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Comércio Exterior, Economia, Gestão, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado

Receita lança Manual do Alfandegamento

Ele orienta sobre os requisitos e os procedimentos para obtenção e manutenção do alfandegamento de locais ou recintos.

Você sabe o que é um Recinto Alfandegado?  

Muitas pessoas, sem saber, já estiveram em um ou já compraram algum produto que passou por ele. Está dando para imaginar? Sim, recinto “alfandegado” é o local por onde passam os produtos importados ou por onde são depositados antes de serem exportados.

Se você já viajou ao exterior, obrigatoriamente passou por uma área “alfandegada” tanto na saída do país, quanto na volta. Pode ter sido um aeroporto internacional ou mesmo um ponto de fronteira na rodovia que liga o Brasil a algum país vizinho.

A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) publicou o Manual de Alfandegamento, que orienta sobre os requisitos e os procedimentos para obtenção e manutenção do alfandegamento de locais ou recintos.

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Alfandegamento é a autorização concedida pela Receita Federal para que, em certos locais, possa ocorrer o estacionamento ou trânsito de veículos vindos ou indo para o exterior. Nesses locais também pode haver a armazenagem de mercadorias importadas ou para exportação e, ainda, o embarque, o desembarque e a verificação das bagagens de pessoas em viagens internacionais.

Assim, se um certo aeroporto, porto ou ponto de fronteira é “alfandegado”, isso significa que a Receita Federal já autorizou que nele ocorram essas movimentações internacionais. É claro, com o “controle aduaneiro” ali presente, ou seja, das autoridades da Receita que atuam fiscalizando suas operações e movimentações.

A Receita acaba de lançar seu mais novo manual aduaneiro: o Manual de Alfandegamento. Ele consolida as normas relacionadas ao assunto e tem como itens principais:

O novo manual oferece aos intervenientes no Comércio Exterior, estudantes, profissionais afetos ao tema e outros interessados, uma ferramenta de orientação clara e objetiva, com consequente redução de erros, o que beneficia a todos.

O manual de Alfandegamento já pode ser acessado a partir do Portal Aduana e Comércio Exterior, em seu subportal Intervenientes, no site da Receita na Internet.

Receita Federal: orientando o cidadão e o profissional, cooperando com a evolução e melhoria do comércio exterior.

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Comércio Exterior, Economia, Gestão, Informação, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado

API Recintos é tema do segundo treinamento da Academia OEA

Evento apresentou informações importantes sobre a aplicação API Recintos para cerca de 1.500 participantes.

Academia OEA, que tem como objetivo disseminar conhecimentos técnicos e promover a conformidade voluntária entre os intervenientes certificados como OEA, abordou nesta edição o funcionamento e as melhores práticas de uso da API Recintos (Application Programming Interface).

A abertura do evento contou com a participação do coordenador-geral de Administração Aduaneira, o auditor-fiscal José Carlos Araújo, da coordenadora de Controle de Intervenientes no Comércio Exterior, a auditora-fiscal Amanda Martha Vieira Scarlatelli Lima Dutra e o chefe do Centro Nacional de Operador Econômico Autorizado, o auditor-fiscal Fabiano Queiroz Diniz.

O treinamento sobre a API Recintos foi conduzido virtualmente pelos auditores-fiscais Ilmor Juenge Filho, chefe da Divisão de Gestão de Intervenientes no Comércio Exterior (Digin) e Diego de Borba Barbosa, integrante da Divisão de Despacho de Exportação (Diexp), que explicaram tecnicamente o funcionamento da aplicação e expuseram os principais problemas detectados no monitoramento dos operadores certificados como OEA. 

Além disso, Rinald Boassi, chefe da Equipe OEA de Certificação e Monitoramento de Curitiba, relacionou os requisitos do Programa OEA com os pontos de melhoria dos problemas apontados no monitoramento.

A participação foi expressiva e contou com presença de 1.482 pessoas, sendo 86 servidores da Receita Federal e 1.396 representantes de intervenientes do comércio exterior, em sua maioria depositários e operadores portuários.

Quer acessar o conteúdo desse treinamento?

O treinamento completo pode ser acessado pelos links abaixo:

Participe da Academia OEA

A Academia OEA consiste em uma série de treinamentos externos, promovidos por servidores da RFB e de outros órgãos e entidades da Administração Pública, com o intuito de disseminar conhecimentos técnicos e, consequentemente, induzir a conformidade voluntária dos intervenientes certificados como OEA.

Todos os treinamentos da Academia OEA ficam disponíveis na biblioteca OEA, acessada diretamente pela página do Programa OEA na Internet.

 

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Mercado Internacional

Exportações brasileiras ultrapassam US$ 200 bilhões

As exportações brasileiras já somam US$ 208,3 bilhões em 2024, informou nesta segunda-feira (12/8) a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), durante o anúncio dos resultados da balança comercial para a segunda semana de agosto. Pela média diária, houve crescimento de 1,1% em relação a janeiro-agosto de 2023.

“Trata-se de uma excelente notícia”, comentou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. “Mesmo em um cenário internacional adverso, com queda de preços, de commodities, desaceleração do comércio mundial, protecionismo e conflitos regionais, nós não só mantivemos o ritmo do ano passado nas exportações, que já foi um ano muito bom, como estamos crescendo. Isso mostra a força da economia brasileira, que vem se recuperando e apresentando ótimos resultados sob nosso governo, e o acerto da estratégia do presidente Lula de percorrer o mundo em busca de novas parcerias e de novos mercados”.

Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de contêineres no primeiro semestre de 2024 e seu comparativo com iguais meses dos três anos anteriores.

O balanço divulgado pela Secex mostrou que as importações também cresceram no acumulado do ano (4,9% pela média diária), chegando US$ 155,9 bi. Com isso, a corrente de comércio no período somou US$ 364,2 bi, com superávit de US$ 52,3 bi.

Abaixo, um comparativo das importações brasileiras via contêineres para o primeiro semestre do ano nos últimos quatro anos.


Para a segunda semana de agosto, o superávit foi de US$ 1,8 bi, resultado de exportações de US$ 6,8 bilhões contra importações de US$ 5 bilhões, totalizando US$ 11,8 bi de corrente de comércio.

No acumulado do mês de agosto, as exportações somam US$ 10 bi e as importações US$ 7,3 bi, com saldo positivo de US$ 2,8 bi e corrente de US$ 17,3 bi.

Comparativo Mensal

Nas exportações, comparadas as médias até a 2ª semana de agosto/2024 (US$ 1,4 bilhão) com a de agosto/2023 (US$ 1,3 bilhão), houve crescimento de 6,3%. Em relação às importações, na mesma correlação, o crescimento foi de 11,6% (US$ 1 bilhão de média diária em 2024, contra US$ 933,41 milhões em 2023).

Assim, até a 2ª semana de agosto/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,5 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 395,75 milhões. Comparando-se este período com a média de agosto/2023, houve crescimento de 8,4% na corrente de comércio.

Exportações e importações por Setor e Produtos

No acumulado até a 2ª semana de agosto, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 56,6 milhões (-17,1%) em Agropecuária; crescimento de US$ 101,57 milhões (32,5%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 42,45 milhões (6,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já nas importações, o desempenho dos setores pela média diária teve crescimento de US$ 4,37 milhões (27,2%) na Agropecuária; queda de US$ 12,36 milhões (-24,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 114,68 milhões (13,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

Saiba mais em Informativo dos Portos:
Informativo dos Portos

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Aeroportos, Economia, Informação, Negócios, Notícias

Aeroporto de Florianópolis amanhece fechado após problema em avião interditar pista

Aeroporto orienta que passageiros com voos marcados para hoje procurem as companhias aéreas

O Aeroporto de Florianópolis precisou ser fechado para pousos e decolagens na madrugada desta segunda-feira (12), após um avião da Azul não conseguir deixar a pista principal, após o pouso. Segundo a companhia aérea, houve danos no pneu da aeronave. Ninguém ficou ferido.

Não há previsão de reabertura do aeroporto, segundo a concessionária Zurich Airport Brasil. A empresa orientou que os passageiros com voos marcados para Florianópolis nesta segunda procurem as companhias aéreas. A companhia aérea estaria trabalhando para a liberar a pista “o mais breve possível”.

Problema no avião

A Azul não informou o que causou os danos no pneu da aeronave. Nas redes sociais, um passageiro relatou uma “freada brusca”. Todos os ocupantes do voo foram desembarcados na pista, segundo a companhia aérea.

“A Azul informa que, por motivos técnicos, o voo AD 4225, que fazia o trajeto Belo Horizonte-Florianópolis, apresentou danos nos pneus que impediram a aeronave de deixar a pista por meios próprios. O pouso aconteceu com segurança, assim como o desembarque dos clientes. A Azul lamenta eventuais transtornos causados e reforça que todos estão recebendo toda a assistência necessária conforme prevê na resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”, declarou a Azul.

O voo AD 4225 fazia o trajeto Belo Horizonte-Florianópolis. A aeronave era um jato bimotor da Embraer, modelo E195-E2, que tem capacidade de até 144 assentos.

Veja fotos do aeroporto na manhã desta segunda

 

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Economia, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado

Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China

A única siderúrgica do Chile, a usina de Huachipato, comandada pela companhia CAP, anunciou que irá encerrar suas atividades até setembro. A empresa alega que a grande quantidade de aço da China no mercado afetou a competitividade do setor no país, mesmo após o governo de Santiago ter aplicado novas taxas contra o aço chinês visando proteger a indústria local.

A empresa alegou, em nota, que a decisão foi tomada após “múltiplos fatores que não poderão se reverter no curto ou médio prazo, entre os quais se destacam a impossibilidade de transferir os preços das sobretaxas recomendadas pela Comissão Anti-Distorções, o aumento do dumping chinês e a complexa situação financeiras que a companhia enfrenta há anos”.

US$ 500 milhões em dívidas

A empresa afirmou que, nos últimos anos, o aumento de importações de aço da China provocaram até US$ 500 milhões em dívidas. O plano da CAP é escalonar o fechamento da usina para que, até setembro, todas as atividades no local cessem. A empresa gera, de maneira direta e indireta, 20 mil empregos da região de Bio Bio, que fica no centro do Chile.

Na nota, a CAP reconheceu as ações da Comissão Anti-Distorções para tentar conter o impacto do aço barato chinês no setor, mas afirmou que “quase quatro meses depois de implementada a medida, o comportamento do mercado tornou impossível corrigir os desequilíbrios” no setor.

Principal parceiro comercial do Chile

“Esta é uma decisão muito devastadora para a região de Bio Bio, e o país sabe que nós, como governo, fizemos um grande esforço para revertê-la”, disse, nessa quarta-feira (7), o ministro da economia Nicolás Grau, em publicação no X (Twitter).

A China é o principal parceiro comercial do Chile, responsável por quase 40% de suas exportações — uma das maiores participações entre os países da América Latina.

Fonte: Valor Econômico
Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China | Mundo | Valor Econômico (globo.com)

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Agronegócio, Economia, Exportação, Informação, Logística, Mercado Internacional

Greve na Argentina interrompe embarques de soja para o mercado internacional

Mais de 80% das exportações argentinas de grãos e derivados são embarcadas da região que abriga as fábricas em greve

Reuters

Uma greve iniciada por trabalhadores da indústria de oleaginosas da Argentina interrompeu os embarques de produtos dos portos locais que contam com fábricas de processamento de soja, informou a Câmara de Portos e Atividades Marítimas do país, na quarta-feira (7).

A Argentina é um dos principais fornecedores mundiais de soja processada, amplamente utilizada em vários setores para produtos que vão de alimentos a biodiesel.

A greve foi iniciada na terça-feira por dois sindicatos do setor, depois que eles não conseguiram chegar a um acordo em uma reunião com as empresas do setor, pois exigem melhores salários em meio à alta inflação.

O diretor da câmara, Guillermo Wade, disse à Reuters que os portos que não são afiliados ao sindicato da federação de sementes oleaginosas — uma das entidades em greve — estão operando normalmente, mas os demais interromperam suas operações.

Apenas dois portos entre os principais centros de embarque agrícola do país, todos localizados ao norte da cidade de Rosário, no rio Paraná, não abrigam fábricas de esmagamento de soja. Um pertence à gigante global de commodities Archer Daniels Midland e o outro à empresa local ACA.

Mais de 80% das exportações argentinas de grãos e derivados são embarcadas em portos localizados ao norte de Rosário, incluindo os operados pelas principais traders de grãos Cargill e Bunge.

Matéria InfoMoney:
Greve na Argentina interrompe embarques de soja para o mercado internacional (infomoney.com.br)

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Economia, Exportação, Gestão

Superávit comercial do Brasil cai 6,6% em julho, com alta das importações ofuscando exportações

A balança comercial brasileira registrou um superávit de 7,640 bilhões de dólares em julho, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta terça-feira, uma queda de 6,6% sobre o resultado positivo apurado no mesmo mês do ano passado, apesar das exportações recordes para o período
O saldo chega quase em linha com expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam saldo positivo de 7,700 bilhões de dólares para o período.

As exportações somaram 30,919 bilhões de dólares no mês, uma alta de 9,3% em relação a julho de 2023 e as mais elevadas para o mês da série do MDIC, que tem início em 1989. As importações, contudo, tiveram uma alta maior, de 15,7%, totalizando 23,279 bilhões de dólares

O MDIC apontou um crescimento de cerca de 11,6% nos volumes embarcados no último mês, uma queda ligeira dos preços dos bens exportados e um número maior de dias úteis no mês como fatores que influenciaram o saldo.

Nos primeiros sete meses do ano, o saldo comercial foi de 49,556 bilhões de dólares, uma queda de 6,1% em relação ao observado no mesmo período de 2023. No período, as exportações somaram 198,202 bilhões de dólares (+2,4%), valor recorde, e as importações, 148,646 bilhões de dólares (+5,6%).

A exportação da indústria extrativa foi a que mais cresceu no mês passado entre os setores de atividade econômica, com alta de 11,5% frente a julho de 2023, para 7,090 bilhões de dólares. No mesmo período, as exportações da indústria de transformação aumentaram 8,9%, para 16,454 bilhões de dólares, a as da agropecuária cresceram 8,3%, para 7,225 bilhões de dólares.

Já nas importações o setor agropecuário saltou 35,9% e a indústria de transformação cresceu 16,8%, enquanto a indústria extrativa caiu 1,1%.

Economia:
Superávit comercial do Brasil cai 6,6% em julho, com alta das importações ofuscando exportações recordes (uol.com.br)

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Comércio Exterior, Economia, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Itajaí de volta à carga

Após mais de um ano sem movimentar contêineres, situação que abalou a economia da cidade, porto retoma operações, mas a competitividade do complexo depende de contrato de longo prazo e investimentos bilionários – Por Leo Laps.

 

Em dezembro do ano passado Itajaí assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. Com um PIB de R$ 47,8 bilhões, segundo dados de 2021 divulgados pelo IBGE, o município do litoral Norte ultrapassou Joinville (que somou R$ 45 bilhões), após oito anos na segunda colocação. A conquista foi celebrada pelo poder público e empresariado local. Mas há um elefante na sala, que pode custar à cidade a liderança recém-adquirida.

Desde o final do contrato de arrendamento de 22 anos com a APM Terminals, do grupo dinamarquês Maersk, em dezembro de 2022, o Porto de Itajaí, um dos maiores motores do desenvolvimento econômico da região, parou de movimentar contêineres devido a impasses políticos e administrativos que causaram atrasos no edital para uma nova concessão de longo prazo. Apenas 334 TEUs passaram pelo local no ano passado – quando a APM cumpriu uma extensão temporária de seis meses do contrato – e, em 2024, nenhum. Uma realidade muito diferente de três anos atrás, quando mais de meio milhão de contêineres foram movimentados pelo Porto de Itajaí.

Uma luz no fim do túnel, ainda que temporária, surgiu em maio, quando a JBS foi anunciada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, como nova operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí em um contrato tampão, com duração de dois anos. A multinacional produtora de alimentos já era, junto com a BRF e a Aurora, uma das maiores clientes do complexo portuário através da exportação de carne de frango e suína.

Sem movimentação de carga no Porto de Itajaí, as três gigantes do ramo passaram a amargar prejuízos mensais de R$ 2,3 milhões apenas com o trabalho de realocação de cargas para outros portos, revela o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Jorge Luiz de Lima. “As empresas tiveram de modificar suas operações, fazer viagens mais longas para Itapoá, Imbituba e até Rio Grande (no Rio Grande do Sul). E, por ser comércio exterior, elas acabaram absorvendo grande parte desse custo adicional”, comenta Lima.

A JBS deve incumbir a subsidiária Seara (que já opera na cidade o terminal portuário Braskarne) como controladora do Porto de Itajaí, depois de assumir 70% das cotas societárias da Mada Araújo Asset Management – empresa que ganhou, após algumas reviravoltas, o leilão de arrendamento transitório do Porto de Itajaí em dezembro de 2023. Novos trabalhadores estão sendo contratados e a movimentação de contêineres deverá ser retomada no segundo semestre.

Durante a vigência do contrato tampão, o Governo Federal promete lançar o edital definitivo para o arrendamento dos quatro berços do Porto de Itajaí à iniciativa privada, por até 35 anos, renovável por igual período, mantendo a autoridade portuária pública e municipal – um dos principais impasses criados durante o governo Bolsonaro, que pretendia privatizar o porto, questão encerrada com a eleição de Lula em 2022. Uma audiência pública virtual para definir o edital foi realizada em abril, e após sugestões o documento foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União.

Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, a definição da JBS como operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí é um alento que não deve desviar do foco principal. “Precisamos que as operações do porto voltem a ocorrer com o máximo de urgência. A JBS é um player muito importante, que pode voltar a consolidar o Porto de Itajaí com uma grande operação. Mas, como se trata de um contrato provisório, a preocupação é que não seja possível realizar investimentos para que navios de maior dimensão possam operar, o que é essencial para a competitividade do porto”, diz Martorano.

“Considerando que o edital de concessão está previsto para ser lançado no final de 2024, e o leilão no primeiro semestre de 2025, é preciso urgentemente procurar uma forma de realizar os investimentos. Isso precisa estar claro na concessão. Se não for feito, perderemos mercado”, afirma Martorano. Garantir a dragagem permanente da Foz do Rio Itajaí-Açu e realizar as obras de conclusão da segunda etapa de expansão da bacia de evolução do porto, para atender navios com até 366 metros de comprimento, estão entre alguns dos investimentos considerados essenciais, avaliados em R$ 2,8 bilhões.

Avulsos | Enquanto a JBS não reativa os dois berços do terminal de contêineres, o porto público de Itajaí, que também conta com dois berços, tem trabalhado com navios para transporte de veículos, celulose e cargas em geral, além de receber dezenas de cruzeiros – quase 100 mil passageiros desembarcaram na cidade para fazer turismo na última temporada de verão. Em junho, a SC Portos assumiu o arrendamento transitório para movimentação de carga geral na área pública. De acordo com a empresa, o objetivo é manter a regularidade das operações desse tipo de carga, que não inclui contêineres. O contrato tem validade de seis meses e pode ser renovado por igual período.

A dragagem permanente do canal de acesso, na Foz do Rio Itajaí-Açu, aparentemente teve solução depois que o Governo Federal liberou R$ 25 milhões para o pagamento de dívidas da autoridade portuária com a multinacional holandesa Van Oord, responsável pelo serviço – o dinheiro, até 2022, vinha de tarifas cobradas do terminal de contêineres administrado pela APM. Em abril, o Porto de Itajaí recebeu o reforço da draga Utrecht, que tem como objetivo recuperar a profundidade de 14 metros do canal e aumentar a vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

A movimentação atual tem dado resultado positivo para o Porto de Itajaí, mas os despachos de agora não acompanham os montantes gerados pelas cargas conteinerizadas. Estimativas da FIESC avaliam que cada TEU movimenta, em toda a cadeia logística, cerca de R$ 1,6 mil. “Só fazendo este cálculo já dá para saber o prejuízo da não movimentação, em torno de R$ 835 milhões ao ano. Somente em tributos federais, Itajaí já teve uma queda de arrecadação de 28% entre 2022 e 2023. Não temos os números de 2024, mas dá para imaginar que vai baixar muito, ainda mais. São implicações econômicas de impacto para um município que chegou a ser o maior arrecadador de impostos federais no Estado”, elenca Martorano.

Diante de tal cenário, Itajaí segue demonstrando força através da diversificação de sua economia. No primeiro trimestre, a cidade só ficou atrás de Joinville na criação de novos postos de trabalho, com 3,6 mil vagas abertas. Com um mercado imobiliário e construção civil em franca valorização e um dinâmico setor de serviços, a cidade também tem sofrido um pouco menos graças a um vizinho, a Portonave, porto privado localizado no outro lado do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes. “Isso é consenso na comunidade portuária: a retroárea que atende o Porto de Itajaí também atende Navegantes, absorvendo a movimentação intensa deles. Isso aliviou o impacto para o setor de logística e comércio exterior de Itajaí”, comenta Martorano.

De fato, a Portonave conta com uma das operações mais eficientes do País: somente entre janeiro e abril deste ano a empresa movimentou 398,6 mil TEUs, mesmo enquanto trabalha com uma obra de R$ 1 bilhão para melhorar seu cais. No ano passado, chegou à marca de 1,23 milhão de TEUs, a segunda maior movimentação do Brasil – só perde para Santos – o que representa 15% de participação no mercado nacional.

Despachos | Realocar contêine­res para outros portos, como os de Navegantes, Itapoá e Imbituba, tem tornado mais complexo o trabalho de agentes marítimos como a Heusi, empresa especializada em despachos e agenciamentos para o comércio exterior. Com matriz em Itajaí e uma filial em São Francisco do Sul (além de unidades no Rio de Janeiro e na cidade gaúcha de Uruguaiana), a empresa também perdeu cerca de 18% do volume de despachos aduaneiros com a paralisação do terminal de contêineres no Porto de Itajaí.

“Como temos uma unidade em São Francisco, conseguimos ope­rar em Itapoá, mas perdemos carga, por exemplo, para o Porto de Paranaguá, no Paraná”, revela Marcelo de Almeida Heusi, proprietário da empresa. Outra consequência apontada por ele é o aumento de custos na operação: “Os portos acabam colocando valores maiores para receber os contêineres, pois há um gargalo. Santa Catarina sempre foi conhecida por seus benefícios fiscais agressivos, mas agora estamos com preços iguais aos de São Paulo. Estamos perdendo competitividade”, afirma.

Saiba mais em FIESC
Itajaí de volta à carga | FIESC

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Mercado Internacional

No primeiro semestre deste ano, Brasil exportou 42% a mais o valor de cerveja

Os principais países importadores são da América do Sul

Desde 2007, na primeira sexta-feira do mês de agosto comemora-se o Dia Internacional da Cerveja. Esta é uma bebida consumida em todo o mundo desde os tempos antigos.    

Um dos principais ingredientes da bebida é a cevada, que é cultivada e utilizada para a alimentação humana há milênios. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a partir da cevada é produzido o malte, que é utilizado no processo da fabricação da cerveja. O Brasil começou sua própria produção na década de 1930, principalmente na região sul, quando ganhou maior importância econômica.   

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (2), em comemoração ao Dia Internacional da Cerveja, destaca que este setor é de grande importância para a economia nacional e para a geração de empregos. “O setor é muito relevante para o país. Estamos empenhados para que continue crescendo e alavancando cada vez mais o nosso agronegócio”, afirma. 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha para garantir que a bebida chegue segura aos consumidores, por meio de ações de fiscalizações realizadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Além disso, desde 2021, o Mapa produz o Anuário da Cerveja, com o intuito de apresentar os dados estatísticos relativos ao registro de estabelecimentos e produtos, bem como dados de importação e de exportação.  

O Anuário lançado este ano consiste em informações colhidas em 2023 e apresenta que o Brasil possui uma cervejaria registrada para cada 109 mil habitantes. São Paulo é o principal estado com o maior número de cervejarias registradas no Mapa, com 410. É a primeira vez que um estado alcança a marca de 400 cervejarias registradas. Além disso, em 771 municípios brasileiros há pelo menos uma cervejaria. 

Em relação a marcas, o Brasil conta com mais de 60 mil marcas de cerveja registradas no Ministério. Em 2023 foi declarada uma produção superior a 15 bilhões de litros de cerveja no país. Dentre as principais produções, destaca-se a cerveja 100% malte ou cerveja puro malte, onde 29,2% do volume de produção de cerveja declarado é referente este tipo específico. A cerveja puro malte ou 100% malte é elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de cevada malteada ou de extrato de malte, onde não são utilizados adjuntos cervejeiros em sua elaboração.  

Segundo dados do Comex Stat, no primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou US$ 95 milhões em cerveja para 57 destinos, totalizando aproximadamente 135 milhões de litros. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve um aumento de 42% no valor exportado e 32% no volume do produto. 

Os três maiores compradores das cervejas brasileiras foram países vizinhos da América do Sul. Sendo eles, Paraguai com US$ 60 milhões, Bolívia com US$ 16 milhões e o Chile US$ 7 milhões.  

Saiba mais sobre os Anuários produzidos pelo Mapa aqui 

Informações à imprensa
Imprensa@agro.gov.br

No primeiro semestre deste ano, Brasil exportou 42% a mais o valor de cerveja — Ministério da Agricultura e Pecuária (www.gov.br)

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Logística, Marketing, Mercado Internacional, Negócios, Networking

Indústria têxtil mundial fica impressionada com algodão brasileiro

Profissionalismo e sustentabilidade do algodão em Mato Grosso chamam a atenção na Missão Compradores; comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países.

A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais.

Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores.

“Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou.

Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro.

Boas práticas. Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel.

Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico.

Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela.

Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong.

Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos.

No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi.

O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra.


Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas. Agenda.

Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luís Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa.

Saiba mais. A “Missão Compradores” está em sua oitava edição em 2024 e integra o escopo de ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).

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