Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Portos

Falta de ‘janelas’ no Porto de Santos faz exportador perder vendas

Dificuldades de entrega ou retirada de cargas geram custos extras e cancelamento de pedidos, o que afeta especialmente os pequenos negócios, segundo o CECIEx. Estudo da Centronave aponta perdas anuais de US$ 20,6 bi

Terminais lotados, falta de berços para atracação, pagamento de taxas de sobreestadia, custos altos, perda de competitividade. Há pelo menos um ano e meio, a carência de janelas de embarque e desembarque, causada pelo congestionamento de navios nos portos – em especial no de Santos, o maior da América Latina -, se intensificou e passou a afetar mais frequentemente as operações de comércio exterior de empresas brasileiras.

A crise logística, que também impacta outros portos, como Paranaguá (PR), Itapoá, Imbituba, Navegantes e Itajaí (SC) e Rio Grande (RS), foi até alvo de ofício, enviado para a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, em dezembro do ano passado, pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o Conselho das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), parceiro da SP Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Dados do Ministério de Portos e Aeroportos apontam que, de janeiro a outubro de 2024, o porto paulista movimentou 153 milhões de toneladas de carga, uma alta de 7,7% ante 2023. Para dar conta do fluxo de embarques e desembarques, a movimentação de contêineres totalizou 493,7 mil TEUs.

Entre os principais problemas citados no ofício enviado à Camex, que também são resultados desse crescimento, estão o congestionamento e saturação da infraestrutura portuária em Santos e a sobrecarga das operações, além de constantes atrasos na atracação e na movimentação de mercadorias. Nos portos do Sul, gargalos operacionais e infraestrutura insuficiente têm comprometido a eficiência logística e a previsibilidade dos embarques.

No geral, esses fatores têm provocado aumento de custos operacionais e impactos nas margens das empresas, especialmente exportadoras, que enfrentam dificuldade em manter sua competitividade, já que precisam adequar seus preços aos valores regulados pelo mercado internacional.

Os atrasos e custos adicionais – como taxas de detention (cobrada na exportação quando o contêiner vazio não retorna ao porto de origem dentro do prazo acordado) e débitos junto aos armadores, ou demurrage (na importação, cobrada pelo tempo de estadia do contêiner no terminal de chegada por um prazo maior do que o acordado) – têm levado grandes exportadores a retraírem suas operações, temendo até mesmo retenções de cargas no exterior por inadimplência, de acordo com o documento da CACB e do CECIEx.

“Isso impacta a competitividade do Brasil no mercado local. A falta de infraestrutura adequada e o aumento dos custos logísticos comprometem a confiança de compradores internacionais, além de reduzir a capacidade de entrega de produtos em prazos competitivos”, alertam as entidades.

Damaris Eugênia Ávila da Costa, presidente do CECIEx, vive esse problema na prática, já que também atua em uma comercial importadora-exportadora. Ela reforça que Santos é que tem dado mais problemas nesse sentido por movimentar o maior volume de carga.

“Há dificuldade de janela para importadores e exportadores que precisam retirar e devolver contêineres, pois os portos estão congestionados. E não só por questões envolvendo navios, mas porque muita carga chega e não consegue sair rapidamente.”

Ela explica que as empresas comerciais exportadoras e importadoras precisam cumprir o deadline draft (ou prazo final de apresentação de documentos nas operações de comércio exterior), levam a mercadoria para o porto na data que o navio exige, mas quando a embarcação chega no porto, não consegue entregar ou retirar a carga”.

Sua preocupação principal é o impacto sobre os exportadores, em especial os pequenos, e a potencial perda de negócios para concorrentes de países vizinhos. Ela exemplifica: se o navio chegar com a carga e não tem janela para receber, a taxa média de sobreestadia é de US$ 250 – um custo imprevisto. “Agora, imagine uma empresa com 10, 20 ou 30 contêineres”, diz.

Ela cita outro transtorno, que é a carga ‘rolar’ – como aconteceu com uma associada do CECIEx no Paraná. “Ela precisou embarcar em Itapuá, mas tinha uma carga de 10 contêineres que rolou por três navios. Se acontecer de novo, o caminhão estiver esperando e a carga for para outro terminal, é o exportador que tem que pagar.”

Os exportadores trabalham com margens muito reduzidas para serem competitivos no mundo. E como essas despesas são em dólar, sofrem ainda mais. “Se para um grande exportador é complicado, se for um pequeno ele simplesmente desiste.”

Há operadores que suspenderam as exportações por medo de os contêineres ficarem barrados no destino e ficarem devendo detention. Ou ainda, clientes que cancelaram o pedido por falta de janela para embarque. “Temos um grande comprador da Jordânia que só não cancelou após sua carga rolar por três navios porque é nosso cliente faz tempo”, conta. “Hoje, o exportador brasileiro não está mais escolhendo para quem vender, ele está em stand-by e bastante cauteloso.”

DESAFIOS EM NÚMEROS

Um levantamento do Centronave (Centro Nacional de Navegação Transatlântica), que representa 19 grandes armadores, dá uma ideia do tamanho do problema ao apontar as restrições de infraestrutura para atracação de navios que operam com calado acima de 14 metros. A perda de competitividade para importadores e exportadores brasileiros é de US$ 20,6 bilhões anuais. A estimativa da Solve Shipping, citada no estudo, contempla rotas como Santos-Mediterrâneo, Santos-Europa e Santos-Ásia.

Quando se fala em cargas perdidas, que às vezes precisam ‘rolar’ no próprio porto aguardando um destino, ou seguir para outros, a perda potencial de receitas ao ano por dificuldades de carregamento é de US$ 1 bilhão – considerando o frete médio de US$ 2 mil por TEU (medida equivalente a 20 pés, o volume de um contêiner padrão).

Enquanto o crescimento orgânico da carga chega a 5,5% ao ano, com a alta demanda global das operações de comex, a capacidade operacional dos portos brasileiros está em 70% – percentual a partir do qual a operação deixa de ser eficiente, diz o estudo, baseado em dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o Centronave, no Porto de Santos o cenário é mais desafiador, pois está saturado e operando com ocupação acima da sua capacidade. Só no primeiro trimestre de 2024, em seus maiores terminais, a ocupação média variou entre 71% (Santos Brasil) e 86% (BTP e DTW), acima do recomendando pela OCDE, que é de 65%, provocando um gargalo em terra, no pátio onde são alojados os contêineres, aponta o estudo.

Outro gargalo é o subaproveitamento dos navios, com embarcações que não operam com capacidade plena já que, dos 17 portos com operação de contêineres, apenas seis (Santos incluso) estão homologados para receber navios de 366 metros, com calado de 16 metros e capacidade para carregar 15 mil TEUs. O porto paulista levou seis anos para ser homologado.

“Após a chegada (deste navio) em 2024, o Brasil está 12 anos e quatro gerações de navios defasado”, destaca o estudo, que mostra ainda que o país deixa de exportar 1 milhão de toneladas por ano e 62,4 mil TEUs por restrição de calado devido à falta de infraestrutura em portos como Santos, Suape (PE), Rio de Janeiro, Pecém (CE) e Salvador (BA).

O QUE DIZEM OS OPERADORES 

Quem atua diretamente no comércio exterior há muito tempo afirma que o problema dos portos é antigo, e alguns se repetem. CEO da comercial-exportadora Paraná Trading, João Fernando Zogheib afirma que sua empresa tem enfrentado diversos desafios logísticos no Porto de Santos – os quais vêm impactando significativamente as operações de comércio exterior e comprometendo sua pontualidade e eficiência no atendimento aos clientes. “Esses problemas têm gerado prejuízos financeiros e operacionais, além de colocar em risco nossa competitividade no mercado internacional”, afirma.

Um dos obstáculos, reforça, é a falta de vazios disponibilizados pelos armadores. E com a escassez de contêineres vazios, ele afirma que as empresas têm enfrentado dificuldades para realizar os carregamentos de exportação dentro do prazo esperado. Já a ausência de contêineres disponíveis tem resultado em rolagens nos navios por parte dos armadores – o que atrasa os embarques e prejudica a cadeia de suprimentos dos seus clientes, explica.

“Fiquei com uma carga destinada aos Estados Unidos dois meses aguardando embarque. Carregamos na empresa para atender o prazo de deadline draft estipulado por eles e, ao chegar em Santos, tive que direcionar ao Redex (Recinto Especial de Despacho Aduaneiro de Exportação), pois o armador alterou o booking (reserva)”, conta Zogheib, que também é delegado regional e membro do comitê gestor do CECIEx.

Este mesmo booking foi alterado diversas vezes, conforme lembra, sob alegação de problemas operacionais e, por isso, a Paraná não conseguia depositar o contêiner no terminal designado. “Só o custo de estadia do Redex foi de R$ 7 mil. Sem contar os outros, que nunca abrem o gate (data que antecede o deadline em que literalmente o terminal portuário abre os portões para que o embarcador deposite o contêiner carregado) no prazo da retirada dos contêineres.”

Não existe um problema, mas vários que vêm se acumulando por anos, afirmou o CEO de uma empresa de logística com mais de 35 anos de experiência. Ele, que preferiu não se identificar, diz que de repente querem achar culpado para uma falta total de gestão pública, independentemente do governo, que se intensifica e faz os problemas se acumularem ao longo dos anos.

Entre os principais que têm afetado Santos, diz, está o fechamento do Porto de Itajai por dois anos, que era o segundo porto no país com maior volume. “Isso acabou afetando todo o entorno. Paranaguá é um porto horroroso onde grande parte da safra é escoada. Já Itapoã foi uma alternativa do Estado, mas não tem nem infraestrutura básica de estradas e terminais. Por isso acaba tudo em Santos, que já estava sobrecarregado há anos em termos de infraestrutura.”

Ele também cita o aumento do dólar, que explodiu agora mas que gradativamente vem aumentando as vendas de safras. O que deveria ser uma boa notícia, acabou virando transtorno para os operadores por conta da infraestrutura deficiente.

“Algodão, por exemplo, está incrível, mas esse aumento de exportação de commodities traz uma baita confusão para Santos porque leva estufagens (contêineres carregados) para lá, entope os terminais e causa trânsito na área de retroporto.”

Sem contar, segundo ele, que os terminais e a infraestrutura são os mesmos há anos. “Santos fez uma obra na Via Anchieta para melhorar algo que devia ter sido melhorado há 10 anos”, afirma. Outro problema, segundo o CEO, é o “jogo de empurra” entre armador e terminal, que na verdade “são só duas peças de um grande quebra-cabeças.”

Hoje, afirma, os exportadores acabam pagando uma conta enorme de pré-stacking (armazenamento do contêiner em um terminal de apoio, até a abertura do gate do navio no qual tem reserva para, aí sim, ser entregue no terminal). Mas se o navio atrasa, gera um valor de armazenagem maior, e isso vira uma briga entre armador e cliente.

“Se o cliente é grande, ele ganha; se é pequeno, torna a conta inviável. Vira briga de cliente e terminal, e de terminal e armador. No fim, parece briga de bar: não se sabe quem está batendo em quem. Essa é a triste situação em que nos encontramos”, diz o CEO logístico, que cita ainda a mão de obra não qualificada de boa parte das empresas, que trabalha sem conhecimento dos procedimentos de funcionamento do mercado internacional. “Tudo isso ajuda a aumentar a confusão”, aponta.

À BEIRA DE UM COLAPSO?

Enquanto os operadores de comércio exterior tentam driblar os prejuízos, portos e empresas de transporte frequentemente culpam uns aos outros pelos atrasos, deixando-os com poucos recursos e enfrentando custos imprevisíveis. 

Procurado para comentar a questão, o Porto de Santos, por meio de sua assessoria de imprensa, indicou os três maiores terminais de contêineres Tecon Santos (Santos Brasil), Brasil Terminal Portuário (BTP) e DP World (Dubai Ports), que têm como acionistas os próprios armadores, para esclarecer a questão da falta de janelas e os atrasos.

“Cabe destacar que o Porto de Santos é a última escala do navio antes que ele deixe o país. Todos os eventuais atrasos ocorridos nas escalas que antecedem sua chegada causam interferências nas operações”, disse a autoridade portuária. 

Já o Ministério dos Portos e Aeroportos explicou, também por meio de sua assessoria de imprensa, que as autoridades têm autonomia para a definição das janelas para embarque/desembarque de cargas, e que, até o momento, não há conhecimento ou notificação de que isso seja um problema geral para as companhias marítimas. “Ressaltamos ainda que os investimentos do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) têm como objetivo melhorar a infraestrutura e otimizar as operações.” 

A Santos Brasil informou ao Diário do Comércio que antecipou em cinco anos a conclusão do projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos, “de modo a garantir o atendimento a seus clientes com elevado nível de serviço”, disse, em nota. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade operacional do terminal, dos atuais 2,4 milhões de TEUs para 3 milhões de TEUs, inicialmente prevista para 2031, será entregue ao porto de Santos até 2026.

“Só em 2024, a empresa investiu R$ 400 milhões no Tecon Santos para elevar sua capacidade para 2,6 milhões de TEUs já no final do ano. Do total de R$ 2,6 bilhões previstos para o projeto, mais de R$ 1,4 bilhão foram investidos”, informou.

Já a DP World disse, também em nota, que opta por não comentar a questão da falta de janelas, uma vez que este tema está diretamente relacionado aos impactos causados pelos frequentes atrasos de navios sob a gestão dos armadores – incluindo o gerenciamento da rolagem de cargas e da quantidade de janelas que são disponibilizadas para cada navio.

“Reconhecemos, no entanto, os desafios enfrentados pelo setor e reafirmamos nosso compromisso com a ampliação da capacidade operacional de nosso terminal no Porto de Santos. Nesse sentido, já anunciamos um investimento de R$ 450 milhões, que permitirão aumentar a capacidade do terminal de 1,4 milhão para 1,7 milhão de TEUs a partir de 2026, com a possibilidade de uma nova rodada de investimento para atingir 2,1 milhões de TEUs a partir de 2028”, informou.

Mais crítica, a Brasil Terminal Portuário (BTP) também diz reafirmar, em nota, que é urgente e inadiável o aumento de capacidade para operação de contêineres no Porto de Santos. A companhia entende que a modernização da infraestrutura portuária deve acontecer ao mesmo tempo, com a ampliação das capacidades por acesso viário e opção de novas rodovias, como também pela dragagem do canal de navegação e pelo incremento do transporte ferroviário e de cabotagem.

“Todos os investimentos devem estar em sinergia e acontecer em simultaneidade porque juntos contribuem para o desenvolvimento também da infraestrutura e para a representatividade do país no comércio exterior”, diz a nota. “Com demanda de carga de importação e exportação crescendo todos os anos, e a operação nos terminais em taxas que já superam os 85% da capacidade física das instalações (percentual muito acima do que recomenda a OCDE), o Porto de Santos vai entrar em colapso previsivelmente em 2026 se nada for definido e feito agora. E isso porque estamos considerando na conta as expansões contratadas dos terminais do complexo santista”, alerta a BTP.

Damaris Costa, do CECIEx, lembra que outros portos de países da América do Sul, como o Uruguai, Paraguai e até do Peru têm se oferecido para rolagem ou movimentação das cargas de Santos para reduzir esses gargalos logísticos. “Todo mundo sabe que o Porto de Santos é o maior da América Latina e está com problemas, por isso dizem ‘podem usar nosso porto, os nossos armazéns’. Mas, enquanto isso, os nossos portos vão perdendo competitividade.”

POSSÍVEIS SOLUÇÕES (E PERSPECTIVAS A PERDER DE VISTA) 

No documento enviado para a Camex, a CACB e o CECIEx sugerem ações coordenadas entre os Ministérios dos Portos e Aeroportos e do Planejamento para modernização e ampliação das infraestruturas portuárias, priorizando os portos mais críticos, como Santos, Paranaguá e Itajaí, assim como a implementação de medidas emergenciais para aliviar o congestionamento atual e evitar que os problemas se agravem.

Outra sugestão é a convocação da alta gestão dos principais portos, além de diálogo com os administradores para identificar gargalos operacionais e propor soluções imediatas, a criação de um grupo de trabalho interministerial e a formação de um comitê envolvendo Camex, Ministério dos Portos e Aeroportos, representantes do setor privado e demais stakeholders para alinhar ações e propor soluções que combinem eficiência logística com sustentabilidade econômica.

Também foi proposta a redução de custos operacionais e suporte às empresas exportadoras, pelo menos até o problema ser solucionado, além do desenvolvimento de políticas de apoio financeiro e logístico para exportadores que enfrentam dificuldades em honrar custos portuários e de transporte internacional.

Damaris Costa lembra que o governo faz tanta promoção de exportação, mas parece que não tem conhecimento desses gargalos. “Temos bons registros de exportação real, mas que não refletem esse outro lado. Esses números poderiam ser muito maiores, mas parece que não se sabe o que o exportador passa, nem o que ele faz para poder atender o compromisso com o cliente dele no exterior, muitas vezes perdendo dinheiro ou pagando um monte de despesas extras.”

Do lado do Centronave, a solução seria a retomada dos leilões e a promoção de investimentos em terminais com capacidade de receber navios maiores e mais eficientes, com maior armazenamento de carga e emprego de navios ainda maiores para aumentar a capacidade sem onerar atracações e proporcionar ganhos de escala, conforme propõe, em seu estudo.

Porém, para a associação de armadores, o comércio exterior brasileiro vive um impasse: para atender o crescimento do mercado, também seria preciso substituir a frota atual por navios maiores ou adicionar navios. “É inviável, pois falta espaço em terminais, não há berços de atracação suficientes e a estrutura tarifária penaliza o navio, desestimulando renovação, inovação e aumento de capacidade.”

No segundo semestre de 2024, o ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho disse na B3, em São Paulo, que o governo irá licitar neste primeiro semestre de 2025 o STS10, novo grande terminal de contêineres no Porto de Santos, que vinha sendo estudado desde 2019 para entrar na proposta de privatização da autoridade portuária – o que não se concretizou. O novo projeto é construído com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Porém, segundo a BTP, um terminal como o projeto STS10 pode levar até dois anos para ficar 100% operacional. E reforça que é necessária uma decisão ágil do governo brasileiro, com solução eficaz e cronograma de ações, “de modo que a iniciativa privada faça seus investimentos em infraestrutura própria, de maneira antecipada, tirando o pé do freio para permitir o crescimento que o país merece para fomentar o comércio internacional e gerar emprego e prosperidade para todos.”

Na última terça-feira (7/1), o ministro Costa Filho disse que o MPor tem investido “de modo consistente” no setor portuário dentro do Novo PAC com uma carteira de R$ 54,7 bilhões, sendo essencialmente investimentos privados. “Fizemos leilão de 13 unidades portuárias nos últimos dois anos e temos 37 novos leilões até o final de 2026, o que vai garantir novos investimentos nos portos brasileiros”, sinalizou. 

FONTE: DC Comércio
Diário do Comércio

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Ampliação da Dragagem do Anteporto de Montevidéu

A Administração Nacional de Portos (ANP) estendeu a dragagem do Anteporto de Montevidéu a uma profundidade de 14 metros.

Segundo Daniel Loureiro, vice-presidente da ANP, esse trabalho vai melhorar a gestão de navios de grande porte e atrairá empresas marítimas que operam com embarcações maiores.

O contrato inicial, aprovado com uma Shanghai Dredging Company (SDC), antes de um custo de 30 milhões de dólares para as obras do canal de acesso. Porém, a expansão do projeto incluirá novas áreas como o canal interno e o Cais II.

A execução das obras exigirá a extração de 2 mil metros cúbicos de material. A SDC, subsidiária do China Communications Construction Group, subcontratou a empresa belga Jan de Nul para acelerar o trabalho.

Os operadores portuários privados destacaam que esta melhoria aumentará o volume de negócios do porto. Além disso, facilitará o comércio na Hidrovia Paraguai-Paraná e fortalecerará as conexões com terminais no Sul do Brasil.

A obra reflete o compromisso do governo uruguaio em modernizar o porto da capital, consolidando-o como um importante centro para o comércio regional.

FONTE: Todo LOGISTICA NEWS
Ampliação da Dragagem do Anteporto de Montevidéu – TodoLOGISTICA NEWS

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Navio da Maersk atacado em comboio por Houthis duas vezes em 10 dias

Mais um navio que ostentava a bandeira dos Estados Unidos operado pela Maersk Line foi alvo dos Houthis.

O Maersk Saratoga, um porta-contêineres de 2.500 TEUs construído em 2004, estava sendo escoltado por navios de guerra dos EUA para fora de Djibouti quando foi atacado, apenas 10 dias após outro incidente semelhante na região.

O porta-voz dos Houthis, Yahya Saree, revelou que dois destróieres e três navios de suprimentos “americanos” foram alvos no Golfo de Áden.

Dados de rastreamento de embarcações da S&P Global identificaram os navios mercantes envolvidos como o Maersk Saratoga, o petroleiro de produtos Stena Impeccable e o graneleiro Liberty Grace. O Maersk Saratoga operava em uma rota entre Djibouti e o porto de Salalah, em Omã.

O Comando Central dos EUA (CENTCOM) informou, em 10 de dezembro, que os destróieres da Marinha dos EUA USS Stockdale (DDG 106) e USS O’Kane (DDG 77) neutralizaram uma série de disparos lançados pelos Houthis enquanto transitavam pelo Golfo de Áden entre os dias 9 e 10 de dezembro.

O CENTCOM declarou: “Os destróieres estavam escoltando três navios mercantes de propriedade, operação e bandeira dos EUA. Os ataques imprudentes não resultaram em feridos nem em danos a qualquer embarcação, civis ou forças navais americanas.

“Os destróieres engajaram e derrotaram com sucesso múltiplos sistemas aéreos não tripulados de ataque unidirecional (OWA UAS) e um míssil de cruzeiro anti-navio (ASCM), garantindo a segurança das embarcações e suas tripulações, bem como de navios civis e seus tripulantes.”

O CENTCOM também revelou que, entre 30 de novembro e 1º de dezembro, os mesmos navios de guerra repeliram outro ataque Houthi contra essas embarcações. Em ambas as tentativas, os navios não sofreram danos, e suas tripulações saíram ilesas.

Considerando o ataque de 1º de dezembro, o Maersk Saratoga já é o quinto navio da Maersk a ser alvo dos Houthis. Em julho, o Maersk Sentosa escapou de mísseis disparados pelo grupo rebelde apoiado pelo Irã. Outro navio, o Maersk Yorktown, também saiu ileso após ser atacado duas vezes em abril.

Fonte: Container-News

Maersk vessel in convoy attacked by Houthis twice in 10 days

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Bahía Blanca pode se tornar um centro logístico estratégico para Argentina

A região de Bahía Blanca está posicionada para se tornar um importante hub logístico na Argentina, graças à proposta da Lei de Economia do Transporte Intermodal, recentemente apresentada ao Senado argentino pelo legislador Eduardo Vischi.

A iniciativa visa eliminar barreiras alfandegárias no setor de cabotagem doméstico, permitindo que milhares de contêineres e volumes significativos de carga sejam transportados de maneira integrada por caminhões, trens e navios.

Jorge de Mendonça, presidente da Associação Sul-Americana de Intermodalidade (AIMAS), destacou que o porto de Bahía Blanca tem potencial para movimentar pelo menos 40 mil TEUs (contêineres de 20 pés) anualmente em operações de cabotagem.

Esse número, baseado em estudos de 2019, pode crescer significativamente com o desenvolvimento do corredor ferroviário Norte-Sul, que conectaria regiões como Córdoba, Tucumán e Jujuy a Bahía Blanca.

De Mendonça enfatizou que o modelo intermodal pode otimizar o transporte de produtos agrícolas, minerais e outros bens estratégicos, aumentando a eficiência econômica do país.

Superando barreiras no cabotagem doméstico

A Lei de Economia do Transporte Intermodal busca solucionar obstáculos históricos que dificultam o desenvolvimento da cabotagem marítima na Argentina.

Atualmente, o transporte de mercadorias domésticas por via marítima exige procedimentos alfandegários similares aos aplicados ao comércio internacional, tornando essa alternativa menos prática em comparação a caminhões, trens ou aviões.

A legislação proposta pretende utilizar tecnologias modernas de rastreabilidade para atender às exigências alfandegárias sem custos ou atrasos adicionais.

Essa mudança permitiria que empresas de transporte em diferentes modais – caminhão, trem, navio e avião – operassem de maneira mais coordenada e eficiente. Nesse contexto, Bahía Blanca, com sua localização estratégica e potencial logístico, seria uma das principais beneficiadas.

Um corredor que conecta a nação

Desde 2011, a AIMAS defende a transformação de Bahía Blanca no núcleo de um corredor ferroviário Norte-Sul.

Esse corredor ligaria Bariloche a Córdoba, Tucumán e Jujuy, oferecendo uma solução mais eficiente e econômica para o transporte de parte das 15 a 60 milhões de toneladas de carga movimentadas anualmente nessa rota.

O porto de Bahía Blanca está estrategicamente posicionado para atuar como parte de uma interface logística chave, tanto para o comércio doméstico quanto como uma porta de saída vital para exportações aos mercados globais.

De Mendonça salientou que o potencial de Bahía Blanca vai além do transporte de contêineres. “Não enviamos mais grãos de Bahía Blanca para Rosário porque as conexões ferroviárias no norte são inadequadas”, disse ele. Em 2012, 12 milhões de toneladas de grãos foram transportadas do sul de Buenos Aires para Rosário, enquanto outras 12 milhões foram enviadas de Rosário para Quequén e Bahía Blanca em navios graneleiros.

Ele acredita que reconstruir o corredor ferroviário Norte-Sul, incluindo a rota Rosário-Puerto Belgrano, fortaleceria o papel de Bahía Blanca e traria benefícios significativos para a agricultura e logística.

Avançando para um sistema integrado

“A reconstrução do corredor ferroviário Norte-Sul é urgente”, afirmou De Mendonça. “Isso inclui a seção Rosário-Puerto Belgrano, de Pringles a Coronel Granada, com trilhos capazes de suportar de 25 a 32,5 toneladas por eixo.”

Uma integração intermodal robusta entre caminhões e trens, com apoio a pequenas e médias empresas e localidades intermediárias, garantiria uma cadeia de suprimentos eficiente. Ele sugeriu ainda que trens de uso misto, para passageiros e e-commerce, poderiam reduzir custos e aumentar oportunidades para o transporte de mercadorias, mesmo em áreas remotas.

De Mendonça destacou que a modernização do corredor não apenas aumentaria as exportações agrícolas e apoiaria pequenos produtores rurais, mas também melhoraria a eficiência logística em todo o país. Além disso, reduziria as emissões de carbono e criaria empregos em comunidades locais.

Fonte: Argenports
https://argenports.com/nota/bahia-blanca-como-eje-del-transporte-intermodal-un-futuro-con-40000-contenedores

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Portonave recebe prêmio internacional em Cibersegurança Portuária

Terminal Portuário foi reconhecido na 10ª edição do Prêmio Marítimo das Américas, realizada na Guatemala

A Companhia conquistou o Prêmio Marítimo das Américas em Cibersegurança Portuária pelas ações e investimentos realizados em prol da proteção digital. A cerimônia de premiação foi realizada na capital da Guatemala, a Cidade de Guatemala, pela Comissão Interamericana de Portos (CIP), na última semana. O reconhecimento demonstra o compromisso da Portonave com a segurança da informação. Na categoria Cibersegurança Portuária, mais de 20 portos e terminais de sete países das Américas se inscreveram.

O Terminal Portuário, em conjunto com sua acionista, a Terminal Investiment Limited (TiL), vem estruturando o Sistema de Gestão em Segurança da Informação, que inclui a criação de uma equipe especializada, a revisão constante de processos em adesão às melhores práticas, a implantação de recursos tecnológicos de segurança mais modernos disponíveis no mercado e, especialmente, a conscientização dos profissionais.

A empresa também participa anualmente de exercícios como o Guardião Cibernético do Governo Federal, assim como de diversas auditorias, com o intuito de prevenir incidentes cibernéticos. Jardel Fischer, Gerente de Tecnologia da Informação da Portonave, destaca a importância da cibersegurança para a Companhia, “Sempre buscamos implantar as melhores práticas globais em segurança da informação. Para isto, investimos tanto em processos de tecnologia quanto nas equipes, com objetivo de garantir integridade e confidencialidade de dados.”

Em 2023, o Terminal foi reconhecido na Categoria de Empoderamento e Igualdade pelo Prêmio Marítimo das Américas, com o seu Programa de Apoio à Maternidade realizado entre as profissionais. O reconhecimento é realizado pela Comissão Interamericana de Portos (CIP). A organização reúne autoridades portuárias de 34 países. Também, envolve líderes da indústria marítimo-portuária destes países com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor com segurança, competitividade, sustentabilidade e inclusão.


Jardel Fischer, Gerente de TI, representou a Portonave na Guatemala

Sobre a Portonave

A Portonave é o primeiro terminal portuário privado de contêineres do país e iniciou suas operações há 17 anos. Localizada em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, a empresa é responsável por 12% das movimentações de contêineres cheios no Brasil e 51% no Estado, segundo o Datamar, consultoria especializada no modal marítimo, de janeiro a setembro. Já movimentou mais de 1 milhão de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), de janeiro a outubro deste ano. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a Portonave é o terminal mais eficiente na produtividade de navio, com média de 119 Movimentos por Hora (MPH).

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BTP recebe dois novos portêineres e aumenta em 25% a quantidade de equipamentos de cais

O navio Zhen Hua 15 atracou na última quinta-feira (7) na Brasil Terminal Portuário (BTP), terminal de contêineres na margem direita do Porto de Santos, com dois novos portêineres da classe Super Post-Panamax.

Estes novos equipamentos, também conhecidos como guindastes de cais ou Ship To Shore (STS), aumentarão em 25% a quantidade de equipamentos de cais da BTP e contribuirão para a operação de navios gigantes com ainda mais segurança e eficiência operacional no maior porto do Hemisfério Sul.

A aquisição faz parte de um pacote de investimentos de R$1,9 bilhão previsto para os próximos anos que, em sinergia com as diretrizes ESG da BTP, também impulsionará a descarbonização do terminal e incentivará a geração de mais empregos na Baixada Santista.

Os dois novos portêineres da BTP, fabricados pela ZPMC, possuem 94 metros de altura (o equivalente a um prédio de 30 andares), alcance de 19 metros abaixo do cais e lança de 70 metros de comprimento, que possibilitam o posicionamento de contêineres em até 25 fileiras dentro das embarcações e a movimentação de cargas com até 65 toneladas sob spreader.

Os equipamentos também são eletrificados, contribuindo para a ambição da companhia de ser carbono zero a partir de 2030, e contam com ampla tecnologia embarcada como, por exemplo, sistemas de operação TPS (posicionamento de caminhões) e LCPS (identificação de perfil da pilha de contêineres no navio para prevenção de colisão).

De acordo com o Diretor de Operações da BTP, Ricardo Trotti, a companhia segue firme seu compromisso de investimentos firmado com o governo por ocasião da renovação contratual da empresa.

“O foco do nosso pacote de investimentos é preparar a BTP para mais 20 anos de operação no Porto de Santos. Vamos ampliar a nossa capacidade operacional em mais de 40% nos próximos anos e teremos um terminal ainda mais eficiente, sustentável e inovador, preparado para receber e operar as novas frotas de embarcações que chegarão ao Porto de Santos”, afirma o diretor.

Operação de atracação

O navio Zhen Hua 15, que saiu com os dois novos portêineres da BTP do Porto de Xangai, na China, passou por dois países antes de chegar em segurança ao Porto de Santos, na segunda-feira (4/11), às 5h42. Durante o tempo de permanência na barra, as lanças dos dois portêineres foram abaixadas para que os equipamentos pudessem passar, em segurança, por baixo dos cabos da rede de transmissão de energia do Porto de Santos.

A operação começou por volta das 10h, com a saída do navio Zhen Hua 15 da barra em direção ao canal de acesso do Porto de Santos até seguir, ao seu destino, com atracação no cais da BTP, por volta das 12h. Todo o planejamento da operação, especialmente para a segurança da navegabilidade da embarcação, contou com o apoio da APS, Capitania dos Portos e da Praticagem de São Paulo.

O gerente de Implantação de Projetos da BTP, Fábio Duarte, responsável pela equipe que está dedicada à implantação dos projetos compromissados no pacote de investimentos da BTP, explica que após a atracação bem-sucedida, os novos equipamentos serão desembarcados por trilhos e instalados na companhia.

“A previsão é que os dois novos portêineres entrem em operação em fevereiro de 2025 e somem a sua capacidade aos oito Super Post Panamax já existentes no terminal, totalizando 10 portêineres 100% operacionais”, complementa Duarte. A BTP, que é um dos maiores terminais de contêineres da América do Sul, ainda irá adquirir mais dois portêineres nos próximos anos e chegará a uma frota de 12 equipamentos no cais.

R$1,9 bilhão em investimentos

O pacote de investimentos da BTP inclui, ao todo, a aquisição de nova frota de equipamentos mais sustentáveis, novas defensas marítimas para o cais, a automatização dos gates e um amplo plano de obras civis para readequação de edificações e reforço do pátio.

A capacidade de cais do terminal será ampliada com quatro novos e modernos portêineres (dois já recebidos e dois que ainda serão adquiridos). Ao mesmo tempo, a capacidade de armazenagem de contêineres será expandida, com destaque para a área reefer que passará das atuais 2.108 para cerca de 3.300 tomadas refrigeradas.

Também serão adquiridos 53 e-RTGs (Rubber Tyre Gantry/Guindaste elétrico Sobre Pneu) – que irão substituir a quase totalidade da frota existente e, somados aos quatro que serão convertidos para modelos elétricos, chegarão a 57 e-RTGs.

Além disso, estão sendo adicionadas 46 carretas (Terminal Tractor), completando o total de 103 TTs. Além do recebimento de dois novos portêineres, a BTP já concluiu a modernização de 45 defensas marítimas que são maiores e mais robustas (conseguindo suportar a carga necessária para atracação e operação de navios de 366 metros) e entregou a primeira fase do aumento da área reefer (inicialmente para cinco alturas e, futuramente, para seis alturas), assim como a compra de 29 carretas (Terminal Tractors).

FONTE: Santa Portal
BTP recebe dois novos portêineres e aumenta em 25% a quantidade de equipamentos de cais | Santa Portal

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Lucro líquido da Santos Brasil soma R$ 216,2 milhões no 3T24

A Santos Brasil registrou lucro líquido de R$ 216,2 milhões (+55,5% YoY) no terceiro trimestre de 2024 (3T24), com margem líquida de 28,3% (+2,2 p.p. YoY). No período, o EBITDA da Companhia somou R$ 406,5 milhões (+57,7% YoY), com crescimento de 4,9 p.p. na margem EBITDA consolidada, que atingiu 53,2%. A receita líquida consolidada somou R$ 764,3 milhões (+43,2% YoY), com crescimento de 51,2% YoY na receita líquida dos terminais de contêiner e carga geral.

O desempenho operacional da empresa refletiu positivamente no crescimento dos indicadores econômico-financeiros. Os terminais de contêiner da Companhia movimentaram 403.187 unidades no 3T24 (+25,1% YoY), principalmente impulsionados pelas operações de longo curso (+29,3% YoY), resultado de maiores importações (+26,3% YoY) e exportações (+37,2% YoY). Outro destaque foi a melhora no mix de contêineres cheios, que representou 75,6% do total movimentado (vs. 71,7% no 3T23), com a importação de cheios crescendo 29,2% YoY.

No 3T24, o Tecon Santos, principal ativo da Santos Brasil, movimentou 357.478 contêineres (+24,3% YoY), com forte crescimento no fluxo de longo curso (+26,8% YoY), decorrente de maiores exportações de algodão, café, papel e celulose e carne congelada, e do aumento nas importações, inclusive estimulada pela sazonalidade típica da indústria, com destaque para produtos químicos, bens de consumo, bens de capital e plásticos. O volume de cabotagem também cresceu no trimestre: 12,1%.

O market share do terminal no Porto de Santos no período foi de 42,5% (vs. 39% no 3T23 e 41,9% no 2T24). O crescimento na movimentação de contêineres no porto no trimestre, com a alta temporada de importações e o crescimento acelerado das exportações de commodities, manteve a ocupação dos terminais em patamares elevados, gerando oportunidades para o Tecon Santos operar escalas extras, que totalizaram 15 navios.

Já o Tecon Imbituba (SC) movimentou 21.610 contêineres (+88,0% YoY), beneficiado pelo novo serviço de longo curso da CMA CGM, que começou a operar no terminal em fevereiro de 2024, e por escalas extras. O volume de cabotagem, no entanto, apresentou queda de 9,6%, resultado da menor movimentação de arroz.

No Tecon Vila do Conde (PA), foram movimentados 24.099 contêineres (+3,7% YoY). No terminal, o maior volume de contêineres vazios (+9,7% YoY) sinaliza um reposicionamento de contêineres para atender as exportações na região Norte do País. O fluxo de longo curso continuou prejudicado pela omissão de escalas, em razão do atraso de navios devido ao congestionamento em portos de outras regiões.

O Terminal de Veículos (TEV), localizado no Porto de Santos, movimentou 55.855 veículos (+17,4% YoY), com crescimento de 19,5% YoY nas exportações, resultado principalmente da retomada nos embarques de veículos leves para o mercado argentino. As importações apresentaram queda de 3,6% YoY.

No Porto do Itaqui (MA), os terminais de granéis líquidos da Santos Brasil apresentaram crescimento de 10,3% YoY no volume de combustível armazenado, além de maior giro dos tanques e conversão de contratos spot em contratos de longo prazo.

A Santos Brasil Logística, por sua vez, apresentou crescimento de 8,3% YoY no número de contêineres armazenados nos Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (CLIAs) Santos e Guarujá, resultado da maior importação no Porto de Santos.

Investimentos e debêntures

A Companhia investiu R$ 157,9 milhões no último trimestre, com destaque para a expansão da capacidade e modernização do Tecon Santos e os projetos de expansão e desenvolvimento dos terminais de granéis líquidos.

Nos terminais de contêiner e carga geral, foram investidos R$ 89,4 milhões, sendo R$ 80 milhões somente no Tecon Santos, que passou por obras de demolição de prédios administrativos e de um armazém, para adicionar área de armazenagem de contêineres no pátio do terminal; e adquiriu novos equipamentos de pátio (reach stakers).

Nos terminais de granéis líquidos, foram destinados R$ 66,2 milhões, sendo o destaque as obras de construção do terminal greenfield (TGL 2), que adicionará 81 mil m³ de capacidade até o final de 2025, e de finalização da expansão das áreas brownfield (TGL 1 e TGL 3), que adicionaram 59 mil m³ de capacidade aos atuais 50 mil m³, com previsão de entrarem em operação até o fim do ano.

Também no 3T24, a Santos Brasil concluiu a sua 5ª emissão de debêntures, no montante de R$ 2 bilhões. Além de reforçar o caixa, a iniciativa otimiza a estrutura de capital da Companhia. Do montante captado, R$ 1,6 bilhão irá para a restituição de capital aos acionistas, cujo pagamento ocorre nesta quinta-feira (7).

Em setembro, as ações da Santos Brasil passaram a integrar o Índice Bovespa – IBOV da B3, importante marco na história da Companhia. A liquidez média diária das ações alcançou um volume de R$ 92 milhões no trimestre, com a capitalização de mercado ultrapassando R$ 12 bilhões.

No mesmo mês (dia 22), foi anunciada a venda – por empresas geridas pelo Opportunity – de participação próxima a 48% do capital social da Santos Brasil para a CMA CGM, líder global em soluções logísticas marítimas e terrestres. A transação está pendente de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A conclusão é esperada para o primeiro trimestre de 2025 e será seguida de Oferta Pública de Ações (OPA) para aquisição de 100% das ações em circulação da Companhia.

Segundo Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, a alta expressiva dos resultados da Companhia mostra a estratégia bem-sucedida da empresa em realizar investimentos para criar capacidade e absorver a demanda potencial, com a oferta de um serviço premium. “Até o terceiro trimestre, a Santos Brasil cresceu 24% ano contra ano, o dobro do Porto de Santos. Contratamos mais de 400 pessoas ao longo de 2024 e boa parte já alocada na operação. Além disso, continuamos investindo, principalmente no Tecon Santos, para iniciar 2025 com 2.6 milhões de TEUs de capacidade e, em 2026, dar um salto para 3 milhões de TEUs. Somente em 2024 pretendemos empregar cerca de R$ 700 milhões em nossos ativos”, diz.

FONTE: Datamar News
Lucro líquido da Santos Brasil soma R$ 216,2 milhões no 3T24 – DatamarNews

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Governo deve leiloar terminais em São Francisco do Sul e Imbituba em 2026, diz jornal

Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”, o investimento no estado deve chegar a R$ 311,8 milhões; Porto de Itajaí não consta no plano.

Florianópolis, 21.10.24 – O governo federal prepara o leilão de três terminais portuários em Santa Catarina em 2026. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, São Francisco do Sul (um terminal) e Imbituba (dois terminais) estão incluídos em um pacote de 35 terminais a serem leiloados entre o fim de 2024 e 2026.

O terminal de São Francisco do Sul (SFS201) tem leilão previsto para o primeiro trimestre de 2026, com investimentos estimados em R$ 37,4 milhões. Já os de Imbituba (IMB06 e IMB11) devem ser ofertados no segundo trimestre do mesmo ano, exigindo investimentos de R$ 92,7 milhões e 181,7 milhões, respectivamente.

De acordo com a reportagem, o plano será anunciado pelo governo em novembro e prevê um total de R$ 11,085 bilhões, entre terminais novos, obras de ampliação e melhorias.

A concessão de longo prazo do Porto de Itajaí, hoje operado em contrato provisório pela JBS Terminais, não consta no plano à que o jornal teve acesso.

Governo deve leiloar terminais em São Francisco do Sul e Imbituba em 2026, diz jornal | FIESC

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Com investimentos de R$ 123 milhões, ministro assina ordem de serviço para obras no molhe do Porto de Suape

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e a governadora Raquel Lyra assinaram, nesta sexta-feira (11), o Termo de Compromisso para o início das obras da 4ª fase de recuperação do molhe de Suape; uma obra fundamental para o fortalecimento do porto.

Com um investimento total de R$ 123 milhões, essa iniciativa é crucial para melhorar a infraestrutura do porto, garantindo operações mais seguras e eficientes. Os recursos são provenientes de diversas fontes, com R$ 50 milhões do Novo PAC e R$ 73 milhões do governo do estado de Pernambuco.

O projeto visa a recomposição do prolongamento do molhe, que sofreu danos significativos na berma hidráulica ao longo dos anos. As obras garantirão a integridade do local, assegurando condições seguras para a manobra e atracação de navios, além de minimizar a ação das ondas e correntes marítimas. Os trabalhos estão programados para começar ainda em outubro e devem ser concluídos em maio de 2028.

“Governadora, o presidente Lula lhe mandou um abraço. Ele sabe da importância que tem Suape para o nossa estado e o Nordeste brasileiro. Suape representa mais 8% do PIB do nosso estado. Um grande ativo de Pernambuco! Mais de 83 empresas fazem parte desse complexo; mais de 20 mil empregos gerados aqui. É muito bom trazer investimentos e ajudar na retomada do protagonismo de Suape no Nordeste. Uma obra que será fundamental para dar segurança à infraestrutura portuária”, destacou Silvio Costa Filho.

Outros investimentos estão sendo trabalhados como a Dragagem e a Pedra Fundamental agora para novembro. São investimentos da APM Terminais, de R$ 1.7 bilhões.

Participaram do ato, além do ministro e da governadora, o senador Humberto Costa, o deputado federal Ossesio Silva, os secretários nacionais de Portos, Alex Ávila, de Aeroportos, Tomé Franca; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o presidente de Suape, Márcio Guiot, entre outras autoridades.

O Porto de Suape

Entre janeiro e julho deste ano, o complexo portuário de Suape movimentou impressionantes R$ 14,5 bilhões, um aumento de 2,76% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é impulsionado pela atuação de 83 empresas em 12 polos industriais, gerando cerca de 20 mil empregos e sustentando inúmeras famílias na região.

Com essa nova etapa de obras, o Porto de Suape se prepara para fortalecer ainda mais sua importância econômica e a segurança de suas operações.

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Informação

Novo porto de R$ 2 bilhões em SC inicia obras em 2025

As obras do novo porto em São Francisco do Sul, Santa Catarina, estão previstas para o segundo semestre de 2025, conforme informações dos empreendedores.

O Terminal Graneleiro da Babitonga (TGB) receberá um investimento de cerca de R$ 2 bilhões e terá foco na exportação agrícola das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. O porto terá capacidade inicial de movimentar até 9 milhões de toneladas de carga por ano, com possibilidade de expansão para 16 milhões.

O projeto já conta com todas as licenças necessárias e, segundo o diretor Alexandre Fernandes, o processo de financiamento está em fase de estruturação, com expectativa de contratação nos próximos meses. O empreendimento também incluirá dragagem e terá acesso rodoferroviário, conectado à ferrovia localizada a 4 km do Porto de São Francisco do Sul, facilitando a movimentação de cargas. Além disso, o TGB contará com uma capacidade de armazenamento de mais de 400 mil toneladas, consolidando-se como um importante polo de exportação.

FONTE: Novo porto de R$ 2 bilhões em SC inicia obras em 2025 – DatamarNews

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