a importações de produtos chineses, elevando o total para 104%.

A escalada repetida das tarifas ameaça paralisar o comércio entre duas das economias mais importantes do mundo.

O governo Trump anunciou uma nova política tarifária abrangente na semana passada e alertou outros países para não retaliarem. Algumas nações, incluindo o Japão, parecem dispostas a negociar tarifas, mas a China adota uma postura mais dura.

China: Para Xi Jinping, ceder a Trump não é uma opção

Estados Unidos desencadeou guerra comercial com China ao anunciar aumento de tarifas para país asiático; adicional de 50% pode elevar tarifa dos EUA sobre produtos chineses para 104%

Ainda nesta quarta, a China disse à Organização Mundial do Comércio (OMC) que a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas recíprocas a Pequim ameaça desestabilizar ainda mais o comércio global.

“A situação se agravou perigosamente. Como um dos membros afetados, a China expressa séria preocupação e firme oposição a esse movimento imprudente”, disse a China em uma declaração à OMC nesta quarta-feira, que foi enviada à Reuters pela missão chinesa na OMC.

FONTE: Estadão
China retalia EUA, escala guerra comercial, e tarifa sobre produtos americanos chega a 84% – Estadão

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Com tarifaço, suco de laranja pode pagar mais de R$ 1 bilhão para entrar nos EUA

A cadeia de suco de laranja também está preocupada com o tarifaço do presidente americano Donald Trump.

A ordem executiva de uma tarifa adicional de 10% sobre o suco pode representar R$ 100 milhões a mais de impostos pagos pelas exportadoras brasileiras. No geral, se levado em conta todos os tributos incidentes sobre a entrada da bebida, são US$ 200 milhões ou R$ 1,1 bilhão anuais, revela a CitrusBR, entidade que representa as exportadoras Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus.

Os Estados Unidos respondem por 37% das exportações brasileiras do produto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, entre julho de 2024 e fevereiro de 2025, foram embarcadas 207,2 mil toneladas de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ 66 Brix), no valor de US$ 879,8 milhões em faturamento.

Com base no desempenho atual da safra 2024/25 e projetando-se uma exportação anualizada de 235,5 mil toneladas ao mercado americano, o impacto da nova tarifa pode atingir cerca de US$ 100 milhões por ano, ou R$ 585 milhões considerando o câmbio de R$ 5,85 por dólar.

Esse valor se soma aos tributos já incidentes, como a tarifa de US$ 415 por tonelada de FCOJ equivalente a 66 Brix. Segundo a CitrusBr, apenas em 2024, esse tributo representou US$ 85,9 milhões em pagamentos. Assim, somando-se as tarifas atuais e a nova medida, o total de impostos pode atingir cerca de US$ 200 milhões anuais, ou aproximadamente R$ 1,1 bilhão.

Apesar do cenário, a CitrusBr afirma que as que “empresas brasileiras seguem, de forma individual e com base em suas estratégias comerciais, abastecendo o mercado dos Estados Unidos com suco de laranja de alta qualidade”.

“O setor lamenta, no entanto, que a medida tenha sido adotada sem considerar o histórico de complementaridade entre a produção brasileira e a indústria da Flórida, além da relação de longo prazo com empresas engarrafadoras que atuam nos Estados Unidos.”

Fonte: Globo Rural
Com tarifaço, suco de laranja pode pagar mais de R$ 1 bilhão para entrar nos EUA

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EUA impõe taxa de 25% para o país que comprar petróleo da Venezuela

A tarifa entrará em vigor no dia dois de abril

Nesta segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que os países que comprarem petróleo ou gás da Venezuela pagarão tarifa de 25% sobre negociações feitas com os EUA. Essa “tarifa secundária” entrará em vigor em dois de abril. Trump anunciou em publicação no Truth Social, junto à medida do “tarifaço”, já anunciada em quatro de março.

“Portanto, qualquer país que compre petróleo e/ou gás da Venezuela será forçado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos em qualquer comércio que fizer com nosso país”, disse Trump em sua rede social.

Apesar da publicação sobre novas taxas impostas, a mídia internacional tem sinalizado que Trump pode ser mais flexível com setores específicos sobre as tarifas recíprocas.

Presidente dos EUA anuncia novo “tarifaço” que inclui o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou no Congresso americano na terça-feira (4). Ele anunciou que irá impor um “tarifaço” contra diversos países, incluindo o Brasil. Trump informou que as medidas entrarão em vigor em 2 de abril.

Em seu discurso, o presidente estadunidense falou aos parlamentares que os Estados Unidos vêm sendo “roubados” há décadas por outras nações.

FONTE: Guararema News
EUA impõe taxa de 25% para o país que comprar petróleo da Venezuela – Guararema News

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