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Exportação do agronegócio recua 5,3% em janeiro, para US$ 11 bilhões

 As exportações brasileiras de produtos agropecuários alcançaram em janeiro US$ 10,999 bilhões, informou o Ministério da Agricultura, em nota.

O valor é o segundo maior registrado para o mês, mas 5,3% inferior ao obtido em igual mês do ano passado, o equivalente a uma queda de US$ 616 milhões ante US$ 11,615 bilhões registrados um ano antes. O setor representou 43,7% dos embarques totais do País no último mês, em comparação com 43,5% de janeiro de 2024.

No mês, segundo o ministério, houve redução nas exportações de soja, milho e do complexo sucroalcooleiro, o que afetou o resultado de janeiro. A queda ocorreu em função, principalmente, da redução do índice de quantidade das exportações, que caiu 10,1%”, afirmou a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) da pasta, em nota técnica. “Por outro lado, houve elevação no índice de preço das exportações em 5,3%, compensando, em parte, a queda no volume exportado. Uma análise dos preços internacionais de diversas commodities agropecuárias revela aumento de preços de diversos produtos exportados pelo Brasil: café, celulose, carnes, suco de laranja, fumo, cacau, dentre outros”, ponderou a secretaria.

O gráfico abaixo se baseia em dados do DataLiner, fornecendo uma visão geral das exportações brasileiras de açúcar de janeiro de 2021 a dezembro de 2024.

Exportações de açúcar | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Todos os demais setores exportadores embarcaram ao exterior o equivalente a US$ 2,7 bilhões, cifra que significou um crescimento nas vendas externas de 32,5% na comparação com os US$ 2,1 bilhões exportados em janeiro de 2024. “Pode-se dizer, desta forma, que houve uma desconcentração das exportações dentre os demais setores exportadores”, observou a secretaria na nota técnica. No mês, também houve recorde nas
exportações brasileiras de café verde, celulose, algodão e carne suína, segundo o ministério.
Entre os destinos, a  China se manteve como a principal importadora de produtos do agronegócio brasileiro em janeiro, seguida pela União Europeia e Estados Unidos. Os embarques brasileiros à China, contudo, caíram 31,1% em janeiro, com as vendas externas recuando para US$ 2,05 bilhões. A queda nas vendas reduziu a participação da China de 25,6% para 18,6% em um ano. “A queda nas vendas de soja em grãos (-US$ 677,2 milhões); milho (-US$ 230,4 milhões); algodão não cardado e não penteado (-US$ 175,6 milhões) e açúcar de cana em bruto (-US$ 143,1 milhões) foi o que mais contribuiu para o resultado observado”, explicou a secretaria na nota técnica.
No último mês, os principais produtos exportados para o mercado chinês foram celulose, carne bovina in natura, soja em grãos, fumo não manufaturado e algodão não cardado e nem penteado, que, juntos, representaram 83,9% de tudo que foi comercializado ao país asiático no período.
As importações de produtos agropecuários cresceram 9,5% no primeiro mês do ano em relação a janeiro de 2024, para US$ 1,841 bilhão, equivalente a 8% do total internalizado pelo País no período. Entre os principais produtos importados, houve crescimento de 113,7% na aquisição de produtos do complexo sucroalcooleiro; de 36,5% de produtos florestais; de 33,8% de óleo de palma e de 18,7% de malte. “Além das aquisições desses produtos, houve importações de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária no Brasil: fertilizantes (US$ 931,3 milhões; +15,5%) e defensivos (US$ 409,9 milhões; +11,4%)”, destacou a pasta.
O saldo da balança comercial do setor em janeiro ficou positivo em US$ 9,158 bilhões, abaixo dos US$ 9,934 bilhões de igual período de 2024.
Fonte: Compre Rural 
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Presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Paraná e Santa Catarina participa de reunião no MAPA para tratar de demandas cruciais do setor

Por Daiana Brocardo

Entre os principais assuntos discutidos no encontro está a falta de fiscais na região Itajaí.

O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Paraná e Santa Catarina (SDA), Flávio Demétrio da Silva, esteve na manhã desta sexta-feira (17) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília, para discutir questões prioritárias que afetam diretamente as operações de importação e exportação no Estado. A iniciativa foi embasada nas demandas apontadas pelos próprios despachantes e empresas, que apontaram gargalos operacionais e desafios enfrentados diariamente pelo setor.

O encontro com representantes do MAPA foi agendado através da Federação Nacional dos Despachantes a Aduaneiros – FEADUANEIROS, que vem trabalhando em Brasília para que seus associados tragam, juntamente com os profissionais, as dificuldades em alguns procedimentos e serviços. “Importante estarmos conectados aos anuentes para que possamos estar auxiliando a comunidade de comércio exterior”, ressalta Flávio.

O presidente do SDA foi recebido pelo Coordenação Fiscalização do Trânsito Regular – CFTR, José Marcelo Nogueira Maziero e pelo Coordenador Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional – CGVIGIAGRO, Cleverson Freitas.

Entre os principais pontos levantados durante o encontro, estão:

  • Falta de técnicos para coleta e vistoria de vinhos: A ausência de profissionais impacta a regularização e o desembaraço desse tipo de mercadoria.
  • Suspensão de vistorias de madeira no final do ano: A inexistência de fiscais disponíveis para atender à demanda prejudica o comércio de produtos madeireiros.
  • Deficiência de fiscais para vinhos e LPCO madeira: A escassez de profissionais aptos para deferir processos relacionados a esses produtos tem gerado atrasos significativos.
  • Impasse no andamento de processos vegetais: A análise de Licenças de Importação (LI) de produtos vegetais está prejudicada pela insuficiência de fiscais.
  • Problemas no sistema do MAPA: Constantes instabilidades no sistema dificultam a inserção e o acompanhamento de informações, atrasando o trâmite de importações.
  • Dificuldade de acesso à chefia do MAPA em Santa Catarina: A comunicação limitada com a liderança local do órgão tem dificultado a solução de problemas e o encaminhamento de demandas do setor.

Importância da representatividade e expectativa de melhorias

A reunião desta sexta-feira (17) reforça o compromisso do Sindicato em buscar soluções para otimizar os processos e garantir maior eficiência no comércio internacional. A expectativa é que o órgão federal adote ações para suprir a carência de profissionais e melhorar a estrutura tecnológica, de modo a atender com qualidade as demandas do setor aduaneiro em Santa Catarina.

“O MAPA tem ciência sobre esses problemas graves que estão acontecendo e o que nos prometeram foi que já tem garantido para Itajaí três fiscais agrônomos, dois agentes de inspeção e um agente de atividade agropecuária, vindos de um concurso público. A expectativa é que esses seis novos funcionários estejam atuando até junho desse ano”, explica.

Flávio Demétrio também destacou a urgência de medidas para sanar os gargalos operacionais até que esses novos profissionais estejam atuando na região. “Para questões emergenciais o MAPA informou que está trabalhando com força tarefa. Já tem um fiscal de Santos destacado para ajudar Itajaí e estão buscando novos fiscais em outros lugares para tentar amenizar a demanda”, complementa.

Reconecta News segue acompanhando as movimentações e trará atualizações sobre os desdobramentos dessa importante pauta.

Sobre o SDA

O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, foi fundada em janeiro de 1957 por um grupo de despachantes que criou a Associação dos Despachantes Aduaneiros de Paranaguá. Cinco anos mais tarde, foi transformada no Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Paranaguá. Foi só em fevereiro de 1993 que a alterações do estatuto ampliou a abrangência do Sindicato para o estado vizinho de Santa Catarina . Na assembléia geral de 1963 foi registrada a necessidade de uma sede própria, em 1995 foi assinado o contrato para edificação e em 14/03/1997 foi inaugurada.
Hoje o SDA – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, tem unidades em Paranaguá, Itajaí, Joinville, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais, com salas de apoio e suporte aos despachantes aduaneiros sindicalizados, entre muitos outros benefícios.

 

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