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Brasil caminha para a maior saída de dólares desde 1982

Dados preliminares mostram US$ 18,4 bilhões em saídas líquidas até 20 de dezembro

O Brasil pode ter sua maior saída mensal de dólares em mais de quatro décadas em dezembro, de acordo com dados do Banco Central. Os números preliminares indicam um saldo líquido negativo de US$ 18,4 bilhões até 20 de dezembro – mesmo em meio a repetidas intervenções de mercado pela autoridade monetária. A maior saída mensal já registrada foi de US$ 18,9 bilhões em setembro de 1998. Se as tendências atuais persistirem, o total de dezembro pode ultrapassar essa marca.

A maior parte da saída líquida de US$ 18,4 bilhões de dezembro resultou da conta financeira, que totalizou US$ 18,2 bilhões em saídas. No dia 10 de outubro, o Valor já havia alertado que o fluxo financeiro negativo poderia bater recorde este ano, superando a fuga de capitais observada em 2020, no início da pandemia de Covid-19.

Para que o saldo final de 2024 não bata recordes, as entradas precisarão aliviar a pressão sobre a conta financeira ou receber um impulso dos fluxos comerciais – um cenário improvável no final do ano. Historicamente, os fluxos de dólares provenientes das exportações aumentam no primeiro semestre do ano, quando as safras de grãos do Brasil geram superávits comerciais mais fortes.

Analistas de mercado disseram não ter ficado surpresos com a forte fuga de capitais em dezembro, apontando que a economia do Brasil permaneceu robusta em 2024. Lucros corporativos saudáveis provavelmente se traduziram em dividendos mais altos pagos no exterior.

A sazonalidade também desempenhou um papel: o chefe da tesouraria de um grande banco, que falou sob condição de anonimato, disse que muitos empresários estavam tentando converter a moeda local em dólares. “Muitas pessoas estão preocupadas com o que o governo pode fazer para garantir a reeleição do Partido dos Trabalhadores em 2026”, disse ele. “Com o Banco Central vendendo dólares, há uma oportunidade de transferir capital para o exterior a um preço melhor”, acrescentou.

Um gerente de moeda descreveu a situação como uma “tempestade perfeita”, explicando: “Parecia uma saída sazonal maior do que o normal, além de temores adicionais de investidores estrangeiros levando-os a sair de títulos e ações locais, importadores acelerando suas compras e empresas e indivíduos também enviando dinheiro para o exterior. “

Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, disse que as saídas contínuas da conta financeira provavelmente continuarão. “Nesse ambiente, em que uma taxa Selic mais alta não atrai capital – em parte por causa das altas taxas de juros nos Estados Unidos – esperamos que as saídas de capital persistam”, observou.

Apesar das crescentes saídas, o fluxo cambial do Brasil para o ano permanece positivo em geral. No entanto, dados recém-divulgados do Banco Central mostram que o câmbio contratado caiu para um saldo negativo de US$ 10 bilhões.

Olhando para o futuro, Salles sugeriu que a atividade de importação mais lenta em 2025 poderia oferecer algum alívio. “Muitas importações podem cair devido às altas taxas de juros, que pesam sobre o investimento corporativo”, disse ele. “Máquinas e equipamentos respondem por uma parcela significativa das importações, e esse setor provavelmente terá efeitos mais pronunciados no próximo ano.”

Ele também espera que a conta comercial seja “um pouco mais robusta”, embora ainda insuficiente para compensar o provável déficit na conta financeira.

O economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, acredita que o fluxo continuará fraco em 2025. Ele alertou que as incertezas locais podem diminuir os fluxos relacionados às exportações. “A lacuna entre a exchange embarcada e a exchange contratada (o que realmente é trazido para o país) aumentou no final deste ano”, disse ele. “Se as incertezas continuarem, os exportadores podem preferir manter mais recursos no exterior em vez de remetê-los ao Brasil.”

O Banco Central interveio repetidamente para domar a volatilidade decorrente da escassez de dólares. Em 13 de novembro, fez sua primeira intervenção de “leilão de linha” – vendendo dólares com um acordo de recompra – para conter a pressão de alta sobre o cupom de moeda.

Em dezembro, o Banco Central seguiu com mais leilões de linha e começou a vender dólares diretamente no mercado à vista, desta vez sem acordo de recompra. Na quinta-feira, a autoridade monetária havia vendido US$ 3 bilhões no mercado à vista, elevando o total do mês para US$ 19,7 bilhões.

FONTE: Valor International
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Brasil registra déficit em conta corrente de US$3,060 bi em novembro, diz BC

O Brasil registrou déficit em transações correntes um pouco menor do que o esperado em novembro enquanto o investimento direto superou a expectativa, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Os dados mostram que o déficit em transações correntes no mês passado ficou em 3,060 bilhões de dólares, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,37% do Produto Interno Bruto.

A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de 3,344 bilhões de dólares em novembro, depois de déficit de apenas 3 milhões de dólares no mesmo mês de 2023.

Já os investimentos diretos no país alcançaram 6,956 bilhões de dólares, contra 6,5 bilhões de dólares projetados na pesquisa e 6,668 bilhões no ano anterior. No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de 4,974 bilhões de dólares ante rombo de 4,371 bilhões de dólares no mesmo período de 2023.

Em novembro, a balança comercial teve superávit 6,327 bilhões de dólares, contra 7,999 bilhões de dólares no mesmo mês do ano passado.

Por sua vez, o rombo na conta de serviços ficou em 4,664 bilhões de dólares, contra saldo negativo de 3,742 bilhões de dólares em novembro do ano anterior

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(Por Camila Moreira)
FONTE: Investing.com
https://br.investing.com/news/economic-indicators/brasil-registra-deficit-em-conta-corrente-de-us3060-bi-em-novembro-diz-bc-1425080

 

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BC vende US$2,015 bi em novo leilão à vista após dólar atingir R$6,20

BC aceitou 22 propostas a uma taxa de 6,15 reais por dólar, entre às 12h17 e 12h22

O Banco Central vendeu um total de 2,015 bilhões de dólares em um novo leilão à vista realizado no início da tarde desta terça-feira, praticamente ao mesmo tempo em que a divisa norte-americana ultrapassava o patamar histórico de 6,20 reais, informou a autarquia em comunicado.

No leilão, o BC aceitou 22 propostas a uma taxa de 6,15 reais por dólar, entre às 12h17 e 12h22.

Mais cedo, a autarquia vendeu 1,272 bilhão de dólares à vista em outro leilão realizado durante a manhã, no que está sendo a quarta sessão consecutiva de intervenção no mercado de câmbio.
Após o leilão, às 12h38, o dólar à vista desacelerava sua alta e subia 1,14%, a 6,1612 reais na venda.

FONTE: infomoney.com

BC vende US$2,015 bi em novo leilão à vista após dólar atingir R$6,20

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URGENTE: Dólar continua em alta e atinge R$ 6,20

O dólar segue em disparada na sessão desta terça-feira, 17, e atingiu o nível de R$ 6,20, depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgar a ata que apontou a piora nas expectativas de inflação e o crescimento da atividade econômica, mesmo com uma política monetária restritiva em vigor.

Com a valorização da moeda, o Banco Central realizou uma nova intervenção e vendeu US$ 1,272 bilhão no mercado à vista. A operação, realizada entre 9h36 e 9h41, aceitou sete propostas com uma taxa de R$ 6,1005 por dólar.

Às 12h16, o dólar à vista avançava 0,89%, sendo negociado a R$ 6,2027 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, apresentava alta de 0,29%, alcançando 123.985,39 pontos.

O que influencia o dólar?
Para conter o avanço do dólar, o BC realizou novo leilão de venda à vista, disponibilizando ao menos US$ 1 milhão no mercado interno.

Na ata do Copom, o BC reiterou que o aumento do câmbio pressiona os preços, especialmente com uma demanda aquecida e expectativas de inflação acima das metas.

“Lembrou-se que o repasse do câmbio para os preços aumenta quando a demanda está mais forte, as expectativas (de inflação) estão desancoradas (acima das metas) ou o movimento cambial é considerado mais persistente”, disse o BC.

“Desse modo, o Comitê deve acompanhar de forma mais detida como se dará a transmissão da taxa de câmbio e das condições financeiras para preços e atividade”, avaliou a autarquia.

Sobre o pacote fiscal, o BC avaliou que a “percepção dos agentes econômicos afetou, de forma relevante, os preços de ativos, assim como as expectativas especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio”.

Fonte: Revista Oeste
https://revistaoeste.com/economia/dolar-abre-em-alta-e-atinge-pico-de-r-616/

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BC participa de projeto do BIS que viabilizará o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio da interoperabilidade de open finance

O Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) está lançando o Projeto Aperta (“aberto” em latim), com vistas a explorar como reduzir fricções e custos nas finanças globais, ao permitir compartilhamento transfronteiriço de dados de forma contínua.
O projeto busca conectar infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições. O caso de uso inicial a ser explorado é o financiamento do comércio internacional (trade finance) para pequenas e médias empresas (PME), com várias outras aplicações a seguir.
Por que o Projeto Aperta?
Negócios baseados em trade finance enfrentam diversos desafios quando utilizam produtos financeiros que facilitam o comércio, tais como cartas de crédito, seguro de crédito comercial e financiamento a cadeias produtivas. Os processos costumam ser ineficientes e dispendiosos devido ao excesso de burocracia manual e à ausência de portabilidade digital de dados. A digitalização do trade finance pode promover o crescimento econômico sustentável e apoiar a estabilidade financeira, contribuindo para a resiliência do sistema financeiro global.
Por volta de 70 jurisdições atualmente regulamentam o open finance com variadas abordagens, sendo o open banking um subconjunto. Esses ecossistemas de open finance normalmente operam com diferentes padrões e protocolos domésticos, impedindo o regular fluxo transfronteiriço de dados. Contudo, as tecnologias baseadas em interfaces de programação de aplicação (application programming interfaces – APIs) têm o potencial de melhorar significativamente o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio desses ecossistemas já existentes, uma vez que o verdadeiro valor reside na facilitação dos fluxos internacionais de dados.
Algumas jurisdições começaram a adotar o compartilhamento transfronteiriço de dados através de acordos bilaterais, mas isso acarreta risco de causar fragmentação no escopo, nos padrões e nas soluções. Tal fragmentação, por sua vez, reduz a interoperabilidade e a escalabilidade, ao mesmo tempo que aumenta a complexidade geral. É essencial concentrar-se em evitar a fragmentação e promover a interoperabilidade.
É neste ponto que o Projeto Aperta pode desempenhar um papel fundamental para preencher esta lacuna.
O que é o Projeto Aperta
O Projeto Aperta é um protótipo de rede multilateral de interoperabilidade transfronteiriça, que conecta as infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições, permitindo um compartilhamento de dados financeiros de forma segura, criptografada de ponta a ponta, consentida pelo consumidor, e sem interrupções, por meio de APIs. Isso permite que instituições financeiras e demais instituições participantes desses ecossistemas possam estabelecer confiança mútua transfronteiriça e compartilhar dados em um ambiente seguro de ponta a ponta.
Como funciona o Projeto Aperta
O Projeto Aperta fornecerá um mecanismo inovador para interoperabilidade global, oferecendo harmonização de recursos, funcionalidades, casos de uso, protocolos de segurança, procedimentos operacionais e estruturas de confiança para open finance em diversas jurisdições. Nesta fase inicial, as jurisdições participantes incluem Brasil, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Hong Kong RAE. Os participantes possuem diferentes abordagens para open finance – variando de modelos liderados pela regulação, híbridos a modelos liderados pelo mercado.
A natureza multilateral do Projeto Aperta permitirá que uma instituição – como um banco, fintech, ou outro tipo de instituição – em uma jurisdição se conecte perfeitamente com instituições em outras jurisdições. Isto facilitará a troca de informações, como dados de pagamento e de conta, cartas de crédito ou conhecimentos de embarque eletrônicos (electronic bills of lading).
Quais são os casos de uso para o protótipo?
O protótipo habilitará o compartilhamento transfronteiriço de:
• dados da conta do consumidor e do negócio para um banco no exterior para abrir uma nova conta lá mais rapidamente
• dados de trade finance relacionados a transportes para reduzir significativamente os custos e aumentar a velocidade do comércio internacional
Quem está envolvido no Projeto Aperta?
O Projeto Aperta é uma colaboração entre o BIS Innovation Hub Hong Kong Centre, o Banco Central do Brasil, o Central Bank of the United Arab Emirates, a Financial Conduct Authority do Reino Unido, a Hong Kong Monetary Authority, a Global Legal Entity Identifier Foundation, a International Chamber of Commerce Digital Standards Initiative, e a Hong Kong University Standard Chartered Foundation FinTech Academy.
FONTE: Banco Central do Brasil
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20464/nota
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Dólar a R$ 7 tornou-se uma realidade para investidores; entenda.

Analistas estrangeiros não conseguem ver uma luz no fim do túnel do câmbio entre o real e o dólar.

Conforme mostra a coluna de Carlo Cauti na Edição 247 da Revista Oeste, os gringos avaliam a possibilidade de um câmbio em R$ 7 em 2025. De acordo com um relatório recente do banco Morgan Stanley, a depreciação do real pode ir ainda mais longe caso o Banco Central peca autonomia, ou seja, deixe de controlar as expectativas de inflação por meio da política monetária. É um cenário chamado pelos economistas de “dominância fiscal”.

Segundo o Morgan Stanley, o real tem “espaço para ficar ainda mais barato”. De outra forma, o câmbio pode piorar ainda mais. O banco norte-americano Wells Fargo está um pouco mais otimista nesse prazo do que o Morgan Stanley; aquela instituição financeira vê a chance de o dólar chegar a R$ 7 até o começo de 2026.

As projeções para o dólar em 2025.

A crescente preocupação com o cenário cambial no Brasil reflete-se nas previsões para o dólar nos próximos anos. A Pesquisa Focus, um termômetro relevante do mercado financeiro, projeta que o dólar chegue a R$ 5,77 ao fim de 2025, o que indica uma deterioração nas expectativas para o real.

Estimativas de bancos estrangeiros são ainda mais pessimistas, sugerindo que o dólar pode ultrapassar a marca de R$ 6 — dependendo da condução da política fiscal. Desde o começo do ano, o real sofreu uma desvalorização significativa, com acúmulo de alta de 24,61% pelo dólar. A moeda brasileira se tornou a segunda com pior desempenho entre as principais divisas globais.

O Morgan Stanley projeta que o dólar possa alcançar R$ 6,30 no segundo semestre de 2025. Ioana Zamfir, chefe de estratégia para América Latina do banco, ressalta que, na ausência de medidas fiscais eficazes, “mais prêmios de risco podem ser precificados”. Em um cenário de dominância fiscal, o dólar poderia alcançar entre R$ 6,70 e R$ 7, o que reflete a perda de confiança dos investidores.

O Wells Fargo também revisou suas previsões para o câmbio, agora esperando que o dólar atinja R$ 6,80 em 2025. Os economistas do banco acreditam que a deterioração das condições fiscais pode levar o real a novos níveis mínimos, em relação ao dólar norte-americano, com a taxa de câmbio podendo atingir R$ 7 até o primeiro trimestre de 2026.

Os estrategistas do Deutsche Bank compartilham dessa visão pessimista, projetando o dólar a R$ 6 no fim de 2025 e R$ 6,50 no fim de 2026. Eles não descartam a possibilidade de a moeda atingir R$ 7, caso ocorram choques adicionais na política fiscal.

Perspectiva otimista do Citi para o dólar

O Citi, no entanto, adota uma perspectiva mais otimista para o câmbio. Leonardo Porto, economista-chefe para o Brasil do banco, acredita que a atual incerteza fiscal deverá diminuir ao longo do próximo ano, o que resultará em um cenário cambial mais neutro. A instituição financeira espera que o dólar esteja em torno de R$ 5,70 em 2025, prevendo uma estabilização do real.

Recentemente, o Citi abriu uma posição comprada em real contra uma cesta de moedas, incluindo o dólar e o euro — o que reforça sua confiança na recuperação da moeda brasileira. A comparação com 2015, quando o real se desvalorizou 30% ante uma cesta de moedas, revela que a está atualmente apenas 10% mais barata.

Fonte: Revista Oeste
https://revistaoeste.com/economia/dolar-a-r-7-virou-realidade-na-cabeca-dos-investidores-entenda/

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O Banco Central do Brasil e a National Financial Regulatory Administration (NFRA), autoridade supervisora financeira da China, assinam Memorando de Entendimento

O Banco Central do Brasil e a National Financial Regulatory Administration (NFRA), autoridade supervisora financeira da China.
Assinaram em 29 de novembro de 2024 Memorando de Entendimento para fortalecer o desempenho de suas respectivas atribuições na garantia do funcionamento seguro e sólido das entidades por eles supervisionadas.
O novo acordo atualiza e substitui o Memorando assinado em junho de 2012 e reafirma as bases para uma cooperação eficaz entre os dois órgãos supervisores, abordando, entre outros aspectos, o intercâmbio de informações relacionadas com a situação econômico-financeira das entidades supervisionadas, resiliência operacional e segurança cibernética, planos de resolução e avaliação de resolubilidade, confidencialidade da informação, e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT), bem como a realização de inspeções nas entidades supervisionadas localizadas na jurisdição da outra autoridade.
O Memorando foi assinado pelo Diretor de Fiscalização do BCB, Ailton de Aquino Santos, e pelo Vice-Ministro da NFRA, Xiao Yuanqi, durante reunião realizada no BCB em São Paulo.

FONTE: BANCO CENTRAL DO BRASIL
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20446/nota

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Comércio Exterior, Economia, Importação, Informação, Logística, Negócios

Importações de bens e serviços puxam déficit externo no ano

A alta das importações de bens, juntamente com o déficit na conta de serviços, contribuiu para que o déficit em transações correntes alcançasse US$ 43,6 bilhões no acumulado de janeiro a outubro.

Esse valor é 130% superior aos US$ 18,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A explicação para a alta no déficit de serviços e para o aumento das importações é a maior demanda doméstica. Segundo o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, o aumento do consumo e investimento “causa uma maior demanda por bens e serviços importados”.

O peso principal é o da elevação na importação de bens, que reduz o superávit comercial. O quadro da balança comercial neste ano é de manutenção das exportações em patamar historicamente alto, de US$ 287,8 bilhões, em conjunto com a elevação das importações, que subiram de US$ 211,1 bilhões de janeiro a outubro do ano passado, para US$ 231 bilhões no mesmo período de 2023.

Assim, o superávit comercial no período caiu de US$ 75,7 bilhões para US$ 55,9 bilhões. “A redução do superávit comercial respondeu por cerca de 80% do aumento do déficit das transações correntes”, disse Rocha.

O gráfico a seguir utiliza dados extraídos do DataLiner, produto mestre da Datamar, para comparar as importações de contêineres registradas nos portos brasileiros de janeiro a setembro, desde 2021.

Importações Brasileiras em Contêineres | Jan-Set 2021 vs. Jan-Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

No caso da conta de serviços, o déficit de janeiro a outubro já superou o registrado durante todo o ano passado, US$ 40,9 bilhões ante US$ 39,9 bilhões, respectivamente. O registro deste ano é o maior desde 2014. Um dos principais vetores na conta de serviços são os transportes, que têm uma dinâmica muito relacionada com valor pago em fretes, que, por sua vez, é determinada pela importação e exportação de bens. Neste caso, segundo Rocha, do BC, houve uma tendência de crescimento neste ano com o déficit acumulado de US$ 12,1 bilhões.

Outra conta relevante é a de telecomunicação, computação e informações, que inclui serviços da economia digital, como streamings. No ano, houve um crescimento de “quase 30%”, segundo Rocha. O déficit chegou a US$ 5,8 bilhões contra US$ 4,5 bilhões no mesmo período de 2023.

Mesmo com esse cenário, o déficit ainda é inteiramente financiado pelo Investimento Direto no País (IDP), que registrou entrada de US$ 66 bilhões (3% do PIB) nos 12 meses até outubro. “A gente vê ingressos de investimento direto no país em montantes bastante superiores ao déficit em transações correntes, mostrando aquela tese de que os investimentos diretos no país são a principal fonte de financiamento do déficit em transações correntes”, disse Rocha.

O diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, destacou em nota que o déficit nas contas correntes em US$ 49,2 bilhões no acumulado de 12 meses, 2,23% do PIB, ainda é moderado, mas está se ampliando. O cenário das contas externas, segundo o analista, continua confortável, mas o sobreaquecimento da economia está começando a enfraquecer as contas correntes “na margem”, ou seja, nos dados mais recentes.

Leonardo Costa, economista do ASA, prevê um déficit nas transações correntes de US$ 60 bilhões neste ano, ou 2,3% do PIB. Para ele, a situação das contas externas é confortável. “Desde a pandemia se observou uma redução e posterior estabilidade em nível menor do IDP. Esse novo nível, mais baixo que a série histórica, ainda é bastante saudável e não indica problema relevante para o balanço de pagamentos brasileiro”, disse.

Os dados de 2023 e de 2024 também foram impactados pela revisão feita pelo Banco Central neste mês. O processo faz parte da política de revisão do departamento de estatísticas e resultou na elevação do déficit de 2023, de US$ 21,7 bilhões para US$ 24,7 bilhões, e de 2024 – de US$ 37,3 bilhões para US$ 37,7 bilhões.

A revisão utilizou o Censo de Capitais Estrangeiros no País, divulgado ontem, como fonte. O mesmo censo também mostrou que o estoque de IDP no fim de 2023 chegou a US$ 1,3 trilhão, crescimento de 24,5% em relação a 2022, quando estava em US$ 1,05 trilhão. A evolução do estoque é influenciada não apenas pelos ingressos de IDP, mas também pela alta da bolsa (22,3% em 2023) e queda do dólar em relação do real (8,08%).

Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/11/26/importacoes-de-bens-e-servicos-puxam-deficit-externo-no-ano.ghtml

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Brasil registra maior saída de dólar pela via financeira até outubro desde 1982

O saldo líquido negativo dos primeiros dez meses do ano foi de US$ 56,21 bi

O Brasil registrou uma saída recorde de dólares pela via financeira entre janeiro e outubro. No total, o saldo líquido negativo foi de US$ 56,21 bilhões no período, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira. Esse foi o pior resultado registrado nos dez primeiros meses do ano desde o início da série histórica iniciada em 1982.

Antes disso, o pior desempenho do fluxo financeiro havia acontecido em 2020, quando houve um saldo negativo de US$ 55,36 bilhões. O fluxo financeiro considera as entradas e saídas de dólares no mesmo mercado de capitais, envolvendo movimentações como compra de títulos e remessas de lucros ao exterior. Na visão do chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, a diminuição na entrada de capital estrangeiro pelo mercado de câmbio doméstico é o principal fator a influenciar o saldo negativo líquido recorde neste ano.

— Nós tivemos, no caso dos capitais estrangeiros, que são aqueles capitais de investimento direto, ações, renda fixa, empréstimos e outros, uma redução maior. Eles somaram R$ 54,8 bilhões de janeiro e outubro do ano passado e agora foram R$ 31 bilhões nesse ano, ou seja, houve um ingresso líquido menor — disse.

Rocha ainda apontou que um montante considerável de recursos deve ser enviado ao exterior nos últimos meses do ano. Devido a isso, é provável que o fluxo financeiro de 2024 registre a maior saída de dólares da história. O recorde anterior era de 2019, quando houve uma fuga de US$ 65,8 bilhões.

O diretor de estatísticas do BC diz que as empresas subsidiárias usam os últimos meses do ano para enviar os lucros às matrizes do exterior.
—A gente viu isso em dezembro ao longo dos últimos vários anos. Então se deve esperar que aconteça isso também em dezembro deste ano, observou.

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Empresas aumentam previsão para inflação e PIB de 2024, diz Banco Central

Empresas não financeiras consultadas pelo Banco Central aumentaram a previsão para a inflação deste ano, mas ainda esperam que o índice encerre 2024 abaixo do teto da meta estabelecida pela autarquia. As companhias também subiram a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024.

As informações constam no segundo relatório da pesquisa Firmus, divulgada pelo BC nesta segunda-feira (21). Os dados foram coletados entre 12 e 30 de agosto.

As empresas não financeiras preveem que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará 2024 em 4,2%, abaixo do teto da meta de inflação, de 4,5%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5% ponto percentual.

A estimativa é maior do que a apresentada pelo primeiro relatório da Firmus, de 4,0%. O levantamento apresentava dados coletados entre 13 e 31 de maio e foi divulgado em 12 de agosto.

As empresas também aumentaram a projeção para o crescimento do PIB de 2024, de 2,00% para 2,20%.

A mediana para o IPCA de 2025 permaneceu em 4,0%. Já a projeção para a inflação de 2026 diminuiu de 3,70% para 3,60%.

A Firmus visa captar a percepção de empresas não financeiras sobre a situação de seus negócios e da economia brasileira.

A pesquisa é co-irmã da Focus, sondagem feita junto a analistas financeiros. Ela é realizada trimestralmente e suas coletas são feitas a partir da semana seguinte à primeira reunião do Copom de cada trimestre.

Ao todo, 95 empresas não financeiras inseriram expectativas nesta edição da pesquisa da três a mais do que no primeiro relatório.

Bancos centrais de economias avançadas fazem levantamentos similares à Firmus. Os dados revelam que as expectativas de empresas e famílias costumam ser mais altas que as do mercado financeiro.

Empresas aumentam previsão para inflação e PIB de 2024, diz Banco Central

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