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Comércio Exterior, Economia, Importação, Industria, Informação, Vendas

“Blusinhas”: compras internacionais despencam, mas arrecadação dispara; veja números

Em 2024, o cenário das compras internacionais pelos brasileiros passou por mudanças significativas.

Embora tenha havido uma redução de 11% no número de itens importados em comparação com o ano anterior, a arrecadação do imposto de importação atingiu um recorde histórico, informa a Receita Federal nesta quarta-feira (29/1). Vale destacar que este imposto é frequentemente referido como a “taxa das blusinhas” entre os contribuintes.

Este aumento na arrecadação é atribuído, em parte, ao Programa Remessa Conforme e à legislação estabelecida pelo Congresso Nacional, que determina a tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação. O efeito dessas medidas foi significativo, com um crescimento de 40,7% na arrecadação em relação ao ano anterior.

Como as Compras Internacionais Foram Impactadas?

O Programa Remessa Conforme teve um papel crucial no processo de importação em 2024, abrangendo impressionantes 91,5% do total das importações. A implementação desse programa visou facilitar a declaração de importações e garantir que todas as remessas fossem devidamente tributadas. De acordo com a Receita Federal, o programa registrou mais de 171 milhões de declarações de importação no ano.

Além de aumentar a eficiência nos processos aduaneiros, o Programa Remessa Conforme contribuiu para uma maior transparência e controle sobre as remessas internacionais. Através desse mecanismo, o governo federal conseguiu não apenas melhorar a arrecadação, mas também assegurar o cumprimento das leis fiscais.

Por que a Arrecadação Atingiu Recordes em 2024?

Em 2024, a arrecadação do imposto de importação alcançou a marca histórica de R$ 2,8 bilhões, superando os R$ 1,98 bilhão arrecadados no ano anterior. O crescimento é atribuído a várias iniciativas governamentais, incluindo a previsão da “taxa das blusinhas” gerar um incremento de R$ 700 milhões na arrecadação acumulada do ano.

Esse aumento não ocorreu apenas devido ao Programa Remessa Conforme, mas também pela conscientização dos contribuintes sobre a necessidade do pagamento de impostos em todas as compras realizadas no exterior. Ironicamente, mesmo com uma redução no número total de produtos importados, a arrecadação se beneficiou do cumprimento mais rigoroso das normas tributárias.

Quais os Desafios e Perspectivas do Comércio Internacional no Brasil?

Apesar do aumento na arrecadação, o comércio internacional enfrenta desafios, como a adaptação às normas e a potencial resistência de consumidores que buscam alternativas para evitar taxas elevadas. Essa busca por alternativas pode resultar em uma mudança no comportamento de compra, favorecendo o mercado doméstico ou opções mais vantajosas economicamente.

No entanto, as perspectivas para o futuro indicam que a receita obtida com as importações continuará a desempenhar um papel importante na economia brasileira. O sucesso do Programa Remessa Conforme destaca o potencial de políticas fiscais orientadas para aumentar a eficiência e a transparência nos processos de importação.

A tendência para os próximos anos é que o Brasil continue a procurar maneiras de equilibrar a arrecadação tributária com o incentivo ao comércio internacional. Medidas adicionais podem ser implementadas para otimizar ainda mais os processos de importação e garantir que o mercado brasileiro continue atrativo tanto para consumidores quanto para investidores.

FONTE: Terra Brasil Notícia
“Blusinhas”: compras internacionais despencam, mas arrecadação dispara; veja números – Terra Brasil Notícias

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação

EUA e China se distanciam no comércio e Brasil amplia mercados, mostra estudo

Mckinsey destaca que as economias em desenvolvimento já respondem pela maioria das importações e exportações da China, mas continuam a fortalecer os laços comerciais em todo o espectro geopolítico

As grandes economias globais posicionadas em cada extremidade do espectro geopolítico, como Estados Unidos e China, têm negociado menos umas com as outras, enquanto as economias alinhadas de médio porte, como Brasil, Índia e países do Sudeste Asiático, têm aproveitado para ampliar seus mercados. A conclusão está na mais recente atualização do relatório “Geopolítica e a Geometria do Comércio Global”, do McKinsey Global Institute.

O estudo destaca que as economias em desenvolvimento, em vez das avançadas, agora respondem pela maioria das importações e exportações da China e que elas continuam a fortalecer os laços comerciais em todo o espectro geopolítico.

Essa é uma estratégia mais ampla do que a opção pela proximidade geográfica ou política, como as táticas de “friendshoring”, “nearshoring”, desacoplamento e redução de riscos.

Brasil
Sobre o Brasil, o relatório destaca que, entre 2017 e 2024, a trajetória geral do comércio do país tem sido de exportações crescentes — particularmente de produtos agrícolas e metais –para a China, complementadas por importações cada vez maiores de produtos manufaturados chineses em troca.

Essa trajetória das importações brasileiras continuou até 2024 e, em alguns casos, acelerou. “Por exemplo, entre 2022 e 2024, a participação da China nas importações de equipamentos de transporte do Brasil dobrou, de 11% para 22%, impulsionada principalmente pelas importações de veículos elétricos da China, que cresceram mais de seis vezes em valor.”

Da mesma forma, a China ganhou participação nas importações de produtos químicos e maquinário do Brasil em 2024.

No entanto, do lado da exportação, as exportações agrícolas do Brasil para a China caíram em 2024, impulsionadas principalmente por eventos climáticos extremos que afetaram a produção agrícola.

Outra fonte de crescimento comercial na Ásia para o Brasil tem sido o Sudeste Asiático (ASEAN), que está cada vez mais ganhando participação nas exportações brasileiras em todos os setores.

Um exemplo é Cingapura, que se tornou o terceiro maior destino das exportações de recursos energéticos do Brasil, depois da China e dos Estados Unidos. “Com o papel de Cingapura como um centro global de transporte, esses recursos energéticos brasileiros, por sua vez, ajudam a impulsionar a indústria global de transporte”, diz o texto.

Com essa reorientação comercial para a Ásia, a participação do Brasil no comércio com os parceiros intrarregionais, e em particular com a Argentina, continuou a cair, atingindo 15% em 2024.

EUA
Já os Estados Unidos continuam a diversificar seu comércio para longe da China e a negociar mais com ASEAN e o México. O relatório destaca que os EUA reduziram sua participação no comércio de produtos manufaturados com a China em seis pontos percentuais entre 2017 e 2024.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos aumentaram sua participação nas importações do México e da ASEAN em cerca de dois e quatro pontos percentuais, respectivamente. Como resultado, o México se tornou o maior fornecedor de mercadorias para os Estados Unidos em 2023, posição que a China ocupava desde 2007.

“Em 2024, tanto o México quanto a ASEAN continuaram a registrar ganhos comerciais com a reorientação comercial dos EUA, com ambas as economias ganhando participação no comércio dos EUA mais rapidamente em 2024 do que em média entre 2017 e 2023.”

Enquanto isso, a China perdeu participação nas importações dos EUA em quase todos os setores entre 2017 e 2024, com os declínios mais substanciais em eletrônicos, máquinas e têxteis e vestuário.

Nesses setores, a participação das importações dos EUA da China caiu entre 14 e 16 pontos percentuais no período. “Isso reflete uma mudança nos padrões de fornecimento dos Estados Unidos, em vez de uma mudança no mix ou nos valores de exportação da China. Na verdade, a China aumentou suas exportações globais nesses setores em mais de US$ 500 bilhões desde 2017”.

China
O comércio da China com a América Latina está em uma trajetória ascendente constante, impulsionado pelas importações agrícolas da China da região e pelo crescimento das exportações chinesas de bens manufaturados, abrangendo eletrônicos de consumo e produtos de tecnologia limpa, como células fotovoltaicas, baterias de íons de lítio e veículos elétricos.

Grande parte desse crescimento do comércio foi impulsionado pelo comércio com o Brasil – que em 2024 representou quase 50% de todo o comércio da China com a América Latina, contra pouco mais de 40% em 2017.

No entanto, muitas economias latino-americanas têm experimentado um rápido crescimento do comércio com a China. O valor do comércio entre Brasil e China cresceu cerca de 13% ao ano entre 2017 e 2024. Peru e Colômbia experimentaram uma taxa de crescimento semelhante.

E para algumas economias menores, o crescimento do comércio com a China tem sido ainda mais forte, com o Equador e a Costa Rica, por exemplo, registrando taxas de crescimento do comércio de quase 20% ao ano.

A China também aprofundou os laços comerciais com a Rússia, que tem sido uma fonte crescente de recursos energéticos para o gigante asiático e está emergindo como um destino significativo para os automóveis e outros equipamentos de transporte da China. “Em 2017, apenas 2% das exportações de equipamentos de transporte da China foram para a Rússia. Em 2024, esse número era superior a 10%.”

Outro ponto citado é que, com a reorientação para o mundo em desenvolvimento, a participação da China no comércio com as economias da Europa caiu marginalmente. Isso foi impulsionado principalmente por uma mudança no mix setorial das importações da China, e não pela perda significativa de participação das economias europeias em qualquer setor.

Por exemplo, as economias europeias ganharam participação nas importações de equipamentos de transporte da China entre 2017 e 2024, passando de cerca de 50% para cerca de 60%, diz o texto.

No entanto, o valor total das importações da China neste setor caiu cerca de 4% ao ano, à medida que o setor automotivo doméstico da China continuou a crescer, reduzindo sua dependência de importações.”

Como resultado, o valor das exportações de equipamentos de transporte da Europa para a China estagnou – a fatia maior não compensou o encolhimento do bolo. Um padrão semelhante pode ser visto nas exportações europeias para a China de têxteis e vestuário e, até certo ponto, produtos químicos e farmacêuticos.”

FONTE: INFOMONEY
EUA e China se distanciam no comércio e Brasil amplia mercados, mostra estudo

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Agronegócio, Economia, Exportação, Industria

Abertura de mercados agrícolas nos Estados Unidos

Com esses anúncios, o Brasil alcança 13 aberturas de mercado em 2025, totalizando 313 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023

O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pelo governo dos Estados Unidos, da autorização para a exportação de fruto seco de macadâmia, farelo de mandioca e fibra de coco do Brasil, sem a necessidade de certificação fitossanitária.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 12 bilhões em produtos agropecuários para os Estados Unidos. Entre os setores que mais contribuíram para essas exportações estão café, bebidas, produtos florestais, produtos de cacau e carnes. A abertura para os novos produtos deverá beneficiar, especialmente, pequenos e médios produtores brasileiros, que poderão acessar mercado de alto valor agregado.

Com esses anúncios, o Brasil alcança 13 aberturas de mercado em 2025, totalizando 313 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023.

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Informações à imprensa
imprensa@agro.gov.br

FONTE: MAPA
Abertura de mercados agrícolas nos Estados Unidos — Ministério da Agricultura e Pecuária

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Agronegócio, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação, Internacional

Piscicultura brasileira registra crescimento nas exportações em 2024

Conforme informações divulgadas pela Embrapa Pesca e Aquicultura, as exportações da piscicultura brasileira apresentaram um crescimento recorde em 2024, com aumento de 138% em valor, alcançando 59 milhões de dólares. Em volume, o crescimento foi de 102%, passando de 6.815 toneladas para 13.792 toneladas, o maior aumento desde 2021.

O principal responsável por esse incremento foram os embarques de filés frescos, que atingiram 36 milhões de dólares, seguidos pelos peixes inteiros congelados, com 17 milhões de dólares.

A tilápia continua sendo a principal espécie exportada pelo Brasil, representando 94% das exportações nacionais do setor, com um total de 55,6 milhões de dólares, o que representa um impressionante crescimento de 138% em comparação com o ano anterior. Esse aumento consolidou a tilápia como a estrela da piscicultura brasileira no comércio internacional.

De acordo com Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o motivo do aumento de 138% no valor exportado deve-se à redução no preço da tilápia no mercado interno. ”Houve uma importante queda no preço da tilápia pago ao produtor ao longo de 2024. Se, no final de 2023, o preço da tilápia pago ao produtor chegava a uma média de R$9,73 o quilo, ao término de 2024 esse valor caiu para R$ 7,85, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)”, explica.

O aumento da cotação do dólar frente ao real também é outro fator que justifica o aumento das exportações, além da elevação da produção da tilápia. “Houve um aumento de produção da espécie, e o mercado interno não absorveu a maior oferta. Com isso, as empresas buscaram outros países para vender o pescado”, explica Pedroza.

Os Estados Unidos destacaram-se como o maior destino do peixe brasileiro, sendo responsáveis por 89% das exportações do setor, com um valor total de 52,3 milhões de dólares. Nesse contexto, a tilápia foi, sem dúvida, a principal espécie exportada para os norte-americanos, mantendo sua posição de liderança no mercado. Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de peixes para os Estados Unidos a partir de 2021. Os dados são do DataLiner:

Exportações Brasileiras de carne de peixe e peixe congelado para os Estados Unidos | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Apesar do crescimento recorde nas exportações em 2024, a balança comercial de produtos da piscicultura fechou com déficit de US$ 992 milhões, devido ao aumento das importações que atingiram US$ 1 bilhão. O salmão é a principal espécie importada na piscicultura pelo Brasil, seguido pelo pangasius. Houve um aumento de 9% em valor da importação do salmão e em 5% em volume, atingindo a marca de 909 milhões de dólares. Isso corresponde a 87% do volume total importado pelo país”, afirma Pedroza.

Fonte: Oeste Notícias 
Piscicultura brasileira apresenta aumento nas exportações

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Economia, Importação, Informação, Internacional

Retorno de Trump aumenta tensões para a economia brasileira

Analistas alertam que o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos trouxe um novo nível de incerteza para o já desafiador cenário econômico do Brasil.

Nos últimos dois anos, a política fiscal “fortemente expansionista” do Brasil elevou a economia além de seu potencial, aumentando os riscos inflacionários. Esse contexto doméstico agora se cruza com “fortes ventos contrários vindos do exterior”, que devem se intensificar, escreveram Silvia Matos e Armando Castelar na edição de janeiro do Boletim Macro do FGV Ibre, compartilhado com exclusividade ao Valor.

Para Elizabeth Johnson, analista da TS Lombard, o retorno de Trump adiciona outro elemento de imprevisibilidade às perspectivas econômicas do Brasil. Apesar de ser um dos países menos dependentes dos EUA na América Latina e de ter um déficit comercial com o país, “há preocupação de que o Brasil e seu líder de esquerda, o presidente Lula, possam se tornar alvos fáceis para Trump enquanto ele impulsiona sua agenda ‘América Primeiro’”, explicou Johnson em um relatório aos clientes.

A pesquisadora do FGV Ibre, Lia Valls, lembrou também dos comentários anteriores de Trump sobre as “altas tarifas de importação” do Brasil e a falta de reciprocidade, levantando a possibilidade de investigações sob a Seção 301. Essa lei comercial dos EUA permite ações retaliatórias caso empresas americanas sejam prejudicadas.

Valls explicou que os bloqueios dos EUA paralisam atualmente o mecanismo de resolução de disputas da OMC, dificultando que o Brasil conteste tais medidas ou imponha contrarretaliações. “Assim como no primeiro mandato de Trump, o caminho é pela negociação”, disse ela.

Embora um aumento generalizado de tarifas sobre produtos brasileiros pareça improvável, Valls não descartou aumentos setoriais, particularmente em aço ou possivelmente produtos de carne, influenciados por lobbies industriais nos EUA.

Guerra comercial global

Os impactos indiretos também podem ser significativos. Johnson, da TS Lombard, alertou que uma prometida guerra comercial poderia desestabilizar a China—maior parceiro comercial do Brasil—e a economia global. Enfrentando múltiplos desafios, como dívida pública crescente, alta inflação e desaceleração econômica, o Brasil corre o risco de um “pouso forçado” antes das eleições presidenciais de 2026, especialmente se o conflito comercial afetar exportações agrícolas ou levar a medidas populistas para gerenciar as consequências.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, observou que a aparente moderação de Trump em relação à China durante seu discurso inaugural, juntamente com sua recente aproximação ao presidente chinês Xi Jinping, pode indicar disposição para negociar. No entanto, isso pode prejudicar as exportações de soja do Brasil, que se beneficiaram durante o primeiro mandato de Trump devido às tensões comerciais entre EUA e China.

“Não acredito que o raio caia duas vezes no mesmo lugar”, disse Leal. “Acho que o Brasil será prejudicado de qualquer forma em relação à China e aos EUA, seja por uma redução no comércio internacional, por uma guerra comercial global, ou porque os EUA e a China chegam a um acordo, reduzindo nossas exportações agrícolas para lá.”

Atualmente, a China absorve quase 75% das exportações de soja do Brasil. Embora a safra de soja de 2025 esteja praticamente garantida, um acordo EUA-China no primeiro semestre do ano poderia comprometer as exportações brasileiras de milho no meio do ano e a safra de 2026, acrescentou Leal.

O compromisso do Brasil com uma política externa e comercial de não alinhamento poderá ser testado pelas crescentes tensões entre EUA e China. Valls, do FGV Ibre, destacou a importância de o Brasil assinar o acordo comercial Mercosul-União Europeia como um passo para diversificar suas relações comerciais.

“O acordo ainda requer aprovações e, mesmo após aprovado, inclui um cronograma de redução tarifária que, em alguns casos, leva até 18 anos. No entanto, pode desviar o comércio de importações dos EUA, particularmente no setor industrial. Notavelmente, um marco foi negociado para tratar de minerais críticos, o que poderia afetar os interesses dos EUA nessa área”, observou Valls.

Ao mesmo tempo, a China tem se preparado para uma possível retaliação dos EUA sob Trump. No final de 2024, durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, os dois países assinaram 37 acordos, incluindo memorandos sobre tecnologia, saúde e inovação. Significativamente, a China abriu seu mercado para exportações brasileiras de sorgo, o que Valls interpretou como uma estratégia preventiva contra potenciais conflitos EUA-China.

Acordo de Paris

A saída de Trump do Acordo de Paris, ordens executivas restringindo incentivos para a transição energética e anúncios de aumento na produção de petróleo sinalizam que os EUA estão “virando as costas para o mundo”, alertou Leal, da G5 Partners. Ele observou que essas ações podem apresentar desafios ao Brasil, que ocupa uma posição-chave nas discussões globais sobre clima, e potencialmente minar a conferência climática COP30, marcada para novembro em Belém.

Diplomaticamente, a presidência do Brasil no bloco BRICS em 2025—cujos membros incluem China, Rússia e Irã—adiciona outra camada de complexidade. Os EUA há muito veem o BRICS com ceticismo, e quaisquer discussões renovadas sobre uma moeda comum dentro do bloco podem provocar ações retaliatórias da administração Trump, alertou Leal. Como presidente do BRICS, “o Brasil estará sob os holofotes”, e Trump não hesitará em reagir se o bloco desafiar os interesses dos EUA, disse Leal.

Fonte: Valor International
Trump’s return escalates tensions for Brazil’s economy | Economy | valorinternational

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Exportação, Industria, Informação, Notícias

Brasil registra redução nas exportações para a China

De acordo com o relatório CEBC-Alerta, realizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China, as exportações do Brasil para a China apresentaram uma queda significativa em 2024, impulsionada pela redução de 19% no faturamento das vendas de soja.

Esse declínio foi resultado de uma diminuição tanto no volume embarcado (-2,6%) quanto no preço (-20%) do produto, que continua sendo um dos principais itens exportados para o mercado chinês. A soja teve sua participação na pauta de exportações do Brasil para a China reduzida em 3,9 pontos percentuais, fechando o ano com 33% do total exportado.

Apesar dessa queda, a China manteve-se como o principal destino das exportações brasileiras de soja, absorvendo 73% do total exportado em 2024. No entanto, o cenário foi mais positivo para outros produtos. O petróleo, por exemplo, se destacou como o principal produto exportado pelo Brasil para o mundo, com uma participação de 13% nas exportações totais. O faturamento com as exportações de petróleo cresceu 5,2%, e a China se manteve como o maior destino dessas exportações, com 45% do total enviado para o exterior. O valor das vendas de petróleo para o mercado chinês teve um pequeno aumento de 1% em relação ao ano anterior.

O gráfico abaixo revela o padrão de exportações de contêineres do Brasil para a China entre janeiro de 2021 e novembro de 2024. Os dados vêm do DataLiner da Datamar.

Exportações de contêineres para a China | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUS

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Além da China, outros países também se destacaram nas exportações de petróleo. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com uma participação de 13%, seguidos pela Espanha, com 11%. Dessa forma, a China segue como o principal parceiro comercial do Brasil em termos de exportações, especialmente no setor de petróleo, demonstrando sua importância estratégica no comércio internacional do Brasil.

Fonte: Agro Link
Brasil registra redução nas exportações para a China

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Industria, Informação, Negócios, Notícias

China interrompe compra de soja de 5 exportadoras brasileiras

Suspensão ocorre enquanto causa das não conformidades são investigadas

A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) notificou o governo brasileiro informando a detecção de pestes e revestimento de pesticidas na soja exportada por cinco unidades de empresas brasileiras ao país asiático.

As exportações de soja dessas unidades para a China foram temporariamente suspensas enquanto a causa das não conformidades são investigadas.

Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) brasileiro disse que foi informado previamente pelo governo chinês da suspensão e que ações para avaliação dos casos já estão em curso.

– O Mapa possui expectativa do recebimento, na maior brevidade possível, dos planos de ação das empresas envolvidas para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências das não conformidades detectadas pelos chineses. Da mesma forma, o Mapa intensificará as ações de fiscalização nos embarques de soja do Brasil para a China – diz o texto.

De acordo com a pasta, a partir das ações adotadas, o governo brasileiro transmitirá todas as informações relevantes para avaliação pelas autoridades chinesas e solicitará a revogação da suspensão temporária em vigor.

– O tema está sendo tratado com naturalidade, considerando que não conformidades, como estas indicadas pelo lado chinês, são passíveis de acontecer na rotina das exportações e ações para correção de eventuais desvios são sempre importantes para o fortalecimento das relações de confiança – disse o Mapa.

Segundo o governo brasileiro, a suspensão das exportações de soja dessas cinco unidades não deverá trazer impacto significativo nas vendas ao exterior do produto brasileiro.

– Vale reforçar que outras unidades das empresas notificadas seguem exportando normalmente para a China, sendo as suspensões válidas apenas para as cinco unidades oficialmente notificadas. Portanto, os volumes negociados pelo Brasil não serão afetados em função desta suspensão temporária destas cinco unidades notificadas – destacou ainda o Mapa.

Fonte: Pleno News
China suspende compra de soja de cinco exportadoras brasileiras | Economia | Pleno.News

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Brasil Espera Aumento nas Exportações de Carne para as Filipinas

Brasil Espera Aumento nas Exportações de Carne para as Filipinas

As Filipinas, um dos mercados que mais cresceram na importação de carne brasileira em 2024, estão prestes a ampliar sua parceria com o Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, o governo filipino deve formalizar nas próximas semanas a aprovação de instalações comerciais de armazenamento brasileiras para a exportação de carne de frango, suína e bovina.

“Todos os armazéns comerciais inspecionados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) estarão aptos a armazenar produtos destinados às Filipinas, desde que a carne seja proveniente de plantas processadoras já aprovadas para aquele mercado”, afirmou Luís Rua, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. A medida deve aumentar a capacidade de produção e agilizar os processos de exportação para empresas brasileiras.

Rua destacou que os frigoríficos frequentemente enfrentam limitações de armazenamento, o que restringe sua capacidade de ampliar a produção e as exportações. A aprovação dos armazéns comerciais deverá reduzir esses gargalos, permitindo um aumento nos embarques para as Filipinas. Apesar de as autoridades filipinas já terem tomado a decisão, a publicação formal ainda está pendente.

Os armazéns refrigerados, normalmente localizados perto de zonas alfandegárias, portos ou grandes polos de produção e distribuição, necessitam de autorizações específicas para exportar os produtos armazenados. No Brasil, cerca de 140 dessas instalações estão em operação, mas atualmente são proibidas de exportar, criando o que Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), descreveu como um “importante gargalo logístico”.

“Atualmente, os embarques para compradores importantes como as Filipinas são feitos diretamente das unidades de produção, o que limita a capacidade, eleva os custos e reduz a competitividade”, destacou Santin. “A autorização desses armazéns aumentaria a capacidade de armazenamento das empresas e sua flexibilidade comercial, além de reduzir os custos logísticos – especialmente em momentos de desafios como a escassez de contêineres, que vivenciamos durante a pandemia.”

O gráfico abaixo mostra o padrão de embarques brasileiros de carne em contêineres para as Filipinas entre janeiro de 2021 e novembro de 2024. Esses dados foram derivados do DataLiner.

Exportações de carne para as Filipinas | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Padrões de Inspeção

Em 2024, as Filipinas aprovaram um sistema de pré-listagem para unidades exportadoras do Brasil, reconhecendo a equivalência dos padrões de inspeção sanitária brasileiros. Sob esse sistema, frigoríficos e armazéns auditados e aprovados pelo Ministério da Agricultura do Brasil são automaticamente aceitos pelas autoridades filipinas.

Se esse modelo de pré-listagem for estendido aos armazéns comerciais, todas as instalações inspecionadas pelo SIF poderão negociar com importadores filipinos. “Seja por meio das regras do SIF ou da pré-listagem, essa autorização seria um passo significativo para fortalecer os laços comerciais entre os exportadores brasileiros e os compradores filipinos”, afirmou Santin.

A esperada aprovação dos armazéns brasileiros deve fortalecer a posição do Brasil no mercado de carne das Filipinas, melhorar a eficiência logística e abrir novas oportunidades de crescimento em uma das economias mais dinâmicas da Ásia.

Fonte: Valor International
Brazil anticipates boost in meat exports to the Philippines | Economy | valorinternational

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Puxadas pela celulose, exportações cresceram 25% em MS

As exportações da indústria de transformação de Mato Grosso do Sul cresceram 25% de janeiro a novembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando um aumento de US$ 4,74 bilhões para US$ 5,93 bilhões em valor e de 7,66 milhões de toneladas para 8,54 milhões de toneladas em volume.

Os principais produtos exportados incluem celulose, carne bovina, farelos de soja e açúcares.

Em novembro de 2024, houve um aumento de 21,34% no valor total exportado, apesar de uma queda de 3,2% na produção industrial em relação ao mesmo mês do ano anterior. O setor de transformação, responsável por grande parte da movimentação econômica do estado, registrou um crescimento acumulado de 7,4% no ano, enquanto as indústrias extrativas enfrentaram uma retração significativa.

Entre os destaques, a fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentou alta de 5,8% no acumulado do ano. Já o segmento de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou crescimento de 4,8% no acumulado anual e 5,4% nos últimos 12 meses.

Os dados são da Carta de Conjuntura da Indústria de janeiro de 2025, divulgada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base na PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal) do IBGE.

O bom desempenho está alinhado à liderança de produtos como celulose, carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, farelos de soja, açúcares e melaços, e gorduras e óleos vegetais.

Somente em novembro de 2024, a indústria sul-mato-grossense, na totalização de seus setores, registrou alta de 21,34% no valor total exportado, saindo de US$ 5,09 bilhões para US$ 6,17 bilhões. Já a produção industrial no período teve queda de 3,2% em comparação ao mesmo mês de 2023.

O setor de transformação é responsável por boa parte da movimentação econômica de Mato Grosso do Sul e registrou crescimento de 7,4% no acumulado do ano.

As indústrias extrativas tiveram retração de 23% no acumulado do ano e de 22,6% nos últimos 12 meses.

Fonte: Aconteceu MS
Puxadas pela celulose, exportações cresceram 25% em MS — AconteceuMS

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Brasil segue dependente de trigo importado, mas exportações quase batem recorde

Em 2024, o Brasil alcançou a segunda maior colheita de trigo de sua história, com uma produção de 8 milhões de toneladas. Apesar do avanço, o país ainda não é autossuficiente no cereal.

O volume total movimentado (soma de exportações e importações) foi de 9,48 milhões de toneladas, evidenciando a dependência do mercado externo para atender ao consumo interno, estimado entre 12 e 13 milhões de toneladas anuais.

Essa lacuna resultou na importação de 6,65 milhões de toneladas de trigo em 2024, um crescimento expressivo de 59% em relação a 2023, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Por outro lado, as exportações brasileiras do cereal registraram um desempenho relevante, atingindo 2,83 milhões de toneladas, um aumento de 20,4% em relação ao ano anterior.

Aqui está uma visão geral dos dados históricos sobre as importações brasileiras de trigo em contêineres. Os dados são do DataLiner:

Importações brasileiras de trigo | Jan 2021 – Nov 2024| TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Mercado interno: ritmo lento

Produção e qualidade: os desafios para 2025

De acordo com Giovani Ferreira, diretor do Canal Rural Sul, o Brasil precisa intensificar os esforços para reduzir a dependência de trigo importado. “Para 2025, a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de, pelo menos, repetir a produção de 2024, alcançando novamente 8 milhões de toneladas”, aponta Ferreira.

No entanto, ele destaca que a qualidade do trigo produzido é um fator crucial nessa equação. “O mercado interno demanda trigo tipo pão, de alta qualidade. Não basta aumentar a produção sem investir em genética e biotecnologia para garantir um produto competitivo”, reforça o especialista.

Com uma balança comercial cada vez mais aquecida e desafios estruturais na produção, o Brasil segue buscando equilíbrio entre suprir o mercado interno e ampliar sua presença no cenário global de trigo.

Fonte: Globo Rural
Brasil se mantém refém de trigo importado, mas volume de exportação quase foi recorde

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