Previsão é que tratado seja ratificado durante a cúpula do Mercosul em dezembro, no Rio de Janeiro.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a União Europeia e o Mercosul trabalham nos últimos ajustes técnicos para que o acordo entre os dois blocos seja ratificado ainda este ano, em dezembro, durante Cúpula do bloco sulamericano, no Brasil.
O Conselho Europeu reúne os chefes de estado dos países que compõem a União Europeia e é o órgão responsável por guiar as direções políticas do bloco.
“Eu diria que é mais necessário do que nunca para todos”, afirmou Costa.
Em entrevista exclusiva à TV Globo, durante visita ao Brasil nesta semana, Costa afirmou que o momento de guerra tarifária, impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumenta a necessidade de celeridade para que novos acordos comerciais sejam firmados, diminuindo a tensão internacional.
“Temos uma oportunidade para todas as outras regiões econômicas do mundo”, disse.
“Estamos com uma ação externa muito intensa, porque é fundamental em termos de mercado e de economia”, afirmou.
Ex-primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa está em visita ao Brasil até esta quinta-feira (29).
O objetivo da vinda é discutir o Fórum de Investimento UE-Brasil, além de trabalhar questões prioritárias nas relações bilaterais entre Brasil e União Europeia, como o tratado que pretende criar a maior zona de livre comércio do mundo, caso seja ratificado.
Aproximação com o Brasil
Costa afirmou que a União Europeia pretende “contribuir ativamente com objetivos ambiciosos para os compromissos que vamos ter na COP”, em referência à 30ª Conferência do Clima — marcada para ocorrer em Belém, no Pará, no fim deste ano.
O interesse do bloco europeu no Brasil em meio a tensões junto aos Estados Unidos fica claro nas demonstrações de intenção de cooperação da União Europeia com iniciativas encabeçadas pelo governo brasileiro.
“Já decidimos aderir ao novo fundo que o Brasil criou para a proteção das florestas na escala Global e somos grandes apoiadores, como o Brasil, do pacto para o futuro para a reforma das Organização das Nações Unidas e organizações financeiras internacionais.”
Fonte: G1