Industria, Informação, Inovação, Notícias, Oportunidade de Mercado, Tecnologia

Brasil tem 114 polos industriais com inserção internacional

Estudo capitaneado pelo Observatório FIESC para CNI aponta que setor com maior integração global é o de alimentos e bebidas, seguido pelo de veículos, embarcações e aeronaves e o de máquinas e equipamentos

Um novo estudo da Rede de Observatórios da Indústria, em parceria com o Observatório Nacional da Indústria, mapeia os polos industriais brasileiros, suas áreas de atuação e seus potenciais. O levantamento, liderado pelo Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), mostra que o país tem 114 polos industriais com inserção internacional, 259 nacionais, 558 estaduais e 361 polos regionais.

O coordenador técnico do projeto no Observatório Nacional da Indústria, Rafael Silva e Sousa, explica que a ferramenta vai servir como um importante instrumento para entender onde estão concentradas as indústrias brasileiras e auxiliar na formulação de políticas industriais regionais. “O projeto enfatiza a identificação e categorização de clusters industriais que são motores econômicos e catalisadores da competitividade em suas respectivas regiões, agrupando os segmentos industriais por relevância e geografia”.


Ferramenta vai contribuir para tomada de decisão e desenvolvimento de políticas públicas. (Fotos: Augusto Coelho/CNI)

Distribuição no território
O coordenador técnico do projeto pelo Observatório FIESC, Marcelo Masera de Albuquerque, explica que as regiões do Sul e Sudeste contam com infraestruturas avançadas que permitem a presença de mais polos industriais. São Paulo apresenta maior complexidade industrial e lidera em quantidade de polos com inserção em outros países.

“Essas regiões apresentam fatores históricos, estruturais e econômicos que permitiram um desenvolvimento industrial mais acelerado que as demais regiões do país. O processo de industrialização precoce nessas regiões permitiu o desenvolvimento de cadeias produtivas complexas e diversificadas. Elas também contam com uma rede logística robusta, incluindo rodovias e acesso a portos de grande capacidade, essenciais para o escoamento da produção para o exterior a um custo logístico competitivo”, reforça.

Ele esclarece também que é essencial ter mais polos industriais em outros estados. “Esse é um fator crucial para o desenvolvimento regional e o fortalecimento da competitividade industrial. Esses polos atuam como centros estratégicos de produção, inovação e capacitação, fomentando o crescimento de setores específicos e estimulando a economia local. Hoje, grande parte dos polos com capacidade exportadora e integração global se concentra nas regiões Sul e Sudeste, o que aprofunda as desigualdades econômicas entre as regiões, impactando diversas esferas da vida social. Expandir esses polos para outros estados e regiões ajudaria a reduzir essas disparidades, promovendo geração de emprego e aumento de renda em localidades menos industrializadas”.

Setores

O polo industrial com maior integração internacional atualmente é o de alimentos e bebidas. Em seguida vem o polo de veículos, embarcações e aeronaves e, em terceiro lugar, o de máquinas e equipamentos. Considerando os polos nacionais com maior presença na economia brasileira, o destaque fica com o setor têxtil, de vestuário e calçados, seguido pelo de energia e pelo de minerais não metálicos.

O que são polos industriais? 

Polos industriais são aglomerados empresariais territorialmente inseridos na economia, capazes de enfrentar a concorrência local, nacional ou internacional. Eles se destacam pela criação e preservação de emprego e renda e estimulam os processos de aprendizagem coletiva, desenvolvimento tecnológico e crescimento econômico.

Metodologia do estudo  

O estudo, coordenado pelo Observatório Nacional da Indústria e liderado pelo Observatório FIESC, faz um mapeamento dos polos industriais por mesorregiões dos estados. O intuito é auxiliar no desenvolvimento de políticas industriais focadas nas capacidades regionais e locais do país.

Para isso, foi feita a divisão dos polos em categorias de abrangência geográfica e de influência – polo regional, estadual, nacional e internacional – com critérios específicos para cada uma delas, incluindo requisitos como o mínimo de empresas necessárias e a significância na empregabilidade e exportações.

FONTE: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Brasil tem 114 polos industriais com inserção internacional | FIESC

Ler Mais
Informação

Novo porto de R$ 2 bilhões em SC inicia obras em 2025

As obras do novo porto em São Francisco do Sul, Santa Catarina, estão previstas para o segundo semestre de 2025, conforme informações dos empreendedores.

O Terminal Graneleiro da Babitonga (TGB) receberá um investimento de cerca de R$ 2 bilhões e terá foco na exportação agrícola das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. O porto terá capacidade inicial de movimentar até 9 milhões de toneladas de carga por ano, com possibilidade de expansão para 16 milhões.

O projeto já conta com todas as licenças necessárias e, segundo o diretor Alexandre Fernandes, o processo de financiamento está em fase de estruturação, com expectativa de contratação nos próximos meses. O empreendimento também incluirá dragagem e terá acesso rodoferroviário, conectado à ferrovia localizada a 4 km do Porto de São Francisco do Sul, facilitando a movimentação de cargas. Além disso, o TGB contará com uma capacidade de armazenamento de mais de 400 mil toneladas, consolidando-se como um importante polo de exportação.

FONTE: Novo porto de R$ 2 bilhões em SC inicia obras em 2025 – DatamarNews

Ler Mais
Comércio Exterior, ESG, Gestão, Informação, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado, Sustentabilidade, Tecnologia

VLI apresenta redução acima de 7% das emissões específicas de gases de efeito estufa

A VLI divulga seu quarto Relatório de Sustentabilidade e, entre os destaques, está a redução acima de 7% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) por tonelada transportada provenientes do diesel de locomotivas (escopo 1) com ano-base 2020. Esse é um passo importante da empresa que, com o objetivo de contribuir para a mitigação dos impactos de suas operações nas mudanças climáticas, tem o compromisso de, até 2030, reduzir 15% das emissões específicas de GEE.

Segundo a diretora-executiva de Gente, Inovação e Sustentabilidade, Rute Melo Araújo, a Agenda ESG é intencional, contando com metas atreladas à remuneração dos executivos. Além disso, a responsabilidade pelos compromissos ESG passa por todos os níveis da empresa, que mantém um sistema de gestão para o acompanhamento do desempenho em fóruns que envolvem o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva, os diretores operacionais, gerentes e gerentes-gerais, supervisores e demais empregados.

“A VLI mantém sua trajetória de evolução nos pilares socioambientais e em diversas outras frentes de ESG. A companhia tem o objetivo de ser referência em sustentabilidade no nosso segmento de atuação, o que procuramos fazer por meio de ações intencionais para criar valor e gerar legado junto a empregados, acionistas, clientes, fornecedores e comunidades.”

Esse resultado foi alcançado por meio da gestão eficiente das operações, aliada a iniciativas de inovação e tecnologia. O principal indicador da frota ferroviária que sustenta os resultados de emissões específicas de GEE é a eficiência energética. A eficiência energética ferroviária corresponde ao volume de combustível consumido para transportar uma certa quantidade de carga de um ponto a outro, incluindo o consumo em manobras e serviços.

A eficiência energética da VLI é calculada com base nas operações da companhia na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e na Ferrovia Norte-Sul (FNS). Cada uma delas apresenta um patamar de emissões de GEE. Há anos, a empresa pratica a sustentabilidade no dia a dia das operações e, juntas, FCA e FNS já melhoraram a eficiência energética em cerca de 35%.

Projetos

Para melhorar, cada vez mais, sua eficiência energética, a VLI tem diversos projetos, como o investimento para aquisição de novos vagões e locomotivas, melhoria de modelos de trens (tração distribuída) e gestão da condução do trem, vagões com alta capacidade e trabalhos de dinâmica ferroviária, como gestão do contato roda-trilho. Diversas iniciativas da companhia, voltadas para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e economia de combustíveis, surgiram a partir de programas de intraempreendedorismo que, entre outros aspectos, primam pelo desenvolvimento de soluções para a frente de sustentabilidade em suas operações.

Um exemplo é o projeto SemC, um serviço que compensa, via créditos de carbono, as emissões de GEE das operações logísticas dos clientes da empresa. Em 2023, a VLI realizou a primeira operação com o mercado de créditos de carbono, por meio da compensação das emissões de GEE de uma operação de transporte de 751 mil litros de gasolina e diesel, entre São Luís (MA) e Porto Nacional (TO), da distribuidora de combustíveis ALE. Essa foi uma ação pioneira no transporte ferroviário brasileiro.

Outro projeto que integra a estratégia de descarbonização da companhia é o sistema Leader, uma solução inteligente de condução semiautônoma, que utiliza informações do trem e do perfil de via para calcular um plano de condução otimizado que respeite as restrições operacionais, visando ao menor consumo de combustível possível, sem que ocorra perda no tempo de percurso, garantindo segurança operacional. A tecnologia foi implementada nas frotas mais novas de locomotivas, que são utilizadas nos corredores de maior movimentação da VLI (Sudeste, Leste e Norte).

Sharing is caring!
Saiba mais em DatamarNews
VLI apresenta redução acima de 7% das emissões específicas de gases de efeito estufa   – DatamarNews

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1