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Investimento, Portos

Projeto prevê conexão entre Porto Sul, na Bahia, e Chancay, no Peru

No dia 21 de maio de 2025, o ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, realizou uma reunião estratégica com representantes da National Railway Administration (NRA), autoridade ferroviária da China.

O principal objetivo foi fortalecer a cooperação bilateral no setor ferroviário, visando impulsionar projetos de infraestrutura que poderão transformar a logística do país e da América do Sul.

Este encontro reforça a crescente importância do relacionamento entre Brasil e China, especialmente em setores estratégicos como transportes, onde a expertise chinesa e o capital internacional são vistos como fundamentais para viabilizar grandes empreendimentos.

Projetos estruturantes

A pauta central da reunião girou em torno de dois projetos ferroviários que estão em andamento no Brasil:

  • Ferrovia de integração Centro-Oeste (Fico): Com 383 km, esta ferrovia ligará Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), interligando o agronegócio do Centro-Oeste à malha ferroviária nacional, facilitando o escoamento para portos no Sudeste e Nordeste. A obra está sendo executada pela Vale como contrapartida pela renovação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
  • Ferrovia de integração Oeste-Leste (Fiol): Com cerca de 1.527 km previstos, divididos em três trechos, esta ferrovia conecta a região oeste da Bahia ao Tocantins. O trecho Ilhéus-Caetité está em fase final de construção, operado pela Bahia Mineração (Bamin). Os trechos seguintes ainda estão em desenvolvimento.

Ambas as ferrovias são fundamentais para ampliar a capacidade logística do Brasil, conectando regiões produtoras ao sistema portuário nacional, reduzindo custos de transporte e aumentando a competitividade das exportações brasileiras.

Corredor bioceânico

A iniciativa maior que envolve os projetos ferroviários é a criação de um corredor bioceânico que ligará o Porto Sul, na Bahia, ao porto de Chancay, no Peru. Essa rota será um marco na integração logística da América do Sul, possibilitando uma conexão direta entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Esse corredor reduzirá distâncias e custos para o escoamento de commodities brasileiras, especialmente para os mercados asiáticos, com destaque para a China, que tem grande interesse comercial na região.

Papel estratégico dos portos

  • Porto Sul (Bahia): Considerado o ponto de partida no Brasil, o Porto Sul será integrado às ferrovias Fiol e Fico, fortalecendo o fluxo de exportação pelo litoral baiano e conectando o interior do país às rotas internacionais.
  • Porto de Chancay (Peru): Em construção com participação chinesa, o porto será a porta de entrada para o comércio com a Ásia, especialmente o mercado chinês, e ponto de ligação do corredor bioceânico no lado do Pacífico.

A complementaridade desses portos é essencial para garantir a fluidez e a competitividade da nova rota logística.

Interesses e participação da China

A National Railway Administration demonstrou interesse em participar dos processos licitatórios para a concessão das ferrovias brasileiras, analisando estudos técnicos apresentados pelo governo. A China vê nessa parceria uma oportunidade para expandir sua presença em projetos logísticos estratégicos, levando capital, tecnologia e know-how.

O governo brasileiro busca com essa interlocução atrair investimentos estrangeiros e expertise técnica, acelerando a execução das obras e modernizando a infraestrutura nacional.

Desafios e próximos passos

Embora o projeto seja promissor, ainda existem desafios a serem superados:

  • Definição do traçado final do corredor bioceânico, que poderá envolver outros países como Bolívia e Paraguai.
  • Captação de recursos e estruturação dos leilões para concessão das ferrovias.
  • Harmonização técnica e regulatória entre os países envolvidos.

O Ministério dos Transportes já anunciou que novas rodadas de negociação estão previstas para aprofundar os estudos e definir formatos de parceria, fortalecendo a cooperação com a China.

Fonte: Tribuna de Minas

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Logística, Portos

Rota direta de Guangzhou a Chancay

O Porto de Chancay, no Peru, já opera uma rota marítima direta a partir de Guangzhou, o maior centro de transporte do sul da China. A medida, anunciada pela Televisão Central da China (CCTV), reduz os custos logísticos em 20% e encurta o tempo de trânsito para aproximadamente 30 dias.

A primeira viagem foi realizada pelo navio porta-contêineres Cosco Volga, com 300 metros de comprimento e 48 metros de largura. A embarcação partiu com mais de 400 contêineres carregados com geladeiras, peças de reposição e acessórios para eletrodomésticos, produtos fabricados na província de Guangdong.

Chancay, localizado ao norte de Lima, foi inaugurado em novembro de 2024 pela presidente Dina Boluarte e pelo líder chinês Xi Jinping. O terminal é operado pela Cosco Shipping, que promove seu uso como um hub logístico chave para a América do Sul. A obra exigiu um investimento de US$ 1,4 bilhão e é considerada parte essencial da Rota da Seda Marítima do Século XXI.

Com essa conexão a partir de Guangzhou, a China busca fortalecer os laços logísticos com a América Latina, região estratégica devido à sua abundância de recursos naturais. Além disso, facilita o envio de produtos latino-americanos para a Ásia, como vinho tinto, frutos do mar e frutas.

A rota também impulsionará outros portos como San Antonio (Chile) e Manzanillo (México), ao integrá-los em novas cadeias logísticas. O desenvolvimento posiciona Chancay como um nó estratégico para o transporte de mercadorias no Pacífico.

O projeto faz parte da Iniciativa do Cinturão e Rota, estratégia com a qual Pequim busca expandir suas redes de infraestrutura global. Espera-se que os investimentos chineses aumentem nos próximos anos, reforçando a conectividade entre a Ásia e a América do Sul por meio desse novo corredor marítimo.

Fonte: Todo Logística News

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Comércio, Comércio Exterior, Exportação, Negócios, Notícias

Novo acordo sanitário com Peru abre caminho para exportação de óleo de aves brasileiro

Brasil e Peru concluíram negociação sanitária que permitirá a exportação de óleo de aves brasileiro destinado à alimentação animal. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em nota à imprensa divulgada em 17 de abril.

A notícia foi recebida com entusiasmo pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e pelo Brazilian Renderers, uma parceria entre a ABRA e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que atua na promoção internacional dos produtos do setor.

O Peru tem sido um mercado prioritário para o Projeto Brazilian Renderers, que vem conduzindo ações estratégicas no país desde 2021. Com população de 34 milhões de habitantes e uma pecuária em constante expansão, o país tem demanda crescente por insumos voltados à nutrição animal. Em 2024, o Brasil já exportou mais de US$ 755 milhões em produtos agropecuários para o Peru, com destaque para produtos florestais, carne de frango, cereais, óleo de soja e café.

Ações estratégicas para abertura de mercado

A conquista é resultado direto da articulação coordenada entre a ABRA, o Brazilian Renderers e órgãos do governo brasileiro, liderados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), com apoio fundamental da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, da adida agrícola na Embaixada do Brasil em Lima, Angela Peres, e do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil no Peru.

Um dos marcos dessa trajetória foi a realização do Business Connection Peru, em outubro de 2021. O evento reuniu mais de 60 participantes, incluindo potenciais compradores e representantes da Embaixada do Brasil no Peru, da Câmara de Comércio de Lima e 34 indústrias locais. O encontro apresentou ao mercado peruano a qualidade, a segurança e o potencial competitivo da reciclagem animal brasileira.

Outro passo decisivo foi a Missão Peruana no Brasil, realizada entre os dias 21 e 26 de novembro de 2022. Após adiamentos causados pela pandemia, auditores do governo peruano puderam visitar indústrias brasileiras, acompanhados por representantes da ABRA e do governo brasileiro. A missão demonstrou a robustez da cadeia produtiva brasileira, reforçando a confiança das autoridades peruanas.

Compromisso com a expansão internacional

Com o novo acordo sanitário para o óleo de aves, o Brazilian Renderers reforça seu compromisso em seguir promovendo os produtos brasileiros e abrindo novos mercados para os produtos do setor. A autorização conquistada é mais um passo na consolidação do Brasil como referência global em reciclagem animal.

Fonte: Apex Brasil

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Comércio Exterior, Evento, Internacional, Logística, Sustentabilidade

A visão dos especialistas: desafios, oportunidades e o caminho para a AAPA LATAM PERU 2025

Em junho, o Congresso AAPA LATAM, evento emblemático do setor portuário latino-americano, será realizado em Lima, Peru.

Além dos destaques dos passeios por dois de seus principais centros de infraestrutura, o Porto de Callao e o novo Porto de Chancay, o evento também contará com uma incrível agenda de conferências, que abrange desde as mais globais até as mais específicas, sempre de interesse dos stakeholders do setor, que participarão do evento em grande número. Também contará com expositores de alto nível.

O programa da conferência abrange desde uma análise das perspectivas da economia global e seu impacto na demanda no setor marítimo e portuário; aos casos de sucesso em sustentabilidade e descarbonização nas operações portuárias, bem como aos desafios em automação e tecnologia, por meio da redefinição de portos globais e cases de expansão dessa área na América Latina; As perspectivas para os principais geradores de carga e alianças de transporte emergentes, e inovação e resiliência para terminais de contêineres e granéis, bem como os desafios enfrentados pela indústria de cruzeiros e cidades portuárias na era da integração logística.

Referências

Consultamos especificamente três figuras proeminentes que farão parte dos painéis do encontro. São eles: Juan Carlos Paz Cárdenas , Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Portuária Nacional do Peru e membro do conselho de administração da AAPA LATAM; Dinesh Sharma , Diretor Executivo da Drewry, renomada consultoria global de transporte marítimo, e Carlos Urriola , especialista em portos e membro do Conselho de Administração da AAPA LATAM. Aqui eles discutem a importância da escolha do Peru como centro portuário e sede do Congresso; Os desafios e oportunidades que a América Latina enfrenta no atual contexto de incerteza geopolítica e comercial, e como isso afeta a indústria portuária e marítima na América Latina. Da mesma forma, como as alianças de transporte estão influenciando as cadeias logísticas e os portos.

Para Juan Carlos Paz, 2024 foi um ano importante para o desenvolvimento portuário no Peru. “A inauguração do Terminal Portuário Multipropósito de Chancay marcará um marco na conectividade com a Ásia, permitindo rotas diretas para Xangai em apenas 23 dias. Da mesma forma, o Píer Bicentenário de Callao, com 1.050 metros de comprimento e totalmente eletrificado, fortalece a capacidade operacional do porto mais importante do país. Isso se soma aos novos investimentos em Chancay e Callao, bem como em portos regionais, marítimos e fluviais ”, observa.

Ele acrescenta que esse crescimento fortaleceu a competitividade do Peru no comércio global, com exportações superiores a US$ 74 bilhões, dos quais US$ 12,7 bilhões correspondem às exportações agrícolas. “Nos posicionamos como líderes em produtos como mirtilos e uvas, e entre os principais exportadores de abacates e mangas. Além disso, somos o sétimo país em volume de trânsito pelo Canal do Panamá “, enfatiza.

Especificamente, ele diz que essas conquistas fizeram do Peru um ator-chave em logística e comércio internacional, tornando a escolha de Lima como sede do Congresso AAPA LATAM 2025 uma oportunidade estratégica para mostrar nosso crescimento e liderança no setor portuário.

Quanto a como os países latino-americanos podem se posicionar em uma realidade desafiadora, em termos de geopolítica e comércio global; Paz reconhece que a incerteza é uma constante na história econômica e geopolítica, e cada país deve definir estratégias claras para transformar desafios em oportunidades. Ele enfatiza que, nos últimos anos, o Peru fortaleceu sua integração comercial por meio de 23 Tratados de Livre Comércio (TLCs) com as principais economias do mundo, incluindo Estados Unidos, China e União Europeia. Da mesma forma, por meio de estratégias eficazes em comércio exterior, exportações agrícolas, mineração e desenvolvimento portuário, ele diz que o Peru conseguiu consolidar um caminho de crescimento sustentado. Apesar das incertezas globais, uma visão clara e políticas bem estruturadas nos permitem permanecer competitivos e continuar expandindo nossa presença em mercados internacionais.

“Nosso modelo portuário é referência na região, com investimentos de 18 países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Espanha, México, Holanda, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Austrália. Nossa política de concessões tem sido bem-sucedida, com oito concessões já outorgadas, uma nona em processo de assinatura e a extensão de 30 anos da concessão do Terminal Portuário de Matarani”, explica.

Especificamente, em relação aos objetivos de otimizar tempos e reduzir custos, reduzir congestionamentos e poluição e criar um sistema portuário e de transporte mais amigável à população, ele enfatizou: “O fortalecimento do sistema portuário peruano requer uma abordagem abrangente que abrange infraestrutura, logística e conectividade com o interior. A Autoridade Portuária Nacional (APN), por meio do Plano Nacional de Desenvolvimento Portuário (PNDP), trabalha em estreita coordenação com o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e seu Plano Nacional de Serviços de Logística de Transporte e Infraestrutura até 2032.”

Ele também enfatizou que um dos principais objetivos é melhorar a conectividade entre o porto e a cidade por meio do desenvolvimento de infraestrutura rodoviária e ferroviária. “Foram planejados importantes corredores logísticos, como a ligação rodoviária entre Chancay e Callao, a ferrovia Eten-Cajamarca, a ferrovia San Juan de Marcona-Apurímac, a ferrovia Barranca-Lima (passando por Callao e Chancay) e a ferrovia Chancay-Pucallpa. Além disso, a legislação de cabotagem altamente flexível do Peru abre novas oportunidades para integrar portos regionais com os principais centros logísticos do país, facilitando o acesso aos mercados internacionais. Com essas iniciativas, estamos caminhando para um sistema portuário mais eficiente, sustentável e competitivo, alinhado às tendências globais de comércio e logística.”

Tendências e desafios

Por sua vez, Dinesh Sharma, da Drewry, destaca que a América Latina tem visto um forte crescimento no tráfego portuário nos últimos anos. “Comparado aos níveis de janeiro de 2019, esse crescimento foi de 30%. Além disso, a taxa média de crescimento de 12 meses atingiu 11,1% em dezembro passado, quase o dobro da média global de 6,1% ”, ele diz.

Falando especificamente no Peru, nos últimos dois anos, o tráfego nos portos mais importantes, como Callao, aumentou em até 25%, e em outros casos, como o Terminal Portuário de Paracas, esse percentual quadruplicou, explica. “Esse crescimento é reflexo principalmente dos investimentos em infraestrutura e equipamentos, que levam tanto ao aumento da capacidade quanto à melhoria da eficiência “, alerta.

Ele entende que, na América Latina, os investimentos em infraestrutura logística são desafiadores e extremamente importantes para responder ao crescimento da região. “Desafios tanto de uma perspectiva geográfica e demográfica, quanto para as receitas de exportação, especialmente de commodities e produtos perecíveis, onde os custos logísticos e a relação tempo/eficiência são componentes-chave da competitividade”, ele insiste.

Ela destaca a importância do Peru em termos de movimentação de contêineres. É importante lembrar que mais da metade dos 7 milhões de TEUs de capacidade adicional planejada para os próximos cinco anos ao longo da Costa Oeste da América Latina, do México ao Chile, estão no Peru. “Este país desempenha e desempenhará não apenas um papel importante e crescente como um centro para si mesmo, mas também como um centro para a região”, diz ele.

Em relação à incerta situação geopolítica e comercial global e como ela afeta o setor marítimo e portuário; ressalta que houve uma mudança fundamental. “De um mundo de relativa previsibilidade para um onde, primeiro, o risco geopolítico é alto e, segundo, a competição geopolítica é intensa. A política comercial está levando a um crescente campo de batalha competitivo. Isso também está levando a uma forte fragmentação entre esses concorrentes e blocos econômicos. O ambiente geopolítico atual apresenta dois riscos: alta volatilidade e, consequentemente, grande incerteza; mas, ao mesmo tempo, oportunidades para a América Latina. Para enfrentar esses desafios, a região é especialmente resiliente em exportações de commodities com exposição comercial a muitos países, onde a competitividade tem muito a ver com custos logísticos e eficiência”, explica .

A perspectiva atual para a região de Drewry é de 6 milhões de TEUs de capacidade de processamento adicionados nos próximos cinco anos. Dada a adição de capacidade planejada na região, a utilização provavelmente permanecerá inalterada durante esse período, diz Sharma.

“A história recente mostrou a incerteza global que levou a gargalos nas cadeias de suprimentos e, portanto, investimentos em infraestrutura logística para lidar melhor com essa volatilidade e incerteza serão essenciais. Outra consequência dessa intensa competição geopolítica serão as exportações em larga escala decorrentes do excesso de capacidade industrial. Uma oportunidade para a região pode ser participar mais das cadeias de suprimentos de valor por meio de maior integração na infraestrutura logística, trazendo competitividade de custos e eficiência para essas cadeias”, argumenta.

Mais particularmente como isso afeta portos e terminais; ressalta que eles estão operando em um ambiente altamente dinâmico. “A combinação de pico de demanda e interrupções na cadeia de suprimentos resulta em atrasos nas escalas de embarcações, deterioração da integridade do cronograma, altos volumes e falta de capacidade intermodal. Tudo isso é um desafio de teste para operadores de portos e terminais, que devem estar preparados para enfrentar esse ambiente altamente volátil. Vimos as consequências dessa situação por meio do impacto na produtividade operacional. A necessidade de encontrar maiores eficiências operacionais e de capacidade em toda a pegada do processo do terminal levará a um maior impulso em direção à digitalização e automação ”, explica ele.

Por fim, ele observa que os operadores de terminais de contêineres estão cada vez mais transferindo suas operações de um modelo de negócios tradicional, ou apenas dentro de certos limites, para se tornarem totalmente integrados às cadeias de suprimentos globais em resposta a um cenário altamente competitivo.

Oportunidades

Sobre a importância do Peru como anfitrião do encontro da AAPA LATAM, Carlos Urriola , diretor da AAPA LATAM e do grupo de terminais CARRIX, destaca que, desde os tempos coloniais, o Peru é um ponto importante para o comércio mundial. “Os investimentos nas expansões de Callao e Chancay confirmam seu papel como um hub marítimo para distribuição de cargas. Além da infraestrutura portuária, investimentos contínuos em estradas, ferrovias e parques logísticos são necessários para tornar o Peru um hub ainda mais bem-sucedido. A seleção de Lima para o Congresso da AAPA será uma excelente oportunidade para discutir projetos locais e regionais ”, acrescentou.

Sobre os desafios impostos pela incerteza geopolítica e comercial global para a América Latina, ele sustenta: “Devemos continuar aumentando o comércio entre os países da região e mantê-lo altamente competitivo em termos de custos e conectividade. Existem variáveis ​​que nossos países não podem controlar; mas devemos nos concentrar em manter e aumentar a eficiência de nossos sistemas para movimentar todos os tipos de carga de forma ‘verde’ “, argumenta.

Por fim, em relação ao impacto das grandes alianças de transporte de contêineres que dominam os mercados logístico e portuário, ele acredita que a maioria delas nasce e morre antes de sua data de expiração. Ele sustenta que dois fenômenos estão ocorrendo na região em relação a essa questão: “Por um lado, alianças estão experimentando redes de embarcações usando transbordo, e outras com serviços diretos. Essa é uma grande mudança na região. Por outro lado, as linhas de navegação estão operando múltiplos terminais portuários, e há muito poucos operadores portuários que não fazem parte das estruturas dessas linhas.”

Dessa forma, entende-se que os níveis de competição serão muito fortes, e os governos devem garantir uma concorrência justa entre todos os atores da cadeia logística.

Um encontro estratégico para toda a região

A AAPA LATAM 2025 será um espaço privilegiado para o diálogo regional, a análise estratégica e a troca de experiências entre os diversos stakeholders da cadeia logística e portuária.
De 24 a 27 de junho, Lima será o palco para novas ideias, projetos futuros e decisões importantes para construir uma indústria mais resiliente, eficiente e conectada.

FONTE: AAPA LATAM
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Reformas e investimentos no Peru abrem caminho para o Congresso AAPA LATAM 2025

A indústria portuária peruana atravessa um período crucial de expansão, com investimentos estratégicos, reformas regulatórias e eventos internacionais altamente significativos, como o AAPA LATAM 2025, redefinindo seu papel no comércio global.

O lançamento do Porto de Chancay e o fortalecimento do Porto de Callao são marcos nesse processo, consolidando o Peru como um importante hub logístico na América Latina.

Juan Carlos Paz Cárdenas, presidente da Autoridade Portuária Nacional (APN), destacou que a recente aprovação dos regulamentos das Leis 32048 e 32049 marca um ponto de virada no setor. Enquanto uma dessas regulamentações fortalece o sistema portuário nacional, a outra estabelece um marco regulatório para o transporte marítimo costeiro, facilitando a transferência de mercadorias entre os principais portos do país, como Paracas, Chancay, Callao, Salaverry, Paita, Chimbote, Matarani e Ilo. Essas medidas devem impulsionar a navegação de cabotagem nos próximos anos, gerando novas oportunidades para investidores e exportadores peruanos.

Investimentos que impulsionam a competitividade

“O crescimento do setor portuário é sustentado por uma modernização sem precedentes, com investimentos que ultrapassam US$ 4 bilhões. Essas melhorias em infraestrutura e tecnologia não apenas otimizam as operações portuárias, mas também reduzem os custos logísticos e aumentam a eficiência do comércio exterior peruano”, afirmou Paz Cárdenas.

De acordo com um relatório recente do Centro Nacional de Planejamento Estratégico (Ceplan), a modernização portuária e a adoção de novas tecnologias são fatores essenciais para consolidar o Peru como um hub logístico regional. Segundo o Índice de Desempenho Logístico do Banco Mundial de 2023, o Peru obteve uma pontuação de 3,0 em 5,0, ocupando a 61ª posição entre 139 países. Esse resultado reforça a necessidade de ampliar investimentos na modernização portuária e na digitalização aduaneira para fortalecer a competitividade do setor.

Refletindo seu papel crescente na indústria logística, o Peru sediará o AAPA LATAM 2025, o mais importante evento portuário da América Latina. O congresso será realizado em parceria com a Autoridade Portuária Nacional do Peru (APN), de 24 a 27 de junho, em Lima, reunindo mais de 600 autoridades públicas, executivos, investidores e especialistas do setor. A programação do congresso anual incluirá visitas técnicas a terminais portuários, conferências com palestrantes internacionais, uma feira comercial com a participação das principais empresas e portos do mundo, além de uma oportunidade única de networking para estabelecer conexões estratégicas e alianças comerciais. Mais informações: www.aapalatam.org/congreso.

O evento contará com conferências de alto nível sobre perspectivas da economia global, expansão portuária na região e implementação de tecnologias disruptivas. Também serão entregues os prêmios AAPA e AAPA-CIP OEA Legacy Awards, que reconhecem as iniciativas mais inovadoras e sustentáveis do setor. Como parte da agenda, visitas técnicas aos portos de Callao e Chancay proporcionarão uma visão detalhada das transformações pelas quais o setor está passando no país.

A AAPA LATAM é a divisão latino-americana da Associação Americana de Autoridades Portuárias, a principal organização que representa portos e terminais da região. Seu objetivo é promover o desenvolvimento econômico por meio da modernização, inovação e cooperação entre os diversos atores do setor marítimo e logístico.

FONTE: DataMar News
Reformas e investimentos no Peru abrem caminho para o Congresso AAPA LATAM 2025 – DatamarNews

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O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

Imagine transformar uma pequena cidade portuária em um dos maiores hubs logísticos da América do Sul através de um dos projetos de engenharia mais audaciosos do século XXI, e detalhe, estamos falando de um projeto que foi recentemente inaugurando pela China que teve um investimento estimado em US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões).

Em uma região onde o comércio internacional é vital para o crescimento econômico, e a competição entre portos é muito acirrada, criar uma infraestrutura portuária de classe mundial era mais que um desafio – era uma questão de desenvolvimento nacional.

VIDEO: https://youtu.be/3dKRACg6CSc?si=tsfBTmjjJCD9vHGQ

Portando, a única solução seria construir um megaporto capaz de receber os maiores navios do mundo, processando milhões de contêineres por ano e redefinindo as rotas comerciais do Pacífico Sul. E esse porto se tornou uma realidade no dia 14 de novembro de 2024, sendo a data da sua inauguração. Dessa forma, surgiu o Porto de Chancay, o maior projeto de infraestrutura portuária já realizado no Peru. Uma obra que não apenas redesenhou a costa do país, mas redefiniu os limites do possível em engenharia portuária. E nesse vídeo, você vai descobrir como a China e o Peru conseguiram mudar para sempre o destino do comércio marítimo sul-americano e transformar uma pequena cidade costeira em um gigante logístico internacional.

FONTE: Construction Time
O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

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O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil

Durante sua passagem pelo Peru em novembro, o presidente da China, Xi Jinping, aproveitou para inaugurar o que em alguns anos será maior porto comercial da América do Sul.

O complexo portuário de Chancay fica cerca de 70 km ao norte de Lima. É um projeto superlativo, liderado pela companhia marítima estatal chinesa Cosco Shipping Company e com investimentos totais estimados em US$ 3,4 bilhões. Como o Peru, o Brasil é outro país com relações políticas e comerciais cada vez mais próximas com a China. O gigante asiático é o principal parceiro comercial do Brasil — e o governo brasileiro demonstrou interesse pelo megaporto de Chancay.

Nosso repórter André Biernath explica em detalhes neste vídeo. Confira.
https://youtu.be/E8eyycEVEIU

FONTE: BBC News Brasil
O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil – BBC News Brasil

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Ondas gigantes no Pacífico matam três e fecham portos na costa da América do Sul

Ondas gigantes atingem a costa do Oceano Pacífico do continente sul-americano e já causaram a morte de uma pessoa no Chile e duas no Equador, informaram autoridades destes países. O fenômeno, que vem causando ondas de até quatro metros de altura, também forçou o fechamento de mais de cem portos no Peru. De acordo com a Marinha chilena, a vítima no país foi um banhista de 30 anos que entrou na praia de Tres Islas, na cidade de Iquique, no litoral norte do Chile. O local não era considerado adequado para banho devido a um alerta de “marés anormais” até o dia 31.

Veja no Link abaixo:
https://youtu.be/ciq1H5fPqEk?feature=shared


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Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação, Informação, Mercado Internacional

Peru exporta 12 vezes mais abacaxi em outubro de 2024 do que no mesmo mês do ano passado

As perspectivas para as exportações de abacaxi do Peru têm melhorado ao longo dos anos.

Em 2017, a produção de abacaxi do país enfrentou dificuldades devido à qualidade irregular, que não atendia aos padrões internacionais. No entanto, graças a melhorias no setor, as exportações de abacaxi atingiram US$ 4,1 milhões em 2020, marcando um avanço importante na competitividade do setor.

Neste ano, as exportações dispararam. Em outubro de 2024, os embarques chegaram a US$ 4,2 milhões, 12 vezes mais do que em outubro de 2023. O Peru exportou 1.390 toneladas de abacaxi neste mês, ou seja, 19 vezes mais do que no mesmo período de 2023. No entanto, o preço médio caiu 38,3%, de US$ 4,84 para US$ 2,99 por quilograma.

O país exportou abacaxi em várias formas: enlatado (43,9%), desidratado (30,4%), congelado (20,3%), purê (4,5%), fatiado (0,9%) e suco (0,1%).

O principal destino foi os Estados Unidos (65,5% de participação), que compraram cerca de 1.156 toneladas no valor de US$ 2,7 milhões (US$ 2,35 por quilograma). Em seguida, veio o Canadá (26,4%), que adquiriu 89 toneladas por US$ 1,1 milhão (US$ 12,31 por quilograma).

Fonte: Fresh Plaza
https://www.freshplaza.com/north-america/article/9681978/in-october-peru-exported-12-times-more-pineapple-than-in-the-same-month-last-year/

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Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora

Porto promete revolucionar o comércio entre Brasil e China, encurtando a rota em 10 dias. No entanto, desafios logísticos, incluindo travessias pela Amazônia e Andes, dificultam sua utilização plena. O projeto destaca as ambições da China e o potencial da América do Sul no comércio global.

Enquanto os holofotes internacionais se voltam para a crescente rivalidade comercial entre China e Estados Unidos, um megaporto recém-inaugurado na América do Sul emerge como uma possível solução para encurtar em 10 dias a rota de comércio entre Brasil e China. Apesar do potencial revolucionário, a infraestrutura precária e barreiras geográficas desafiam sua plena utilização, deixando em aberto o futuro dessa ambiciosa empreitada.

Porto de Chancay: um marco estratégico

O porto de Chancay, situado a cerca de 70 quilômetros ao norte de Lima, no Peru, foi oficialmente inaugurado em uma cerimônia que reuniu a presidente peruana Dina Boluarte e o líder chinês Xi Jinping. O local é administrado pela gigante chinesa Cosco Shipping e simboliza as ambições de Pequim em fortalecer o comércio com a América do Sul.

Com uma promessa de reduzir significativamente o tempo de transporte entre os dois maiores parceiros comerciais do Brasil, o porto reflete os esforços da China em diversificar sua cadeia de suprimentos diante de possíveis restrições comerciais vindas do governo norte-americano.

No entanto, as dificuldades de transporte entre as regiões agrícolas do Brasil e o litoral pacífico peruano evidenciam a complexidade de transformar essa promessa em realidade.

Obstáculos geográficos e logísticos

A travessia da densa floresta amazônica e das imponentes montanhas dos Andes surge como um dos maiores desafios para viabilizar a utilização plena do porto. Atualmente, não há ferrovias conectando as regiões agrícolas brasileiras ao litoral peruano, e as poucas rodovias existentes são insuficientes para o tráfego de caminhões de grande porte. Conforme explicou Edeon Vaz, diretor do Movimento Pro-Logística, os altos custos de transporte associados às limitações das estradas tornam o uso do porto economicamente inviável para muitos produtores agrícolas.

“É um custo extremamente elevado, especialmente para soja e milho, que precisam ser transportados por caminhões menores devido às restrições das rodovias andinas”, destacou.

Integração regional: um sonho distante?

Apesar das dificuldades, especialistas enxergam o porto de Chancay como uma oportunidade para reacender o sonho de integração das costas atlântica e pacífica da América do Sul. Segundo Marco Germanò, pesquisador da Universidade de Nova York, o projeto reflete um antigo desejo de interconexão continental, mas ainda carece de um plano estratégico para superar os obstáculos existentes. Mesmo internamente, o Peru enfrenta desafios de conexão. Conforme apontado por Rafael Zacnich, da ComexPerú, nem mesmo as ligações do porto com regiões produtoras locais, como as de café e cacau, são eficientes. Apesar disso, há esperanças de que o projeto atraia novos investimentos na infraestrutura de transporte.

Benefícios econômicos e dilemas ambientais

Além de aumentar a competitividade sul-americana no mercado global, o porto de Chancay pode impulsionar a economia de pequenos estados brasileiros, como o Acre, cuja produção de soja e carne suína tem registrado crescimento. Segundo Assuero Doca Veronez, da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, o transporte via Peru poderia beneficiar a região, desde que houvesse avanços na infraestrutura logística. Contudo, a construção de uma nova rodovia entre Cruzeiro do Sul (AC) e Pucallpa, no Peru, enfrenta resistência. Em 2023, o projeto foi paralisado por preocupações ambientais e pelo impacto sobre comunidades indígenas.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva expressou interesse em melhorar as estradas próximas à fronteira, mas uma rota controversa no Acre não está nos planos imediatos.

China, Brasil e o cenário global

A inauguração do porto de Chancay ocorre em um momento estratégico.
Com o Brasil consolidado como o maior fornecedor de soja da China, o país asiático busca diversificar rotas e minimizar impactos de uma possível guerra comercial com os EUA. Conforme Wagner Cardoso, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a integração sul-americana exige mais do que infraestrutura portuária.

“Precisamos de acordos bilaterais que facilitem o trânsito de mercadorias entre as fronteiras e tornem viável o uso desse porto”, afirmou.

Futuro promissor, mas incerto

Embora o porto de Chancay represente um passo importante para o comércio sul-americano, sua plena eficácia depende de uma série de fatores: investimentos em transporte, cooperação internacional e superação de barreiras geográficas e ambientais.
Enquanto isso, o Brasil e seus vizinhos encaram o desafio de transformar potencial em realidade.

FONTE: CPG Click Petroleo e Gas
Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora – CPG Click Petroleo e Gas

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