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Dólar abre o dia em alta e opera acima dos R$ 6 nesta segunda

O dólar iniciou o mês de dezembro em alta nesta segunda-feira (02), com o mercado brasileiro ainda repercutindo o cenário fiscal do país e aguardando a divulgação de novos dados econômicos ao longo da semana.

O principal destaque será a divulgação do PIB do Brasil referente ao terceiro trimestre, mas a agenda também inclui números importantes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Esses dados, tanto no Brasil quanto no exterior, são acompanhados com atenção, pois podem fornecer novas pistas sobre os próximos movimentos dos bancos centrais de ambos os países em relação às taxas de juros.

Enquanto isso, o Ibovespa, a bolsa de valores brasileira (B3), operava em queda. Às 10h30, o dólar subia 0,65%, sendo negociado a R$ 6,0369. Na última sexta-feira, a moeda registrou uma alta de 0,19%, fechando a R$ 6,0005, no maior patamar nominal desde o lançamento do Plano Real.

Durante o dia, o dólar alcançou R$ 6,1156. Com esse desempenho, acumulou alta de 3,21% na semana, 3,79% no mês e 23,66% no ano.

Fonte: Gazeta Brasil

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Maioria do STF autoriza empresas de ZPEs a vender toda a produção no mercado interno

Empresas localizadas em zonas de processamento de exportação (ZPEs) podem vender toda a sua produção no mercado interno.

Esse foi o entendimento alcançado pela maioria do Plenário do Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (29/11), em julgamento que discute uma lei com tal previsão. A sessão virtual se encerrará oficialmente às 23h59.

Criadas em 1988 com o intuito de diminuir desequilíbrios regionais, as ZPEs são áreas de livre comércio destinadas à instalação de empresas que produzam bens para exportação.

Essas empresas têm tratamento tributário, cambial e administrativo diferenciados. Os benefícios fiscais estão relacionados à importação ou à compra no mercado interno de máquinas, equipamentos, matérias-primas, materiais de embalagem, produtos intermediários e serviços.

Em 2021, o Congresso aprovou o novo Marco Legal das ZPEs, que alterou o original, de 2007. A nova lei teve origem em uma medida provisória que autorizou empresas das ZPEs a vender oxigênio medicinal no mercado interno durante a crise de Covid-19.

O Legislativo ampliou o escopo da MP e passou a permitir a venda de toda a produção de qualquer empresa das ZPEs no mercado interno (não só de oxigênio). Até então, a lei exigia que ao menos 80% da produção fosse destinada à exportação.

No ano seguinte, o partido Republicanos acionou o STF e contestou a validade da nova lei. Segundo a legenda, o tema não passou pelas discussões necessárias e a conversão da MP em uma lei com conteúdo diferente violou o devido processo legal.

O partido, ainda, argumentou que o fim da regra sobre exportação viola a isonomia tributária e a livre concorrência. Para o Republicanos, a mudança trouxe vantagens competitivas às empresas localizadas em ZPEs. Outro ponto contestado é a nova regra que autorizou entes privados a propor ao Executivo a criação de ZPEs.

Voto do relator

O ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso, votou contra os pedidos do Republicanos e declarou a validade das regras questionadas. Até o momento, ele foi acompanhado por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin.

O relator constatou “pertinência” entre o conteúdo da MP original e a lei aprovada pelo Congresso: “Ambas as proposições abrangeram o mesmo objeto, qual seja, o complexo normativo das ZPEs”.

Para Nunes Marques, a antiga regra dos 80% “restringia, consideravelmente, a destinação ao mercado interno dos bens produzidos por tais empresas” e “engessava uma atividade empresarial tipicamente caracterizada pela dinamicidade da sua atuação”.

Na sua visão, a regra anterior desconsiderava as oscilações do mercado e as peculiaridades do comércio exterior. Até por isso, poucas empresas se interessaram em participar dos projetos de ZPEs. Assim, a mudança buscou modernizar esse mecanismo, adequá-lo aos parâmetros internacionais e torná-lo mais atrativo a investimentos.

O magistrado lembrou que a criação de ZPEs é restrita a “regiões menos favorecidas” — ou seja, busca reduzir desequilíbrios regionais e não gera privilégios às empresas. Na verdade, a localização das ZPEs em áreas de menor desenvolvimento causa, por si só, dificuldades de logística às empresas. E, apesar dos benefícios garantidos pela lei, elas “se submetem à sistemática de controle de suas atividades e operações”, o que restringe sua autonomia e, às vezes, gera despesas adicionais.

A instalação de uma empresa em uma ZPE depende, por exemplo, da entrega do projeto ao poder público, conforme parâmetros estabelecidos em regulamento. Plantas industriais já instaladas no país não podem ser transferidas. Há, ainda, restrições quanto aos bens que podem ser produzidos e à constituição de filiais.

O ministro também destacou que, conforme dados do governo federal, após a sanção do novo Marco Legal, “continuou preponderante o perfil exportador dos projetos desenvolvidos” nas ZPEs: em média, 77,7% das vendas anuais foram destinadas ao mercado externo.

Com relação à permissão para entes privados sugerirem ao Executivo a criação de ZPEs, Nunes Marques não viu problemas e explicou que a aprovação dos projetos ainda depende de análise do poder público.

FONTE: Consultório Jurídico

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MAIS UM RECORDE: Dólar abre em alta; Confira

O dólar iniciou o pregão desta sexta-feira (29), último dia de novembro, em alta, com o cenário fiscal do Brasil ainda em destaque.

Nos primeiros minutos de negociação, a moeda americana superou pela primeira vez a marca de R$ 6, valor atingido também no dia anterior.
A pressão sobre os ativos brasileiros segue relacionada aos anúncios feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira (27) e detalhados ontem. O governo federal enviará ao Congresso um pacote de medidas com o objetivo de reduzir em R$ 70 bilhões os gastos públicos nos anos de 2025 e 2026, e em R$ 327 bilhões até 2030.

Entre as medidas, estão alterações no salário-mínimo, nos programas sociais, na aposentadoria de militares, nas emendas parlamentares, além de outros ajustes. O pacote, amplamente aguardado pelo mercado, foi inicialmente bem recebido, especialmente os cortes de R$ 70 bilhões. Contudo, a inclusão de uma proposta de isenção do imposto de renda para pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil gerou ceticismo quanto à efetividade dos cortes. Haddad afirmou que a isenção custará cerca de R$ 35 bilhões ao governo, mas a compensação dessa perda fiscal seria buscada por meio de uma maior tributação sobre os mais ricos, com a criação de uma alíquota de até 10% para quem recebe mais de R$ 50 mil.

Às 09h15, o dólar subia 0,87%, cotado a R$ 6,0410. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0550. Na véspera, a moeda subiu 1,30%, cotada a R$ 5,9891, e atingiu R$ 6,0029 na máxima. Com esse resultado, o dólar acumulou alta de 3,02% na semana, 3,59% no mês e 23,42% no ano.

Fonte: Gazeta Brasil
https://gazetabrasil.com.br/economia/2024/11/29/mais-um-recorde-dolar-abre-em-alta-e-bate-r-605/#goog_rewarded
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Empresários de SC debatem Custo Brasil no Encontro Nacional da Indústria

Evento debateu estratégias para reduzir custos, necessidade de qualificar força de trabalho e empreendedorismo jovem e feminino.

O Encontro Nacional da Indústria (ENAI), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para debater o futuro do setor realizado nesta quarta-feira (27) em Brasília, trouxe temas como a necessidade de requalificar profissionais, a formação de novas lideranças empresariais na indústria – com o protagonismo de jovens e mulheres, e ainda a assinatura de acordos como o firmado pelo SESI e o Ministério da Saúde para estruturar e implementar ações conjuntas voltadas à promoção de ambientes de trabalho saudáveis.

Um dos principais destaques do Encontro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin na abertura, foi o debate sobre o Custo Brasil. A Federação das Indústrias de SC (FIESC) participou do evento com uma delegação de 30 industriais.

Em mesa redonda formada por representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do legislativo federal e do setor privado, a discussão sobre o Custo Brasil focou nas estratégias para reduzir encargos tributários, a burocracia excessiva e a ineficiência logística, que custam cerca de R$ 1,7 trilhão por ano.

A principal novidade foi o lançamento do Observatório Custo Brasil, ferramenta desenvolvida em parceria entre o MDIC e o Movimento Brasil Competitivo (MBC). Segundo estimativas do ministério, a ferramenta deve contribuir para a redução do Custo Brasil em R$ 530 bilhões na próxima década. O conselheiro do MBC Rogério Caiuby esteve na FIESC no último dia  21 detalhando as iniciativas para atacar a questão (veja a matéria).

Confira a cobertura completa do evento. 

Além do Custo Brasil, o encontro de industriais também abordou a necessidade de requalificar a força de trabalho na indústria. Cerca de 11,8 milhões de profissionais precisam se requalificar nos próximos três anos para atender a demanda do mercado de trabalho, segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Empreendedorismo jovem e a participação de mulheres no setor industrial também foram temas de debates. Uma pesquisa da CNI divulgada durante o ENAI mostrou que empresas industriais com sócios jovens tiveram crescimento de 8,1%, enquanto as que não têm novos líderes no quadro de sócios cresceram 3% entre 2022 e 2023.

Em relação ao protagonismo de mulheres na indústria, o painel debateu com lideranças femininas a necessidade de ampliar a representatividade e o número de empreendedoras no setor. Atualmente, apenas 14% das empresas estão registradas em nome de mulheres.

O ENAI também foi palco do Prêmio Excelência Sindical. O Sindimec-Joinville foi premiado com o terceiro lugar na premiação da CNI (veja a matéria).

Confira a cobertura completa do evento.

Com informações da CNI 

Fonte: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/empresarios-de-sc-debatem-custo-brasil-no-encontro-nacional-da-industria

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FIESC promove curso sobre custos e benefícios fiscais na importação

Capacitação detalha tributação das operações e negociação das importações terceirizadas com incentivo fiscal nos dias 4 e 5/12

Nos próximos dias 4 e 5 de dezembro, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) promove o curso Custos e Benefícios Pertinentes à Importação. A capacitação traz informações sobre as modalidades de operações de importação, os regimes de tributação, custos como imposto de importação (II), IPI, PIS/Pasep, Cofins e ICMS; além de tributos e despesas aduaneiras. Os benefícios fiscais do ICMS também estão no programa do curso, junto com um exercício prático, que simula o cálculo dos tributos e formação de preço/custos na importação e na revenda.

Com duração de 6 horas, o treinamento é voltado para profissionais que atuam no comércio exterior e será transmitido, ao vivo, por videoconferência, por meio da ferramenta Microsoft Teams, com interação entre os participantes e o instrutor, em tempo real.

Faça a sua inscrição.

SERVIÇO:
O quê: Curso Custos e Benefícios Pertinentes à Importação
Quando: 4 e 5/12, das 9h às 12h
Onde: online, via transmissão ao vivo do Microsoft Teams
Inscreva-se

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/fiesc-promove-curso-sobre-custos-e-beneficios-fiscais-na-importacao

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Entenda por que a França não pode bloquear acordo UE-Mercosul

Comissão Europeia tem mandato para negociar por todos os sócios; acordo passaria por Conselho e Parlamento do bloco, com peso limitado da França.

Apesar do barulho feito pela França, a oposição do presidente Emmanuel Macron e do setor privado francês teria pouco efeito na assinatura e na ratificação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, caso as negociações cheguem realmente a bom termo.
O governo brasileiro avalia que a França, mesmo se opondo, não terá como “melar” as negociações. Isso porque a Comissão Europeia, braço executivo da UE com sede em Bruxelas, tem um mandato dos países-membros para negociar com o Mercosul.

É claro que a posição dos sócios do bloco influenciam na visão de Bruxelas, mas há uma série de outras nações — como Alemanha, Espanha e Itália — francamente favoráveis ao acordo.

No passo a passo que se seguiria ao fechamento do acordo, o texto iria para uma revisão jurídica e teria que ser traduzido para todas as línguas oficiais do bloco.
Em seguida, o acordo é submetido ao Conselho da União Europeia, formado pelos governos dos países-membros. A decisão no Conselho não exige unanimidade, mas sim uma maioria qualificada: pelo menos 55% dos países, representando 65% da população total do bloco

Isso dilui o peso da França. Embora seja uma liderança importante na UE, ela não tem poder suficiente para bloquear sozinha a aprovação no Conselho Europeu. Após a aprovação no Conselho, o acordo segue para o Parlamento Europeu, onde precisa de uma maioria simples para ser ratificado. Questões políticas do tratado, como a parte de cooperação política e ambiental, são de competência dos Estados membros e requerem aprovação dos parlamentos nacionais.
A parte comercial do acordo não requer aprovação de cada país, mas apenas do Parlamento Europeu. Nada pode ser vetado, portanto, por um sócio individualmente.

FONTE: CNN Brasil

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Brasil registra maior saída de dólar pela via financeira até outubro desde 1982

O saldo líquido negativo dos primeiros dez meses do ano foi de US$ 56,21 bi

O Brasil registrou uma saída recorde de dólares pela via financeira entre janeiro e outubro. No total, o saldo líquido negativo foi de US$ 56,21 bilhões no período, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira. Esse foi o pior resultado registrado nos dez primeiros meses do ano desde o início da série histórica iniciada em 1982.

Antes disso, o pior desempenho do fluxo financeiro havia acontecido em 2020, quando houve um saldo negativo de US$ 55,36 bilhões. O fluxo financeiro considera as entradas e saídas de dólares no mesmo mercado de capitais, envolvendo movimentações como compra de títulos e remessas de lucros ao exterior. Na visão do chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, a diminuição na entrada de capital estrangeiro pelo mercado de câmbio doméstico é o principal fator a influenciar o saldo negativo líquido recorde neste ano.

— Nós tivemos, no caso dos capitais estrangeiros, que são aqueles capitais de investimento direto, ações, renda fixa, empréstimos e outros, uma redução maior. Eles somaram R$ 54,8 bilhões de janeiro e outubro do ano passado e agora foram R$ 31 bilhões nesse ano, ou seja, houve um ingresso líquido menor — disse.

Rocha ainda apontou que um montante considerável de recursos deve ser enviado ao exterior nos últimos meses do ano. Devido a isso, é provável que o fluxo financeiro de 2024 registre a maior saída de dólares da história. O recorde anterior era de 2019, quando houve uma fuga de US$ 65,8 bilhões.

O diretor de estatísticas do BC diz que as empresas subsidiárias usam os últimos meses do ano para enviar os lucros às matrizes do exterior.
—A gente viu isso em dezembro ao longo dos últimos vários anos. Então se deve esperar que aconteça isso também em dezembro deste ano, observou.

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Trump escolhe ex-procurador-geral Matthew Whitaker como próximo embaixador na Otan

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira a nomeação do ex-procurador-geral interino Matthew Whitaker como próximo embaixador americano na Otan. Whitaker, um advogado e lobista de 55 anos, atuou como procurador-geral interino dos Estados Unidos entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, durante o primeiro mandato de Trump, depois que Jeff Sessions renunciou ao cargo.

Matt fortalecerá as relações com os nossos aliados da Otan e permanecerá firme perante as ameaças à paz e à estabilidade”, disse o político republicano em um comunicado.

Além disso, declarou que o novo embaixador irá “colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, lema que Trump usa para promover uma política externa mais isolacionista.

Segundo o presidente eleito, Whitaker é “um guerreiro forte e um patriota leal, que garantirá o avanço e a defesa dos interesses dos Estados Unidos”.

Whitaker se formou na Universidade de Iowa, onde também jogou no time de futebol americano, destacou o próximo presidente.

Trump, que já governou o país entre 2017 e 2021, foi muito crítico à Otan durante seu primeiro mandato e atacou seus parceiros da Aliança Atlântica que não atribuíam dinheiro suficiente à defesa coletiva.

Durante a última campanha eleitoral, o republicano chegou a sugerir que encorajaria a Rússia a fazer o que quisesse com os países europeus que não aumentassem seus gastos com defesa e, além disso, questionou o envio de ajuda militar dos EUA à Ucrânia.

FONTE: Exame
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Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas

Texto teve consenso entre países, mas sofreu ressalvas do presidente argentino Javier Milei antes da publicação

A Declaração de Líderes do G20 foi aprovada em consenso entre os países e publicada na noite desta segunda-feira (18). A divulgação ocorreu no site do encontro dos países. A Cúpula do Rio, que reúne os presidentes das países que respondem pelas maiores economias mundiais, ocorre até esta terça-feira (19), no Rio de Janeiro. As informações são do portal g1.

A declaração aborda três temas considerados prioritários no encontro – acordos para combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas e reforma da governança global, com mais representatividade de países emergentes em órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Além disso, o texto também pede o fim das guerras da Ucrânia e na Faixa de Gaza e defende a taxação dos ultrarricos, nomeados no documento como “indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto”. A declaração também aponta preocupações com o avanço da inteligência artificial.

Os líderes do G20 haviam negociado um consenso até o domingo, véspera do início da Cúpula do Rio. No entanto, um dos últimos países a fecharem apoio ao texto foi a Argentina, do presidente Javier Milei. Na tarde desta segunda-feira (18), o governo argentino anunciou que não iria atrapalhar o consenso do encontro do Brasil, mas deixou claro que o presidente argentino discorda de diversos pontos da declaração. Entre eles o governo argentino citou os temas ligados ao desenvolvimento sustentável, a Agenda 2030 das Nações Unidas.

A taxação de grandes fortunas, o multilateralismo e temas de clima e meio ambiente também foram alvo de embates do governo argentino na reta final das negociações entre países. Na prática, o comunicado emitido pelo governo argentino pode simbolizar um menor comprometimento do país com esses temas específicos.

Um dos pontos do impasse, a ideia de compromisso com a taxação dos super-ricos também está presente no documento. A adesão ao documento final foi o segundo gesto de recuo da Argentina. O primeiro ocorreu também na segunda-feira, quando o país aceitou integrar a Aliança de Combate contra a Fome e a Pobreza. Inicialmente, o governo argentino havia decidido ficar de fora do acordo. A criação da Aliança foi a principal medida do encontro do G20 no eixo de combate à fome e à pobreza.

Os conflitos na Ucrânia e em Gaza são outros pontos que podem gerar impasses até o fim do encontro no Rio de Janeiro. A decisão de Milei de endossar o acordo, ainda que com visão divergente de alguns aspectos, evitou uma possível derrubada da declaração.

A declaração dos líderes do G20 também reafirmou o compromisso com a Agenda 2030, ressaltando que apenas 17% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no caminho certo.

FONTE: NSC Total
Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas – NSC Total

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Fornecedores e importadores dos EUA se preparam para as tarifas prometidas por Trump

Algumas empresas dos Estados Unidos estão ativando planos para proteger seus negócios da promessa do presidente eleito Donald Trump de impor novas e possivelmente pesadas tarifas sobre uma ampla gama de produtos provenientes de países como China e México, os principais parceiros comerciais dos EUA.

Trump propôs uma tarifa de 10% sobre todas as importações dos EUA e um imposto de 60% sobre os produtos fabricados na China, o que, se implementado, afetaria toda a economia ao elevar os preços ao consumidor e gerar tarifas retaliatórias sobre as exportações americanas. Trump também ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações do México.

Economistas alertam que os planos de tarifas de Trump, provavelmente sua política econômica mais significativa, poderiam elevar as taxas de impostos sobre importações dos EUA para os níveis da década de 1930, estimular a inflação, colapsar o comércio EUA-China, provocar represálias e reordenar drasticamente as cadeias de suprimentos.

A M.A.D. Furniture Design, baseada em Hong Kong, vai aumentar em 50% os embarques de suas cadeiras, mesas e luminárias de estilo moderno fabricadas na China para seu armazém em Minneapolis “para nos dar tempo para reagir após a eleição”, disse o cofundador Matt Cole.

Em Chicago, o cofundador da Joe & Bella, Jimmy Zollo, já quadruplicou os pedidos das camisas mais vendidas da varejista online, fabricadas na China, e dobrou os pedidos de suas calças mais populares para adultos com dificuldades de vestuário devido à artrite, demência ou uso de cadeira de rodas. “Dada a incerteza em torno das tarifas, queríamos que fosse entregue antes do Ano Novo Chinês”, em 29 de janeiro, disse Zollo sobre essa mercadoria.

Isso ocorre porque as fábricas chinesas fecham de duas a quatro semanas para permitir que os trabalhadores viajem para suas casas e celebrem o Ano Novo com suas famílias. Quando o trabalho é retomado, os pedidos de pequenas empresas como a de Zollo muitas vezes ficam para o final da fila, explicou ele.

Durante sua presidência de 2017 a 2021, Trump impôs ondas de tarifas sobre produtos como aço, máquinas de lavar, painéis solares e bens de consumo da China. Os importadores dos EUA reagiram apressando a chegada de mercadorias antes da implementação dessas tarifas.

Desta vez, a nova proposta de Trump afeta muito mais produtos e os portos marítimos dos EUA podem ficar sobrecarregados se as empresas americanas repetirem a estratégia de importação antecipada, conhecida como front-loading.

Essa medida protetiva exige recursos substanciais para cobrir o custo das mercadorias e o armazenamento prolongado, disseram os empresários à Reuters. Como resultado, alguns proprietários de pequenas empresas estão optando por não participar.

“Não estamos fazendo pedidos antecipados devido aos custos de armazenamento, envio expresso e outros custos associados”, disse Hilla Hascalovici, CEO da Periodally, com sede em Nova York, que vende adesivos de aquecimento fabricados na China para cólicas menstruais, que empregadores estocam em banheiros ao lado de absorventes e tampões.

Promessas de campanha podem divergir das políticas implementadas quando um presidente assume o cargo, afirmou Max Lemper-Tabatsky, cofundador da Oaktree Memorials, com sede em Denver, que vende urnas de cremação feitas na Ásia e na Europa.

“Em vez de comprometer um capital substancial com base em cenários hipotéticos de tarifas, estamos optando por uma abordagem de esperar para ver”, disse ele.

Alan Baer, presidente da OL USA, que lida com remessas de carga para clientes, espera que Trump leve adiante pelo menos parte de seu plano.

“As tarifas no setor de transporte são ruins, não importa como você olhe para isso”, disse Baer, acrescentando que a vitória de Trump provavelmente significa que sua empresa terá “menos coisas para mover e precisará de menos pessoas.”

Reportagem de Lisa Baertlein em Los Angeles e David Kirton em Shenzhen; Edição de Paul Simao

Fonte: Datamar News
Fornecedores e importadores dos EUA se preparam para as tarifas prometidas por Trump – DatamarNews

Clique aqui para ler o texto original: https://www.reuters.com/world/us/us-suppliers-importers-prepare-promised-trump-tariffs-2024-11-06/

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