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Justiça proíbe obras de dragagem no Porto Aratu

Obras podem causar impactos em dez comunidades quilombolas de Ilha de Maré

A Justiça Federal acolheu uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e determinou a suspensão das obras de dragagem no Porto Organizado de Aratu-Candeias. A medida liminar concedida suspendeu as licenças ambientais emitidas para a intervenção que começaria no último dia 15 de novembro e iria até 12 de dezembro. Em caso de descumprimento da decisão, os responsáveis pelas obras poderão ser multados em R$200 mil por hora.

De acordo com o MPF, a medida visa proteger as comunidades quilombolas e tradicionais da área dos possíveis impactos socioambientais da atividade. A ação do MPF aponta dez comunidades quilombolas que podem ser afetadas, destacando o impacto direto em três delas localizadas em Ilha de Maré: Bananeiras, Porto dos Cavalos/Martelo/Ponta Grossa e Praia Grande. O procurador da República Ramiro Rockenbach alertou que as dragagens podem liberar contaminantes perigosos, o que traria riscos significativos às comunidades, que dependem do meio ambiente local para suas atividades econômicas e modo de vida.

De acordo com a decisão judicial, as obras devem ficar suspensas até que seja elaborado o Estudo do Componente Quilombola (ECQ) e realizada a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) às comunidades tradicionais para avaliar os impactos das dragagens sobre esses grupos vulneráveis.

A Justiça Federal também determinou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) elabore, no prazo de no máximo 30 dias, Termo de Referência Específico (TRE) com o conteúdo necessário para a realização do ECQ de todas as comunidades tradicionais na área de influência do Porto Organizado de Aratu-Candeias.

Licenciamento ambiental

Em relação ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a medida exige que o órgão apresente, no prazo de no máximo 30 dias, informações sobre todo o histórico de licenciamento ambiental em relação ao Porto de Aratu e à Refinaria Landulpho Alves (RLAM)/Refinaria de Mataripe. O órgão federal deverá explicar, ainda, as razões pelas quais o licenciamento ambiental de todas as atividades impactantes realizadas por diversas empresas privadas e agentes econômicos exercidas na referida zona portuária estão a cargo do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Inema), uma vez que a responsabilidade do licenciamento é federal.

A União e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) deverão assegurar o acesso a todos os documentos e locais necessários para o trabalho a ser feito pelo Incra.

A ação tem como réus a União, o Ibama, o Inema, a Codeba, Incra e a empresa CS Brasil.

Fonte: PS Notícias
Justiça proíbe obras de dragagem no Porto Aratu – PS Notícias

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Juiz apontou “grupo criminoso” na Receita Federal que age contra servidores desafetos

Operação Concierge: Grupo criminoso na Receita Federal

A Receita Federal solicitou o compartilhamento de informações de um processo judicial que sugere a existência de um grupo criminoso dentro do órgão. O juiz federal José Arthur Diniz Borges apontou que este grupo realiza pesquisas anônimas contra servidores considerados desafetos. Na quarta-feira, dia 28 de agosto de 2024, Borges deu um prazo de cinco dias para o Ministério Público Federal (MPF) se manifestar sobre o pedido.
O caso veio à tona quando, no dia 19 de agosto, Borges decidiu que dois auditores da Receita Federal foram alvos de um esquema criminoso. Segundo o juiz, ficou provado que os réus sofreram ações ilegais por usarem acessos privilegiados para instaurar processos disciplinares com o objetivo de eliminar aqueles que são vistos como adversários no ambiente de trabalho.

O juiz José Arthur Diniz Borges destacou que o grupo criminoso utiliza senhas invisíveis para realizar pesquisas anônimas na base de dados da Receita Federal. Essas informações são então usadas para enviar cartas anônimas e tentar abrir processos internos contra os servidores considerados desafetos. Tal prática compromete a ética e a integridade do serviço público e levanta questões sobre a proteção de dados dentro de instituições governamentais.

Como funciona o esquema de pesquisas anônimas

Os detalhes do esquema ilustram um cenário preocupante. Utilizando senhas invisíveis, os membros do grupo conseguem acessar informações sigilosas sem deixar rastros. Com esses dados em mãos, eles redigem cartas anônimas sugerindo irregularidades e pressionam para a abertura de processos disciplinares. O impacto disso é devastador para aqueles que se tornam alvos, comprometendo sua carreira e reputação.

Implicações para a Receita Federal

A Corregedoria da Receita Federal solicitou o compartilhamento do processo judicial, que contém documentos sigilosos. O juiz não viu problema em atender ao pedido, desde que o MPF se manifeste primeiro. A revelação dessa prática ilegal pode ter desdobramentos importantes, não só para os envolvidos diretamente, mas também para a imagem e a operação da Receita Federal como um todo.

  • Investigação do MPF: Avaliação das provas apresentadas pelo juiz.
  • Repercussão Política: Envolvimento de figuras públicas como Flávio Bolsonaro e antigos membros do governo Bolsonaro.
  • Revisão de Protocolos: Necessidade de reforço na segurança dos dados e acesso às informações dentro da Receita Federal.

Histórico de Controvérsias na Receita

Esse não é o primeiro caso que levanta suspeitas sobre práticas ilegais dentro da Receita Federal. Em 2020, a defesa de Flávio Bolsonaro, então investigado no caso das rachadinhas, argumentou que funcionários da Receita lançavam mão de senhas invisíveis para realizar pesquisas ilegais. A situação levou a uma reunião no Palácio do Planalto, onde estavam presentes Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, e as advogadas Juliana Bierrenbach e Luciana Pires. A gravação dessa reunião acabou sendo apreendida pela Polícia Federal, revelando mais detalhes sobre o suposto esquema.

Próximos passos

O julgamento dos envolvidos e a manifestação do MPF serão fundamentais para os próximos passos dessa investigação. A expectativa é que, com a manifestação do MPF, haja um avanço na análise dos documentos sigilosos e uma maior clareza sobre a extensão desse grupo criminoso dentro da Receita Federal.

  1. Aguardo da manifestação do MPF dentro do prazo estipulado de cinco dias.
  2. Avaliação das evidências e documentos sigilosos apresentados pelo juiz.
  3. Possíveis sanções e sessões de esclarecimento para evitar a repetição de tais práticas no futuro.

Com as próximas etapas, espera-se que o caso ganhe mais transparência e que as medidas adequadas sejam tomadas para manter a integridade e a confiança na Receita Federal, um órgão crucial na estrutura administrativa do país. É crucial estar atento às evoluções desse caso e ver como ele pode impactar o funcionamento e a imagem da instituição a nível nacional.

FONTE: Juiz apontou “grupo criminoso” na Receita Federal que age contra servidores desafetos – Terra Brasil Notícias (terrabrasilnoticias.com)

 

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