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Lula e emir do Catar discutem comércio bilateral

Em conversa por telefone, os dois chefes de estado trataram também do combate à fome e de visita do líder do país árabe ao Brasil neste ano.

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o emir do Catar, Tamin, bin Hamad Al Thani, discutiram na terça-feira (7) a ampliação do comércio entre os dois países e investimentos do Catar no Brasil. Em conversa por telefone, falaram também sobre o combate à fome e a organização de uma visita de Al Thani ao Brasil neste ano.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, Lula cumprimentou o emir do Catar pelo apoio do país árabe à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa do governo brasileiro. O Catar receberá uma cúpula desta aliança em novembro deste ano. No diálogo, também se acertou a vinda de Al Thani ao Brasil como retribuição à visita que Lula fez ao Catar em 2023. Al Thani passou rapidamente pelo País em novembro do ano passado durante a cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro.

Os dois mandatários discutiram outros temas, como os 50 de relações bilaterais, celebrados em 2025. Na conversa, Lula e Al Thani buscaram formas de ampliar o comércio entre Brasil e Catar e identificar oportunidades de investimentos do país árabe em diversos setores brasileiros. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2023, a corrente de comércio entre os dois países somou US$ 1,06 bilhão, em queda de 34% em relação a 2022. O Brasil exportou US$ 363,9 milhões, principalmente em carne de aves e minérios de ferro, e importou US$ 698,5 milhões, sobretudo em fertilizantes e petróleo derivados.

FONTE: ANBA
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Argentina é único país do G20 que não aderiu à Aliança contra fome

Proposta foi lançada pelo Brasil nesta segunda-feira, O governo da Argentina foi o único do G20 a não aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. 

A iniciativa promovida pelo Brasil busca criar uma plataforma independente internacional para captar recursos para financiar políticas de transferência de renda em países de renda baixa ou média-baixa.

A não adesão da Argentina ao projeto ocorre enquanto a pobreza aumenta no país, tendo ultrapassado 50% da população nos seis primeiros seis meses do presidente Javier Milei. O governo argentino ainda cortou verba para os comedores populares, levando ao fechamento de dezenas de restaurantes que distribui alimentos para pessoas em situação de pobreza.

A Aliança foi lançada nesta segunda-feira (18), na cúpula do G20, no Rio de Janeiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aderiram à iniciativa 81 países, além da União Africana e União Europeia, nove instituições financeiras, 24 organizações internacionais e 31 entidades filantrópicas e não governamentais, somando 147 membros fundadores.

A adesão está aberta desde julho deste ano e os países podem aderir a qualquer momento. Além dos países do G20, aderiram à iniciativa nações como Uruguai, Ucrânia, Suíça, Nigéria, Angola, Colômbia, Jordânia, Líbano, entre outras. A expectativa é que a estrutura de governança da Aliança esteja pronta até 2025.

Neste domingo (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao ser questionado sobre a postura do governo Milei no G20, pediu para que todos os países terem consensos em torno de temas para combater a desigualdade.

“Faço esse apelo a todos os países, agora que estão em curso as negociações do G20, para que tenham espírito de consenso, para que exibam bom senso e que encontrem as possibilidades de transformar essa reunião do G20 num êxito, com decisões que sejam relevantes para a ordem internacional. Se o G20 se divide, ele perde importância a nível global. E, do meu ponto de vista, é algo indesejável para um mundo que já tem tantas divisões geopolíticas”, disse o secretário-geral.

Existe a expectativa ainda se Milei irá concordar com outras iniciativas do Brasil no G20, como a proposta para taxação dos super ricos e de medidas contra as mudanças climáticas.

No caso da Aliança Contra a Fome, a adesão ao programa é formalizada por meio de uma Declaração de Compromisso que define medidas gerais e personalizadas a serem adotadas pelos membros da Aliança Global contra a fome alinhadas “com as prioridades e condições específicas de cada membro”.

O governo brasileiro espera beneficiar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em todo o mundo até 2030, além expandir as refeições escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas, e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.

Segundo a Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 750 milhões de pessoas passaram fome no mundo em 2023, o que dá uma pessoa com fome para cada 11 no mundo.

FONTE: Agencia Brasil
Argentina é único país do G20 que não aderiu à Aliança contra fome | Agência Brasil

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