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Brasil é destaque no compromisso internacional de proteção de trabalhadores em migração

Profissionais da saúde que se mudam para outros países devem ter seus direitos garantidos

Durante as discussões no G20, o Brasil se destacou na defesa dos direitos e da segurança dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde que migram para outras nações, considerando o cenário escasso de profissionais. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), representada pela secretária Isabela Pinto, participou na formulação da Declaração de Ministros do G20, com o objetivo de mitigar os impactos negativos do recrutamento internacional e garantir condições seguras para esses profissionais. O texto aprovado visa o compromisso dos países membros com os códigos de conduta da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de apoiar o fortalecimento dos padrões trabalhistas, incluindo remuneração justa e oportuna e melhoria das condições de trabalho.  

“Participamos, ao longo do ano, dos debates sobre a migração de trabalhadores da saúde no mundo. Por conta da pandemia e da saída de profissionais, os sistemas de saúde enfrentaram enormes dificuldades, refletindo as desigualdades em relação ao desenvolvimento e capacidade de resposta dos países. O G20 proporciona o compromisso e o fortalecimento dessa rede colaborativa”, afirmou Isabela. 

Já a secretária adjunta de Trabalho e da Educação na Saúde, Laíse Rezende, pontuou que “a próxima presidência do G20, a África do Sul, já indicou que continuará com essa discussão em 2025. Isso ajuda a consolidar os esforços internacionais de proteção desses trabalhadores, dentro da perspectiva de dignidade e respeito aos protocolos de migração. Esse é um debate que precisa ser global, não apenas no âmbito brasileiro e das Américas”, disse Laíse, destacando também a colaboração do Brasil na construção dessa agenda. 

“O Brasil tem investido em estratégias para atração, retenção e fixação de profissionais especializados, visando ampliar o acesso de populações historicamente vulnerabilizadas, que vivem em áreas remotas e com barreiras geográficas”, afirmou o diretor de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde (Degerts), Bruno Guimarães. Ele ressaltou que essa questão se articula com a agenda global de migração e movimentação de trabalhadores, “na perspectiva de garantir um provimento ético e solidário entre os países, conforme o Código Global de Recrutamento da OMS”, disse o diretor. 

Migração de profissionais da saúde 

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), em 2024 foram registrados 13.736 profissionais da saúde estrangeiros ativos no Brasil, dos quais 73,04% trabalham no SUS, representando 11.601 profissionais não brasileiros no sistema público de saúde, enquanto os outros 4.313 não atuam no SUS. A categoria com maior número de estrangeiros é a de médicos, seguida por técnicos em enfermagem e dentistas. 

Dados da OMS mostram que, entre 2008 e 2018, houve um aumento de 60% na migração de profissionais de medicina e enfermagem para países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em oito países membros da OCDE, com alta densidade populacional, também aumentou o número de médicos formados no exterior (de 32% em 2010 para 36% em 2020). Essa tendência foi exacerbada pela pandemia de covid-19, e a OMS projeta que a demanda e a oferta de profissionais de saúde continuarão a impulsionar o deslocamento desses trabalhadores em todo o mundo. 

O Ministério da Saúde do Brasil busca ajustar o recrutamento de modo a favorecer tanto o sistema de origem quanto o que recebe esses profissionais. No país, a formação dos profissionais de saúde é realizada majoritariamente por meio de recurso público. “O investimento público no Brasil é bastante alto para formações em nível técnico, graduação e pós-graduação. No nosso país, temos a Política de Educação Permanente do SUS, que torna possível a qualificação desses profissionais. Ainda, investimos em residências, mestrados e doutorados profissionais, cursos de atualização, aperfeiçoamento e especializações, entre outros”, detalhou a secretária Isabela Pinto.  

Durante o G20, a delegação brasileira também defendeu o reconhecimento da força de trabalho feminina no SUS, que compõe a maior parte do sistema, mas ainda enfrenta disparidades salariais e ocupa menos cargos de liderança.  
 
Os representantes da pasta enfatizaram a importância da cooperação entre os países para harmonizar práticas de contratação, reduzir desigualdades e ampliar a equidade de gênero e raça. As discussões têm o objetivo de garantir uma migração segura e justa, com o compromisso de criar ambientes de trabalho não violentos e acolhedores para os trabalhadores.

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE gov.br
Brasil é destaque no compromisso internacional de proteção de trabalhadores em migração — Ministério da Saúde

 

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Portos ao redor do mundo começam a fazer triagem de tripulantes para o mpox

Nos portos ao redor do mundo, os marinheiros estão sendo triados para mpox após a detecção de uma nova cepa mais transmissível do vírus na África.

Portos em Singapura, Índia, Bangladesh, China e Uruguai estão entre os que implementaram verificações de saúde para qualquer navio que tenha viajado recentemente da África.

Toda a tripulação de um navio foi colocada em quarentena na semana passada na Argentina devido ao temor de que lesões cutâneas encontradas em um marinheiro fossem uma cepa de mpox, algo que, após os exames de saúde, foi posteriormente identificado como catapora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o mpox como uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos, à medida que uma nova variante do vírus se espalhou rapidamente na África.

O mpox, uma infecção viral que causa lesões com pus e sintomas semelhantes aos da gripe, geralmente é leve, mas pode ser fatal. A variedade clade 1b do mpox gerou preocupação global porque parece se espalhar mais facilmente por meio de contato por proximidade.

Fonte: Splash247
Ports around the world start screening crews for mpox – Splash247

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