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Agronegócio

Abates de bovinos, suínos e frangos registram recordes no primeiro trimestre

Aquisição de leite cru e produção de ovos também cresceram no período

A agropecuária brasileira registrou recordes no abate de bovinos, suínos e frangos no primeiro trimestre de 2025, mostram os resultados completos das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O abate de bovinos cresceu 4,6% no primeiro trimestre de 2025, para 9,869 milhões de cabeças, em comparação ao mesmo período de 2024. Esse é o maior nível de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997. Em relação ao quarto trimestre de 2024, o aumento foi de 1,9%.

O aumento do número de cabeças abatidas na comparação com o primeiro trimestre de 2025 foi de 435,61 mil, com altas em 22 das 27 unidades da federação. O mês de maior atividade no abate de bovinos foi janeiro, quando foram abatidas 3,35 milhões de cabeças, 4,8% a mais do que em janeiro de 2024.

O abate de fêmeas apresentou alta de 11,3% contra igual período de 2024, o que demonstra a continuação da tendência de aumento dessa categoria nos primeiros meses de 2025, segundo o IBGE.

Na criação de suínos, o aumento de abates foi de 1,6% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao primeiro trimestre de 2024, para 14,325 milhões de cabeças. Foram 230,99 mil cabeças a mais, um aumento puxado por altas em 17 das 26 unidades da federação que participam da pesquisa.

Já o abate de frangos cresceu 2,3% no primeiro trimestre de 2025, para 1,639 bilhão de aves. Foram 37,17 milhões de cabeças a mais, com expansão dos abates em 20 das 26 unidades da federação acompanhadas pela pesquisa. No primeiro trimestre, o Brasil ainda tinha o status de livre de gripe aviária, depois suspenso devido ao caso registrado em uma granja comercial em Montenegro (RS) em maio.

Leite

A aquisição de leite cru feita por estabelecimentos sob inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) subiu 3,4% no primeiro trimestre de 2025 em comparação a igual trimestre de 2024, para 6,49 bilhões de litros. O IBGE informou ainda que, frente ao quarto trimestre de 2024, a aquisição de leite caiu 4,3%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, a alta de 3,4% significou um acréscimo de 210,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional. Houve aumento em 19 das 26 unidades da federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite.

A região Sul respondeu pela maior proporção na captação de leite cru no país, com 39,6% do total, seguida pelas regiões Sudeste (36,3%), Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (9,3%) e Norte (3,9%). No caso da região Nordeste, o primeiro trimestre foi recorde na aquisição de leite, puxado por aumento da produtividade, segundo a gerente da pesquisa, Angela Lordão.

“O Sul do país apresentou o maior volume adquirido em primeiro trimestre para a grande região. Paraná foi o estado que teve o maior crescimento (10,1%) em relação ao mesmo período do ano anterior”, afirma Lordão. Ela acrescenta que houve uma demanda boa para os derivados lácteos, com redução nos custos de produção no segundo semestre do ano passado, o que interferiu na atividade, aumentando o investimento.

O preço médio do leite pago ao produtor que foi de R$ 2,76, um aumento de 22,1% versus o primeiro trimestre de 2024 e estabilidade em relação ao quarto trimestre de 2024.

Ovos

A produção de ovos de galinha cresceu 8,3% no primeiro trimestre de 2025, para 1,196 bilhão de dúzias, em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, houve queda de 1% na produção.

Vinte e cinco dos 26 Estados apresentaram alta da produção no primeiro trimestre de 2025, ante igual período de 2024, o que resultou em 92,14 milhões de dúzias a mais.

Mais da metade das granjas (55% ou 1.132 delas), produziram ovos para o consumo, o que respondeu por 83% do total de ovos produzidos. Por outro lado, 925 granjas (45%) produziram ovos para incubação, ou 17% do total de ovos produzidos.

A gerente da pesquisa, Angela Lordão, explicou que o primeiro trimestre do ano é geralmente um período de menor oferta de ovos, por causa do calor, e este ano ainda houve aumento nos custos de alimentação. A combinação afetou os preços, apontou. Pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços de ovos de galinha subiram 31,7% no primeiro trimestre de 2025.

“Tivemos, ainda, uma demanda que foi particularmente aquecida, tanto pela Quaresma, quanto por um aumento nas exportações, impulsionada por uma inflação do preço do ovo nos Estados Unidos”, disse.

Fonte: Globo Rural

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Comércio, Notícias

Congresso Mundial da Carne é uma oportunidade para atestar a qualidade da produção, diz Acrimat

Evento, que será realizado pela primeira vez no Brasil, irá reunir representantes de mais de 20 países em Mato Grosso

Mato Grosso será palco entre os dias 27 e 30 de outubro do World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne). Será a primeira vez que o Brasil sediará o evento, que deverá reunir representantes de mais de 20 países.

A escolha Mato Grosso para ser sede se deve ao fato do estado ser o maior exportador de proteína animal do Brasil. Em 2024, o estado movimentou mais de US$ 2,7 bilhões com as exportações do setor. O evento ocorrerá em Cuiabá.

Na avaliação do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Junior, a conferência é mais uma oportunidade de Mato Grosso e do Brasil mostrarem para o mundo a qualidade da proteína animal como um todo, não apenas a carne bovina.

“A pecuária em geral. Suíno, ovelha e aves também. Isso é importante, porque mostra a qualidade da carne, do produtor brasileiro e do nosso produto que é aceito em quase todos os países do mundo hoje”, pontua o presidente da Acrimat ao Canal Rural Mato Grosso.

Ele relata ainda que os Estados Unidos, por exemplo, é um dos maiores importadores da carne brasileira e é um país que é um grande exportador, mas que precisa da nossa carne. “Quer dizer, o Brasil mostra mais uma vez que produz em quantidade, qualidade e preço baixo, com respeito ao meio ambiente e tecnologia cada vez mais presente”, completa.

Sustentabilidade e inovação

O Congresso Mundial da Carne tem como foco temas como sustentabilidade, inovação e o futuro da proteína animal no mundo.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Carne (Imac), parceiro na realização do evento em Mato Grosso, um dos principais objetivos do evento é destacar os avanços da pecuária brasileira, que em maio conquistou a certificação internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação.

“Será uma oportunidade única para mostrar que a nossa produção é sustentável e segue os mais altos padrões internacionais. Temos a melhor carne do mundo, pronta para atender aos mercados mais exigentes”, afirma Caio Penido, presidente do Imac.

A conferência é realizada a cada dois anos pela International Meat Secretariat (IMS) e já passou por países como Estados Unidos, Austrália, Argentina, México, Uruguai e Holanda.

Entre os palestrantes internacionais confirmados para a edição no Brasil estão o presidente da International Meat Secretariat (IMS), Juan José Grigera Naón; o vice-reitor da Harper Adams University, Michael Lee; o diretor de Estratégia do Meat Institute, Eric Mittenthal; e o diretor executivo da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), Kent Bacus.

Brasil apresentará o Passaporte Verde

Entre as iniciativas brasileiras voltadas para a sustentabilidade e inovação tecnológica que serão apresentadas está o Passaporte Verde, programa desenvolvido pelo Imac em parceria com o setor produtivo e o Governo de Mato Grosso.

Pioneiro no estado, o Passaporte Verde tem como objetivo, além de atestar a qualidade da carne produzida em Mato Grosso, mostrar que os produtores rurais seguem critérios socioambientais rigorosos.

Fonte: Mato Grosso Canal Rural

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Comércio Exterior, Internacional

Singapura é a porta de entrada para outros mercados do Sudeste Asiático para a carne paraguaia

Líderes da indústria da carne em Assunção veem Singapura como uma porta estratégica para o Sudeste Asiático, com esperanças de expandir para mercados como Filipinas, Coreia do Sul e Japão, disse o gerente geral da Câmara Paraguaia de Carnes (CPC), Daniel Burt, em entrevista ao jornal ABC Color publicada no domingo. A abertura desse mercado representa um endosso aos padrões sanitários e à qualidade da carne do Paraguai.

Burt destacou a importância de conquistar espaço na Ásia, especialmente nos setores de carne suína e de aves, dado que o Paraguai não possui fortes laços comerciais com a região. Ele ressaltou a relevância da colaboração entre os órgãos governamentais e o setor privado para superar barreiras sanitárias e abrir novos mercados.

A seleção dos cortes de carne para exportação dependerá da demanda, das políticas comerciais e dos custos logísticos. Espera-se que Singapura sirva como referência para a indústria de carne paraguaia, oferecendo tanto experiência quanto credibilidade no mercado asiático. Há também otimismo quanto à exportação de cortes premium. O próximo passo envolverá os frigoríficos paraguaios negociando diretamente com importadores singapurianos.

Após Singapura, o Paraguai espera expandir-se para os mercados de carne das Filipinas e da Coreia do Sul. As Filipinas são um mercado em crescimento, com demanda crescente por proteínas importadas, já que dependem fortemente de importações devido à limitada capacidade de produção doméstica. No entanto, barreiras comerciais como tarifas e regulamentos sanitários podem representar desafios. Já a Coreia do Sul é um mercado bem estabelecido para importações de carne, especialmente bovina e suína, contando com acordos de livre comércio com diversos países, o que o torna um destino competitivo, apesar das restrições sanitárias e fitossanitárias.

Burt acredita que a experiência com Singapura será decisiva para futuras aberturas nos dois países. “Estrategicamente, isso nos dá mais um passo na Ásia: o Paraguai não tem uma longa história de relações políticas e comerciais com o Sudeste Asiático, e essa aprovação abre um novo capítulo na história do comércio exterior paraguaio”, afirmou.

Além disso, dada sua exclusão da lista de fornecedores da China — em razão da afinidade do país sul-americano com Taiwan — o Paraguai não pode “se dar ao luxo” de ignorar outros potenciais compradores no Sudeste Asiático, região que depende 100% da importação de proteínas. “Devemos destacar também a fórmula do sucesso: o trabalho do Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal) e a parceria público-privada, da qual participam também outras entidades como o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), para abrir mercados, eliminar barreiras sanitárias e promover nosso país. Essa série de aberturas de mercado é realmente animadora”, acrescentou.

“Agora, por exemplo, estamos atentos às questões tarifárias nos Estados Unidos e às questões socioambientais na União Europeia. Há muitos fatores que afetam o negócio, e quanto mais mercados tivermos, mais possibilidades teremos de redirecionar nossos embarques. Singapura está se consolidando como um selo de qualidade para o Paraguai”, observou ainda.

“Tudo soma. Estrategicamente, esse mercado nos dará uma visão mais ampla do Sudeste Asiático, considerando que também buscamos conquistar as Filipinas no curto prazo. Coreia e Japão também estão no radar”, finalizou.

Fonte: MercoPress

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Comércio Exterior, Exportação

Governo atua para derrubar proibições às exportações de carne de frango do Brasil

Uma semana após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, mais de 20 destinos já bloquearam as exportações de carne de frango do Brasil, e ao menos dez países ou blocos comerciais suspenderam as compras provenientes do estado. Nenhum novo caso foi detectado até o momento.

Na quarta-feira (21), Filipinas, Jordânia e Namíbia anunciaram proibição total às exportações brasileiras de carne de frango. A Rússia suspendeu temporariamente as importações de empresas localizadas no Rio Grande do Sul e impôs controles sanitários mais rígidos, por três meses, para os embarques de outros estados. Inicialmente, Rússia e seus parceiros da União Econômica Eurasiática — Belarus, Armênia, Quirguistão e Cazaquistão — haviam bloqueado as importações de todo o Brasil, mas agora restringiram a medida apenas ao estado afetado.

A desinfecção da granja infectada foi concluída na noite de quarta-feira por fiscais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul. A partir desta quinta-feira, o Brasil inicia a contagem regressiva de 28 dias — período de incubação do vírus H5N1. Se nenhum novo caso for confirmado nesse período, o país poderá se declarar livre da gripe aviária e começar a trabalhar pela normalização das exportações.

Flexibilização das suspensões

Paralelamente, o governo já iniciou negociações para estimular importadores a suavizarem as restrições e minimizar os impactos sobre o setor avícola nacional. Segundo Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, o Brasil espera que as respostas dos parceiros comerciais comecem a surtir efeito na próxima semana, abrindo caminho para suspensões mais brandas e medidas mais regionalizadas.

“Está tudo correndo dentro do esperado. Devemos ter avanços concretos na regionalização a partir da próxima semana, assim que os países tiverem tempo para avaliar as informações enviadas”, disse Rua ao Valor. Ele ressaltou que a estratégia do Brasil é manter comunicação contínua com os países importadores, oferecendo atualizações e documentação para garantir que as autoridades sanitárias tenham acesso rápido e claro às ações de contenção adotadas.

Rua afirmou ainda que a China ainda não indicou se adotará restrições regionais, mas disse que isso se insere dentro do “processo normal”. Em 2025, quando houve surto de doença de Newcastle em Anta Gorda (também no RS), a China levou mais de 20 dias para flexibilizar restrições que, inicialmente, afetaram todo o território brasileiro.

A escassez global de carne de frango pode acelerar o processo de flexibilização. “O mercado internacional já enfrentava falta de frango. As exportações brasileiras estavam crescendo sobre o recorde do ano passado e com preços médios mais altos. Isso mostra que a demanda supera a oferta”, afirmou o secretário.

“Nenhum país está livre da gripe aviária. O Brasil era o último grande produtor sem registro da doença. Isso pode incentivar países a reduzirem as restrições para garantir o abastecimento interno”, completou.

Algumas vitórias

O Ministério da Agricultura já comemora algumas “vitórias”. Na quarta-feira, os Emirados Árabes Unidos — segundo maior mercado para o frango brasileiro — anunciaram que suspenderão compras apenas do município de Montenegro.

Ao restringir a proibição a uma única cidade, e não ao estado ou ao país todo, empresas brasileiras podem manter um volume significativo de exportações, mesmo com o foco ativo no Rio Grande do Sul.

Em 2024, os Emirados compraram 455,1 mil toneladas de carne de frango do Brasil, o equivalente a 8,8% das exportações totais. A China foi o maior importador, com 562,2 mil toneladas no ano passado.

Os Emirados exigiram ainda uma declaração adicional do Ministério da Agricultura brasileiro confirmando que todos os embarques partirão de uma zona livre da doença, localizada a pelo menos 25 quilômetros do foco. A suspensão em Montenegro vale para produtos certificados a partir de 28 de abril.

Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de frango. O gráfico foi elaborado com dados do DataLiner:

Exportações Brasileiras de Frango |  Jan 2022 – Mar 2025 | TEUs

Também há relatos de pressão do setor privado em países como Filipinas e México para que seus governos não suspendam totalmente as importações de carne de frango brasileira. Empresários locais temem desabastecimento ou alta nos preços e destacam os controles sanitários rígidos aplicados pela fiscalização brasileira. “Isso não garante nada, mas é mais uma força atuando pela flexibilização”, disse Rua.

Segundo ele, o governo também está dialogando com importadores para resolver questões relacionadas a cargas de frango já embarcadas e em trânsito para seus destinos.

Na quarta-feira, o Ministério da Agricultura convocou 440 aprovados no último concurso público para reforçar a equipe de defesa agropecuária do Brasil. Entre os convocados estão 200 novos auditores fiscais federais agropecuários, 100 agentes de atividades agropecuárias, 40 agentes de inspeção de produtos de origem animal e 100 técnicos de laboratório.

Segundo a atualização mais recente do ministério, há nove casos suspeitos em investigação. Dois envolvem granjas comerciais em Ipumirim (Santa Catarina) e Aguiarnópolis (Tocantins). Os demais são aves de fundo de quintal em Triunfo e Gaurama (RS), Eldorado dos Carajás (PA), Salitre (CE) e Chapecó (SC), além de aves silvestres em Garopaba e Derrubadas (RS).

Fonte: Valor International

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Exportação, Industria

Indústria de máquinas e equipamentos registra crescimento em vendas internas, mas exportações caem no primeiro trimestre

A receita de vendas do setor de máquinas e equipamentos no Brasil atingiu R$ 67,5 bilhões nos três primeiros meses do ano, um aumento de 15,2% em comparação com o mesmo período de 2024. Dados divulgados pela Abimaq mostram que as vendas internas somaram R$ 51,6 bilhões, crescimento de 18%, impulsionando um primeiro semestre positivo. No entanto, a entidade alerta para possíveis desafios na segunda metade do ano, devido aos efeitos do aperto monetário e a um cenário macroeconômico mais desfavorável.

As exportações do setor caíram 5,8% no primeiro trimestre, totalizando US$ 2,7 bilhões. Houve redução significativa nas vendas para a América do Norte, com quedas de 30,2% para os Estados Unidos, 30% para o México e 27,2% para o Canadá. Em contraste, as exportações para Europa e América do Sul cresceram 16,1% e 12,9%, respectivamente, com destaque para a Argentina, que registrou alta de 59,3% em máquinas para agricultura e construção civil. A China também se destacou, com um aumento de 203,1% nas exportações, tornando-se o sexto maior destino.

As importações de máquinas e equipamentos subiram 12,9%, alcançando US$ 7,8 bilhões no período. A China consolidou-se como principal fornecedora, com participação de 34% no mercado brasileiro, superando Estados Unidos e Alemanha. A Abimaq destacou que esse movimento reflete uma tendência de longo prazo, reforçando a influência chinesa no mercado global de bens de capital.

Fonte: Brasil em Folhas

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Comércio, Notícias

Queda de 31% na suinocultura em SC vai deixar carne mais cara

Santa Catarina é responsável por 55% da produção suina brasileira

A suinocultura de Santa Catarina está experimentando um período de significativa valorização, contrastando com a estabilidade observada em outras regiões do Brasil. Nas últimas semanas, a Bolsa de Suínos catarinense registrou um aumento no preço do quilo vivo. Que passou de R$ 8,31 para R$ 8,36, enquanto São Paulo e Minas Gerais mantiveram seus valores estáveis.

Losivanio Luiz de Lorenzi é presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). De acordo com ele, essa elevação de preços é resultado da baixa oferta de animais no mercado. Um fenômeno que se estende por todo o país. Ele enfatizou que Santa Catarina, como maior produtor e exportador, está exercendo uma influência positiva nos preços pagos aos suinocultores.

Em abril, o volume de suínos negociados pela Bolsa de Suínos de Santa Catarina apresentou uma queda de 31% em relação a janeiro. Enquanto o preço médio por animal subiu cerca de 5%. Essa retração na produção, especialmente entre produtores independentes afetados por crises econômicas anteriores, tem contribuído para o cenário atual.

Mercado internacional

De Lorenzi projeta um mercado aquecido para os próximos meses, com a dificuldade de acesso a crédito e a falta de novos investimentos mantendo a oferta baixa e favorecendo a valorização dos preços. Além disso, o custo de produção atual, em torno de R$ 7,00, está abaixo dos valores de comercialização, permitindo que os produtores melhorem sua situação financeira e invistam em sanidade.

O desempenho no mercado internacional também fortalece a suinocultura catarinense. O estado foi responsável por 55% das exportações brasileiras de carne suína no primeiro trimestre de 2025, com um volume de 159.456 toneladas, superando o Rio Grande do Sul, o segundo maior exportador nacional. Destinos importantes como Japão, México e Hong Kong aumentaram suas compras, com o Japão dobrando suas importações. Esse crescimento é atribuído à reconhecida excelência sanitária de Santa Catarina.

Apesar de algumas perdas em mercados específicos, o aumento geral nas exportações, aliado à valorização do dólar, tem proporcionado maiores receitas para as indústrias locais. De Lorenzi ressaltou a importância da biosseguridade para sustentar esse ciclo de prosperidade e a qualidade dos produtos, tanto para o mercado internacional quanto para o consumidor brasileiro.

Fonte: Guararema News

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Comércio, Comércio Exterior, Exportação, Notícias

Faturamento com exportações de carne suína em 13 dias úteis chega a 83,94% do total de abril/24

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta terça-feira (22), as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, até a terceira semana de abril (13 dias úteis), o faturamento com os embarques da proteína já atingiram 83,94% do total registrado em abril de 2024.

A receita obtida até este momento do mês, US$ 186.835,474 representa 83,94% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2024, que foi de US$ 222.574,605. No caso do volume embarcado, as 75.027,3 toneladas representam 77,55% do total registrado em abril do ano passado, quantidade de 96.743,743 toneladas.

O faturamento por média diária até a terceira semana de abril foi de US$ 14.371,959, quantia 42,1% a mais do que abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 14,22% observando os US$ 12.582,640, vistos na semana passada.

No caso das toneladas por média diária, foram 5.771,330, houve elevação de 31,2% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se incremento de 11,42%, comparado às 5.179,417 toneladas da semana passada.

Já o preço pago por tonelada, US$ 2.490,233, é 8,2% superior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 2,50% em relação aos US$ 2.429,354 anteriores.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Carne do Brasil, Um Negócio Global e Acelerado de US$ 13 Bilhões

As exportações brasileiras de carne bovina, com valores muito próximos de US$ 13 bilhões em 2024 – foram exatos US$ 12,827 bi –, têm alavancas claras: o país é líder global nessa proteína, tem passado nas últimas décadas por uma transformação tecnológica e inovadora do campo ao prato – e, o mais importante, há uma demanda dos mercados interno e mundial em ascensão.

“Nosso trabalho é garantir que a carne brasileira seja reconhecida mundialmente por sua qualidade e competitividade”, diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Roberto Serroni Perosa, 46 anos, foi escolhido em dezembro para comandar a entidade que reúne 46 grupos exportadores brasileiros, donos de 98% das vendas externas. A Abiec é feita de nomes como JBS, Marfrig, Minerva, Frigol, Plena, Frisa, Prima, Barra Mansa, Argus, entre outras companhias. Para ele, o negócio “é promover a carne brasileira, abrir mercados e garantir que a indústria mantenha seu papel de destaque no comércio global”.

O Brasil conseguiu a abertura de 344 novos mercados, um trabalho colocado como prioritário pelo atual chefe da pasta no Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nas apresentação das missões para  os anos de 2025 e 2026. É caso do Japão, um mercado de alto valor agregado. Em maio do ano passado, o país fez uma missão de quatro dias, visando as exportações. A última havia ocorrido em 2019. Na semana passada, uma missão  novamente estava no Japão, incluindo no grupo o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

“Sobre a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira, já temos avanços previstos a partir desta viagem”, disse Fávaro.  Além disso, estamos prestes a receber, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o certificado que reconhece todo o território brasileiro como livre de febre aftosa sem vacinação, uma exigência fundamental do Japão. Esse reconhecimento deve ocorrer em maio e, com a visita dos especialistas japoneses, estaremos dando um passo decisivo para a abertura do mercado japonês à carne bovina brasileira.”

Não por acaso, nas duas missões, mas cargos separados, lá estava Perosa. Quando assumiu a Abiec. ele disse que entre as suas tarefas imediatas estava a abertura de três escritórios internacionais em mercados estratégicos como China, EUA e Europa, os primeiros da entidade lá fora e que hoje são os principais clientes do país. Para ele, é um passo estratégico. “Abrir mercados é só o começo; consolidar e manter relações comerciais é o verdadeiro desafio”, afirma.

Experiência não lhe falta. O executivo, por sinal, saiu em outubro d0 ano passado de um dos postos mais estratégicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dos dias atuais: a prospecção de novos mercados para produtos brasileiros. Reza em sua cartilha que essa entrada em mercados internacionais requer esforços contínuos, tarefa de parcerias para que os produtos brasileiros entrem na agenda do país conquistando algo perene.

FONTE: Forbes
Carne do Brasil, Um Negócio Global e Acelerado de US$ 13 Bilhões

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Argélia triplica importação de carne do Brasil

A Argélia já ocupa a quarta posição entre os maiores destinos da carne bovina brasileira exportada, de acordo com dados do primeiro bimestre deste ano divulgados nesta segunda-feira (17) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e compilados junto da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), atrelada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O país é o mais bem posicionado entre os árabes como importador do produto no período. Os argelinos compraram 15,9 mil toneladas de carne do Brasil em janeiro e fevereiro, o que significou receita de US$ 85,4 milhões. O aumento sobre iguais meses de 2024 foi de 199% em quantidade e de 254% em valores.

Segundo as estatísticas publicadas no site da Abrafrigo, a Argélia vem ganhando terreno como importadora da carne bovina nacional. No ano passado, o país figurava como 12º destino, já com um crescimento representativo sobre 2023, quando estava em 40º lugar no ranking. Neste ano, em janeiro individualmente os argelinos eram o quarto destino, posição em que se mantêm no bimestre.

Os outros grandes destinos das exportações brasileiras de carne bovina no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano foram a China, a maior compradora com cerca de 40% do total que o Brasil vende no exterior, seguida por Estados Unidos e pelo Chile. A Abrafrigo destaca o crescimento no período das vendas nacionais para outros dois países, a Itália e a Líbia, este último uma nação árabe da África.

Exportação geral
No geral, as exportações de carne bovina do Brasil no primeiro bimestre somaram 456,1 mil toneladas, com queda de 2% no volume sobre iguais meses de 2024, mas aumento de 12% na receita, que foi para US$ 2,066 bilhões. Em fevereiro individualmente, as vendas internacionais do setor, que incluem carnes in natura somadas às carnes processadas e subprodutos, caíram 6% no volume para 217,1 mil toneladas. Já a receita cresceu 12,6% no mês de fevereiro, passando para US$ 1,038 bilhão.

Fonte: ANBA
 Argélia triplica importação de carne do Brasil

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Governo brasileiro tenta ampliar cota de carne para EUA em negociação sobre tarifas

A exportação de carne brasileira para os Estados Unidos foi parar na mesa de negociações com o governo Donald Trump, como forma de equilibrar o jogo sobre a ameaça de taxação do etanol que o Brasil vende aos EUA.

O governo brasileiro planeja tentar emplacar um possível aumento da cota da carne que vende aos EUA sem a incidência de tarifas. A ideia seria, com isso, tentar compensar eventuais perdas com a imposição de sobretaxas sobre o etanol brasileiro —uma das ameaças feitas pelo governo Donald Trump.

A relação bilateral com o governo Trump diante da ameaça de tarifaço pelo republicano foi discutida em uma conversa realizada na quinta-feira (6) com membros do governo americano e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Nesta segunda-feira (10), Alckmin falou com empresários especificamente sobre a possibilidade de envolver a carne nas tratativas.

Atualmente, o Brasil possui uma cota anual de 65 mil toneladas para exportar carne bovina in natura aos Estados Unidos. Dentro desse volume, não há cobrança de imposto pelos americanos. Acontece que essa cota tem sido rapidamente preenchida. Em janeiro deste ano, por exemplo, ela já tinha sido totalmente utilizada. Acima desse patamar, as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA estão sujeitas a uma tarifa de 26,4%.

O governo brasileiro quer ampliar essa cota atual para 150 mil toneladas, permitindo que um volume maior de carne bovina brasileira entre no mercado americano sem a aplicação da tarifa. Em 2024, os Estados Unidos importaram aproximadamente 229 mil toneladas desse produto brasileiro, movimentando US$ 1,35 bilhão, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).

A proposta partiu dos produtores e do governo brasileiro, sob a justificativa de que a ampliação da cota favorece o mercado de consumo dos americanos. A questão não é tão simples, porém, uma vez que os produtores de carne dos EUA podem ver uma maior ameaça em seu próprio mercado.

A demanda americana por carne bovina está associada à redução do rebanho local, afetado por condições climáticas adversas, como secas prolongadas. Essa diminuição levou os EUA a aumentarem suas importações para suprir a demanda doméstica.

No mês passado, Trump ameaçou impor tarifas adicionais sobre o etanol brasileiro. A Casa Branca se queixou de que os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o etanol importado do Brasil, enquanto o país impõe uma taxa de 18% sobre o álcool combustível americano.

A redução da tarifa para a carne nacional seria mais uma forma de equilibrar o tabuleiro tarifário. Na quinta, Alckmin e técnicos de Lula tiveram conversas com os principais auxiliares de Trump na área comercial, com o objetivo de tentar evitar a imposição de tarifas prometidas pelo republicano em produtos como aço, alumínio e etanol.

Para aceitar maior abertura para o etanol americano, o governo Lula também tenta colocar na negociação o açúcar exportado para os americanos. Os EUA têm uma cota de 146,6 mil toneladas de açúcar brasileiro isenta de imposto de importação. Acima disso, o que entra no mercado americano é taxado em 80%.

No ano passado, o Brasil vendeu 1,12 milhão de toneladas de açúcar aos EUA —de um total global exportado de 38,2 milhões de toneladas.

Conquistar melhores condições para o açúcar é visto pelo governo Lula como uma forma de equilibrar eventuais perdas que as usinas brasileiras possam ter com a entrada de maior volume de etanol americano no país. As usinas de etanol também têm capacidade para produzir açúcar e, assim, poderiam se beneficiar do ganho de mercado nos EUA.

PRECEDENTES

No passado, o Brasil já flexibilizou sua política de importação de etanol com os EUA, em troca de concessões na exportação de carne bovina para os Estados Unidos. Em 2019, os EUA reabriram seu mercado para a carne bovina in natura do Brasil, após um bloqueio sanitário imposto desde 2017.

Em paralelo, o Brasil renovou uma cota anual de 750 milhões de litros de etanol dos EUA com isenção tarifária, beneficiando os produtores americanos, especialmente do etanol de milho.

Em 2020, o Brasil suspendeu temporariamente a tarifa de 20% sobre o etanol americano por 90 dias. A decisão ocorreu em meio à tentativa de garantir melhores condições para a exportação de carne bovina brasileira para os EUA.

Já em 2021, houve o fim da cota de etanol, o que gerou tensão comercial. O Brasil decidiu não renovar a cota de etanol importado sem tarifas, voltando a aplicar a taxa de 20% sobre os produtos dos EUA. Como retaliação, os EUA mantiveram a cota limitada de 65 mil toneladas para a carne bovina brasileira sem tarifas, frustrando tentativas do Brasil de ampliar esse volume. É a situação que prevalece até o momento.

Fonte: Folha de S. Paulo.
Governo brasileiro tenta ampliar cota de carne para EUA – 10/03/2025 – Mercado – Folha

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