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Portos brasileiros registram maior movimentação da história com 1,32 bilhão de toneladas em 2024

Portos públicos tiveram alta de 5,13% e movimentam 474,38 milhões de toneladas

A movimentação portuária no Brasil atingiu um novo recorde em 2024, alcançando 1,32 bilhão de toneladas, um crescimento de 1,18% em relação ao ano anterior. O destaque ficou para os portos públicos, que registraram a melhor marca desde o início do levantamento, com um aumento de 5,13% e um total de 474,4 milhões de toneladas movimentadas. Entre os terminais de maior desempenho, destacam-se os portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR), que apresentaram altas de 2,05%, 8,78% e 1,65%, respectivamente.

O setor portuário brasileiro alcançou um resultado histórico em 2024, refletindo uma evolução impulsionada por investimentos estratégicos voltados à modernização, eficiência e sustentabilidade dos portos. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os números comprovam o compromisso do Governo Federal em fortalecer a competitividade do setor. “Somente em 2024, mais de R$ 1 bilhão foi investido na modernização e expansão da infraestrutura portuária, e neste ano a expectativa é de que sejam investidos R$ 1,7 bilhão”, afirmou o ministro, destacando que esses aportes são essenciais para impulsionar o comércio e o desenvolvimento econômico do país.

Além dos investimentos em infraestrutura, Costa Filho ressaltou o esforço do Governo Federal na desburocratização dos processos, citando a implementação do programa Navegue Simples, que garante maior eficiência e transparência na tramitação de documentos. “Estamos trabalhando ao lado do TCU para cada vez mais simplificar, desburocratizar e criar segurança jurídica para quem quer empreender no Brasil”, declarou. O ministro também enfatizou o papel estratégico da iniciativa privada no crescimento econômico, mencionando que, apenas em 2024, foram realizados oito leilões, atraindo mais de R$ 3,74 bilhões em investimentos.

O ministro também falou sobre o leilão do ITG 02, em Itaguaí (RJ), que será, nas palavras do ministro, o maior leilão da história do setor portuário brasileiro. Falou também sobre o anúncio, no próximo dia 27, da concessão do Túnel Santos-Guarujá, uma obra que há quase 100 anos foi imaginada e vai sair do papel no governo do presidente Lula. Os investimentos serão de R$ 6 bilhões, divididos entre os Governos Federal e Estadual. “O Brasil precisa de convergência, unidade, trabalho conjunto e ações integradas entre o governo federal e os governos estaduais. Isso é fundamental para o desenvolvimento do país.”

O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, enfatizou em sua fala o empenho do Governo Federal em pautas relacionadas à sustentabilidade, prioritária no Governo Federal. “A pauta ambiental é sempre muito rica. Tive a oportunidade neste período de ver concluído o estudo sobre os impactos climáticos nos portos brasileiros, foi uma grande referência e dentro da agenda ambiental. E pude propor três trabalhos importantes dos nossos portos para a transição energética”, disse, destacando os principais projetos da Antaq, visto que encerrou no dia hoje seu mandato à diretoria da agência.

Destaques portos públicos
Destaques portos públicos

 

Destaques
A carga conteinerizada foi destaque com crescimento de 20%, com 153,33 milhões de toneladas movimentadas nos portos do país. Das cargas movimentadas em contêineres, o maior fluxo veio dos segmentos de plásticos, produtos químicos orgânicos e ferro e aço, segundo os dados da Antaq.

O porto de Salvador (BA) teve destaque com crescimento de 41,18% e o total de 6,60 milhões de toneladas. A alta foi impulsionada pelos fertilizantes, que somaram 788,5 mil toneladas, expansão de 210,22% e por contêineres, que avançaram 36,81%, alcançando 5,2 milhões de toneladas. Os dados reforçam o crescimento dos portos públicos brasileiros e o protagonismo do país no escoamento dos produtos do agronegócio.

Entre os destaques percentuais das mercadorias movimentadas estão o trigo, com crescimento de 39,51% (9,03 milhões de toneladas de cargas), o gás de petróleo com alta de 35,31% (5,29 milhões de toneladas de cargas) e os combustíveis, óleos e produtos minerais com aumento de 23,63% (4,06 milhões de toneladas de cargas).

Como 95% das exportações brasileiras passam pelos portos, o volume superior de movimentação nos últimos seis anos se reflete nos ganhos da balança comercial que atingiu o segundo maior resultado da série histórica em 2024 com superávit de US$ 74,5 bilhões.

Terminais Privados
Os terminais autorizados, que apresentaram resultado constante frente a 2023, atingiu movimentação de 845,98 milhões de toneladas de cargas. Na categoria, a maior movimentação ficou para o Terminal Marítimo De Ponta Da Madeira (MA) com 175,98 milhões de toneladas e crescimento de 5,68%.

Já o Porto de Itapoá Terminais Portuários (SC) teve destaque percentual entre os 20 TUPs que mais movimentaram no ano, com o crescimento de 16,03% e 13,61 milhão de toneladas de cargas.

Impactos da seca
As secas que assolaram parte do país em 2024 tiveram impacto na navegação interior, que apresentou uma queda de 4,7%, chegando a transportar 115,34 milhões de toneladas de cargas, e impactos nas operações nas hidrovias do Paraguai e do Amazonas.

No Rio Paraguai, a hidrovia movimentou 3,3 milhões de toneladas, 58,24% a menos do que no ano passado.

FONTE: ANTAQ.gov
Portos brasileiros registram maior movimentação da história com 1,32 bilhão de toneladas em 2024 — Portos e Aeroportos

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Recorde nos portos: setor aquaviário movimenta mais de 1,32 bi de toneladas em 2024

Desde 2019, o setor apresenta um crescimento estruturado com as maiores movimentações da história

Entre janeiro e dezembro de 2024, o setor aquaviário brasileiro apresentou a maior movimentação registrada na série histórica, chegando a 1,32 bilhão de toneladas de cargas. Isso representa um crescimento de 1,18% em relação ao ano de 2023.

O ano passado foi histórico também para os portos públicos e para a movimentação de contêineres. Os dados são do Desempenho Aquaviário 2024 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) divulgado, nesta terça-feira (18), na sede da autarquia. 

Entre os destaques percentuais das mercadorias movimentadas estão o Trigo com crescimento de 39,51% (9,03 milhões de toneladas de cargas), o Gás de Petróleo com alta de 35,31% (5,29 milhões de toneladas de cargas) e os Combustíveis, Óleos E Produtos Minerais com aumento de 23,63% (4,06 milhões de toneladas de cargas).

Durante o mês de dezembro de 2024, foram movimentados 103,53 milhões de toneladas de cargas. 

Crescimento estruturado

O resultado histórico deste ano demonstra um crescimento estruturado no setor portuário com recordes consecutivos desde 2019 na movimentação total. Além disso, as previsões mostram novas movimentações crescentes nos próximos anos.

Como 95% das exportações brasileiras passam pelos portos, o volume superior de movimentação nos últimos seis anos se reflete nos ganhos da balança comercial que atingiu o segundo maior resultado da série histórica em 2024 com superávit de US$ 74,5 bilhões.

Recorde nos portos

Os portos públicos, que tiveram a melhor movimentação desde o início do levantamento, cresceram 5,13% e chegaram a 474,38 milhões de toneladas de cargas. Os melhores desempenhos, do ano passado, foram os portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR) com alta de 2,05%, 8,78% e 1,65%, respectivamente.

Por sua vez, o destaque percentual, entre os 20 portos públicos com maiores movimentações, foi o Porto de Salvador (BA) com 6,6 milhões de toneladas de cargas e crescimento de 41,18%.

Consolidação de contêineres

Em relação às cargas conteinerizadas, a movimentação foi recorde e atingiu 153,3 milhões de toneladas durante o ano de 2024, um aumento de 20% em comparação com o mesmo período do ano passado. 

Desse total, 105,01 milhões de toneladas foram movimentadas em longo curso, 46,76 milhões por cabotagem e 1,99 milhões por navegação interior e apoio portuário. Nestes primeiros seis meses do ano, observa-se um crescimento de 30,22% na cabotagem de contêiner, comparado a 2023.

Cargas e Navegação

Em relação às cargas gerais, a movimentação atingiu 65,43 milhões de toneladas, um crescimento de 6,66%. Os granéis sólidos movimentaram 788,5 milhões de toneladas de cargas (-0,25%) e os granéis líquidos chegaram a 313,1 milhões de toneladas de cargas (-3,78%).

Por sua vez, a movimentação de cargas de longo curso foi de 948,17 milhões de toneladas no ano, a cabotagem atingiu uma movimentação de 293,56 milhões de toneladas e a navegação interior chegou a 75,93 milhões de toneladas.

Terminais Privados

Os terminais autorizados, que apresentaram resultado constante frente a 2023, atingiram movimentação de 845,98 milhões de toneladas de cargas. Na categoria, a maior movimentação ficou para o Terminal Marítimo De Ponta Da Madeira (MA) com 175,98 milhões de toneladas e crescimento de 5,68%.

Já o destaque percentual, entre os 20 TUPs que mais movimentaram no ano, fica para o Porto Itapoá Terminais Portuários (SC), que registrou crescimento de 16,03%, com 13,61 milhão de toneladas de cargas.

Seca no Rio Amazonas

No segundo semestre de 2024, houve uma seca histórica no Rio Amazonas, o que prejudicou a navegabilidade na região. No entanto, com o intuito de diminuir os impactos, a ANTAQ proativamente permitiu a utilização do Píer Flutuante em Itacoatiara (AM) para o transbordo de contêineres com destino e/ou origem nos terminais autorizados localizados na região do Rio Amazonas. Dessa forma, foi possível manter o fluxo de cargas da região e de outros estados brasileiros.

Com a seca histórica, a navegação interior apresentou uma queda de 4,7%, chegando a transportar 115,34 milhões de toneladas de cargas, principalmente em razão dos Rios Amazonas e Madeira.

Tendo em vista o cenário de seca dos últimos anos no Brasil e no mundo, a Agência encontrou solução nas concessões de hidrovias para garantir que, principalmente, a região Norte não fique isolada com a movimentação de passageiros, que será gratuita, e de cargas em quase todos os dias do ano.

No momento, o foco das licitações são o Rio Paraguai, que está mais avançado e será o primeiro projeto a ir para leilão; o Rio Madeira, que está tendo os estudos reanalisados para contemplar mais situações extremas de seca.

Os Rios Tapajós e Tocantins, que tiveram os estudos iniciados oficialmente na última segunda-feira (17); e os projetos da Lagoa Mirim e da Barra Norte também são considerados prioritários pela Agência.

Movimentação Futura

A ANTAQ divulgou a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. Os estudos indicam que a movimentação alcançará 1,33 bilhão de toneladas em 2025, um crescimento de 1,1% em relação a 2024. 

A Agência espera que a tendência de alta na movimentação portuária continue pelos próximos quatro anos. Em 2029, estima-se que o setor portuário nacional movimente 1,49 bilhão de toneladas.

Painel Estatístico 

O Painel Estatístico Aquaviário está disponível no site da Agência para consulta dos indicadores por tipo de operação, perfis de carga, instalações portuárias e muitos outros filtros. O recurso também pode ser acessado por smartphones e tablets.

Assessoria de Comunicação Social
FONTE: ANTAQ.gov
Recorde nos portos: setor aquaviário movimenta mais de 1,32 bi de toneladas em 2024 — Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

 

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Braskem investe em frota própria de navios para etano e nafta

A Braskem colocou em operação o primeiro navio de uma frota própria que será dedicada ao transporte internacional de suas principais matérias-primas, nafta e etano.

Com custo total de US$ 332 milhões, o equivalente a cerca de R$ 1,9 bilhão ao câmbio atual, os seis navios que atenderão ao complexo petroquímico da Braskem Idesa, no México, e às centrais base nafta no Brasil trarão redução de gastos com frete e garantia de disponibilidade, num momento em que os estaleiros têm se dedicado mais à construção de embarcações para contêineres do que para líquidos e gases.

Todos os navios serão financiados pela norueguesa Ocean Yield, via leasing, com prazo de 15 anos. Mas a Braskem tem opção de compra ao fim dos contratos. “O conceito é ter frete mais competitivo, ser mais eficiente e ser mais sustentável ,gerando menos emissões”, diz a diretora de logística da Braskem, Silvia Migueles.

O primeiro navio, “Brillant Future”, está dedicado ao transporte de etano dos Estados Unidos para o complexo mexicano da Braskem, e recebeu investimentos de US$ 80 milhões. Construído pela chinesa Yamic, tem 188 metros de comprimento e capacidade para 19 mil toneladas por viagem.

A segunda embarcação da frota da Braskem, similar ao “Brillant Future”,  em junho e fará a mesma rota. Equipados com motor bicombustível, os navios podem usar tanto óleo de bunker quanto o próprio etano como combustível,resultando em uma redução de 40% das emissões de gás carbônico.

Ambos chegam à Braskem às vésperas da inauguração do novo terminal de etano no México, que possibilitará à Braskem Idesa importar toda a matéria-prima que demanda para produção de polietileno e, futuramente, ampliar suas operações.

Outras quatro embarcações, que abastecerão as unidades da petroquímica no Brasil com nafta importada de diferentes regiões – Estados Unidos, Oriente Médio e África, entre outras -, entrarão em operação em 2028. Com custo unitário de US$ 43 milhões cada, terão de capacidade de transporte de 55 mil toneladas da matéria-prima.

A nafta ainda é a matéria-prima mais consumida pelas operações brasileiras da Braskem e, embora a Petrobras seja uma fornecedora relevante – além de acionista relevante da petroquímica -, hoje 60% já são importados. Por ano, as centrais no país demandam entre 4,5 e 5,5 milhões de toneladas do insumo.

De acordo com Migueles, a contratação dos seis navios já recebeu o aval do conselho de administração. Grandes petroquímicas globais, como Ineos e Reliance, têm frota própria para transporte do etano. No caso da Braskem, o investimento, no formato de leasing, não deve jogar mais pressão sobre o balanço da companhia. “A importação de nafta é crucial para as operações no Brasil. Hoje, a disponibilidade de navios maiores [para transporte desse tipo de carga] é muito baixa no mundo”, afirma o gerente de logística da Braskem, Eduardo Ivo Cavalcanti.

No ano passado, a petroquímica já havia se tornado uma Empresa Brasileira de Navegação (EBN) e deu início a operações próprias de cabotagem, com expectativa de economia de R$ 10 milhões ao ano. Mais adiante, o plano é ampliar o número de embarcações. Conforme os executivos, a Braskem não almeja ser autossuficiente ou prestar serviços para terceiros de navegação.

Fonte: Valor Econômico
Braskem investe em frota própria de navios para etano e nafta | Empresas | Valor Econômico

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Hidrovia do Rio Paraguai: Período da audiência pública é prorrogado até o dia 10 de março

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) prorrogou o período de contribuições da Audiência Pública 18/2024, que trata do aprimoramento dos documentos e da modelagem proposta para a concessão da Hidrovia do Paraguai.

O prazo de contribuições para a consulta pública, que se encerrava no dia 23 de fevereiro de 2025, foi estendido por mais 15 dias. A sessão pública sobre o tema aconteceu na última quinta-feira (6).

Essa será a primeira concessão hidroviária do Brasil e representa um marco para o setor. A licitação garante, além de ganho em eficiência logística, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.

Contribuições

A documentação completa, incluindo minutas jurídicas relativas à Audiência Pública nº 18/2024 estão disponíveis neste link. Confira a apresentação do projeto de concessão aqui.

As contribuições poderão ser encaminhadas até as 23h59 do dia 10 de março de 2025, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível no site da ANTAQ, não sendo aceitas contribuições enviadas por meio diverso.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos exclusivamente através do email: anexo_audiencia182024@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado neste aviso.
O envio do anexo em e-mail não dispensa o envio da contribuição por escrito no formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) desta Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANTAQ.

Sobre a concessão

A Hidrovia do Rio Paraguai compreende o trecho entre Corumbá (MS) e a Foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km.

Nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial.

Essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período.

Tarifa baixa e gratuita

Ainda segundo a modelagem, foi definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária entregar os serviços previstos na primeira fase do contrato. Em relação ao transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte não haverá cobrança de tarifa.

A previsão de tarifa, pré-leilão, é de até R$1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser menor tarifa, por isso, esse valor ainda poderá ser reduzido. No entanto, existe a possibilidade, durante a realização da consulta pública, de alteração no critério do certame.

Movimentação

O transporte de cargas do Rio Paraguai, após a concessão, está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, a hidrovia transportou 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022.

Em 2023, as hidrovias foram responsáveis por transportar mais de 157 milhões de toneladas de carga, quase 10% de todo o transporte aquaviário ocorrido no período. Esse volume de carga transportada tem um potencial ainda maior para ser desenvolvido e a busca por investimento privado nesse segmento vai ao encontro da busca por uma maior eficiência logística nacional.

Trafegabilidade

Com a concessão, a hidrovia vai contar com um calado de 3 metros quando o rio estiver cheio e de 2 metros em períodos de seca, o que vai garantir a trafegabilidade das embarcações durante todo o ano, ou pelo menos a maior parte dele.

Levando em consideração as estiagens extremas dos últimos anos, o contrato também prevê a distribuição adequada dos riscos com a criação da Zona de Referência Hidrológica Contratual, que consiste em avaliação estatística do comportamento hidrológico do Rio Paraguai.

FONTE: Datamar News
Hidrovia do Rio Paraguai: Período da audiência pública é prorrogado até o dia 10 de março – DatamarNews

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Panamá se retira de acordo da nova ‘Rota da Seda’ com a China

Decisão foi anunciada pelo presidente José Raúl Mulino; mais de 100 países aderiram ao acordo lançado em 2013

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou, nesta quinta-feira, 6, o cancelamento do acordo econômico da Rota da Seda com a China, após pressões dos Estados Unidos para reduzir a influência chinesa no Canal do Panamá.

Mulino garantiu que a embaixada do Panamá em Pequim “apresentou o documento correspondente” para “anunciar o cancelamento com 90 dias de antecedência”, como estabelece o acordo.
“Portanto, essa é uma decisão que tomei”, acrescentou ele em coletiva de imprensa.

O anúncio ocorre quatro dias depois da visita ao Panamá do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que viajou com a missão de contrabalançar uma suposta ingerência da China no canal interoceânico, que o presidente Donald Trump ameaça retomar.

O acordo da Iniciativa Cinturão e Rota contempla o financiamento de projetos de infraestrutura com fundos chineses para impulsionar o comércio e a conectividade na Ásia, na África e na América Latina. 

Mais de uma centena de países aderiram o acordo, um projeto emblemático do governo de Xi Jinping, lançado em 2013.

Após se reunir com Rubio no domingo, Mulino havia antecipado que deixaria expirar o acordo assinado pelo Panamá em 2017 pelo então presidente Juan Carlos Varela (2014-2019).

Segundo a carta de entendimento, o acordo é renovado a cada três anos de forma automática (a próxima seria em 2026), mas contempla que “pode ser rescindido por qualquer uma das partes” notificando a outra com três meses de antecedência.

“Eu não sei quem incentivou na ocasião quem assinou isto com a China”, acrescentou Mulino. “O que isso trouxe para o Panamá em todos estes anos? Quais são as grandes coisas? O que essa ‘Belt and Road Initiative’ trouxe para o país?”, questionou Mulino, incomodado.

Na segunda-feira, Rubio qualificou como um “grande passo” para fortalecer as relações com Washington a decisão do Panamá de não renovar este acordo.

Os Estados Unidos consideram que esta iniciativa busca a influência de Pequim em todo o mundo e é um perigo para a segurança.

“A cooperação entre a China e o Panamá no marco da Iniciativa Cinturão e Rota está se desenvolvendo com normalidade e vem obtendo resultados frutíferos”, declarou na quarta-feira o porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian.

O funcionário chinês havia dito que esperava que os panamenhos resistissem “às interferências externas”.

FONTE: Exame
Panamá se retira de acordo da nova ‘Rota da Seda’ com a China | Exame

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Advogados tentam anular contrato de empresa chinesa que opera no Canal do Panamá

Dois advogados panamenhos apresentaram na segunda-feira (3) uma ação que pretende anular o contrato de concessão que permite a uma empresa chinesa operar dois portos no Canal do Panamá, em plena crise provocada pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de recuperar o controle a via interoceânica.

Norman Castro, um dos advogados que apresentou a ação à Suprema Corte, declarou à imprensa que a lei que originou o contrato de concessão desde 1997 para a Hutchison Holdings, com sede em Hong Kong, “viola o que diz a Constituição em quase 10 artigos”.

Os demandantes argumentam que a empresa não paga impostos e recebe uma série de supostos benefícios contrários à lei.

“Depois de uma análise detalhada do contrato (…) tomamos a decisão de que a ação de inconstitucionalidade era a via idônea para impugnar a concessão”, afirmou Julio Macías, o outro advogado que apresentou a demanda.

A ação, de título pessoal, pretende fazer com a Justiça anule o contrato que permite à empresa Panama Ports Company, filial do grupo de Hong Kong, operar os portos de Balboa e Cristóvão, nas duas entradas do canal.

A empresa também está sob auditoria do governo panamenho para verificar se cumpre os compromissos financeiros com o Estado.

A ação foi apresentada no momento em que Trump ameaça “retomar” o Canal do Panamá com a alegação de que o local é operado pela China.

“A China está envolvida no Canal do Panamá, não será assim por muito tempo”, disse o presidente republicano na segunda-feira.

A filial da Hutchison Holdings recebeu uma concessão de 25 anos, prorrogada por outros 25 anos em 2021.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, que no domingo se reuniu com o presidente panamenho, José Raúl Mulino, disse esperar que o país da América Central alivie as “preocupações” sobre a influência de Pequim no canal.

Washington considera uma “ameaça” que uma empresa chinesa opere portos nos acessos ao canal, apesar do local ser administrado por uma entidade panamenha autônoma.

O Canal do Panamá, construído pelos Estados Unidos e inaugurado em 1914, passou para o controle panamenho em 1999, após a assinatura de tratados bilaterais.

Estados Unidos e China são os dois principais usuários da rota, que une os oceanos Pacífico e Atlântico, e pela qual passa 5% do comércio marítimo mundial.

Fonte: Istoé on msn
Empresa portuária chinesa nega descumprimento de contrato no Panamá

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Efen, Wilson Sons, Porto do Açu e Vast serão pioneiras no teste de HVO no setor marítimo brasileiro

Empresas obtiveram anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para importação do combustível verde para teste em rebocadores que operam no Porto do Açu.

A Wilson Sons recebeu, este mês, a anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a realização dos primeiros testes de uso de HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) no setor marítimo brasileiro, tendo a efen e a PdA como parceiras.

O HVO, também conhecido como diesel renovável ou diesel verde, será importado pela efen para testes nos rebocadores da Wilson Sons, que operam no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em substituição ao óleo diesel marítimo. A operação de movimentação do líquido será realizada no Terminal de Líquidos do Açu (TLA), da Vast Infraestrutura.

—Nossa expectativa, após o período de testes, é ampliar a distribuição de HVO para Platform Supply Vessels (PSVs) e outras embarcações de apoio offshore no Porto do Açu, fomentando a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia de óleo e gás —ressalta Rafael Pinheiro, CEO da efen.

O estudo com o diesel verde no Açu prevê testes de eficiência, de efeitos nos processos de manutenção e redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O uso do combustível pode diminuir mais de 80% as emissões de dióxido de carbono (CO2), considerando-se o ciclo de vida completo do insumo*.

—Nossa agenda de descarbonização visa não apenas a construção de rebocadores mais eficientes, mas também a redução do impacto ambiental de nossa frota de mais de 80 embarcações. Nesse contexto, o HVO surge como uma solução promissora, pois se trata de um combustível drop-in que pode ser utilizado sem adaptações em nossos equipamentos, representando uma importante alternativa para a indústria de apoio portuário—declara Marcio Castro, diretor-executivo da divisão Rebocadores da Wilson Sons.

Apesar de o setor marítimo já ser considerado o menos poluente por tonelada de carga por quilômetro viajado, representando apenas 3% das emissões globais de gases de efeito estufa**, ele ainda desempenha um papel significativo. A estratégia da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) estabelece a meta net-zero nas emissões de GEE provenientes do transporte marítimo internacional até 2050, o que pode ser acelerado com a adoção do HVO.

—Queremos ser indutores de projetos para a transição energética de setores intensivos em emissão, como o marítimo. Podemos abrigar no futuro plantas de HVO e outros combustíveis de baixo carbono —diz Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu.

Testes de combustíveis em rebocadores —A Vast e a Wilson Sons também assinaram recentemente um memorando de entendimento (MoU) com o objetivo de realizar testes para a utilização de biocombustíveis no abastecimento de rebocadores da Wilson Sons que atuam no T-Oil, o terminal de petróleo da Vast no Porto do Açu. O acordo visa desenvolver e oferecer serviços de infraestrutura logística que contribuam para a redução da intensidade das emissões de carbono nas operações das duas empresas.

A Vast estuda utilizar futuramente a estrutura de tanques do TLA, que ainda será construída, para realizar a armazenagem e adição de biocomponentes aos combustíveis marítimos e capturar volumes de líquidos que hoje ainda não estão previstos no Terminal.

—O TLA fornecerá a infraestrutura necessária para potencializar a utilização de biocombustíveis, como o HVO, além de funcionar como um hub para armazenar e movimentar uma gama diversificada de líquidos, como combustíveis claros, lubrificantes, etanol e químicos. Os acordos assinados reforçam nossa posição estratégica para a cadeia logística nacional e nosso papel relevante na descarbonização do setor marítimo— destaca Eduardo Goulart, diretor Comercial da Vast Infraestrutura.

efen — A efen é um dos principais fornecedores de combustíveis e serviços logísticos de abastecimento marítimos do país, com mais de dez anos de história (como NFX). É uma JV entre a bp e a Prumo Logística, referências em seus respectivos mercados. A efen atua no porto do Açu e offshore, nas áreas de influência das Bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo. Possui duas embarcações dedicadas ao atendimento dos clientes, e já realizou mais de cinco mil abastecimentos em total segurança.

Wilson Sons — Reconhecida pela sua ampla experiência de mais de 187 anos, a Wilson Sons tem abrangência nacional e oferece soluções completas para mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros participantes em diversos segmentos da economia.

Porto do Açu — Localizado na região norte do Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria privado de águas profundas da América Latina. Em operação desde 2014, é administrado pela Porto do Açu Operações, uma parceria entre a Prumo Logística, controlada pelo EIG, e o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional. Ao todo, são 22 empresas já instaladas, entre clientes e parceiros, sendo várias delas companhias de classe mundial. Com atividades de minério, petróleo e gás natural consolidadas e em expansão, o Açu busca acelerar a industrialização com foco em projetos de baixo carbono, sendo reconhecido como o porto da transição energética no país.

Vast Infraestrutura — A Vast Infraestrutura, uma empresa do Grupo Prumo, é a líder no transbordo de petróleo no país e oferece infraestrutura e soluções logísticas para a movimentação de líquidos de forma segura, limpa, eficiente e sustentável. Com atividades iniciadas em 2016, a empresa é proprietária do único terminal privado no país capaz de operar navios da classe VLCC (Very Large Crude Carrier). Atualmente o terminal de petróleo da Vast (T-Oil) já é responsável por cerca de 40% de toda a exportação de petróleo no Brasil. A companhia também está ampliando o portfólio de serviços por meio da combinação de operações de dutos e tanques de armazenagem voltados para o mercado de petróleo e demais líquidos, com o Terminal de Líquidos do Açu (TLA) e o Projeto SPOT.

Fonte: Revista Fator

Efen, Wilson Sons, Porto do Açu e Vast serão pioneiras no teste de HVO no setor marítimo brasileiro

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MSC Lança iReefer

A MSC Mediterranean Shipping Company acaba de lançar o iReefer, o sistema de monitoramento de contêineres mais avançado para cargas refrigeradas. Essa solução permite que os clientes acompanhem e monitorem seus embarques com temperatura controlada em tempo real, de qualquer lugar do mundo.

Com o iReefer, os clientes podem obter informações detalhadas sobre seus contêineres refrigerados, incluindo posição, temperatura, umidade e muito mais. O serviço está disponível por meio do myMSC, a plataforma digital exclusiva da empresa, ou via API (Interface de Programação de Aplicações).

Oferecemos três pacotes iReefer com diferentes funcionalidades, para que os clientes escolham a melhor opção para seus negócios. Nosso pacote básico, iReefer Essential, é gratuito e já está disponível. Ele inclui um panorama dos embarques refrigerados atuais e históricos, além de um registro da jornada do contêiner e gráficos. O iReefer Pro inclui todos esses recursos, além de downloads ilimitados e acesso a dados adicionais, como a localização GPS do contêiner. Para clientes que movimentam grandes volumes de carga, o iReefer Ultimate se conecta diretamente ao sistema do cliente via API, garantindo um fluxo contínuo de dados. Esses dois pacotes premium estarão disponíveis a partir de 1º de março de 2025.

Líder mundial no transporte de cargas refrigeradas, a MSC movimenta mais de 1 milhão de contêineres refrigerados por ano e possui uma das frotas mais avançadas do setor, além de contar com uma equipe dedicada de mais de 1.000 especialistas em cargas refrigeradas ao redor do mundo.

O lançamento do iReefer marca mais um passo na transformação digital da MSC, desenvolvendo soluções tecnológicas que otimizam o transporte e fornecem informações em tempo real para apoiar a gestão da cadeia de suprimentos. O portfólio digital da empresa já inclui os MSC Smart Containers, utilizados para o monitoramento remoto de cargas secas.

Esse projeto global conectou mais de 210.000 contêineres refrigerados e equipou mais de 500 navios com a tecnologia iReefer. O objetivo da empresa é equipar toda a sua frota de contêineres e embarcações com essa tecnologia nos próximos anos.

“Este lançamento inovador destaca a capacidade única da MSC de combinar soluções digitais avançadas com um atendimento personalizado ao cliente. O iReefer foi desenvolvido pensando nos clientes: entendemos completamente sua necessidade de monitorar e controlar a carga de perto, facilitando o planejamento e garantindo que os produtos sejam entregues em perfeitas condições. Ele reforça o alto nível de cuidado que já aplicamos às cargas refrigeradas e eleva esse suporte a um novo patamar”, afirmou Giuseppe Prudente, Diretor de Logística da MSC e Presidente da MEDLOG.

O lançamento do iReefer reflete a crescente demanda global por cargas refrigeradas e soluções digitais simplificadas. Ele trará diversos benefícios para os clientes, incluindo monitoramento em tempo real e controle da temperatura do contêiner, maior segurança da carga e conformidade com regulamentações, acesso a dados estratégicos para melhor tomada de decisões e redução de custos ao evitar perdas de carga, danos e sinistros.

Para acessar os insights em tempo real, os clientes precisam fazer login no myMSC, ou criar uma conta caso ainda não tenham uma. Após o login, poderão utilizar a função iReefer. A integração via API estará disponível com o pacote iReefer Ultimate em 1º de março de 2025.

Fonte:  iReefer da MSC: https://www.msc.com/en/solutions/digital-solutions/ireefer

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Comércio Exterior, Importação, Informação, Investimento, Navegação

Asia Shipping registra crescimento superior a 30% nas importações marítimas para o Brasil em 2024

A Asia Shipping anunciou um crescimento de mais de 30% nas importações marítimas realizadas para o Brasil em 2024, comparado ao ano anterior. No total, foram movimentados 230.556 TEUs, representando a maior parcela dos mais de 500 mil TEUs transportados pela empresa para toda a América Latina. Entre os principais setores que impulsionaram essa alta estão os de automóveis, eletrodomésticos e pneumáticos.

De acordo com Alexandre Pimenta, CEO da Asia Shipping, o desempenho das importações foi impulsionado por segmentos estratégicos que apresentaram crescimento acima da média ao longo do ano. “Somente os pneumáticos – representados por pneus novos para carros de passeio – registraram uma alta de 15% no período, com a maior parte dessas importações oriunda da China”, destaca o executivo.

O setor de eletrodomésticos também se destacou como um dos principais responsáveis pelo aumento das importações. As vendas desses produtos cresceram 34% no Brasil apenas no primeiro semestre de 2024, conforme dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros). Para os próximos anos, as projeções indicam que o segmento continuará em expansão, com um crescimento estimado em 15,6% entre 2024 e 2029, quase o dobro do registrado entre 2019 e 2023, segundo a Euromonitor.

Cenário de 2025: novos desafios e oportunidades

Para 2025, o modal aéreo pode ganhar relevância nas importações, segundo Alexandre Pimenta. Esse cenário se deve às tensões geopolíticas que afetam rotas tradicionais do transporte marítimo. “Os conflitos no Mar Vermelho devem persistir, levando as principais transportadoras a desviar seus percursos pela África, o que impacta diretamente o uso do Canal de Suez. Como alternativa para evitar atrasos e congestionamentos nos portos, o transporte aéreo deve ser cada vez mais utilizado”, avalia o executivo.

Investimentos e aquisições estratégicas

Como parte de sua estratégia de expansão, a Asia Shipping realizou duas importantes aquisições em 2024. A primeira foi a Dati, uma plataforma em nuvem baseada em inteligência artificial que automatiza 87% das etapas do processo de importação. A solução oferece insights estratégicos para importadores e exportadores, permitindo o acompanhamento completo das operações, desde o pedido até a entrega da carga, em uma interface unificada.

A segunda aquisição foi a Hórus Logística, empresa catarinense especializada em serviços como armazenagem, cross-docking e gestão de inventário. Com essa incorporação, a Asia Shipping passou a oferecer soluções logísticas completas, apoiadas por tecnologias avançadas, como rastreamento via RFID, sistemas de gerenciamento de armazém (WMS) e análises de dados por meio do Power BI.

Fonte: Portogente
Asia Shipping amplia em mais de 30% as importações marítimas para o Brasil em 2024 – Portogente

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Navegação, Portos

TCP registra crescimento de 24% com movimentação superior a 1,5 milhão de TEUs em 2024

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, encerrou 2024 atingindo o recorde histórico de 1.558.453 TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados.

O volume representa uma alta de 24% em relação ao volume registrado no balanço de 2023 e corresponde a 10,8 milhões de toneladas em cargas. A conquista posiciona o Porto de Paranaguá como o segundo do Brasil a ultrapassar a marca de 1,5 milhão de TEUs.

Como comparação, a medida de 1.558.453 TEUs é equivalente a 9.500 quilômetros de contêineres, comprimento que se assemelha à distância em linha reta de Paranaguá até a cidade-estado de Mônaco, no sul da França (9.574km), ou 2,2 vezes a distância do Chuí ao Monte Caburaí, pontos mais extremos ao norte e ao sul do Brasil.

Este volume expressivo de contêineres chegou e partiu do cais da TCP por meio da atracação de 992 navios ao longo de 2024, número 19% superior ao fluxo de embarcações registrado em 2023. Segundo Carolina Merkle Brown, gerente comercial de armadores da TCP, o resultado é reflexo direto do aumento no número de serviços marítimos que atendem o Terminal. “No último ano, a TCP passou a receber atracações de mais oito serviços, sendo seis de longo curso e dois de cabotagem. Com 25 linhas semanais, o Terminal se destaca como o maior concentrador de serviços do Brasil, o que evidencia a vocação da TCP para se tornar um dos principais hubs portuários da costa atlântica da América do Sul”, afirma.

Além dos novos serviços marítimos, a atracação dos maiores porta-contêineres a operar no Brasil, que possuem 366 metros de comprimento e mais de 48 metros de largura, também foi motivo de celebração para a equipe do Terminal. Para 2025, a expectativa é de que com o aumento do calado operacional, como é chamada a profundidade entre o ponto mais baixo da quilha (peça que vai da proa a popa e fica na parte inferior das embarcações) até a linha da água, navios maiores e com mais carga possam operar de forma mais ágil e segura.

Em novembro de 2024, a TCP passou a contar com um novo calado operacional, ampliado de 12,1 metros para 12,6 metros em maré zero. Estima-se que 50 centímetros adicionais de calado, os navios poderão operar com, aproximadamente, 400 TEUs a mais.

“Os recentes recordes comerciais e operacionais atingidos pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá ressaltam a sua importância para a corrente de comercio brasileira e, em 2025, esperamos impulsionar ainda mais os resultados da TCP e de nossos clientes, tendo em vista que os reflexos do aumento de calado terão impacto direto na produtividade e que esperemos novas atualizações de calado ainda este ano”, avalia Carolina.

O balanço comercial de 2024 se destaca pelas exportações de carnes e congelados que foram de mais de 3,4 milhões de toneladas. “A megaobra de ampliação da área para armazenagem de contêineres refrigerados (reefer) foi um investimento estratégico que colocou a TCP como o principal corredor de exportação de carnes do Brasil e referência mundial no segmento. Com 5.268 tomadas, o Terminal possui o maior pátio reefer da América do Sul, uma vantagem que se traduz em maior flexibilidade e capacidade operacional para nossos clientes. Hoje, mais de um terço das exportações de carne nos terminais portuários brasileiros acontece pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá”, explica Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e atendimento da TCP.

Ao todo, a movimentação de contêineres reefer alcançou a marca de 266.246 TEUs, incremento de 7% em relação a 2023 e que conferiu a conquista de uma nova máxima para a operação nesse segmento no Terminal.

Em segundo lugar vieram as exportações de madeira com um crescimento de 47% e chegando à marca de 1,4 milhão de toneladas. Já o segmento de papel e celulose embarcou 974 mil toneladas, crescimento de 54% em comparação ao ano anterior.

Boa parte das cargas de papel e celulose chega ao Terminal de Contêineres de Paranaguá por meio da linha férrea, que conecta o porto às regiões oeste e norte do estado do Paraná. “Hoje, a TCP é o único terminal portuário do Sul do Brasil a possuir conexão direta entre a zona primária e um ramal ferroviário. Esse é um diferencial que traz maior previsibilidade, segurança, redução de custo e das emissões de gases de efeito estufa na cadeia logística de nossos clientes”, comenta Guidolim.

O KBT, projeto logístico intermodal em operação desde 2021 e que conecta a TCP a um terminal de contêineres localizado na planta Puma II, da Klabin, em Ortigueira (PR), por meio de um ramal operado pela Brado Logística, também encerrou o ano com um novo recorde de produtividade. Utilizado exclusivamente para transportar contêineres com papel e celulose, o KBT movimentou 86.440 TEUs, crescimento de 33% em relação ao ano anterior, quando 64.978 TEUs foram transportados.

Já na movimentação geral de contêineres pela ferrovia, que liga o Terminal de Contêineres de Paranaguá aos ramais que chegam até Cambé, no norte do Paraná, e Cascavel, na região oeste do estado, o volume foi de 101.527 TEUs, acréscimo de 9%.

No fluxo de importações, o maior volume foi para produtos dos segmentos químicos e petroquímicos. Com uma alta de 14%, mais de 648 mil toneladas foram desembarcadas, número impulsionado principalmente pela chegada de defensivos agrícolas e fC.

Em seguida, vieram os segmentos automotivo e de veículos, que cresceram 12% e movimentaram 562 mil toneladas em importações, garantindo insumos, peças e componentes para abastecer majoritariamente o polo industrial localizado em Curitiba e região metropolitana.

Fonte: TCP
TCP registra crescimento de 24% com movimentação superior a 1,5 milhão de TEUs em 2024 – TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá

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