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Petróleo russo sofre sanções de Biden; governo americano alega que medida seria para enfraquecer financiamento da guerra

O governo Biden adotou como alvo, nesta sexta-feira (10), o setor energético da Rússia, incluindo sua indústria petrolífera, com algumas de suas sanções mais severas até o momento. O objetivo é cortar o financiamento para a guerra de Moscou contra a Ucrânia.

As mudanças radicais, tomadas pouco mais de uma semana antes do presidente Joe Biden deixar o cargo, ocorrem no momento em que o presidente eleito Donald Trump diz que está se preparando para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Elas também têm o potencial de enfraquecer os investidores no mercados de energia.

Altos funcionários da administração dos EUA disseram que querem deixar Kiev – e a nova administração Trump – com uma posição favorável para potenciais negociações.

Esses funcionários expressaram esperança de que a próxima administração manteria e aplicaria as sanções, apesar do ceticismo anterior de alguns funcionários de Trump sobre a eficácia de tais medidas.

As novas sanções contra “a maior e mais importante fonte de receita do Kremlin” atingiram centenas de alvos, incluindo duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia: a Public Joint Stock Company Gazprom Neft e a Surgutneftegas.

As sanções também têm como alvo quase 200 navios transportadores de petróleo, muitos dos quais são acusados ​​de fazer parte da chamada “frota sombra” que trabalha para fugir das sanções, bem como comerciantes de petróleo e autoridades de energia. Eles também miram a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

“Esperamos que nossas ações custem à Rússia mais de bilhões de dólares por mês”, disse um alto funcionário do governo.

As sanções, introduzidas em coordenação com o Reino Unido, são parte da abordagem mais ampla da administração para reforçar Kiev. A administração Biden anunciou na última quinta-feira (9) sua parcela final de ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

O Pentágono disse na sexta-feira que haverá “pouco menos de US$ 4 bilhões” em financiamento da Presidential Drawdown Authority que será transferido para a administração Trump para financiar ajuda à Ucrânia.

“Essas sanções, somadas às ações que tomamos nas últimas semanas, ajudam a colocar a Ucrânia em uma posição na qual eles têm a capacidade de trabalhar com o novo governo para tentar encontrar uma paz justa”, disse um segundo alto funcionário do governo.

Na quinta-feira, Trump reiterou seu desejo de acabar com a guerra na Ucrânia: “O presidente Putin quer se reunir — ele disse isso até publicamente — e temos que acabar com essa guerra. Isso é uma bagunça sangrenta”, ele o presidente americano.

O primeiro alto funcionário da administração reconheceu que “cabe inteiramente” à equipe de Trump “determinar se, quando e em que termos poderão levantar quaisquer sanções que tenhamos implementado”.

Além disso, a força das sanções dependerá em grande parte da sua aplicação, com um responsável refletindo que “temos de fazer corresponder cada evasão a uma contramedida, e isso exigirá vontade política”.

“A Rússia fará todos os esforços para contornar essas sanções. É inevitável”, disse o oficial.

“Mas a evasão não é sem custos. A Rússia tem tido uma necessidade constante de se adaptar e reorientar suas cadeias de suprimentos. Isso cria ineficiência. Cria incerteza. Cria complexidade. Então nossas sanções são como quilos de areia nas engrenagens da máquina de guerra da Rússia”, disseram.

As medidas de hoje não têm sanções secundárias contra países específicos, afirmaram autoridades. China e Índia foram os principais importadores de petróleo russo durante a guerra na Ucrânia.

As autoridades argumentaram que esperaram até os últimos dias do governo para impor as sanções, em parte por causa do estado do mercado global de petróleo e do potencial impacto na economia dos EUA.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022 gerou temores de grandes interrupções no fornecimento de um dos principais produtores do mundo.

Os preços do petróleo atingiram US$ 130 o barril em março de 2022, contribuindo para a crise inflacionária na economia dos EUA e levando os preços da gasolina a máximas históricas.

“Durante grande parte desta guerra, os suprimentos globais estavam escassos e corriam o risco de não atender à demanda”, explicou o primeiro alto funcionário do governo, observando que isso provavelmente aumentaria as receitas para a Rússia “enquanto aumentaria os preços nas bombas de gasolina para as famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

Agora, disse o funcionário, tanto os mercados de petróleo quanto a economia dos EUA “estão em uma posição fundamentalmente melhor”.

Os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer nação na história mundial, forçando a OPEP a reduzir o fornecimento. Os preços do petróleo têm sido relativamente contidos, em parte por causa da produção recorde dos EUA.

Ainda assim, os preços do petróleo subiram acentuadamente na manhã de sexta-feira, mesmo antes do anúncio oficial das sanções, com alguns traders culpando os rumores de sanções.

O petróleo bruto dos EUA saltou 4% para quase US$ 77 o barril. O petróleo bruto Brent, referência mundial, avançou 3,7% para cerca de US$ 80 o barril.

Fonte: CNN
Biden impõe sanções ao petróleo russo para enfraquecer financiamento de guerra

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Portugal denuncia a presença de navio-espião russo em sua zona marítima

A Marinha de Portugal afirmou neste final de semana que detectou a presença de um navio-espião da Rússia em suas águas, movimentação que ocorre em meio a um aumento das atividades marítimas russas na costa portuguesa, disse o almirante Henrique Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada.

O militar também destacou que a intensidade do tráfego de embarcações russas nas águas portuguesas tem sido cada vez maior, com navios cruzando de norte a sul e vice-versa. Em declarações transmitidas pela CNN Portugal, Gouveia e Melo relatou que, em um curto período de tempo, pelo menos três navios de guerra russos, além de navios de apoio logístico e de pesquisa científica, passaram pela zona marítima que pertence a Portugal. Entre esses, destacou-se um navio especializado em atividades de espionagem, sobretudo eletrônica, cuja missão principal é a captação de emissões rádio e do espectro eletromagnético.

“Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte”, disse Gouveia e Melo.

Segundo a Marinha, durante as últimas duas semanas, foram mobilizados oito navios portugueses para acompanhar as movimentações russas, e o sistema de radar e controle de tráfego costeiro também foi utilizado para garantir a segurança da zona marítima portuguesa. De acordo com a Marinha, esse tipo de vigilância é essencial para defender os espaços marítimos sob soberania nacional.

Gouveia e Melo ressaltou que a presença do navio de espionagem não passou despercebida por Portugal e que a resposta da Marinha tem sido acompanhar, controlar e manter uma presença constante para garantir a segurança das águas portuguesas.

“Nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante”, afirmou o almirante.

Fonte: Gazeta do Povo
Portugal detectou navio-espião da Rússia em sua zona marítima

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Durante cúpula dos Brics, ministério russo é alvo de ataque cibernético

Na manhã desta quarta-feira (23), durante a cúpula dos Brics realizada em Kazan, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia foi alvo de um significativo ataque cibernético.

A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, destacou a magnitude do incidente, revelando que ataques DDoS foram utilizados, causando instabilidade no site oficial. Embora a origem do ataque não tenha sido confirmada, a situação conflituosa com a Ucrânia a coloca como uma potencial suspeita.

Em resposta a este desafio de segurança da informação, as autoridades locais intensificaram as medidas de segurança na cidade. As ações incluíram o fechamento de ruas e o aumento da presença de soldados e policiais, especialmente nas áreas próximas à estação de trem, visando proteger tanto os participantes da cúpula quanto a população local.

Kazan foi selecionada como sede da cúpula dos Brics devido à sua infraestrutura bem desenvolvida e localização estratégica. A cidade, que é a capital da República do Tartaristão, na Rússia, já sediou eventos internacionais anteriormente, demonstrando capacidade organizacional. A escolha também ressalta a importância geopolítica da região no cenário internacional.

Impacto dos Incidentes com Drones no Aeroporto de Kazan

Além do ataque cibernético, o aeroporto de Kazan enfrentou incidentes envolvendo drones, o que aumentou as preocupações sobre potenciais ameaças terroristas. Esses acontecimentos ressaltam a necessidade de vigilância redobrada durante a cúpula, um evento de grande importância política e econômica. As autoridades russas continuam monitorando de perto o ambiente para garantir a segurança do evento e dos participantes.

Como as autoridades russas estão lidando com a segurança?

A estratégia de segurança adotada pelas autoridades russas envolve múltiplas camadas de proteção. Essa abordagem inclui, mas não se limita a:

  • Ampliação da presença policial e militar em pontos estratégicos da cidade.
  • Monitoramento constante de tráfego aéreo para detectar drones não autorizados.
  • Implementação de bloqueios temporários em rotas de alto risco.

A Cúpula dos Brics e seu Significado Geopolítico

A cúpula dos Brics reúne as principais economias emergentes do mundo, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estes países discutem temas de interesse comum, como a cooperação econômica, segurança internacional e desenvolvimento sustentável.

Durante cúpula dos Brics, ministério russo é alvo de ataque cibernético – Terra Brasil Notícias

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Análise: Quais os interesses da Rússia e da China na crise da Venezuela

Ministério das Relações Exteriores da China também parabenizou Maduro por sua “reeleição bem-sucedida”. “A China felicita a Venezuela pelo sucesso das eleições presidenciais”, acrescentou o porta-voz Lin Jian.

Não são os únicos países a celebrar o sucesso de Maduro: também os governos de Cuba, Irã, Bolívia, Honduras e Nicarágua, entre outros, o fizeram. No entanto, Rússia e China, como duas das grandes potências militares e econômicas do mundo, estão no centro de uma crescente rivalidade com os Estados Unidos.

Quais são os interesses da Rússia e da China nessa crise e por que apoiam a continuidade do chavismo no poder?

Rússia, o eterno aliado

Em sua mensagem de felicitações, Putin destacou que as relações entre Rússia e Venezuela “têm o caráter de uma parceria estratégica”. “Gostaria de confirmar nossa disposição em continuar nosso trabalho construtivo em conjunto”, acrescentou.

As relações estreitas com a Rússia têm sido uma constante no chavismo desde sua chegada ao poder em 1999, e ambos os países são centrais para os interesses um do outro.

O vínculo começou no plano militar, quando a Venezuela começou a comprar armamentos da Rússia após os Estados Unidos, seu fornecedor habitual, terem interrompido as exportações de armas para o país em 2006, acusando-o de não cooperar na luta contra o terrorismo promovida por Washington. Especialmente entre 2007 e 2013, as compras de armas se multiplicaram.

Atualmente, a Venezuela opera uma grande quantidade de equipamento militar russo, que coexiste com material de origem americana e europeia adquirido em governos anteriores. De acordo com o balanço militar 2024 do International Institute for Strategic Studies (IISS), entre os sistemas operados estão os tanques T-72B1 e os transportes blindados de tropas BMP-3 e BTR-80A; os lançadores de foguetes BM-21 Grad e 9A52 Smerch; os helicópteros de ataque Mi-35M2 Hind; e os caças-bombardeiros Su-30MKV.

Os acordos de cooperação e os numerosos encontros entre os líderes cresceram com o tempo. Chávez visitou Moscou pela primeira vez em 2001 e continuou viajando regularmente durante sua presidência. Maduro também fez o mesmo, e em 2019 transferiu o escritório europeu da PDVSA de Lisboa para Moscou (enquanto a colaboração com a petrolífera estatal russa Rosneft aumentava).

Além disso, em setembro de 2008, uma frota da marinha russa visitou a Venezuela e realizou exercícios navais no Caribe, estrategicamente perto dos Estados Unidos, pela primeira vez desde a Guerra Fria.

Fonte: CNN
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A China está com Maduro: China pede respeito pela escolha do povo venezuelano após confirmação da vitória de Maduro

Isto ocorre vários dias depois da decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela que validou a proclamação de vitória de Nicolás Maduro e está em linha com o reconhecimento inicial de Pequim do questionado resultado das eleições de 28 de julho.

“O governo e o povo venezuelano são capazes de gerir os seus assuntos internos”, acrescentou o porta-voz Lin Jian na mensagem no X.

China e Rússia estão entre as potências que reconheceram a vitória de Maduro após as eleições. O Ministério das Relações Exteriores da China felicitou o presidente venezuelano pela sua “reeleição bem sucedida” um dia depois das eleições, sem exigir provas da vitória eleitoral.

“A China e a Venezuela são bons amigos e parceiros que se apoiam. A China atribui grande importância ao desenvolvimento das relações China-Venezuela e está disposta a trabalhar com a Venezuela para enriquecer continuamente a conotação da parceria estratégica China-Venezuela”, disse o porta-voz, Lin Jian, na mensagem de felicitações a Maduro.

Vários países do continente, como Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Peru, Estados Unidos, Paraguai, República Dominicana e Uruguai, rejeitaram a decisão do Supremo Tribunal de Justiça.

Brasil e Colômbia, por sua vez, insistem que a ata de votação seja publicada.

Fonte: CNN
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G7 promete ação contra práticas comerciais “injustas” da China

Os líderes do G7 prometeram nesta sexta-feira (14) combater o que chamaram de práticas comerciais injustas da China que estão prejudicando seus trabalhadores e indústrias, de acordo com uma declaração preliminar no último dia de sua cúpula anual.

O G7 também alertou sobre ações contra instituições financeiras chinesas que ajudaram a Rússia a obter armamentos para sua guerra contra a Ucrânia.

Os líderes de Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Japão discutiram nesta sexta-feira preocupações em torno do excesso de capacidade industrial da China, que os governos ocidentais dizem estar distorcendo os mercados locais.

O esboço da declaração, visto pela Reuters, enfatizou que o G7 não está tentando prejudicar a China ou impedir seu desenvolvimento econômico, mas que “continuará a tomar medidas para proteger nossas empresas de práticas injustas, para nivelar o campo de atuação e remediar os danos contínuos”.

Nesta semana, os EUA impuseram novas sanções às empresas chinesas que fornecem semicondutores para a Rússia, em meio a preocupações com a postura cada vez mais agressiva de Pequim em relação a Taiwan e a conflitos com as Filipinas sobre reivindicações marítimas rivais.

“A China não está fornecendo armas (para a Rússia), mas sim a capacidade de produzir essas armas e a tecnologia disponível para fazê-lo, portanto, está de fato ajudando a Rússia”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, a repórteres na cúpula na quinta-feira, depois de assinar um pacto de segurança bilateral com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Durante o primeiro dia de sua reunião no sul da Itália, as nações do G7 concordaram com um acordo para fornecer 50 bilhões de dólares em empréstimos para a Ucrânia, apoiados por juros de ativos russos congelados.

No esboço, os líderes do G7 também prometeram sanções contra entidades que ajudaram a Rússia a contornar as sanções sobre seu petróleo, transportando-o de forma fraudulenta.

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Putin irá propor comércio de grãos dentro dos Brics

A ideia é permitir que os compradores adquiram diretamente dos produtores e já foi apoiada por Putin antes mesmo do encontro em outubro

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que o governo apresente propostas para facilitar o comércio de grãos com outros países, incluindo a Índia, e a China, de acordo com documentos publicados neste sábado pelo Kremlin.

A ideia da troca de grãos também inclui Brasil , África do Sul,  e outros países que formam com a Rússia o grupo dos BRINCS (Brasil, Rússia, Índia, China).  A ideia é permitir que os compradores adquiram diretamente dos produtores e já foi apoiada por Putin antes mesmo do encontro entre as nações, em outubro.

O Kremlin pediu que as propostas sejam apresentadas até o dia 1º de julho pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e pela presidente do Banco Central, Elvira Nabiullina.

Putin também pediu que o governo desenhe novas medidas de apoio a produtores rurais, incluindo financiamento e o fornecimento de suprimentos como gasolina e diesel.

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