Exportação, Industria

Indústria realiza primeira exportação com apoio da Fiep

A exportação tem sido um fator essencial para o crescimento da indústria paranaense, especialmente no setor de vestuário, têxtil e artefatos de couro, que está presente em quase todos os municípios do estado.

No último ano, esse setor somou 282 milhões de dólares em exportações, reforçando sua importância na economia regional. No entanto, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para dar os primeiros passos no mercado internacional. É nesse ponto que a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) atua como parceira estratégica, oferecendo capacitação, consultoria e serviços essenciais, como a emissão do Certificado de Origem, para auxiliar as indústrias no processo de internacionalização.

Um exemplo claro de sucesso é a D’Atri Confecções, que acaba de realizar sua primeira exportação para o Paraguai. A empresa, que tem 16 anos atuação e é especializada em roupas esportivas e acessórios, encontrou no suporte da Fiep o caminho para esse marco importante em sua trajetória. A oportunidade surgiu após a participação na Rodada de Negócios Internacional, realizada em agosto durante o IV Seminário de Negócios Internacionais do Paraná. A rodada de negócios, exclusiva para empresas paranaenses do setor de vestuário, contou com a presença de oito compradores do Paraguai, trazidos pelo Centro Internacional de Negócios da Fiep para promover a internacionalização das indústrias do Paraná.

De acordo com o gerente industrial da D’Atri Confecções, Lucas Felipe de Oliveira, a empresa estava em busca de um parceiro para exportação e encontrou essa oportunidade no evento. “Nós estávamos procurando a chance de exportar, e o evento nos proporcionou exatamente isso. Em uma semana após a rodada de negócios, já tínhamos o contato e a parceria estabelecida com o comprador.”

Antes de participar da rodada, a empresa passou por uma capacitação em formação de preços e negociação para exportação, que forneceu informações cruciais para agilizar a habilitação no comércio exterior. Através desse processo, a indústria conseguiu se preparar para sua primeira transação internacional.

Outro fator decisivo foi a emissão do Certificado de Origem, realizada com o apoio da Fiep, documento essencial para garantir que os produtos atendem às exigências do mercado paraguaio e de outros países. “Não conhecíamos todo o processo de tramitação, mas a Fiep nos mostrou o caminho e abriu as portas para a exportação”, comenta Lucas. O principal objetivo do documento é aumentar a competitividade dos exportadores brasileiros, reduzindo ou isentando seus produtos do imposto de importação (II) no destino, desde que atendam às regras exigidas pelos acordos comerciais.

A diretora da Fiep, Elizabete Ardigo, destacou a importância do suporte oferecido pela Federação no processo de internacionalização. “Este é um exemplo de como o apoio da Fiep em todas as etapas pode ser fundamental para que empresas paranaenses expandam seus negócios no exterior.”

Elizabete, que também atua como coordenadora do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário e Têxtil da Fiep, ressaltou a relevância de iniciativas como a Rodada de Negócios Internacional para impulsionar as exportações do setor: “Esses eventos são fundamentais para aproximar as empresas locais de compradores internacionais, criando oportunidades de negócios que vão além da teoria e se transformam em parcerias concretas. A empresa soube aproveitar esse suporte, o que resultou em sua primeira exportação.”

Além disso, a participação na rodada de negócios foi avaliada com nota máxima pelos empresários, que demonstraram grande expectativa de fechar novos contratos. A estimativa é que as negociações resultantes do evento movimentem aproximadamente 1,4 milhão de dólares em novos negócios ao longo dos próximos 12 meses. O gerente industrial da D’Atri acrescenta que a empresa já tem planos de exportar entre 30 e 40 mil peças até o final do ano.

Este case de sucesso é uma demonstração clara de que, com o suporte adequado, empresas que desejam internacionalizar suas operações podem contar com a Fiep para enfrentar os desafios do comércio exterior. Seja na capacitação, rodada de negócios ou emissão de certificados de origem, os serviços oferecidos pela Federação são fundamentais para o sucesso das exportações brasileiras.

FONTE: Indústria realiza primeira exportação com apoio da Fiep – Notícias – Fiep – Central de Informações – Relações Internacionais (fiepr.org.br)

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Safra portentosa: Brasil desbanca EUA na exportação de algodão

Outro motivo é o aumento da demanda com o retorno das atividades presenciais, o que acaba impulsionando a indústria têxtil.

Antecipando uma meta prevista para ser alcançada apenas em 2030, em uma virada histórica no comércio global, o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se pela primeira vez o maior exportador de algodão do mundo. A notícia foi confirmada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada durante o 21° Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia.

Miguel Faus, presidente da Anea, alertou que a posição brasileira depende da safra americana, que tende a ser maior do que a do ano passado. Ultrapassar os Estados Unidos em volume de exportação era uma meta do setor com previsão para ser batida apenas em 2030, mas acabou sendo alcançada antes do encerramento do ano comercial de 2023/2024, disse a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Gustavo Prado, Diretor Executivo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), ressaltou a importância estratégica da Bahia na conquista da liderança global do Brasil na exportação de algodão. “Sendo sustentável essa posição, nossa imagem, como um dos produtos de melhor qualidade, se consolida. Não obstante, trabalhamos arduamente em negociações com os atores da cadeia de suprimentos para exportação e estamos prestes a consolidar a rota de Salvador diretamente para a Ásia. Isso, graças à parceria com esses atores, incluindo o apoio do Governo da Bahia”, destacou.

A Bahia é o segundo estado que mais produz algodão no País. De acordo com as projeções da Abapa, a Bahia deve colher 345,4 mil hectares, resultando em uma produção de 663 mil toneladas de algodão em pluma, com uma estimativa de exportação de aproximadamente 300 mil toneladas.

Brasil

De acordo com a Abrapa, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) nesta safra e as exportações devem alcançar 2,6 milhões de toneladas. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.

Os maiores produtores de algodão são a China e a Índia, seguidos pelos Estados Unidos, deixando o Brasil em quarto lugar no ranking mundial, aponta a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, Fao.

Fonte: Ascom/Seagri
Brasil desbanca EUA e assume liderança mundial na exportação de algodão (www.ba.gov.br)

 

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Índia perde espaço para países menores como centro de manufatura de baixo custo

A Índia está perdendo espaço para rivais como Bangladesh e Vietnã como centro de exportação de manufaturas de baixo custo

A Índia está perdendo espaço para rivais como Bangladesh e Vietnã como centros de exportação de manufaturas de baixo custo, segundo o Banco Mundial. A participação do país no comércio global não tem acompanhado o ritmo de crescimento acelerado de sua economia.

O comércio de bens e serviços da Índia tem diminuído como percentual do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo da última década, apesar de seu peso econômico, afirmou o banco em um relatório divulgado na terça-feira.

A participação da Índia nas exportações globais de vestuário, couro, têxteis e calçados cresceu de 0,9% em 2002 para um pico de 4,5% em 2013, mas desde então caiu para 3,5% em 2022, de acordo com o Banco Mundial. Em contraste, a participação de Bangladesh nessas exportações atingiu 5,1%, enquanto a do Vietnã chegou a 5,9% em 2022.

Para aumentar as exportações e se beneficiar da mudança da China para longe da manufatura intensiva em mão de obra, a Índia precisará reduzir os custos comerciais, diminuir barreiras tarifárias e não tarifárias e revisar acordos comerciais, recomendou o Banco Mundial.

“Este é um ponto no qual a Índia poderia focar”, disse Nora Dihel, economista sênior do Banco Mundial, em coletiva de imprensa em Nova Deli. “Isso é um chamado à ação.”

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O primeiro-ministro Narendra Modi tem como ambição transformar a Índia em um hub de manufatura, à medida que as empresas diversificam suas cadeias de suprimentos, se afastando da China. O governo de Modi investiu bilhões de dólares em subsídios para atrair investimentos em indústrias como eletrônicos e fabricação de chips.

No entanto, os setores de exportação da Índia estão se tornando cada vez mais intensivos em capital, e não conseguem absorver os milhões de desempregados do país. O Banco Mundial estimou que o emprego direto relacionado às exportações caiu de um pico de 9,5% do total de empregos domésticos em 2012 para 6,5% em 2020.

Mesmo com os desafios, o Banco Mundial espera que a economia da Índia continue crescendo em um ritmo acelerado de 7% no atual ano fiscal, que vai até março de 2025, após uma expansão de mais de 8% no ano anterior. O crescimento deve, contudo, desacelerar para uma média de 6,7% em 2025-26 e 2026-27, segundo o banco.

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