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Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial

Os negociadores da União Europeia e do Mercosul se reunirão de 4 a 6 de setembro em Brasília, nas primeiras conversas presenciais desde abril, aumentando as esperanças de que um acordo comercial entre os dois blocos possa ser concluído este ano, segundo diplomatas.

 

Em negociação há duas décadas, o acordo foi adiado devido às preocupações europeias com as salvaguardas ambientais e às reclamações do bloco comercial sul-americano de que essas questões são motivadas pelo protecionismo.

“Estamos viajando para Brasília para uma rodada de negociações presenciais de 4 a 6 de setembro”, disse um diplomata europeu. “O cronograma de conclusão para o final do ano é realista”, disse ele.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou as datas da reunião. Os representantes do Ministério das Relações Exteriores da Argentina e do Uruguai não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. As autoridades do Paraguai não responderam.

As negociações sofreram um golpe em março, quando o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou o acordo de “péssimo” em uma visita ao Brasil, expressando a oposição dos agricultores franceses. As negociações foram suspensas até depois das eleições parlamentares da UE realizadas em junho.

Diplomatas disseram que as questões sobre a mesa continuam as mesmas, incluindo a proteção europeia a seus produtos alimentícios e a oposição brasileira a uma lei antidesmatamento da UE que entrará em vigor no próximo ano e que poderá afetar as exportações do país.

Agricultores franceses, alemães e belgas protestaram contra a concorrência de importações sul-americanas mais baratas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeram-se a concluir o acordo até o final do ano.

Nesse estágio, a UE é a principal força por trás do novo impulso para concluir o acordo, que abrirá mercados para as empresas europeias, disse o acadêmico de relações internacionais Ignacio Bartesaghi, da Universidade Católica do Uruguai.

“O Brasil quer dar um sentido de continuidade às negociações”, disse Bartesaghi, devido ao temor de que o presidente da Argentina, Javier Milei, se retire, embora seu governo tenha apoiado as negociações desde que assumiu o cargo.

Saiba mais:
Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial (msn.com)
(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília; Lucinda Elliott, em Montevidéu; Lucila Sigal, em Buenos Aires, e Daniela Desantis, em Assunção)

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Itajaí de volta à carga

Após mais de um ano sem movimentar contêineres, situação que abalou a economia da cidade, porto retoma operações, mas a competitividade do complexo depende de contrato de longo prazo e investimentos bilionários – Por Leo Laps.

 

Em dezembro do ano passado Itajaí assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. Com um PIB de R$ 47,8 bilhões, segundo dados de 2021 divulgados pelo IBGE, o município do litoral Norte ultrapassou Joinville (que somou R$ 45 bilhões), após oito anos na segunda colocação. A conquista foi celebrada pelo poder público e empresariado local. Mas há um elefante na sala, que pode custar à cidade a liderança recém-adquirida.

Desde o final do contrato de arrendamento de 22 anos com a APM Terminals, do grupo dinamarquês Maersk, em dezembro de 2022, o Porto de Itajaí, um dos maiores motores do desenvolvimento econômico da região, parou de movimentar contêineres devido a impasses políticos e administrativos que causaram atrasos no edital para uma nova concessão de longo prazo. Apenas 334 TEUs passaram pelo local no ano passado – quando a APM cumpriu uma extensão temporária de seis meses do contrato – e, em 2024, nenhum. Uma realidade muito diferente de três anos atrás, quando mais de meio milhão de contêineres foram movimentados pelo Porto de Itajaí.

Uma luz no fim do túnel, ainda que temporária, surgiu em maio, quando a JBS foi anunciada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, como nova operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí em um contrato tampão, com duração de dois anos. A multinacional produtora de alimentos já era, junto com a BRF e a Aurora, uma das maiores clientes do complexo portuário através da exportação de carne de frango e suína.

Sem movimentação de carga no Porto de Itajaí, as três gigantes do ramo passaram a amargar prejuízos mensais de R$ 2,3 milhões apenas com o trabalho de realocação de cargas para outros portos, revela o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Jorge Luiz de Lima. “As empresas tiveram de modificar suas operações, fazer viagens mais longas para Itapoá, Imbituba e até Rio Grande (no Rio Grande do Sul). E, por ser comércio exterior, elas acabaram absorvendo grande parte desse custo adicional”, comenta Lima.

A JBS deve incumbir a subsidiária Seara (que já opera na cidade o terminal portuário Braskarne) como controladora do Porto de Itajaí, depois de assumir 70% das cotas societárias da Mada Araújo Asset Management – empresa que ganhou, após algumas reviravoltas, o leilão de arrendamento transitório do Porto de Itajaí em dezembro de 2023. Novos trabalhadores estão sendo contratados e a movimentação de contêineres deverá ser retomada no segundo semestre.

Durante a vigência do contrato tampão, o Governo Federal promete lançar o edital definitivo para o arrendamento dos quatro berços do Porto de Itajaí à iniciativa privada, por até 35 anos, renovável por igual período, mantendo a autoridade portuária pública e municipal – um dos principais impasses criados durante o governo Bolsonaro, que pretendia privatizar o porto, questão encerrada com a eleição de Lula em 2022. Uma audiência pública virtual para definir o edital foi realizada em abril, e após sugestões o documento foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União.

Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, a definição da JBS como operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí é um alento que não deve desviar do foco principal. “Precisamos que as operações do porto voltem a ocorrer com o máximo de urgência. A JBS é um player muito importante, que pode voltar a consolidar o Porto de Itajaí com uma grande operação. Mas, como se trata de um contrato provisório, a preocupação é que não seja possível realizar investimentos para que navios de maior dimensão possam operar, o que é essencial para a competitividade do porto”, diz Martorano.

“Considerando que o edital de concessão está previsto para ser lançado no final de 2024, e o leilão no primeiro semestre de 2025, é preciso urgentemente procurar uma forma de realizar os investimentos. Isso precisa estar claro na concessão. Se não for feito, perderemos mercado”, afirma Martorano. Garantir a dragagem permanente da Foz do Rio Itajaí-Açu e realizar as obras de conclusão da segunda etapa de expansão da bacia de evolução do porto, para atender navios com até 366 metros de comprimento, estão entre alguns dos investimentos considerados essenciais, avaliados em R$ 2,8 bilhões.

Avulsos | Enquanto a JBS não reativa os dois berços do terminal de contêineres, o porto público de Itajaí, que também conta com dois berços, tem trabalhado com navios para transporte de veículos, celulose e cargas em geral, além de receber dezenas de cruzeiros – quase 100 mil passageiros desembarcaram na cidade para fazer turismo na última temporada de verão. Em junho, a SC Portos assumiu o arrendamento transitório para movimentação de carga geral na área pública. De acordo com a empresa, o objetivo é manter a regularidade das operações desse tipo de carga, que não inclui contêineres. O contrato tem validade de seis meses e pode ser renovado por igual período.

A dragagem permanente do canal de acesso, na Foz do Rio Itajaí-Açu, aparentemente teve solução depois que o Governo Federal liberou R$ 25 milhões para o pagamento de dívidas da autoridade portuária com a multinacional holandesa Van Oord, responsável pelo serviço – o dinheiro, até 2022, vinha de tarifas cobradas do terminal de contêineres administrado pela APM. Em abril, o Porto de Itajaí recebeu o reforço da draga Utrecht, que tem como objetivo recuperar a profundidade de 14 metros do canal e aumentar a vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

A movimentação atual tem dado resultado positivo para o Porto de Itajaí, mas os despachos de agora não acompanham os montantes gerados pelas cargas conteinerizadas. Estimativas da FIESC avaliam que cada TEU movimenta, em toda a cadeia logística, cerca de R$ 1,6 mil. “Só fazendo este cálculo já dá para saber o prejuízo da não movimentação, em torno de R$ 835 milhões ao ano. Somente em tributos federais, Itajaí já teve uma queda de arrecadação de 28% entre 2022 e 2023. Não temos os números de 2024, mas dá para imaginar que vai baixar muito, ainda mais. São implicações econômicas de impacto para um município que chegou a ser o maior arrecadador de impostos federais no Estado”, elenca Martorano.

Diante de tal cenário, Itajaí segue demonstrando força através da diversificação de sua economia. No primeiro trimestre, a cidade só ficou atrás de Joinville na criação de novos postos de trabalho, com 3,6 mil vagas abertas. Com um mercado imobiliário e construção civil em franca valorização e um dinâmico setor de serviços, a cidade também tem sofrido um pouco menos graças a um vizinho, a Portonave, porto privado localizado no outro lado do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes. “Isso é consenso na comunidade portuária: a retroárea que atende o Porto de Itajaí também atende Navegantes, absorvendo a movimentação intensa deles. Isso aliviou o impacto para o setor de logística e comércio exterior de Itajaí”, comenta Martorano.

De fato, a Portonave conta com uma das operações mais eficientes do País: somente entre janeiro e abril deste ano a empresa movimentou 398,6 mil TEUs, mesmo enquanto trabalha com uma obra de R$ 1 bilhão para melhorar seu cais. No ano passado, chegou à marca de 1,23 milhão de TEUs, a segunda maior movimentação do Brasil – só perde para Santos – o que representa 15% de participação no mercado nacional.

Despachos | Realocar contêine­res para outros portos, como os de Navegantes, Itapoá e Imbituba, tem tornado mais complexo o trabalho de agentes marítimos como a Heusi, empresa especializada em despachos e agenciamentos para o comércio exterior. Com matriz em Itajaí e uma filial em São Francisco do Sul (além de unidades no Rio de Janeiro e na cidade gaúcha de Uruguaiana), a empresa também perdeu cerca de 18% do volume de despachos aduaneiros com a paralisação do terminal de contêineres no Porto de Itajaí.

“Como temos uma unidade em São Francisco, conseguimos ope­rar em Itapoá, mas perdemos carga, por exemplo, para o Porto de Paranaguá, no Paraná”, revela Marcelo de Almeida Heusi, proprietário da empresa. Outra consequência apontada por ele é o aumento de custos na operação: “Os portos acabam colocando valores maiores para receber os contêineres, pois há um gargalo. Santa Catarina sempre foi conhecida por seus benefícios fiscais agressivos, mas agora estamos com preços iguais aos de São Paulo. Estamos perdendo competitividade”, afirma.

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Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras

Na manhã desta segunda-feira (5/8), a Petrobras revelou uma importante descoberta de gás ao perfurar um novo poço no Bloco Tayrona, a cerca de 31 quilômetros do litoral da Colômbia. Esta descoberta representa um marco significativo na colaboração entre Petrobras e Ecopetrol.

A estatal, atuando como operadora na região, informou que o poço descoberto, denominado Uchuva 2, está localizado em águas profundas a uma profundidade de 804 metros. Este novo poço se encontra a aproximadamente 76 km da cidade de Santa Marta, um destaque geográfico importante.

Parceria Petrobras e Ecopetrol
A parceria entre Petrobras e Ecopetrol tem sido crucial para as operações de exploração na área. A Ecopetrol possui 55,56% da área, fortalecendo ainda mais a cooperação entre as duas gigantes do setor energético. A colaboração estratégica visa aumentar a capacidade de descobertas e produção na região.

Como se Deu a Descoberta de Gás?

A descoberta de gás no Bloco Tayrona não foi um evento isolado. Os primeiros sinais de gás surgiram com a perfuração do poço Uchuva-1 em julho de 2022. A essência da descoberta atual reside na continuação das fases de perfuração que a Petrobras e Ecopetrol vêm executando minuciosamente.

O novo poço, identificado como Uchuva 2, está passando por um processo de perfuração que conta com cinco fases distintas. A constatação de gás foi efetivada na fase 4, indicando um sucesso significativo na estratégia de exploração em águas profundas. Este processo detalhado e bem planejado foi essencial para validar os nossos esforços e confirmar a presença de reservas de gás na área.

A descoberta de gás na Colômbia representa um marco importantíssimo para a Petrobras. Este avanço ressalta a eficácia das operações de exploração em águas profundas e a potente colaboração estratégica com a Ecopetrol. Além disso, a descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento econômico da região e para o fortalecimento do portfólio de energia da Petrobras.

  • Potencial de Aumentar a Oferta de Gás Natural
  • Incremento na Parceria Estratégica com Ecopetrol
  • Desenvolvimento Econômico da Região

O Futuro da Exploração de Gás na Colômbia

Com esta nova descoberta, o futuro da exploração de gás na Colômbia se mostra promissor. A Petrobras, junto com a Ecopetrol, planeja continuar as operações de perfuração e análise para maximizar as novas reservas encontradas. O objetivo é potencializar a produção de gás e enriquecer ainda mais o mercado energético da região.

  1. Continuação das Fases de Perfuração
  2. Análise Detalhada das Reservas Encontradas
  3. Implementação de Estratégias para Maximizar a ProduçãoOs próximos passos envolvem uma contínua colaboração entre as empresas parceiras e um planejamento meticuloso para garantir que os recursos possam ser explorados de maneira eficiente e sustentável.Saiba mais em:
    Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras – Terra Brasil Notícias (terrabrasilnoticias.com)

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Política industrial é emprego, renda e desenvolvimento, diz Alckmin

Em seminário sobre políticas industriais no Brasil e no mundo, o presidente em exercício destacou o potencial da Nova Indústria Brasil para o desenvolvimento nacional

O desenvolvimento de políticas industriais ganha força mundo afora. Há mais e 2.500 delas em vigor no mundo, segundo mapeamento do Fundo Monetário Internacional. Dessas, 71% estão em economias desenvolvidas, afirma levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As tendências dessas políticas foram debatidas, nesta terça-feira (6), durante o seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, em Brasília.

Na abertura, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu a importância da Nova Indústria Brasil (NIB) para o desenvolvimento nacional e ressaltou as mudanças no cenário global depois das crises recentes, como a pandemia de Covid-19.

“Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico. O mundo mudou. Pós-crises de 2008 e da Covid, o que a gente observa no mundo inteiro é um enorme protecionismo, e as nações mais ricas são as que mais distorcem o comércio internacional. Então, nós temos que, de um lado, fazer defesa comercial quando está na cara que está havendo um problema e, de outro lado, trabalhar permanentemente para reduzirmos custos e termos melhor competitividade”, disse.

A uma plateia formada por representantes do governo, da academia e do setor produtivo, o ministro apresentou instrumentos da política industrial que abrem espaço para um novo caminho do desenvolvimento, com estímulo à inovação, exportação, competitividade e sustentabilidade.

Para financiamento da NIB, por exemplo, o ministro ressaltou os recursos do Plano Mais Produção, que disponibiliza R$ 300 bilhões, até 2026, para financiar iniciativas alinhadas às seis missões industriais, incluindo crédito para inovação. Só o BNDES já aprovou R$ 115,3 bilhões de crédito para financiar a indústria. Além disso, a sanção da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que será gerida pelo BNDES, abre nova oportunidade de crédito, com recursos de mercado.

A realização do “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” é uma parceria do MDIC, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Reforma Tributária

Alckmin também reforçou que a Reforma Tributária vai gerar benefícios para a sociedade ao simplificar os impostos e trazer eficiência econômica. “Ela tira cumulatividade. Ela desonera totalmente investimento e exportação. Quanto menos exceção melhor”, pontuou o ministro sobre a reforma, que está na fase de regulamentação. “Estudos do IPEA mostram que em 15 anos, a reforma tributária pode fazer o PIB crescer 12%, o investimento crescer 14% e as exportações crescerem 17%”, concluiu.

O ministro da Fazenda substituto, Dario Durigan, destacou o compromisso do governo com um projeto de desenvolvimento de país lastreado na responsabilidade política e econômica, com diálogo aberto para avançar. “Nós estamos zerando o déficit do país. Isso permite que os juros caiam, permita que as empresas tenham estabilidade. E isso permite que a gente avance na política industrial, avance na transformação ecológica, nos seus vários eixos”, destacou.

De acordo com Durigan, o Plano de Transformação Ecológica, alinhado à NIB, busca olhar o Brasil além de um mero exportador de commodities. “A gente quer adensar a cadeia produtiva”, disse. “Tudo o que puder ser feito, que estiver ao nosso alcance, será feito, e a indústria está em primeiro lugar. Fizemos o projeto do hidrogênio verde, o Mover, a lei da depreciação acelerada. A gente tem certeza que apostar na indústria é o correto para ser feito para o país”, completou.

O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, afirmou que a nova política industrial trará crescimento econômico e bem-estar para a população brasileira. Ele alertou que o sucesso da NIB depende da união de forças entre o governo, a indústria e academia, e da priorização de políticas verdes.

“Não é exagero dizer que o país está diante de uma oportunidade histórica de transformar a indústria e a economia nacional”, enfatizou.

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa Filho, para ter uma economia forte é preciso ter uma indústria forte, que inova e se renova. “A indústria, em todos os lugares do mundo, é um setor que gera mais ganhos de produtividade, não só para si, mas para os outros setores”, afirmou.

Transição Energética

O secretário de desenvolvimento industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do MDIC, Uallace Moreira, destacou que a NIB se articula com o Novo PAC e o Plano de Transição Ecológica para fomentar o desenvolvimento nacional, aproveitando as vantagens competitivas do Brasil, sobretudo na área da transição energética.

Durante o painel “Experiências de política industrial verde “, Moreira apontou essa área como uma das grandes janelas de oportunidade de desenvolvimento para o Brasil. Para isso, é preciso fortalecer todo o ecossistema em torno da transição energética, avançando no adensamento da cadeia produtiva para torná-las mais complexas tecnologicamente, com o envolvimento de institutos de pesquisas, de inovação, universidades, empresas nacionais e estrangeiras, bem como articulação entre o setor público e privado.

“Esse processo é o que nós estamos fazendo na NIB, dialogando com todos os ministérios e com o BNDES, que compõe o CNDI, e com o próprio setor privado. Então, esse processo tem sido feito”, disse. “Se nós não desenvolvermos essas estruturas produtivas e ficarmos dependendo de máquinas e equipamentos para toda a cadeia produtiva, vai ser um processo de neoindustrialização dependente. Bonitinha na foto, em que você reduziu o nível de emissão de CO2, mas destruindo com cadeia produtiva e deixando a janela de oportunidade passar”, avaliou.

No seminário, duas pesquisadoras convidadas apresentaram o cenário internacional. Para apresentar a perspectiva global, Carlota Perez, professora do Instituto para Inovação e Propósito Público da Universidade College London, Carlota Perez, especializada em tecnologia e desenvolvimento socioeconômico, falou sobre as tendências internacionais em política industrial.  Já Réka Juhász, professora da Escola de Economia de Vancouver, da Universidade British Columbia, no Canadá, encerrou o seminário com uma palestra sobre as tendências internacionais em políticas industriais.

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Receita Federal lança a Academia OEA

A Academia OEA consiste em uma série de treinamentos externos, promovidos por servidores da Receita Federal e de outros órgãos e entidades da Administração Pública.

 

Coordenação-Geral de Administração Aduaneira – COANA, por meio do Programa Brasileiro de OEA está com uma nova iniciativa: a Academia OEA.

A Academia OEA consiste em uma série de treinamentos externos, promovidos por servidores da Receita Federal e de outros órgãos e entidades da Administração Pública, com o intuito de disseminar conhecimentos técnicos e, consequemente, induzir a conformidade voluntária dos intervenientes certificados como OEA.

Os treinamentos programados constituem uma excelente oportunidade de capacitação, atualização dos conhecimentos e de interação da Receita Federal com o setor privado. Estão programados encontros quinzenais, sempre das 14 às 16h, nos quais serão discutidos temas relevantes para o Programa Brasileiro de OEA. Os treinamentos serão online, pela plataforma TEAMS, gratuitos, com acesso liberado a todos que quiserem participar, por meio de link ou QrCode. Não serão fornecidos certificados aos participantes.

Participarão como palestrantes dos treinamentos servidores especialistas no assunto, que irão abordar o que mais há de recente sobre o tema juntamente com membros das EqOEA, que transmitirão orientações específicas de como manter a conformidade, fazendo uma correlação com os requisitos do Programa OEA.

Treinamentos Programados

No dia 7 de agosto, ocorrerá o treinamento sobre API Recintos. Os auditores-fiscais Ilmor Juenge da Divisão de Gestão de Intervenientes – DIGIN e Diego Barbosa da Divisão de Exportação – DIEXP, ambos da COANA, abordarão as particularidades da API Recintos aos Depositários e Operadores Portuários. O auditor-fiscal Rinald Boassi, chefe da EqOEA de Curitiba, correlacionará o tema com os requisitos do Programa OEA.

O próximo será dia 27 de agosto, sobre o tema Operações Indiretas – operações por conta e ordem e operações por encomenda. O treinamento será ministrado pelo auditor-fiscal e membro do CARF, Arnaldo Dornelles. Já a abordagem do tema sob o prisma do Programa OEA será feita pelo auditor-fiscal Hermiro da Silva Oliveira, membro da EqOEA de São Paulo.

No dia 04 de setembro, o treinamento será sobre Valoração Aduaneira. A auditora-fiscal Kelly Morgero, gerente de relações institucionais do Programa OEA e vice-presidente do Comitê Técnico de Valoração Aduaneira da Organização Mundial das Aduanas, discursará sobre os principais aspectos do método do valor de transação. O auditor-fiscal Danilo Pizol Invernizzi, membro da EqOEA de São Paulo apontará os principais descumprimentos cometidos pelos operadores em relação aos requisitos do Programa OEA que tratam sobre Valoração Aduaneira.

O último treinamento programado é o do dia 18 de setembro e diz respeito à Malha Aduaneira. A auditora-fiscal Luciana Kiomi Murakami Salero, responsável pela gestão do programa Malha Aduaneira da DECEX SP, explicará o funcionamento e os principais pontos de atenção do programa. Já o auditor-fiscal Estevão de Oliveira Júnior, chefe da EqOEA de Recife apontará o comportamento esperado dos OEA em relação à Malha Aduaneira.

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Logistique 2024

A LOGISTIQUE 2024 foi um sucesso, superando todas as expectativas e marcou um novo momento para o setor no país!

Isso só foi possível com o apoio e a confiança dos patrocinadores dessa edição, que acreditaram na nossa proposta e nos ajudaram a realizar esse grande projeto.

Também queremos agradecer às mais de 130 marcas expositoras que fizeram parte desse novo momento do evento e representaram toda a cadeia de logística, Transporte multimodal, Intralogística, Comércio Internacional e Supply Chain. E, é claro, não podemos deixar de agradecer aos mais de 65 palestrantes e painelistas do LOGISTIQUE Summit, que compartilharam seu conhecimento e experiência com os 900 participantes, oportunizando debates enriquecedores sobre os grandes temas desse segmento.

Durante os 3 dias, na bela cidade de Balneário Camboriú, mais de 14 mil visitantes circularam no evento, que gerou inúmeras oportunidades de negócios, networking e atualização profissional. A participação de todos vocês, seja como visitantes, expositores, patrocinadores, apoiadores ou parceiros, foi essencial para o sucesso da LOGISTIQUE 2024 e para a consolidação da feira como uma das maiores e mais importantes do Brasil no segmento.

Já estamos nos preparando para a próxima edição, que promete ser ainda maior e melhor. Contamos com a presença de todos vocês para, juntos, fazermos da LOGISTIQUE 2025 um evento inesquecível.

Mais uma vez, nosso muito obrigado e até a LOGISTIQUE 2025!

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MDIC e ApexBrasil promovem missão inédita de empreendedoras ao Chile

A missão Jornada Exportadora oferecerá às empreendedoras uma imersão no mercado chileno, com seminários, visitas técnicas e rodadas de negócios. Objetivo é conectar as empreendedoras a potenciais compradores e parceiros locais.

Um grupo de 16 empreendedoras brasileiras que lideram negócios com foco em cosméticos e moda, embarca em uma missão inédita e exclusivamente feminina ao Chile, entre os dias 5 e 7 de agosto, para participar de uma série de atividades, que incluem rodadas de negócios. A Jornada Exportadora: Edição Chile, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pela ApexBrasil, visa fortalecer o empreendedorismo feminino e impulsionar as exportações brasileiras.

A iniciativa beneficiará participantes da segunda edição do programa Elas Exportam, concluído em junho passado, e outras empreendedoras que se candidataram. O programa, também coordenado pelo MDIC e pela ApexBrasil, oferece ferramentas e apoio para que mulheres empreendedoras ampliem seus negócios, conectando lideranças femininas experientes, que atuam como mentoras, a mulheres que estão iniciando sua jornada no comércio exterior, as mentoradas.

“O MDIC vem trabalhando para que mais mulheres se beneficiem do comércio exterior. Com o Elas Exportam, buscamos capacitar as empreendedoras brasileiras para que possam enfrentar com mais segurança os desafios do mercado internacional. Esta missão ao Chile oferece uma oportunidade para aprofundar o conhecimento das empresárias e facilitar sua entrada no mercado global”, afirmou Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC

A missão Jornada Exportadora da próxima semana oferecerá às empreendedoras uma imersão no mercado chileno, com seminários, visitas técnicas e rodadas de negócios.  O objetivo é conectar as empreendedoras a potenciais compradores e parceiros locais, além de promover o intercâmbio de experiências e conhecimentos. A ação também é parte do Programa Mulheres e Negócios Internacionais da ApexBrasil e contará com o apoio do MujerExporta, da ProChile.

“A Jornada Exportadora é um programa da ApexBrasil que promove a inserção de empresas brasileiras no mercado internacional. Oferecemos uma verdadeira imersão no mercado selecionado, com aulas de idiomas voltadas para negociação internacional, oficinas de competitividade e rodadas de negócios. E nossa missão para o Chile é ainda mais especial, porque será exclusiva para empresas lideradas por mulheres, reforçando o Elas Exportam e, portanto, promovendo o empreendedorismo feminino e o aumento da participação de mulheres nos negócios internacionais”, comentou a diretora de Negócios Internacionais da ApexBrasil, Ana Paula Repezza.

Destaque para o setor de beleza e moda

As 16 empreendedoras que integram a missão representam  7 empresas dos setores de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e 4 empresas do setor de moda — segmentos que foram foco da 2ª edição do programa Elas Exportam.

As marcas que levarão seus produtos para o mercado chileno são:  cosméticos: QURI Natural Beauty, Naju Cosméticos, Gramtok, Brazil Channel, Luniz Cosméticos, Chaves Brasil Cosméticos, The Class; moda:  Amari Lingerie, Rosa Maria Liotto e cia, Caroline Moraes e Jungle Societyu

Preparação e oportunidades

Antes da viagem, as empreendedoras participaram de um intensivo curso de espanhol e oficinas de preparação para a missão, garantindo que estejam equipadas para aproveitar ao máximo as oportunidades de negócios no Chile.

O Chile, por sua vez, oferece um ambiente favorável para as empresas brasileiras, com um acordo de livre comércio que inclui um capítulo específico sobre gênero. O seminário “Brasil-Chile: mulheres conectando fronteiras” será um dos destaques da missão, reunindo empreendedoras e agentes governamentais dos dois países para compartilhar experiências e fortalecer a cooperação.

O grupo também poderá acompanhar o Fórum Empresarial Chile-Brasil, promovido pela ApexBrasil na capital chilena um dia antes do seminário.  O Fórum integra missão presidencial ao Chile, e terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também do secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa.

As inscrições para a terceira edição do Elas Exportam estão em curso. O formulário pode ser acessado AQUI.

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Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL

O Mercado Livre, que atua em 18 países e detém o Mercado Pago, reportou receita de US$ 5,1 bilhões, alta de 42% ano a ano e também acima das projeções de analistas, com destaque para a operação brasileira

As ações do Mercado Livre (BDR: MELI34) dispararam nesta sexta-feira, após a gigante do comércio eletrônico divulgar que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre em relação a mesmo período do ano passado, para US$ 531 milhões, superando as estimativas de analistas.

Por volta de 14h55 (horário de Brasília), os papéis, que são negociados em Nova York, saltavam 9,5%, a US$ 1.758,97, tendo chegado a US$ 1.786,97 na máxima até o momento, em um dia de fortes quedas nos pregões norte-americanos. O índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, perdia cerca de 3%.

Com a alta desta sessão, a empresa, que começou suas atividades na Argentina há 25 anos, atingiu um marco ao ultrapassar a Petrobras (PETR4) e se tornar a maior empresa da América Latina em valor de mercado, de acordo com a consultoria Elos Ayta.

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O valor de mercado do Mercado Libre chegou a US$ 89,8 bilhões (ou R$ 512 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 5,70 da tarde desta sexta-feira), representando um crescimento de US$ 10,3 bilhões (R$ 58,7 bilhões) ou 13,0% em menos de um ano.

O crescimento do Mercado Livre foi impulsionado, em parte, pela valorização do dólar no Brasil em 2024.

“Com a fintech a todo vapor, a Argentina se estabilizando, comparações mais fáceis no quarto trimestre de 2024, tudo em meio a potenciais cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, acreditamos que o (papel do) Mercado Libre pode se tornar um alvo principal para a rotação de investidores.”

(com Reuters)

Fonte: InfoMoney
infomoney.com.br

Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL (infomoney.com.br)

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Análise: cenários externo e interno complicam o combate à inflação

Para Pablo Bittencourt, economista-chefe da FIESC, comunicados dos bancos centrais do Brasil e dos EUA reforçam a necessidade de combater a crise de confiança na política fiscal

Florianópolis, 01.08.2024 – Com os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos mantendo as taxas de juros inalteradas, chamou a atenção nesta “super quarta” o tom cauteloso adotado nos dois comunicados. O economista-chefe da Federação das Indústrias de SC, Pablo Bittencourt, destaca que o Comitê de Política Monetária deu peso maior a outras variáveis que podem impulsionar a inflação.

Entre elas estão a persistente crise de confiança na política fiscal do governo, que tem levado a sucessivas desvalorizações do real, e o mercado de trabalho muito forte, que tende a pressionar a inflação pelo lado da demanda.

Nos EUA, Bittencourt destaca que o BC reconhece que o processo de desinflação está se desenhando, com mercado de trabalho, demanda e inflação convergindo. Porém, o comunicado não gera grandes expectativas quanto ao corte na taxa em setembro. “Tudo ainda vai depender dos próximos dados de inflação”, afirma.

O economista cita ainda a decisão do banco central japonês, que também nesta quarta subiu o juro para 0,25%, o primeiro número positivo em décadas. Além de revelar ter feito uma intervenção no mercado de câmbio, quando obteve uma valorização do iene perante o dólar.

Todo esse cenário, conclui Bittencourt, torna mais difícil para os países emergentes baixarem os juros. No caso do Brasil, isso reforça ainda mais a necessidade de combater a crise de confiança na política fiscal.

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Análise: cenários externo e interno complicam o combate à inflação | FIESC

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Ações da WEG (WEGE3) disparam após resultados do 2º trimestre e anúncio de proventos

Segundo a companhia, o bom resultado trimestral foi fruto da continuidade da boa dinâmica dos negócios

A WEG registrou lucro de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre, alta de 5,4% na comparação anual. Os números do balanço e anúncio de proventos gordos animaram os investidores. Ao final das negociações, os papéis da empresa saltaram 10,47%, cotados a R$ 50,66.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia foi de R$ 2,12 bilhões no período, uma alta de 15,7% no ano. A margem Ebitda ficou em 22,9%, alta de 0,5 ponto percentual.

Segundo a companhia, o bom resultado trimestral foi fruto da continuidade da boa dinâmica dos negócios de ciclo longo e estabilidade da atividade industrial nos principais países em que atuam.

Analistas do Citi concordaram que os números da WEG no 2º trimestre são positivos, “com sustentação de margens”. De acordo com o banco, o balanço superou estimativa de margens e impulsionando o crescimento do lucro além do esperado.

Os analistas Andre Mazini e Felipe Lenza escrevem que o lucro de R$ 1,44 bilhão ficou 6% acima do esperado, enquanto o Ebitda de R$ 2,12 bilhões superou projeções em 16% e as receitas de R$ 9,27 bilhões ficaram dentro do esperado.

Eles notam que o resultado foi sustentado pela integração positiva da Regal, além da boa performance dos produtos de ciclo longo em energia. As margens mais baixas, temidas pelo mercado, acabaram não se concretizando.

O banco destaca que a WEG está bem posicionada para se aproveitar da demanda em produtos ligados a data centers e energia em mercados internacionais da América do Norte mesmo com o aumento da competição.

O Citi tem recomendação de compra para WEG, com preço-alvo em R$ 54, potencial de alta de 17,7% sobre o fechamento de ontem.

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