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Abertura de mercado na Arábia Saudita para produtos de origem vegetal

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro totalizou 265 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023

 

governo brasileiro recebeu, com satisfação, a notícia da simplificação do procedimento de aprovação necessário às exportações de algodão em pluma, algodão em caroço e desperdícios de algodão (farelos, torta, fibrila e óleo) do Brasil para a Arábia Saudita.

Essa é a sexta abertura de mercado na Arábia Saudita neste ano. Em março, foi autorizada a importação de sementes de hortaliças; em agosto, de aves vivas; e, neste mês, de flores e feno.

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro alcançou sua 187ª abertura de mercado neste ano, totalizando 265 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023.

A conquista coincide com a consolidação do Brasil como o maior exportador mundial de algodão. Nos primeiros nove meses de 2024, o país já comercializou US$ 3,68 bilhões e 1,90 milhão de toneladas, superando o total de US$ 3,33 bilhões e 1,68 milhão de toneladas exportados em 2023.

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

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Conheça características da produção de algodão no Brasil

Atualmente, o Brasil é o maior exportador do mundo e o terceiro maior produtor

Nesta segunda-feira (7), celebram-se cinco anos do Dia Mundial do Algodão. A data foi criada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2019 com o objetivo de destacar a importância dessa fibra tanto para a economia global quanto para o agronegócio.

“Este ano, alcançamos o patamar de maior exportador de fibra de algodão, enviando o produto para grandes mercados, incluindo o Egito, conhecido por ter o melhor algodão do mundo. Essa data simboliza a grande relevância dessa produção para o Brasil e para os produtores rurais”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desde o final da década de 1990 e início dos anos 2000, o cerrado se consolidou como a principal região produtora da fibra. Conforme a Embrapa Algodão, o ciclo do algodoeiro varia em função da cultivar e do ambiente. Quanto mais próximo à linha do Equador, mais curto é o ciclo. No cerrado, as cultivares precoces têm ciclo de cerca de 150 dias, as de ciclo médio entre 160 e 180 dias, e as de ciclo longo, mais de 180 dias.

Para o plantio, o solo deve ser adequadamente manejado e trabalhado para garantir a qualidade dos cultivos futuros. A cultura do algodão é exigente em nutrientes, demandando solo com pH corrigido e livre de alumínio tóxico, além de boas práticas de conservação da terra e da água. Outro ponto fundamental é o controle de pragas. Para garantir maior produtividade, fatores como a condição climática, a disponibilidade adequada de água e luz, e temperaturas favoráveis são essenciais.

Ainda segundo a Embrapa Algodão, a cotonicultura brasileira é um exemplo de organização setorial, com a colaboração de diversas entidades públicas e privadas, que atuam na inovação e melhoria dos processos de produção da fibra.

O algodão é a fibra têxtil vegetal mais comercializada no mundo. A cotonicultura brasileira apresenta grande diversidade em termos de sementes, climas e beneficiamento, o que pode gerar variações significativas nas características do produto. O Brasil é o terceiro maior produtor de algodão do mundo, e os principais estados produtores são Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (SPA/Mapa), o cultivo de algodão é a quarta maior cultura temporária do país, com valor de produção estimado em R$ 33 bilhões.

APOIO DO MAPA

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha para fomentar a cadeia produtiva e incentivar os produtores rurais. Os cotonicultores podem acessar recursos por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e de linhas de crédito rural para custeio e comercialização. Em 2023, segundo dados do Banco Central, os contratos de financiamento para comercialização (FEE e FGPP) e custeio de algodão totalizaram R$ 561 milhões e R$ 3,54 bilhões, respectivamente, conforme apresentado pela SPA.

Em 2024 o Brasil alcançou a marca de maior país exportador de algodão. Nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil já comercializou US$ 3,35 bilhões e 1,72 milhões de toneladas, superando o total exportado em todo o ano de 2023, que registrou US$ 3,33 bilhões e 1,68 milhões de toneladas, conforme apresentou a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa).

As exportações de algodão brasileiro vão para mais de 150 países, e os principais importadores são: China, Vietnã, Bangladesh, Turquia e Paquistão.

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Safra portentosa: Brasil desbanca EUA na exportação de algodão

Outro motivo é o aumento da demanda com o retorno das atividades presenciais, o que acaba impulsionando a indústria têxtil.

Antecipando uma meta prevista para ser alcançada apenas em 2030, em uma virada histórica no comércio global, o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se pela primeira vez o maior exportador de algodão do mundo. A notícia foi confirmada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada durante o 21° Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia.

Miguel Faus, presidente da Anea, alertou que a posição brasileira depende da safra americana, que tende a ser maior do que a do ano passado. Ultrapassar os Estados Unidos em volume de exportação era uma meta do setor com previsão para ser batida apenas em 2030, mas acabou sendo alcançada antes do encerramento do ano comercial de 2023/2024, disse a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Gustavo Prado, Diretor Executivo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), ressaltou a importância estratégica da Bahia na conquista da liderança global do Brasil na exportação de algodão. “Sendo sustentável essa posição, nossa imagem, como um dos produtos de melhor qualidade, se consolida. Não obstante, trabalhamos arduamente em negociações com os atores da cadeia de suprimentos para exportação e estamos prestes a consolidar a rota de Salvador diretamente para a Ásia. Isso, graças à parceria com esses atores, incluindo o apoio do Governo da Bahia”, destacou.

A Bahia é o segundo estado que mais produz algodão no País. De acordo com as projeções da Abapa, a Bahia deve colher 345,4 mil hectares, resultando em uma produção de 663 mil toneladas de algodão em pluma, com uma estimativa de exportação de aproximadamente 300 mil toneladas.

Brasil

De acordo com a Abrapa, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) nesta safra e as exportações devem alcançar 2,6 milhões de toneladas. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.

Os maiores produtores de algodão são a China e a Índia, seguidos pelos Estados Unidos, deixando o Brasil em quarto lugar no ranking mundial, aponta a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, Fao.

Fonte: Ascom/Seagri
Brasil desbanca EUA e assume liderança mundial na exportação de algodão (www.ba.gov.br)

 

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Ministério da Agricultura e Pecuária e Governo Federal trabalham para trazer mais oportunidades ao setor do algodão, diz Fávaro em Fortaleza

Ministro participou do 14º Congresso Brasileiro do Algodão. Na ocasião, foi assinado um termo de reconhecimento do Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que favorece a tomada de crédito pelos produtores rurais

Nesta terça-feira (3), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão, em Fortaleza (CE). Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e com o tema “O algodão brasileiro em foco: perspectivas do mercado internacional”, o evento destacou o papel crucial do Brasil no mercado global, discutindo as tendências e desafios que moldarão o futuro do setor nos próximos anos.

Durante o evento, o ministro enfatizou o compromisso do governo em impulsionar o setor. “O presidente Lula é comprometido com as boas relações diplomáticas, o que gera muitas oportunidades. Com isso, tivemos um recorde absoluto na abertura de mercados, com 181 novos mercados abertos para os produtos da agropecuária brasileira em 58 destinos, desde o início de 2023”, reforçou Fávaro. “Entre eles, foi aberto o mercado do Egito para o algodão brasileiro, algo muito aguardado por nossos produtores. Todos conhecem o prestígio do algodão egípcio; ao vendermos para eles, passamos a ter o mesmo reconhecimento”, completou.

Fávaro também lembrou que, em maio deste ano, o Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo. Ele destacou que, além das boas relações comerciais, o resultado se deve ao compromisso sanitário do Brasil e à dedicação dos produtores. “Nos tornamos o maior exportador de algodão, fruto do trabalho e competência dos produtores brasileiros. O governo está empenhado em garantir cada vez mais oportunidades para o setor. Temos uma régua sanitária muito elevada, o que nos permite acessar mercados mais exigentes”, afirmou.

RECONHECIMENTO

Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, assinaram o termo de reconhecimento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).

“Este certificado que assinamos proporciona reconhecimento público. Todos os produtores com o certificado ABR terão um desconto de meio por cento nas taxas de juros do Plano Safra. É o reconhecimento pelo trabalho realizado por vocês”, explicou Fávaro.

EXPORTAÇÕES

O Brasil é o maior exportador mundial e o terceiro maior produtor mundial de algodão. Nos primeiros sete meses deste ano, as exportações de algodão alcançaram US$ 3,13 bilhões, totalizando 1,6 milhões de toneladas, um aumento de 190% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os principais destinos foram China (US$ 1,17 bilhão), Vietnã (US$ 534 milhões) e Bangladesh (US$ 373 milhões). Em 2023, o total comercializado foi de US$ 3,33 bilhões, correspondendo a 1,6 milhões de toneladas.

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Indústria têxtil mundial fica impressionada com algodão brasileiro

Profissionalismo e sustentabilidade do algodão em Mato Grosso chamam a atenção na Missão Compradores; comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países.

A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais.

Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores.

“Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou.

Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro.

Boas práticas. Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel.

Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico.

Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela.

Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong.

Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos.

No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi.

O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra.


Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas. Agenda.

Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luís Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa.

Saiba mais. A “Missão Compradores” está em sua oitava edição em 2024 e integra o escopo de ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).

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