Em momento de guerra tarifária, incertezas sobre a demanda e aumento de custos no mundo, Yannick Fierling diz a jornalistas que o mercado brasileiro é uma das prioridades do grupo sueco, que trabalha na nacionalização de novos produtos no país
O cenário nunca esteve tão imprevisível quanto nos últimos cinco anos. Essa é a avaliação do CEO global da Electrolux, Yannick Fierling.
Executivos buscam deixar claro que o Brasil – segundo maior mercado em receita para o grupo global de eletrodomésticos, com sede em Estocolmo, na Suécia – segue como prioridade, apesar da guerra tarifária e das incertezas econômicas, em parte desencadeadas pelas políticas adotadas pelos Estados Unidos.
O país liderado por Donald Trump responde pelo maior faturamento da Electrolux.
“O ambiente é muito incerto e volátil, tanto da perspectiva de moeda quanto de tarifas e demanda. O cenário é hostil, mas mantivemos o nível de investimentos e até aumentamos se comparado aos anos anteriores. Não há dúvidas de que o Brasil é um mercado estratégico para nós”, disse o executivo a jornalistas.
A Electrolux atua em 120 mercados e faturou, globalmente, 136 bilhões de coroas suecas (US$ 13,8 bilhões) em 2024.
Atualmente, a companhia tem um programa de investimentos da ordem de R$ 700 milhões para uma nova planta industrial no Brasil, em estratégia que inclui a nacionalização de algumas linhas de produção de produtos.
Localmente, o grupo detém a operação tanto da Electrolux quanto da Continental, comprada em meados de 2017.
Segundo Fierling, há dois fenômenos que atualmente impactam a demanda no Brasil. O primeiro é a depreciação do real; o segundo, a taxa de juro elevada. “Não vemos um nível de crescimento para 2025 como no ano passado”, disse.
Apesar disso, ele destacou que o mercado na América Latina responde por cerca de 25% da receita global do grupo.
“LatAm é um dos mercados mais lucrativos que temos e é muito importante para nós. Em termos de market share, temos uma operação muito sólida, com liderança em diversos produtos.”
Diante desse contexto, o executivo afirmou que o grupo manterá os investimentos em produção local. “Estamos confiantes de que continuaremos a entregar bons resultados na região.”
Fierling classificou o desempenho da companhia sueca no Brasil, em 2024, como “excepcional”, com um verão quente, o que impulsionou a venda de aparelhos de ar condicionado, por exemplo.
O executivo disse acreditar que a funcionalidade e design dos produtos são diferenciais que garantem um desempenho positivo no mercado local. “Estamos expandindo as linhas de produtos no Brasil.”
Em maio, a companhia anunciou a nacionalização da linha de purificadores de água com compressor ecológico na fábrica do Paraná.
Na frente de funcionalidades, por exemplo, ele destacou que o produto economiza até cinco vezes mais energia em comparação com purificadores eletrônicos. “Na área de filtros de água, estamos com desempenho muito bom no país”, disse.
Competição acirrada
Diante do avanço de entrantes – principalmente marcas asiáticas – no mercado brasileiro de eletrodomésticos nos últimos anos, o que inclui grandes grupos como a Samsung, da Coreia do Sul, e a Midea, da China, Fierling disse que a Electrolux busca manter a confiança do consumidor nas categorias em que atua.
No caso do selo homônimo, o posicionamento se concentra no segmento premium, enquanto a Continental opera mais como “marca de combate”.
“Não subestimamos nenhum competidor, mas nós temos uma longa história na América Latina. O consumidor confia em nós”, afirmou.
Ele ressaltou que, além da posição nas categorias premium, as iniciativas do grupo incluem equipes locais que analisam constantemente o mercado regional.
“Nossos funcionários conhecem os consumidores, é uma situação difícil para nossos concorrentes. Eletrodomésticos e produtos voltados para bem-estar são categorias em que temos o maior market share na região”, afirmou.
Com a pandemia e a valorização do tempo passado dentro de casa, a demanda por eletrodomésticos cresceu de forma significativa.
Por outro lado, após o início da guerra na Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, e outros conflitos no Oriente Médio, o mercado recuou, contou Fierling, em paralelo com o aumento mais acentuado dos custos de insumos.
Nesse contexto, o executivo afirmou que a companhia busca ser cada vez mais adaptável e ágil para lidar com as mudanças constantes.
“Nossas equipes locais ao redor do mundo estão reagindo rapidamente a problemas como a desvalorização da moeda e as tarifas.”
Mercado nos Estados Unidos
Em balanço financeiro divulgado no final de abril, a Electrolux afirmou que a confiança do consumidor diminuiu ao longo do primeiro trimestre devido à incerteza econômica e às preocupações em torno da política comercial dos EUA.
Na América Latina, a demanda aumentou “marginalmente”, impulsionada principalmente pelo Brasil, em um mercado caracterizado por crescente pressão competitiva.
De acordo com o documento, os efeitos das mudanças nas políticas comerciais dos EUA tiveram um impacto reduzido no primeiro trimestre – Trump anunciou as tarifas recíprocas apenas no começo de abril, já no segundo trimestre.
Uma das prioridades do grupo é justamente crescer no mercado norte-americano, em que a maior parte das vendas acontece com a marca Frigidaire.
Segundo ele, haverá impactos das tarifas nos produtos vendidos no país, embora a maior parte do que é comercializado no país é fabricado localmente. “Aumentamos os preços nos Estados Unidos por causa das tarifas e da inflação.”
A estratégia global da Electrolux tem como um dos pilares a redução de custos, com a meta de cortar entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de coroas suecas em 2025. Outro objetivo é buscar e estabelecer os melhores fornecedores em cada região.
“Isso não quer dizer os mais baratos, mas aqueles que possam nos atender da maneira mais eficiente.”
Outro pilar é crescer novamente de maneira lucrativa. “Perdemos market share nos últimos anos e em 2024 e 2025 voltamos a ganhar participação em todas as regiões”, disse Fierling.
Fonte: Bloomberg Línea
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