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Alta demanda na temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

Aeroporto de Navegantes confirma que vai operar 24h durante a temporada de verão, a fim de suprir alta demanda

O Aeroporto Internacional de Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, vai operar 24 horas entre os dias 17 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025. De acordo com a CCR Aeroportos, que administra o terminal, a medida será necessária para absorver a alta demanda de voos extras. O total de pousos e decolagens de voos comerciais neste período deve passar de 2,5 mil.
A concessionária espera cerca de 360 mil embarques e desembarques nessas datas, 20% a mais que na alta temporada de verão anterior, quando foram registrados aproximadamente 300 mil.

“O número que registramos entre o fim de 2023 e o início de 2024 já tinha sido muito bom. Superar essa marca é uma demonstração do bom trabalho desenvolvido pelo trade turístico da região e de uma estratégia bem-sucedida da administradora do aeroporto junto às companhias aéreas”, avalia Graziella Delicato, Gerente Executiva de Negócios Aéreos da CCR Aeroportos.

As três grandes companhias aéreas que operam no mercado doméstico brasileiro vão incrementar e criar rotas para Navegantes neste período. A Latam aumentará o número de voos partindo dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas (São Paulo).
Já a Gol, do Galeão (Rio de Janeiro) e de Congonhas e a Azul, além de ampliar a frequência partindo de Campinas (Viracopos), implementará rotas temporárias partindo de Recife, Vitória, Confins (Belo Horizonte) e Galeão. Com a alta demanda prevista, o Aeroporto de Navegantes vai implementar uma operação especial para funcionar 24 horas durante o período de 17 de dezembro a 2 de fevereiro.

Força-tarefa faz aeroporto de Navegantes operar 24h

Ela será possível graças aos esforços da própria concessionária e de órgãos anuentes. “São muitas áreas envolvidas para garantir esse funcionamento em horário especial. A NAV Brasil, por exemplo, mobilizou equipes de outras localidades para atender esta demanda e construímos juntos com os demais órgãos, lojistas e município um bom planejamento para assegurar a melhor experiência possível para o passageiro”, explica Sadi Peixoto, Gerente do Aeroporto de Navegantes.

Litoral Norte em festa na temporada de verão

A operação especial do Aeroporto de Navegantes para absorver a alta demanda de voos extras e passageiros durante a alta temporada anima o trade turístico da região, que conta com atrações desejadas por brasileiros de todas as partes do país, como o Beto Carrero World, Balneário Camboriú, Bombinhas e Itapema.

“A ampliação do funcionamento do Aeroporto de Navegantes para 24 horas será fundamental para atender ao crescimento da demanda de turistas, especialmente com a nova rota que ligará o Nordeste ao nosso litoral. A proximidade e a eficiência desse aeroporto como porta de entrada são essenciais para o desenvolvimento do turismo local e fortalece nosso destino como uma das principais escolhas para as férias, impulsionando o turismo e movimentando a economia de toda a Costa Verde & Mar”, comenta Andrezza Negrini, presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau.

FONTE: Nd mais
Temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

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BR-101 vira avenida e trava acessos a portos e cidades de Santa Catarina

Estado que viu suas cidades litorâneas e a economia se desenvolverem de forma acelerada nos últimos anos, Santa Catarina se transformou em um exercício de paciência para motoristas que trafegam pela BR-101, uma das principais rodovias brasileiras.

A solução discutida é investir mais de R$ 9 bilhões na criação de uma rodovia paralela. Seja para os motoristas que precisam se deslocar a um dos cinco portos do estado ou para turistas que planejam visitar cidades como Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Navegantes ou Itajaí, um fato é certo: eles enfrentarão lentidão ou tráfego parado na chegada ou saída desses locais, travando não só o trânsito, mas também a economia.

A Folha percorreu cerca de 1.000 quilômetros da rodovia em quatro estados —Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco— para mostrar os problemas que atrapalham as populações que habitam o entorno da BR-101 ou que necessitam dela para o escoamento das suas produções.

A rodovia litorânea corta 11 estados de três regiões brasileiras —Sul, Sudeste e Nordeste—, ligando o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte e , embora tenha condições gerais classificadas pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) como boas ou regulares, enfrenta gargalos que travam o desenvolvimento.

Em Santa Catarina, o ponto mais crítico fica entre Itapema e Navegantes, com cerca de 50 quilômetros, onde ao crescimento dos portos soma-se o avanço de edifícios cada vez mais altos e em maior quantidade na região, que se transformou nos últimos anos num canteiro permanente de obras. Motoristas relataram que já chegaram a levar três horas para percorrer o trecho, que, em condições normais, seria percorrido em 30 minutos, cenário que piora quando há acidentes, como a Folha presenciou.

“Esse trecho tem os portos de Itajaí e de Navegantes, que é o segundo do país em movimentação de contêineres. Todos que entram e saem de Navegantes passam pela BR-101, e todo o fluxo turístico de pessoas que vêm do Vale do Itajaí desemboca pela BR-470 na 101, nesse trecho”, disse o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar.

A entidade contratou um engenheiro para avaliar uma proposta de prorrogação da concessão rodoviária por mais 15 anos —a atual vence em 2033—, que resultaria em investimento de R$ 8,59 bilhões, segundo a Fiesc, mas que em 2035 já será insuficiente pelo ritmo de crescimento do estado.

“O estado é o quinto que mais recursos envia para Brasília e tem uma economia pujante que fica prejudicada na ligação entre os cinco portos. É o segundo estado que mais movimenta contêineres, que vão por via rodoviária e fatalmente passam pela BR-101.”

Dos cinco portos do estado, só o de São Francisco do Sul é atendido por ferrovia, justamente o que se tornou o maior de Santa Catarina e passará por um aprofundamento do canal para receber navios maiores, com investimento de R$ 300 milhões. Mas nem ele está livre dos problemas da rodovia federal. O congestionamento de veículos na BR-101 trava o acesso ao porto pela secundária BR-280. Quando não paralisado totalmente, o fluxo de caminhões rumo ao porto pode gerar uma espera de quase duas horas.

“Como todo porto no Brasil, há esses problemas de acesso, e aqui não é diferente. A gente tem feito um trabalho com a bancada catarinense no Congresso [para a duplicação da BR-280]. Estão fazendo por partes. É um problema sério para a gente”, disse Lindomar Dutra, diretor de administração e finanças do porto de São Francisco do Sul. Ele afirmou que o cenário é mais crítico no verão devido ao fluxo de turistas, e só não é ainda pior porque em média 50% dos produtos do agronegócio que têm o porto como destino são transportados pela ferrovia.

A também portuária Itajaí viu sua economia crescer e se transformar na maior do estado, superando Joinville e a capital, Florianópolis, ancorada também na comercialização de apartamentos que chegam a custar R$ 50 milhões. Só no ano passado foram negociados na cidade cerca de R$ 3 bilhões em 3.300 imóveis, segundo o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) da Foz do Rio Itajaí, que inclui Navegantes, Penha e Balneário Piçarras. A situação é tão crítica na região que em dezembro foi permitido, em caráter experimental, o tráfego de veículos leves no acostamento da BR-101 como forma de melhorar o fluxo no litoral sul.

O pedido foi feito pela Amfri (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí), composta por 11 municípios, e apoiado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) entre 15 e 17 de dezembro, das 14h às 22h, num trecho de 35 quilômetros entre Itapema e Navegantes, perto do trevo da BR-470. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) não viu a solução como a ideal, mas como o possível para melhorar a fluidez das vias. A situação agravada anualmente fez com que a associação de municípios se reunisse em Brasília com o ministro dos Transportes, Renan Filho, o governo catarinense e deputados para tratar da mobilidade na rodovia.

“As cidades foram crescendo. Não é que a rodovia passou onde já havia uma cidade, a cidade é que foi se aproximando da rodovia […] Isso é um problema, porque o ideal é que você vede o máximo possível a rodovia para não ter problema de fluidez e de segurança”, disse o gerente-executivo de desenvolvimento do transporte da CNT, Tiago Veras.

NOVA RODOVIA E PEDÁGIO VARIÁVEL
A alternativa vista para resolver o gargalo da rodovia no estado é construir uma nova rodovia, cujo valor é estimado em R$ 9,2 bilhões e teria 144 quilômetros de extensão, ligando Joinville a Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis, ou a Tijucas.
Uma frente parlamentar para a criação do corredor rodoviário litorâneo norte foi lançada em setembro na Assembleia Legislativa.

“Não escapa de fazer uma rodovia paralela, esse é o projeto que tem de ser feito dado todo esse crescimento na economia. Essa tendência é irreversível […] Mas, na melhor das hipóteses, ela ficaria pronta lá para 2032, 2033”, disse o presidente da Fiesc.

O Governo de Santa Catarina informou somente que está encabeçando o projeto para a construção de uma nova rodovia, paralela à 101, que é complexo e avança dentro dos trâmites e exigências legais. O Ministério dos Transportes disse que representantes da pasta participaram de agendas junto à Fiesc recentemente em que foram levantadas ideias da criação de uma rodovia paralela, mas que não foram apresentadas propostas formais até o momento.

Enquanto isso não ocorre, uma proposta de curto prazo feita por empresários é a adoção de tarifas de pedágio variáveis, conforme o fluxo —nos horários de pico, tarifa mais cara, enquanto em horários de baixa demanda o valor seria menor. “Vai resolver? Não vai, mas melhora”, disse.

Um outro trecho considerado muito crítico em Santa Catarina era o entorno de Florianópolis, mas um contorno viário foi inaugurado em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que contribuiu para desafogar a 101 na região.
A obra do contorno, com 50 quilômetros de extensão, foi entregue com 12 anos de atraso. O objetivo é justamente retirar caminhões e veículos pesados que trafegam em um trecho praticamente urbano da BR-101 na Grande Florianópolis.
A expectativa da Prefeitura de Biguaçu, um dos quatro municípios catarinenses por onde passa o anel viário, é que o trânsito na BR-101 caia em 35% na região. A obra também reduziu o tempo de viagem entre Palhoça e Tijucas, de cerca de duas horas para 40 minutos.

O anel viário tem pista dupla nos dois sentidos, quatro túneis duplos, 14 pontes e 20 passagens em desnível. Além de beneficiar o transporte de cargas, a nova via encurtou o tempo de quem viaja do Sudeste às praias do sul catarinense, como Garopaba. Planejada pelo governo federal na década de 1990, a obra entrou no contrato de concessão da BR-101 entre Paraná e Santa Catarina, assinado pela Arteris em 2007. A obra começou cinco anos depois, ano em que estava prevista a inauguração. Segundo a empresa, o atraso ocorreu devido à complexidade do projeto.
Ainda segundo o ministério, o contrato de concessão da Arteris Litoral Sul, em que está contido o trecho da BR-101, está em análise para o processo de otimização. “Dentro desta modernização do acordo, estão sendo discutidas a implantação de diversas obras de ampliação de capacidade. O objetivo é melhorar o nível de serviço para os usuários da rodovia no estado”, informou o governo.

FONTE: Folha Uol
BR-101 vira avenida e trava acesso a porto e cidades de SC – 16/11/2024 – Mercado – Folha

 

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