Economia, Gestão, Importação, Industria, Logística, Oportunidade de Mercado, Sustentabilidade

Redução da jornada: negociar é o caminho

Confira artigo do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, sobre a proposta de redução da jornada de trabalho.

Diminuir, de maneira compulsória, a atual jornada de trabalho para 36 horas semanais teria impactos devastadores e irreversíveis para a economia, para as empresas e para os próprios trabalhadores.

Trata-se de uma discussão inoportuna no atual cenário, em que as empresas têm dificuldades para encontrar profissionais. Além disso, o Brasil já possui instrumentos legais para que empregadores e empregados acordem as mudanças nos contratos de trabalho de acordo com a realidade de cada setor e empresa. Tanto é, que essa flexibilidade, muito bem exercida durante a pandemia, salvou muitos empregos.

Os próprios números do mercado de trabalho confirmam que a negociação já resulta em menos horas de trabalho. Embora o atual teto legal seja de 44 horas semanais, na prática, o brasileiro trabalha, em média, 39,2 horas por semana. E esse número tem caído ao longo dos últimos anos.

Por outro lado, a imposição da medida impactaria os custos das empresas brasileiras, estimulando a importação de países onde as indústrias são mais competitivas em função de um ambiente com melhor infraestrutura e menos impostos, burocracia e juros. Queda da produção local significa fechamento ou encolhimento de empresas, perda de empregos, desindustrialização, dependência do exterior e, em última análise, limitação do potencial de crescimento futuro. Teríamos aumento da inflação, da informalidade e precarização do trabalho; esta, sim, nociva à qualidade de vida.

O que precisamos é equilibrar qualidade de vida do trabalhador com a sustentabilidade das empresas. Não há magia ou voluntarismo capaz de tornar factível, sem graves efeitos colaterais, o que pretendem os autores da proposta de determinar a redução da jornada por lei.

O caminho para um futuro melhor para os brasileiros é conhecido. Passa por valorizar o bem-estar dos empregados e respeitar os necessários tempos para descanso, pois quem é saudável produz melhor. Mas envolve também reduzir custos logísticos, executar uma política macroeconômica que permita juros adequados, adotar uma boa política industrial, melhorar a educação para elevar a produtividade do trabalho e fomentar a inovação. Agora, sejamos francos: nenhuma nação ou indivíduo vence sem trabalhar.

FONTE: FIESC
gabinete@fiesc.com.br
Redução da jornada: negociar é o caminho | FIESC

 

Ler Mais
Mercado Internacional, Negócios, Oportunidade de Mercado, Pessoas, Tecnologia

Dubai lidera o ranking do melhor destino para os Nômades Digitais

O aumento do trabalho híbrido desde a pandemia de covid-19 levou muitos executivos a encontrarem uma nova base em outro lugar do mundo. De acordo com o mais recente estudo “Executive Nomad Index” da Savills, Dubai manteve em 2024 a sua posição de liderança pelo segundo ano consecutivo, como o melhor destino a nível mundial para os Nômades Digitais. Este estudo que faz parte do relatório Impacts da Savills, revela ainda que a capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi ocupa agora a segunda posição do ranking, enquanto Lisboa mantem a quinta posição.

A mudança para o trabalho híbrido levou muitos executivos a encontrarem novas casas em outras partes do mundo, muitas vezes em cidades costeiras, com clima quente e aeroportos de fácil acesso. Para executivos que se tornaram Nômades Digitais por conta da pandemia, não há lugar mais acolhedor do que Dubai. Fintechs e instituições já consolidadas de serviços financeiros, estão em rápido crescimento na cidade, atraindo uma enxurrada de trabalhadores sênior para trabalhos em sistema híbrido. Dubai e Abu Dhabi vem chamando a atenção para profissionais itinerantes, especialmente dos setores de finanças e consultoria, devido à sua forte conectividade aérea, infraestrutura moderna e alta qualidade de vida. “As pessoas querem o melhor dos dois mundos – um estilo de vida à beira-mar com as comodidades da cidade”, comentou Kelcie Sellers, membro da equipe de pesquisa global da Savills. “A maioria das cidades no top 10 se enquadra nesta categoria, e o desejo por este tipo de localização aumentou nos últimos anos”, concluiu. Entre as cidades de maior destaque, estão Málaga (3º), Miami (4º), Lisboa (5º), Barcelona (6º) e Palma (7º).

Tanto Dubai como Abu Dhabi estão bem classificados em diversas categorias, no entanto, Dubai tem uma grande vantagem na conectividade dos transportes aéreos que o coloca à frente de Abu Dhabi em termos gerais. O Dubai International, o seu principal aeroporto, é o mais movimentado do mundo em termos de tráfego internacional de passageiros. A recentemente anunciada expansão do aeroporto Al Makhtoum em Dubai, fará com que seja o maior aeroporto do mundo após a conclusão.

Entre os fatores em destaque comuns a maioria dos destinos mais procurados, encontram-se o clima favorável ​​durante todo o ano, uma elevada qualidade de vida e um mercado estabelecido de imóveis residenciais prime. Miguel Lacerda, Lisbon Residential director, da Savills Portugal comenta: “Lisboa manteve-se entre os cinco principais destinos para Nômades Digitais desde que lançamos o nosso índice em 2022. Isto deve-se, em grande parte, à elevada qualidade de vida que Portugal oferece em comparação com muitos dos seus pares, combinada com fortes desempenhos em todas as outras categorias – embora o aumento das rendas dos imóveis residenciais se esteja a tornar um ponto de pressão”. A conectividade, a inovação, um cenário cultural diversificado e um bom clima durante todo o ano, são fatores-chave que tornam Lisboa atrativa para os Nômades Digitais.

Entre as novas entradas no índice de 2024 encontram-se: Palermo (22º) e Cidade do Cabo (17º). A capital siciliana tem um património rico e uma longa história. É o mercado de aluguel prime mais acessível da Itália, com rendas prime até 70% inferiores às de Florença, por exemplo. Já a África do Sul introduziu o seu programa “Digital Nomad Visa” em maio de 2024, sendo a Cidade do Cabo beneficiada como um destino chave para estes viajantes e empresários no sul global. Também como novidades no índice 2024, surgem a ilha caribenha de Granada (11º), Bali (12º) e a capital da Costa Rica, San José, o primeiro destino da América Central a ser incluído no Índice Savills, ocupando o 13º lugar.

Fontes: boomberglinea.com.br; bing.com; hrportugal.sapo.pt; exame.com.

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1