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SC está na rota do primeiro navio da BYD

Embarcação estreou no Brasil nesta semana, trazendo 5500 carros da marca

O primeiro navio cargueiro da gigante chinesa de carros elétricos BYD estreou no Brasil no dia 27, no porto de Suape, em Pernambuco, carregado com quase 5500 carros da marca. Mas as viagens do chamado BYD Explorer 01 não serão apenas para o terminal. Os portos de Itapoá, no norte de Santa Catarina, e de Vila Velha (ES), estão na rota do navio nas próximas viagens.

A estreia no Brasil foi a segunda viagem do navio recém-comprado pela BYD. Ele é o primeiro de oito navios que a empresa terá até 2026 para transportar seus próprios veículos, num investimento de …

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SC está na rota do primeiro navio da BYD | DIARINHO

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Portonave lidera ranking de produtividade de navio no país

De janeiro a abril deste ano, a Portonave movimentou 419.302 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), volume acima do previsto durante a Obra de Adequação do Cais. De acordo com os últimos dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), de março deste ano, a Portonave é o terminal com a maior produtividade de navio do país, com média de produtividade de navio de 126,5 Movimento Por Hora (MPH) no quadrimestre, um crescimento de 34% nesse indicador em relação ao mesmo período do ano passado.

O desempenho demonstra a agilidade e eficiência das equipes do Terminal Portuário. Em abril, o destaque foi a operação do Hyundai Supreme, em que 1.083 movimentos foram realizados em apenas 7h de operação, ou seja, uma produtividade de navio de 152,9 MPH. No mesmo mês, no Terminal, a embarcação com mais movimentos executados foi o Kota Santos, do armador PIL, com 3.425 realizados em 24h de operação e uma produtividade de 139,9 MPH.

Principais produtos movimentados
Na exportação: madeiras e seus derivados (41%), carnes congeladas e seus derivados (35%), papel (7%).
Na importação: plásticos e derivados (18%), têxteis (10%) e maquinário (10%).

Principais destinos e origens
Destinos das exportações: a China, os Estados Unidos e o México
Origens das importações: a China, os Estados Unidos e a Índia.

 

Movimentações no gate no primeiro quadrimestre

Foram 221.525 acessos entre entradas e saídas de caminhões, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por dia, cerca de 2,1 mil caminhões acessam os gate;
Tempo médio de permanência de 30 minutos;

 

Movimentações na Iceport no primeiro quadrimestre

Aproximadamente 64 mil toneladas foram movimentadas na câmara frigorífica, um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nas movimentações, 57% são frango e suínos, 33% de vegetais e 8% de carne bovinas.

Muito mais informações em PORTONAVE:
https://www.portonave.com.br/pt/noticias/portonave-arrecada-mais-de-37-mil-itens-e-doa-500-cestas-basicas-para-moradores-do-rio-grande-do-sul/

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    China tem um novo e gigantesco navio que funciona a GNL. Sua única missão: inundar o mundo com carros elétricos

    O Anji Sincerity é um enorme navio Ro-Ro movido a GNL e criado com uma única missão: continuar inundando o mundo com carros da SAIC

    As dimensões de alguns navios continuam nos deixando boquiabertos. Quando se trata de cruzeiros, há uma batalha indiscutível pelo tamanho e extravagância, com a Royal Caribbean em uma corrida de autossuperação interessante. Eles têm o colossal Icon of the Seas, mas já estão trabalhando em outro ainda maior. No entanto, nos oceanos há muitos outros navios enormes e, além dos porta-contêineres, temos os Ro-Ro: autênticas fortalezas marinhas com uma missão muito específica: transportar milhares de carros das fábricas para as concessionárias.

    Um desses Ro-Ro é o Anji Sincerity, uma enorme estrutura que pertence à SAIC e que tem a intenção de inundar o mundo com carros chineses. Apesar de seu tamanho, o interessante é que ele é mais “ecológico”, e o segredo está em seus motores que funcionam com gás natural liquefeito.

    Controle de ponta a ponta

    A SAIC, ou SAIC Motor Corporation Limited, é uma das empresas mais importantes atualmente na indústria automotiva. Trata-se de uma companhia sediada em Xangai e está por trás, curiosamente, de um dos carros mais vendidos na Espanha no ano passado: o MG ZS. MG é apenas uma das marcas da SAIC, mas a empresa é, além disso, um dos principais parceiros da Volkswagen no país asiático.

    E, além de carros, agora possuem em sua frota um enorme navio Ro-Ro chamado Anji Sincerity. Esses navios são chamados assim como uma abreviação de ‘roll-on/roll-off’ e, basicamente, são usados para o transporte de veículos. Sim, como os porta-contêineres, mas em vez de levar os carros dentro de um contêiner, eles estão nesta espécie de estacionamento flutuante. Zhao Aimin é o Subgerente Geral da SAIC International e comenta que, devido à concorrência global neste segmento, ter uma frota própria de navios desse estilo lhes oferece flexibilidade e um melhor controle de preços, já que até agora estavam alugando navios de terceiros.

    Um estacionamento colossal

    Este enorme navio foi fabricado pela China State Shipbuilding Corp., sendo o primeiro navio desse tipo fabricado inteiramente com investimento nacional e conta com um sistema que coleta informações de cada canto do navio para que seu controle seja mais simples. E todas as facilidades nesse sentido são poucas quando se trata de um navio de 199,9 metros de comprimento, 38 metros de largura e uma profundidade de 15,5 metros. Ele tem incríveis 7.600 vagas de estacionamento e, em sua viagem inaugural para a Europa, transportou mais de 5.000 veículos, incluindo carros, ônibus e maquinário.

    O navio Ro-Ro verde

    Uma característica que o torna muito especial é que ele é o maior transportador de veículos Ro-Ro ecológico do mundo atualmente. Ele é alimentado por GNL e estima-se que tem emissões 30% inferiores às de um navio da mesma categoria, mas com combustível tradicional. O tanque tem uma capacidade de 4.000 metros cúbicos e, para termos uma ideia do que isso significa, ele pode cobrir uma viagem de ida e volta da China à América do Sul e da China à Europa.

    O objetivo ao construir este Ro-Ro é atender aos critérios de proteção ambiental e requisitos de emissões de regiões como América do Norte, Nova Zelândia, Austrália e Europa, que podem ser um pouco mais rigorosos do que os de outros territórios. Além do GNL, a empresa chinesa está explorando outras opções de energia, como o metanol.

    O Anji Sincerity não é o primeiro da SAIC. Um dos segredos de seu sucesso fora da China é, precisamente, a capacidade de transportar seus carros, e atualmente conta com vários navios que cobrem rotas do sudeste asiático, México, oeste da América do Sul e Europa. O objetivo é ter mais transporte desse tipo e os planos são extremamente ambiciosos: outros 14 navios com capacidade transoceânica nos próximos três anos, com capacidades de 7.000, 7.600, 7.800 e 9.000 vagas de estacionamento.

    A SAIC alcançou em 2023 vendas de mais de cinco milhões de veículos. No exterior, conseguiram um recorde de volume de vendas de 1,208 milhões, sendo 18,3% a mais do que no ano anterior. E está claro que entre os planos da empresa não está o de dar um passo atrás.

    Imagem: ShanghaiEye
    China tem um novo e gigantesco navio que funciona a GNL. Sua única missão: inundar o mundo com carros elétricos (clickpetroleoegas.com.br)

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    BRASIL na feira Iran Agrofood 2024 em Teerã, Irã

    O Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, convida empresas brasileiras a participarem da feira Iran Agrofood 2024 em Teerã, Irã. O evento, que ocorre de 8 a 11 de junho de 2024, é uma plataforma importante para a indústria agrícola do Irã, apresentando equipamentos modernos e tecnologias para produção, embalagem, armazenamento e transporte de alimentos e bebidas. A participação do Brasil visa aumentar as oportunidades de negócios e abrir o mercado para empresas brasileiras, promovendo o aumento do comércio entre Brasil, Irã e a região. O evento incluirá um Pavilhão Brasil com suporte abrangente, como recepcionistas bilíngues, catálogos institucionais e instalações para reuniões com potenciais compradores.

    A Iran Agrofood é a feira líder da indústria agropecuária iraniana. O evento apresenta equipamentos e tecnologias modernas para a produção, embalagem, armazenamento e transporte de alimentos e bebidas. Já em sua 31ª edição, a feira conta anualmente com mais de 600 expositores e 45 mil visitantes de todo o mundo. O Irã tem sido um dos mercados alvo da área de promoção de negócios do MAPA e passará a ter um adido agrícola em breve, como prova de sua importância. 

    As empresas brasileiras que forem selecionadas para participar da feira Seoul Iran Agrofood 2024 como expositoras farão parte do Pavilhão Brasil, e contarão com uma estrutura completa, incluindo recepcionistas bilíngue, catálogo institucional e mobiliário para preparação e exposição de produtos, bem como para reunião com os potenciais compradores e apoio técnico da equipe do MAPA. 

    Quem pode participar? 

    Empresas da indústria de alimentos e bebidas, comerciais exportadoras, tradings, entidades setoriais e cooperativas, desde que para a promoção exclusiva de produtos brasileiros. 

    O MAPA  estimula a inscrição de cooperativas e empresas de pequeno porte que planejam se inserir no mercado internacional e cujos produtos se adequem ao perfil da feira.

    A participação no evento está condicionada à aprovação pela organização da feira, mediante formulário a ser oportunamente preenchido pelo expositor.

    Saiba em GOV.BR
    Iran Agrofood 2024 — Ministério da Agricultura e Pecuária (www.gov.br)

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    Porta-aviões dos EUA irá à Argentina para exercícios militares conjuntos

    Atividades acontecem entre quinta (30) e sexta-feira (31) no Mar Argentino; destróieres do país sul-americano devem participar

    A Marinha da Argentina realizará exercícios militares nesta semana com a Marinha dos Estados Unidos e o porta-aviões USS George Washington.

    O Ministério da Defesa do país sul-americano confirmou em sua conta no X que os destróieres ARA La Argentina e ARA Sarandí e as corvetas ARA Espora e Ara Rosales zarparam no domingo (26) para participar de atividades militares denominadas “Passex Gringo-Gaucho II” junto com a Marinha dos EUA.

    As manobras militares entre os dois países acontecerão entre quinta (30) e sexta-feira (31) no Mar Argentino.

    É esperada a chegada do porta-aviões USS George Washington, o sexto porta-aviões do tipo e da classe Nimitz com propulsão nuclear.

    Este tipo de navio de guerra é o maior do mundo e tem como principal função apoiar e viabilizar operações aéreas, flutuantes e terrestres de aeronaves de combate, além de participar de atividades de segurança marítima para interceptar ameaças à marinha mercante e prevenir o terrorismo e pirataria.Os porta-aviões também oferecem capacidades únicas para resposta a desastres e assistência humanitária.

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    Porta-aviões dos EUA irá à Argentina para exercícios militares conjuntos | CNN Brasil

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    O comércio ilícito com a China que alimenta a insurgência em Moçambique

    Com valor estimado de US$ 23 milhões (cerca de R$ 120 milhões) por ano, o contrabando de madeira das florestas antigas de Moçambique para a China ajuda a financiar a brutal insurgência islâmica e uma grande rede criminosa no norte do país africano.

    O comércio ilegal de pau-rosa foi relacionado ao financiamento de violentos militantes moçambicanos ligados ao grupo autodenominado Estado Islâmico, na província de Cabo Delgado, segundo dados da ONG Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês), analisados pela BBC. A organização se dedica a denunciar supostos crimes ambientais.

    Pau-rosa é o nome comercial comum que identifica diversas espécies de madeiras nobres tropicais, muito valorizadas na China para a fabricação de móveis de luxo.

    Um tratado internacional protege o pau-rosa moçambicano, permitindo apenas o comércio de quantidades muito limitadas, que não ameacem a perpetuação da espécie.

    Mas uma investigação secreta da EIA na China e em Moçambique revelou, depois de três anos, que a má gestão das concessões florestais oficiais, a derrubada ilegal de árvores e a corrupção entre as autoridades portuárias vêm permitindo a expansão desse comércio, sem que haja fiscalização nas áreas controladas pelos insurgentes.

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    Moçambique: o comércio ilícito com a China que alimenta a insurgência – BBC News Brasil

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    China simula ataque a mísseis contra Taiwan

    País asiático considera ilha “território rebelde” e faz exercícios com jatos e bombardeiros

    A China simulou ataques com mísseis e realizou atividades com caças e bombardeiros nesta sexta-feira (24), informou a emissora estatal CCTV, como parte dos exercícios de dois dias que, segundo Pequim, foram lançados para punir o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te.

    Os bombardeiros praticaram várias formações de ataque em águas a leste de Taiwan, simulando ofensivas em coordenação com embarcações navais, acrescentou, enquanto a China testava sua capacidade de “tomar o poder” e controlar áreas importantes de Taiwan.

    Os dois dias de exercícios no Estreito de Taiwan e em torno de um grupo de ilhas controladas por Taiwan perto da costa chinesa, que, segundo uma autoridade taiwanesa, também incluíram a simulação de um bombardeio de embarcações estrangeiras, começaram apenas três dias depois que Lai assumiu o cargo na segunda-feira. Taiwan tem condenado as ações chinesas.

    A China considera Taiwan como seu próprio território e denuncia Lai como um “separatista”. O país criticou duramente seu discurso de posse, no qual ele pediu a Pequim que parasse com suas ameaças e disse que os dois lados do estreito “não eram subordinados um ao outro”.

    O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo disse em um comunicado que os exercícios ocorreram para “testar a capacidade de tomar o poder em conjunto, lançar ataques conjuntos e ocupar áreas importantes”.

    Uma autoridade de segurança de Taiwan disse à Reuters que vários bombardeiros chineses simularam ataques a embarcações estrangeiras perto da extremidade leste do Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas, praticando como tomar o “controle total” de áreas a oeste da primeira cadeia de ilhas.

    A primeira cadeia de ilhas se refere à área que vai do Japão até Taiwan, Filipinas e Bornéu, cercando os mares costeiros da China.

    A autoridade, que falou sob anonimato devido à sensibilidade do assunto, disse que vários barcos da Guarda Costeira chinesa também realizaram exercícios de “intimidação” na costa leste de Taiwan, incluindo a simulação de inspeções de navios civis.

    A Guarda Costeira da China disse que realizou “exercícios de aplicação da lei” nas águas a leste de Taiwan nesta sexta-feira, com foco no treinamento de verificação e identificação, alerta e repulsão.

    Uma autoridade da 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos disse que estava prestando atenção a “todas as atividades” no Indo-Pacífico e leva “muito a sério” a responsabilidade de deter a agressão na região.

    Taiwan e os EUA não têm nenhuma relação diplomática oficial, uma vez que Washington reconhece formalmente Pequim, mas é obrigado por lei a fornecer a Taiwan os meios para se defender e é o mais importante aliado internacional da ilha.

    O Ministério da Defesa de Taiwan disse que havia detectado 49 aeronaves militares chinesas, 19 navios da Marinha e sete da Guarda Costeira. Das aeronaves, 28 cruzaram a linha mediana do estreito, que já serviu como uma barreira não oficial, embora a China diga que não a reconhece.

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    Taxação da UE retira aço brasileiro da lista de mais sustentáveis do mundo

    O Brasil exporta para a União Europa o aço não europeu mais sustentável do mundo, de acordo com um estudo do Banco Mundial entregue à Folha.

    Mas o país não terá vantagens na exportação do produto quando os europeus colocarem em efetivação o Cbam, a taxação de produtos importados com base nas emissões de CO2.

    De acordo com o estudo, que considera dados de 18 países, o aço brasileiro exportado para a União Europeia emite 0,14 quilo de CO2 equivalente por dólar. O cálculo considera a matriz elétrica utilizada pela indústria, o chamado escopo 2 de emissões. O país só está atrás da Áustria, país da UE que emite 0,12 kg CO2/US$.

    O Cbam, porém, considera apenas as emissões de CO2 oriundas de operações de dentro da fábrica, eliminando, portanto, a origem da eletricidade usada na indústria.

    Nesse caso, o aço brasileiro, segundo o Banco Mundial, emite 0,37 kg CO2/US$, atrás de dez países, o que impacta a exposição do produto brasileiro à taxação europeia.

    A base de dados utilizada para a comparação é de 2019.

    “A maior parte das emissões [da produção de aço] vem do escopo 1. A a UE diz que até 50% das emissões seriam cobertas com as regulações atuais. Além disso, pouquíssimas empresas são hoje capazes de prover essa informação, até mesmo na UE, então ir para o escopo 2 seria ainda mais complicado, porque você teria que descobrir de onde vem a eletricidade que está sendo usada”, diz Maryla Maliszewska, uma das autoras do estudo do Banco Mundial, ao tentar explicar a decisão dos europeus.

    O Cbam visa cobrar do aço estrangeiro o mesmo que é exigido do aço europeu no mercado de carbono da UE. A medida, porém, é carimbada como medida protecionista por parte da comunidade global.

    “Tem algumas incertezas em relação à regra, mas o fato é que qualquer empresa que exporta para a Europa produtos de aço vai ser impactada”, diz Bruna Dias, gerente da Strategy&, do grupo PwC.

    Na plataforma criada pelo Banco Mundial para apresentar o nível de exposição de produtos ao Cbam, o Brasil aparece pintado de uma mistura de vermelho com verde, enquanto Canadá, Estados Unidos, México, Colômbia e Argentina estão pintados de verde.

    O Brasil só não será mais prejudicado porque a quantidade de aço brasileiro que entra em solo europeu é pequena, apesar de significativa. De acordo com o Instituto Aço Brasil, 48,7% dos produtos siderúrgicos exportados pelo país em 2022 foram para os Estados Unidos, enquanto cerca de 9,5% foram para países da União Europeia e 9,4% para a Argentina.

    Entre as grandes siderúrgicas brasileiras, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) é a que mais deve ser atingida. No ano passado, a empresa vendeu R$ 4,4 bilhões de produtos do setor de siderurgia para a Europa –o principal destino de exportação, segundo seu balanço de resultados.

    A empresa considera o Cbam um “risco latente e de alta relevância” e o tamanho de uma eventual perda ainda está em estudo.

    “As medidas do Cbam irão impactar todo o aço que a companhia exporta para a Europa, em particular o volume enviado para uma das nossas unidades em Portugal. Adicionalmente, existem impactos indiretos relacionados à entrada de um volume adicional de aço no Brasil produzido por países como China e Índia, por exemplo, e que teria como destino originariamente a Europa”, diz Helena Brennand Guerra, diretora de sustentabilidade e meio ambiente da CSN.

    Guerra analisa que o torna o Cbam prejudicial para o aço brasileiro não é apenas o descarte do escopo 2, mas o financiamento público de siderúrgicas europeias em paralelo à taxação do produto feito em economias emergentes.

    “A União Europeia tem disponibilizado recursos bilionários para que empresas de aço façam a sua transição para rotas de descarbonização. Muitos desses projetos entrarão em operação em 2026, justamente no ano em que o Cbam passará a taxar os produtos importados”, afirma Helena.

    “Ou seja, taxam o aço produzido nos países em desenvolvimento, que historicamente menos contribuíram para a emissão de gases de efeito estufa, para financiar não apenas a transição energética mas principalmente a modernização do parque industrial europeu.”

    O estudo do Banco Mundial mede as emissões por quilo de gás carbônico por dólares de aço vendido, mas, quando a métrica é tonelada de CO2 por tonelada de aço vendido, a referência padrão, o Brasil também aparece como um dos produtores mais sustentáveis de aço.

    Entre 2020 e 2022, o setor siderúrgico brasileiro reduziu suas emissões de 1,9 t CO2/t de aço bruto para 1,7, ante a média global de 1,89, de acordo com o Instituto Aço Brasil.

    Segundo a Global Efficiency Intelligence, consultoria americana de energia, o Brasil está em sexto no quesito sustentabilidade na lista de 16 países produtores de aço. Quando o carvão vegetal utilizado pelas siderúrgicas brasileiras não é considerado neutro devido a origens ligadas ao desmatamento, o Brasil vai para 12º lugar.

    Em 2022, 84% do aço brasileiro foi feito via rota integrada, quando se utiliza altos fornos a carvão –maior fonte de CO2 nessa indústria. Desses, em 11% foram usados carvão vegetal em alguma medida, o que reduz as emissões.

    Os outros 16% foram produzidos por meio de forno elétrico e sucata, hoje a forma mais sustentável mundialmente de produzir aço. Em comparação, no mundo a média é de 70% e 30%, respectivamente.

    A Gerdau, uma das siderúrgicas com maior grau de sustentabilidade do país, tem a produção inversa ao mundo: 70% via forno elétrico e sucata e 30% via carvão mineral. Esse número, porém, deve trazer pouca vantagem à empresa em um contexto de Cbam concentrado em escopo 1.

    “O que nos traz as oportunidades no aço brasileiro é a energia elétrica renovável. Se eu comparar a produção da Gerdau, à base de sucata, considerando o escopo 1 e 2, na unidade no Brasil, com uma unidade nos Estados Unidos, a primeira emite metade da outra. Mas, se eu olhar só o escopo 1, é praticamente igual”, diz Cenira Nunes, gerente-geral de meio ambiente da Gerdau.

    O setor teme ainda que, com o mercado europeu concentrando o aço mais sustentável, aqueles países que não tenham regulações semelhantes, como o Brasil, sejam inundados de aço com maior pegada de carbono.

    “Nós deveríamos ter um Cbam brasileiro. A China é 60% do mercado mundial; o mês de produção da China é a produção anual do Brasil. Ela está melhorando seu parque industrial, reduzindo a pegada de carbono daquela quantidade de aço que ela põe na Europa, para que não seja sujeita ao Cbam, em detrimento de colocar os demais no resto do planeta”, diz Guilherme Abreu, gerente-geral de sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil.

    Recentemente a empresa vendeu seu primeiro aço zero carbono para a Águia Sistemas, empresa de intralogística.

    Stefania Relva, consultora sênior do Instituto E +, pensa de maneira semelhante: “[Com o Cbam], a gente vai ter que competir com muitos produtos não certificados no mercado internacional, então a gente perde o mercado do Cbam, perde espaço na competição internacional e provavelmente perde o mercado nacional. Porque esses produtos não certificados que flutuam no mercado internacional vão acabar no mercado doméstico também.”

    Sob o mesmo receio, o Reino Unido, por exemplo, está se articulando para criar sua própria taxação. Já o Brasil discute a introdução de um mercado de carbono para a indústria local.

    Taxação da UE retira aço brasileiro da lista de mais sustentáveis do mundo (msn.com)

    EUA revogam medida contra exportação brasileira de aço (poder360.com.br)

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    Coreia do Sul anuncia pacote de US$19 bi para competir na “guerra” global de chips

    A Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira um pacote de apoio de 26 trilhões de wons (19 bilhões de dólares) para suas empresas de chips, citando a necessidade de se manter bem posicionada em áreas como design de chips e fabricação por contrato em meio a uma “guerra total” no mercado global de semicondutores.

    De acordo com o pacote, o presidente Yoon Suk Yeol disse que um programa de apoio financeiro no valor de cerca de 17 trilhões de wons foi planejado, por meio do estatal Korea Development Bank, para apoiar os investimentos das empresas de semicondutores, segundo o gabinete presidencial.

    “Como todos nós sabemos, os semicondutores são um campo em que está ocorrendo uma guerra total. Ganhar ou perder depende de quem conseguir fabricar semicondutores de ponta primeiro”, disse Yoon em uma reunião com importantes autoridades do governo.

    A Coreia do Sul, que abriga as maiores fabricantes de chips de memória do mundo, a Samsung Electronics e a SK Hynix, ficou atrás de alguns rivais em áreas como design de chips e fabricação de chips por contrato.

    A participação da Coreia do Sul no setor global fabless, que é dominado por empresas como a gigante norte-americana Nvidia que projetam chips, mas terceirizam a fabricação, ficou em cerca de 1%, informou o gabinete de Yoon. Há também uma lacuna entre os fabricantes de chips locais e os principais fabricantes de chips contratados, como a TSMC, de Taiwan, afirmou.

    O ministro da Indústria, Ahn Duk-geun, disse que o governo pretende ajudar a aumentar a participação da Coreia do Sul no mercado global de chips que não de memória, como processadores móveis, para 10%, ante os atuais 2%.

    O pacote é maior do que os planos sinalizados pelo ministro das Finanças do país, Choi Sang-mok, no início deste mês, quando ele disse que o governo pretendia apoiar investimentos e pesquisas em chips no valor de mais de 10 trilhões de wons.

    Coreia do Sul anuncia pacote de US$19 bi para competir na “guerra” global de chips (msn.com)

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    Governo taxa pneu importado e gera preocupação no setor de transporte

    Na última terça-feira (23), o Grupo Executivo de Integração da Política de Comércio Exterior (GECEX) anunciou a imposição de medidas antidumping sobre pneus de carga montados em rodas de aros 20”, 22” e 22,5”, utilizados em caminhões e ônibus. A decisão tem gerado reações de descontentamento do setor, especialmente dos caminhoneiros, dos fabricantes de caminhões e carretas e dos produtores de implementos agrícolas.

    “Recebi com muita tristeza a notícia de que o governo brasileiro ampliou as medidas antidumping sobre os pneus importados. Isso aumenta muito o custo dos caminhoneiros e de todo o setor de transporte, já que impacta também os fabricantes de caminhões e implementos rodoviários”, declarou Janderson Maçanero, o Patrola, uma das principais lideranças dos transportadores autônomos, durante a primeira Reunião das Frentes Parlamentares do Caminhoneiro Autônomo e das Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas. O encontro também ocorreu na terça-feira, na Câmara dos Deputados.

    Patrola expressou preocupação com relação à capacidade dos fabricantes instalados no Brasil em fornecer pneus ao mercado nacional. “As fábricas locais não têm capacidade de infraestrutura para suprir todas as necessidades do mercado. Neste caso, os pneus importados são grandes aliados, pois hoje rodamos com segurança e eficiência com produtos de qualidade, testados e aprovados pelo Inmetro”, acrescentou.

    Impactos da medida no setor

    A imposição dessas medidas antidumping pode resultar em um aumento substancial no custo dos transportes, prejudicando diversos setores da economia que dependem do serviço. Outra preocupação levantada por Patrola é o impacto direto no bolso dos caminhoneiros e na economia doméstica. “Se o pneu que hoje pagamos entre R$1,2 mil e R$1,6 mil passar a custar R$3 mil, lá na nossa casa, o bife vai ser menor ou então nem vai ter”, alertou.
    Diante desse cenário, o líder da categoria considera imprescindível que o governo leve em consideração as

    preocupações e argumentos apresentados pelos caminhoneiros e outros setores afetados. “É fundamental buscar soluções que garantam a competitividade do mercado, sem comprometer a sustentabilidade econômica e a segurança dos trabalhadores”, disse.

    Saiba mais:
    Governo taxa pneu importado e gera preocupação no setor de transporte – Comex do Brasil

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