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Brasil e França assinam declaração de intenções na área da saúde

Documento contempla grandes áreas de trabalho conjunto, como fortalecimento dos sistemas de saúde e promoção da ciência e tecnologia. Acordo foi firmado no Planalto, na ocasião da visita do presidente francês Macron.

Publicada 28/03/2024

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou, nesta quinta-feira (28), declaração de intenções que visa à retomada da parceria estratégica entre Brasil e França na área da saúde pública. O documento foi firmado no Palácio do Planalto, na oportunidade da visita ao país do presidente francês, Emmanuel Macron.

A carta foi assinada por Trindade e pelo embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, representando a ministra da Saúde, Trabalho e Solidariedade do país europeu. A declaração contempla grandes áreas de trabalho conjunto, como o fortalecimento dos sistemas de saúde, e promoção da ciência, tecnologia e inovação em saúde.

Hoje, a ministra também se encontrou com o presidente da Assembleia da Guiana Francesa, Gabriel Serville. A declaração assinada entre os dois países também prevê a promoção e reforço da cooperação transfronteiriça em saúde entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa.

Histórico da cooperação Brasil-França

A cooperação entre Brasil e França na área da saúde tem longo histórico e remonta à construção das primeiras universidades e centros de pesquisa no Brasil. Exemplos importantes de cooperação foram a organização dos sistemas de urgência e emergência e do sistema de hemoterápico brasileiro, inspirado nos modelos de atendimento franceses.

Além disso, a cooperação existente na área de doenças transmissíveis, HIV/Aids, tuberculose e hepatites virais, resulta em políticas integradas, como quando, por exemplo, França e Brasil foram, respectivamente, o segundo e terceiro países a anunciar o uso do tratamento antirretroviral como estratégia de prevenção de HIV/Aids (TasP).

Ministério da Saúde
Brasil e França assinam declaração de intenções na área da saúde — Ministério da Saúde (www.gov.br)

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Crescem exportações, mas há desafios pela frente

O Brasil bateu recorde de exportações em 2023 (US$ 339,7 bilhões) com saldo comercial também inédito de US$ 98,8 bilhões (+60,6%), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Trata-se de uma expansão 10 vezes superior à média mundial, graças, entre outras razões, à retomada das relações bilaterais com vários países como China, Indonésia, México, Vietnã, Argélia, Uruguai e Paraguai e, ainda, à retirada de restrições americanas aos tubos de aço brasileiros, além do ingresso de novas empresas (+2%) no comércio internacional, totalizando 28.500 exportadoras.

A expectativa do governo para este ano é de um novo recorde de US$ 348 bilhões, pelo jeito, uma meta pode ser factível, a julgar pelo desempenho do primeiro bimestre. Janeiro e fevereiro fecharam com recorde de US$ 11,9 bilhões, um avanço de 145,9% sobre os US$ 4,9 bilhões de igual período de 2023, 111,8% dos quais em fevereiro. Nas importações, o Brasil chegou a US$ 240,8 bilhões em 2023, 11,7% sobre 2022 (US$ 272,6 bilhões).

Desafios múltiplos no setor de exportações
“Acordos comerciais são fundamentais para eliminar barreiras, tracionar as reformas internas, promover a competitividade industrial e incentivar o aumento da produtividade”, afirma Ana Karina Frota, presidente do Conselho de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Ceará e gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC. A seu ver, os acordos definem as regras que podem gerar mais assertividade e segurança jurídica ao ambiente de negócios, equilibrando condições de competição em mercados prioritários e facilitando o comércio e os investimentos.

A tendência, entretanto, é de um “crescimento contido” no comércio global que terá que enfrentar múltiplos desafios. Ela refere-se à desaceleração econômica em um contexto de condições financeiras limitadas com impacto sobre os negócios que terão que estar alinhados com cooperação global, integração comercial, tensões financeiras e inflação persistente. Ana Karina Frota alerta que em termos econômicos, o Brasil depende mais dos EUA do que da China, cenário que deve ser revertido em favor da China, o que exigirá maiores investimentos diretos chineses no Brasil.

Em sua análise, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) revelou ainda que “as empresas americanas são as principais concorrentes das empresas brasileiras no tocante à exportação de bens para os mercados asiático e europeu e que, enquanto a corrente de comércio entre Brasil e China se mostrou superavitária para a economia brasileira, a balança comercial com os Estados Unidos foi deficitária.

Reformas estruturais
Para a ampliação do intercâmbio comercial, a FIEC alinha antigos percalços como o custo do transporte, encargos, taxas e tarifas, além da velha burocracia, fruto de uma legislação já ultrapassada. Mas acredita que se o Brasil implementar reformas estruturais para reduzir o Custo Brasil, fortalecerá a competitividade da indústria nacional.

A gerente do CIN alerta para a necessidade crescente de práticas comerciais sustentáveis, dadas as exigências inegociáveis de mercados desenvolvidos por certificações e etiquetas “verdes”. E lembra que a União Europeia sinaliza a transição para uma economia circular com o objetivo de minimizar resíduos e otimizar o uso de recursos.

Mudança de paradigma
Para Igor Maia Gonçalves, sócio da APSV Advogados e presidente da Câmara Setorial de Comércio Internacional da Agência de Desenvolvimento do Ceará (ADECE), a dinâmica globalizada das relações comerciais e a interdependência econômica em comunidade levaram a significativas mudanças de paradigmas num sistema interconectado.

Por conta disto, ele aponta a pauta de sustentabilidade que tem impulsionado mercados estratégicos de exportações e importações, como o de energias renováveis. Também cita a conformidade regulatória nos parâmetros de compliance internacionais que dá maior competitividade nas relações negociais, o que explica o crescente interesse por certificações como o de Operador Econômico Autorizado. E, ainda, a capacidade de inovação tecnológica e a desburocratização de processos, temas recorrentes nas agendas de COMEX.

“Cada vez mais atributos como transparência, origem dos produtos, práticas éticas de fabricação e sustentabilidade tendem a ser compreendidos como uma vantagem competitiva e exigência de mercado”, observa, acrescentando que são iniciativas que podem impactar diretamente nos laços comerciais do Brasil com mercados importantes como China, Estados Unidos e União Europeia.

Comércio intrarregional
Igor Gonçalves vê nos acordos comerciais a saída para fortalecer e diversificar as parcerias para exportações. E lembra que a relação com os países do Mercosul é extremamente estratégica para o fortalecimento intrarregional do comércio exterior, com destaque para a Argentina. Otimista com o retorno, ainda neste ano, das negociações brasileiras com diferentes blocos comerciais, o executivo elogia o esforço da diplomacia brasileira, incluindo a presença no G20.

As oportunidades emergentes, entretanto, requerem ações voltadas à desburocratização e investimentos em tecnologia porque a digitalização de processos e transparências de dados são pontos que geram segurança e agilidade nas relações comerciais e são vistas com bons olhos pelo mercado internacional. “A agenda de transição energética tem sido conduzida globalmente de uma forma bastante orientada e convergente e, junto com a descarbonização, abre importantes janelas de oportunidade para exportações, especialmente para o hidrogênio verde”, diz. Mas alerta que o processo de mudança traz a necessidade de desenvolvimento de tecnologias que possam viabilizá-lo.

Convergência de interesses
A cônsul honorária da Alemanha no Ceará, Piauí e Maranhão, Marlene Pinheiro Gonçalves, diz que a parceria histórica entre os dois países tende a se fortalecer, dada a convergência de interesses, notadamente na área da energia, onde a Alemanha precisa diversificar sua matriz energética, e no processo de descarbonização. Os dois temas são foco do Instituto alemão GIZ, equivalente à Associação Brasileira de Cooperação. No Ceará, o SENAI abriu o Instituto Paulo Picanço para a formação de técnicos capazes de viabilizar o hidrogênio verde.

Para ela, a Alemanha quer continuar estreitando relações comerciais com o Brasil como seu quarto maior parceiro, mas não só na energia, como também na forte agricultura brasileira, além da migração técnica cooperativa, atraindo profissionais para a área da saúde, onde registra déficit. A cônsul lembra que há muito a ser explorado nesta cooperação e que a Alemanha aposta no potencial brasileiro diretamente através de suas empresas já instaladas (ThyssenKrupp, Volkswagen, Siemens, Mercedes-Benz, BASF) e no apoio técnico e financeiro voltados à inovação, citando o banco de desenvolvimento KFW.

Suprimento local ou próximo
O diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra), Arno Gleisner, diz que o comércio internacional será impactado mais fortemente pelos conflitos, seguidos pelos desequilíbrios ambientais, pelo aumento da classe média, pela desaceleração da economia da China e pela busca de fontes de suprimento locais ou mais próximas.

Os inúmeros episódios vivenciados a partir da pandemia e das guerras mostraram que fornecedores distantes ou sujeitos à insegurança poderiam ser pelo menos parcialmente substituídos por suprimentos mais próximos e seguros, fator que tende a beneficiar o Brasil.

Dentro deste cenário, predomina na Cisbra a opinião de que o maior dos acordos em andamento, o Mercosul–União Europeia, seja um caminho que trará resultados positivos. Da mesma forma, no médio prazo, a entidade aposta nos acordos com o grupo da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e com Singapura. Todos, entretanto, enfrentarão os desafios históricos do Custo Brasil, logística, infraestrutura e tributos.

Para Arno Gleisner, a infraestrutura é um dos setores mais promissores no comércio exterior pelo seu retorno, mesmo sendo investimentos demorados. A agropecuária, mesmo já sendo o carro-chefe brasileiro, ainda tem um mercado crescente com possibilidades de diversificação e com disponibilidade de áreas. “Nos serviços há significativo potencial de crescimento porque a geografia e os recursos naturais do Brasil o tornam potencial credor no mercado de carbono, bem como fonte de suprimento de energia verde”, comenta.

Acordos relevantes
Também o presidente do Conselho de Administração da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Arthur Pimentel, entende que as relações comerciais internacionais – exportações e importações – mudaram a partir de 2021, quando a Organização Mundial do Comércio (OMC) anunciou a nova política comercial em função de alterações geopolíticas contemporâneas. Ganham força os conceitos de nearshoring, friendshoring e powershoring, priorizando produtores próximos a mercados consumidores, realocando cadeias produtivas em países aliados, e transferindo processos produtivos para países com energia mais limpa e com menor custo, respectivamente.

“As relações comerciais entre países emergentes têm se tornado relevantes no atual cenário internacional, em função da escalada econômica e política de países como China, Índia, Brasil e Rússia”, afirma Pimentel observando que as vendas externas possibilitam para esses países geração de emprego, aumento de escala de produção, aquisição de conhecimento e aproveitamento de ganhos com especialização em diversas etapas das cadeias de valor.

Igualmente para a AEB, os acordos de livre comércio, em princípio, são concebidos para facilitação do comércio, a começar pelo Mercosul-União Europeia, negociado ao longo de 20 anos. “Ocorre, entretanto, uma distância entre finalizar e efetivamente ratificar e implementar, de forma plena, esse acordo, já que enfrenta inúmeros obstáculos políticos e setoriais com relação ao meio ambiente e social”, comenta Pimentel. A seu ver, há uma realidade a ser enfrentada pelos exportadores brasileiros, principalmente em termos de barreiras não tarifárias impostas às importações de produtos agrícolas fora do bloco, fator que pode impactar de maneira negativa as exportações brasileiras e atrasar a conclusão do acordo.

Em todos os blocos, o fato mais recente atende pelo nome de sustentabilidade e é uma tendência crescente. “É importante reconhecer que a prática da sustentabilidade ainda não constitui uma prioridade para grande parte das empresas que operam com o comércio exterior. Há muitos desafios a enfrentar na implantação de práticas e processos sustentáveis em âmbito internacional”, admite Pimentel.

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Acordo Mercosul-UE tem compromissos modernos para o comércio e o desenvolvimento sustentável, defende CNI

Para a indústria, o acordo vai dinamizar os setores econômicos, fomentar a criação de empregos, e viabilizar um marco contemporâneo de cooperação para o crescimento econômico sustentável e justo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reitera a defesa da conclusão do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia por considerar uma contribuição fundamental para as agendas de clima, sustentabilidade e comércio. Para a CNI, o acordo reforça os objetivos e compromissos climáticos globais.

O assunto foi citado no Fórum Econômico Brasil-França, realizado ontem (27), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo.

O texto, concluído tecnicamente em 2019 e que está sendo aprimorado atualmente nas rodadas de negociações iniciadas em 2023, estabelece um acordo associativo com benefícios equilibrados e concretos aos dois blocos.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, mesmo tendo 20 anos o início do processo, um recomeço demandaria uma quantidade maior de tempo, o que, certamente, implicará em novos ciclos de ajuste. E assim sucessivamente. Alban destaca que, ao tratar de comércio e desenvolvimento sustentável, o acordo já atende aos mais altos padrões, comparável a outros acordos comerciais modernos.

“A indústria vê este acordo como um marco institucional moderno e responsável para conduzir as relações econômico-comerciais no século XXI, levando em consideração a importância das questões ambientais e sociais junto aos objetivos econômicos”, destaca Ricardo Alban.

Ao longo dos anos, o acordo Mercosul-UE tem passado por evoluções e transformações significativas, o que demonstra a possibilidade de adaptação e resposta a preocupações atuais. Isso é evidente, por exemplo, pelas intensas rodadas de renegociações que têm ocorrido, desde 2023, que reforçam o compromisso de ambos os blocos de alinhar o texto a valores e expectativas contemporâneos.

As discussões contínuas refletem o reconhecimento da necessidade de um acordo comercial que promova o livre comércio e o crescimento econômico, em conformidade com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável e justiça social.

“Como qualquer outro acordo comercial, este não é um acordo estático. A negociação faz parte de um processo cíclico, que permite atualizações sempre que for necessário. Nesse sentido, as disposições estabelecidas servem como ponto de partida para ampliarmos o diálogo entre os dois blocos e aprimorar os padrões. Inclusive, faz parte do texto uma disposição específica de revisão, que permite melhorias contínuas dos compromissos originalmente estabelecidos”, explica Alban.

Entenda os compromissos incluídos na negociação do acordo Mercosul-União Europeia

Para a CNI, os compromissos incluídos na negociação atual do acordo respondem a desafios contemporâneos, o que demonstra a preocupação em manter o acordo atual. Confira:

  • Compromissos para que os blocos promovam o comércio de bens sustentáveis, inclusive nas cadeias de energias renováveis;
  • Compromissos e cooperação em comércio e empoderamento feminino;
  • Reforço na cooperação, para que a implementação do acordo promova o desenvolvimento econômico de maneira sustentável, atingindo todos e todas da sociedade;
  • Previsões a respeito de requisitos de importação exigidos em medidas domésticas relacionadas ao clima.

“Se o acordo não for concluído, nenhum dos compromissos dessa agenda moderna de desenvolvimento sustentável se transformará em compromisso jurídico internacional. Quem perde é o Mercosul, a União Europeia e a França, que não poderão contar com uma agenda de cooperação benéfica e de longo prazo para ambos”, avalia Ricardo Alban.

 

Com informações da CNI.

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FÓRUM BRASIL EXPORT – Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura de Transportes

 

O Sul Export 2024 será realizado nos dias 25 e 26 de março em Balneário Camboriú/SC e discutirá a infraestrutura logística e o mercado de negócios dos três estados da região, com debates, visitas técnicas e encontros de relacionamento.

A integração dos modos de transporte na região é essencial para garantir a eficiência operacional da movimentação de cargas, com conectividade adequada e entendimento real dos fluxos de transporte.

A visita técnica será ao terminal privado Portonave, localizado no município catarinense de Navegantes.

Programação

25 | Março

9h00 – Saída do veículo oficial do Mercure Balneário Camboriú

10h00 – Visita na Portonave, Navegantes/SC (INSCRIÇÕES ESGOTADAS)

13h00 – Almoço para comitiva da visita nas dependências da Portonave

15h00 – Credenciamento e início da transmissão ao vivo pela Rede BE News

15h30 – InfraJur – Encontro de Direito da Logística, Infraestrutura e Transportes

 

Abertura: Celso Peel, Coordenador Científico do Conselho Jurídico do Centro de Estudos do Brasil Export e Desembargador do TRT/SP

Painel 1 do InfraJur: Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso)

Introdução: Benjamin Gallotti, Sócio da Galotti Advogados Associados, e Sergio Aquino, Presidente da Federação Nacional das Operações Portuarias (Fenop)

Apresentação: Benjamin Zymler, Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)

16h45 – Coffee break

17h15 – Painel 2 do InfraJur: Os incentivos fiscais estaduais no contexto da reforma tributaria e seus impactos no setor de logística e comércio exterior

Moderação: Diego de Paula, Gerente Jurídico da Portonave

Debatedores

– Laércio Uilana, Conselheiro titular e vice-presidente de Turma do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF)
– Victor Macedo, Mestre em Direito Tributario pela FGV/SP e Conselheiro do TAT/SC

Encerramento: Douglas Alencar Rodrigues, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Presidente da CELORTOS

18h30 – Solenidade de abertura com autoridades presentes

  • Palestra de abertura de Mariana Pescatori, Secretaria-Executiva do Ministério de Portos e Aeroportos
  • Fabricio Juliao, CEO do Grupo Brasil Export
  • Beto Martins, Secretario de Portos, Aeroportos e Ferrovias do Governo de Santa Catarina
  • Fabricio Oliveira, Prefeito de Balneario Camboriú
  • Libardoni Fronza, Prefeito de Navegantes
  • Jesualdo Silva, Presidente da ABTP e do Conselho do Sul Export
  • José Roberto Campos, Presidente do Conselho Nacional do Brasil Export
  • Demais autoridades confirmadas20h00 – Coquetel para convidados inscritos

    26 | Março

    8h30 – Credenciamento e início da transmissão ao vivo pela Rede BE News

    9h00 – Palavras de boas-vindas pelo presidente do Conselho Nacional, José Roberto Campos, e pelo presidente do Conselho do Sul Export, Jesualdo Silva

    9h15 – Apresentações: Concessões, arrendamentos e oportunidades de financiamento para projetos de portos e hidrovias na região Sul

    • Tiago Toledo Ferreira, Chefe do Departamento de Logística e Transporte do BNDES
    • Renato Dias Marques, Presidente da Invest SCPar
      10h00 – Painel 1: Acessos terrestres a portos e aeroportos* Caminhos para adequar a infraestrutura rodoviaria e ferroviaria de transportes as necessidades do setor produtivo
      * Corredores logísticos prioritários para crescimento da competitividade na região
      * Iniciativas de inovação para ganhos de eficiência na movimentação de cargasModeração: Leopoldo Figueiredo, Diretor-Geral da Rede BE NewsDebatedores

      – Andre Maragliano, Diretor de Terminal Portuário da Cargill
      – Felipe Queiroz, Diretor da ANTT
      – João Arthur Mohr, Gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
      – Ricardo Molitzas, Presidente do Instituto Brasil Logística (IBL)

      11h15 – Coffee-break

      11h45 – Painel 2: Concessões dos canais de acesso aos portos e de hidrovias na regiao Sul

      * Diretrizes para modelagem dos contratos
      * Papel do Poder Público na transição e ao longo da vigência das concessões
      * Segurança das manobras e manutenção do calado

      Moderação: Leopoldo Figueiredo, Diretor-Geral da Rede BE News

      Debatedores

      – Cristiano Klinger, Presidente da Portos RS
      – Ricardo Delfim, Diretor Comercial da Jan de Nul
      – Casemiro Tércio Carvalho, Consultor e Sócio da 4 Infra
      – Jacqueline Wendpap, Diretora-Executiva do Instituto Praticagem do Brasil

      13h00 – Almoço

      14h30 – Dinamica: Investimentos e protagonismo dos terminais portuários da região Sul

      * Iniciativas sustentáveis para ganhos de eficiência e de mercado
      * Preparativos para receber navios das novas gerações
      * Rotas de escoamento da produção do Centro-Oeste e do Mercosul

      Apresentações

      Portonave – Osmari de Castilho Ribas, Diretor Superintendente-Administrativo
      Porto Itapoa – Cassio José Schreiner, CEO
      TESC – Fabio Mota, CFO/Diretor Financeiro
      Wilson Sons – Paulo Bertinetti, Diretor-Presidente do TECON Rio Grande

      Moderaçao: Leopoldo Figueiredo, Diretor-Geral da Rede BE News

      15h45 – Coffee break

      16h15 – Painel 3: Impactos e reflexos das atividades portuária e industrial nas cadeias de negócios

      * Portos e indústrias como geradores de emprego e renda
      * Sintonia com agenda ESG e garantias de qualidade de vida da população
      * Indústria dos cruzeiros marítimos dentro da estratégia das administrações portuarias

      Moderação: Leopoldo Figueiredo, Diretor-Geral da Rede BE News

      Debatedores

      – André Luiz Pioli, Diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Parana
      – Cleverton Vieira, Diretor-Presidente do Porto de Sao Francisco do Sul
      – Mario Povia, Diretor-Executivo do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI)
      – Urbano Lopes de Sousa Netto, Presidente do Porto de Imbituba
      – Cristiano Klinger, Presidente da Portos RS

      17h30 – Encerramento


    Aproveito para convida-los a participar dos demais

 

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Paranaguá lança rota marítima direta para a China

Com a chegada do navio porta-contêineres chinês Cosco Shipping Brazil, o Porto de Paranaguá inaugurou uma nova rota marítima direta para o mercado asiático.

Esta rota, chamada ESA, conecta a costa leste da América do Sul diretamente com o Extremo Oriente asiático; fortalecimento das relações comerciais do Paraná com a China.

O evento de lançamento também contou com a presença do vice-governador Darci Piana; e faz parte das comemorações dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China. Luiz Fernando Garcia, presidente da Portos do Paraná, destacou a importância de estreitar a relação com a China; Principal cliente de Paranaguá.

A vice-governadora Piana destacou o crescimento econômico do Paraná e sua relevância como produtor mundial de alimentos. A Cosco Shipping Brasil, inaugurada em novembro de 2023, tem capacidade para 14.100 TEUs; e conta com 2.100 tomadas para embalagens refrigeradas, destacando a importância do mercado de congelados.

Além disso, o berço reforça a presença do Porto de Paranaguá na rota de navios de grande porte; Resultado de investimentos para aumentar a profundidade e melhorar a infraestrutura. Certamente, esses esforços possibilitaram a quebra de recordes históricos na movimentação de cargas; com mais de 65 milhões de toneladas movimentadas em 2023, ressaltando o papel crucial de Paranaguá no comércio global.

Saiba mais em: TodoLOGÍSTICA NEWS

Paranaguá estrena ruta marítima directa a China – TodoLOGISTICA NEWS

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Indústria do Sul promove integração com câmaras para fortalecer comércio internacional

Florianópolis, 21.03.2024 – Representantes de 17 câmaras bilaterais de comércio internacional do Sul do Brasil apresentaram, nesta quinta (21), a profissionais do setor de indústrias os seus serviços de apoio ao comércio binacional. O encontro foi promovido pela Câmara de Comércio Exterior da FIESC, em parceria com as áreas de promoção de comércio exterior das federações das indústrias dos três estados do Sul do Brasil.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrou que a ampliação da inserção de cada estado no mercado global exige maior competitividade do setor industrial. Sob esse aspecto, ele citou o exemplo de Santa Catarina, que tem a segunda indústria mais competitiva no Brasil, perdendo com um índice de um milésimo inferior ao de São Paulo, apesar da reconhecida deficiência da infraestrutura de transporte catarinense. A identificação de 14 setores portadores de futuro indica, segundo Aguiar, a diversidade do setor industrial catarinense. “As exportações catarinenses são, no Brasil, as que geram a maior quantidade de dólares por tonelada, ou seja, possuem maior valor agregado”, disse.

Neoindustrialização

“A indústria catarinense está alinhada às diretrizes da neoindustrialização e do Programa Nova Indústria Brasil, criado pelo governo federal”, afirmou Aguiar, lembrando que Santa Catarina tem uma posição estratégica, que está em sintonia com as tendências globais (veja quadro ao final). “Uma marca importante de Santa Catarina é que, das 52 mil indústrias existentes, 98% nasceram no estado, surgiram pequenas, ganharam dimensão inicialmente regional, depois estadual e nacional e muitas hoje são referência internacional. “Santa Catarina e o Rio Grande do Sul têm uma indústria de base familiar”, afirmou.

O secretário-executivo de Articulação Internacional do governo catarinense, Juliano Froehner, salientou a importância do desenvolvimento de um ecossistema de comércio exterior. “Uma forte conexão entre todos os players do segmento faz com que os negócios surjam”, disse.

Base exportadora

A ampliação da base exportadora da indústria brasileira é uma das preocupações da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou a gerente de relações internacionais da entidade, Fernanda Maciel Carneiro. Segundo ela, apenas 0,88% das empresas brasileiras exportam atualmente; 4% das indústrias de transformação fazem uma venda internacional em seus 10 primeiros anos de existência. Por outro lado, nos 10 anos, 40% das micro e pequenas indústrias nacionais passaram a exportar.

Compliance

A adoção de políticas de compliance como fator essencial na produção, incluindo prevenção a formas de trabalho ilegais (infantil ou análoga à escravidão) é um cuidado que precisa ser tomados, alertou a diretora-executiva da representação brasileira da Federação das Câmaras de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês), Gabriella Dorlhiac.

“A internacionalização é um dos eixos de ação da FIESC e, nesse propósito, oferecemos uma série de serviços de consultoria, estudos e capacitações”, destacou a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante. “A internacionalização, promover conexões, estar presentes em países está no centro das estratégias da FIESC”, acrescentou.

A posição estratégica de SC na neoindustrialização

TENDÊNCIA GLOBALSANTA CATARINA
Reorganização das Cadeias Globais de ValoresSe insere nos níveis internacionais de competitividade e possui diversificação produtiva. Exporta produtos de alta e média-alta intensidade tecnológica – com taxa de 26,5%, ante 14,2% da média nacional.
Integração RegionalAdota nearshoring (prática de negócios na qual uma empresa contrata serviços ou estabelece parcerias em países próximos geograficamente). São  221 parceiros comerciais, sendo 14,6% das exportações para os EUA.
Transformação digital e qualificaçãoPossui um ecossistema de inovação e profissionais qualificados. É líder nacional na competitividade do Capital Humano, segundo ranking CLP.
Indústria 4.0Empresas catarinenses são líderes globais e o parque industrial do estado é moderno. SC detém o 2º maior Índice de Competitividade Industrial do país.
SustentabilidadeO setor industrial do estado está estruturado nas pautas ESG. É destaque internacional em equipamentos de energia renovável.
Responsabilidade socialO estado possui polos econômicos bem distribuídos e uma indústria inclusiva, além de menores taxas de informalidade e de desigualdade do país.
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GIGANTES DO PETRÓLEO JÁ EXPLORAM NOVA FRONTEIRA MUNDIAL NA MARGEM EQUATORIA

GIGANTES DO PETRÓLEO JÁ EXPLORAM NOVA FRONTEIRA MUNDIAL NA MARGEM EQUATORIAL

E a Petrobras está atrasada. A gigante ExxonMobil, grande importadora no Brasil, brilha com a primeira descoberta de petróleo na Guiana, enquanto a Petrobras aguarda licença ambiental no Amapá.

A ExxonMobil, uma das gigantes globais da energia, realizou sua primeira descoberta de óleo em 2024 no poço Bluefin, localizado no bloco Stabroek, no litoral da Guiana.

Desde a descoberta de uma grande jazida de petróleo ao largo da sua costa, o pequeno país sul-americano vai ter que gerir o vertiginoso arranque da sua economia.

Com o amadurecimento da produção no pré-sal brasileiro, a nova fronteira para a Petrobras explorar petróleo vai ser a margem equatorial. A americana ExxonMobil já está produzindo… E os franceses atentos.

Saiba mais em Le Mond:
https://www.lemonde.fr/economie/article/2024/03/21/le-guyana-naissance-d-un-nouveau-geant-petrolier_6223191_3234.html
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Economia, Mercado Internacional

Dados econômicos da China dão sinais de melhora no primeiro bimestre do ano

A produção industrial, o investimentos em ativos fixos, as vendas no varejo e o setor de serviços cresceram mais que o esperado, enquanto o desemprego urbano ficou praticamente estável em janeiro e fevereiro.

Roberto de Lira   

A economia da China emitiu vários sinais de melhora durante o primeiro bimestre de 2024, de acordo com dados oficiais divulgados nesta segunda-feira. A produção industrial, o investimentos em ativos fixos, as vendas no varejo, e o setor de serviços cresceram mais que o esperado, enquanto o desemprego urbano ficou praticamente estável em janeiro e fevereiro.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), a produção da indústria chinesa avançou 7% no acumulado de janeiro e fevereiro em relação ao ano anterior, acima dos 5% esperados pelo consenso LSEG de analistas. Foi destacado especialmente o crescimento nos setores de manufatura de alta tecnologia e de bens de consumo.

A área de alta tecnologia registrou um aumento anual de 7,5% na produção industrial durante o bimestre, média 1,1 ponto percentual acima da observada em dezembro de 2023. Foi o terceiro mês de expansão acelerada.

O setor industrial de bens de consumo viu a sua produção industrial aumentar 4,7% em termos anuais, acelerando 4,4 pontos percentuais em relação a dezembro de 2023.

Investimento

O investimento em ativos fixos da China aumentou 4,2% anualmente nos primeiros dois meses deste ano, 1,2 ponto percentual acima da taxa de crescimento anual de 2023, mostraram os dados do NBS.

O investimento totalizou 5,0847 trilhões de yuans (cerca de US$ 717 bilhões) em no bimestre, informou a agência em comunicado, segundo a Xinhua.

Varejo

As vendas no varejo de bens de consumo da China, um importante indicador da força do consumo do país, aumentaram 5,5% anualmente nos primeiros dois meses de 2024. Para este dado, as projeções dos analistas eram mais conservadoras, mostrando uma expansão de 5,2%.

O crescimento foi comparado com um aumento de 3,5% registado durante o período de janeiro a fevereiro de 2023.

As vendas no varejo online aumentaram 15,3% ano a ano, com as vendas digitais de bens físicos expandindo 14,4% e representando 22,4% do total das vendas varejistas do segmento.

Serviços

O setor de serviços da China registrou um crescimento mais rápido nos primeiros dois meses de 2024, com um índice oficial de produção subindo 5,8% em termos anuais. Foi uma aceleração ante a taxa de crescimento de 5,5% observada no mesmo período de 2023.

“O setor de serviços mostrou um impulso de crescimento sólido com números robustos de hospedagem, alimentação e transporte”, disse o porta-voz do NBS, Liu Aihua, em entrevista coletiva.

O aquecimento do mercado consumidor e o crescimento do consumo nas férias contribuíram para serviços vibrantes, disse Liu, citando o aumento das receitas de catering, da bilheteira nos cinemas e dos gastos com turismo durante o feriado do Festival da Primavera, em fevereiro.

Desemprego

A taxa média de desemprego urbano na China ficou em 5,3% nos primeiros dois meses de 2024, 0,3 ponto percentual abaixo da observada no mesmo período do ano passado.

No mês passado, a taxa de desemprego urbano pesquisada nas 31 principais cidades chinesas situou-se em 5,1%, uma queda anual de 0,6 pontos percentuais.

Em 2024, a China pretende criar mais de 12 milhões de empregos nas áreas urbanas e manter a taxa de desemprego urbano em cerca de 5,5%.

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Dados econômicos da China dão sinais de melhora no primeiro bimestre do ano (infomoney.com.br)

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Gastos de brasileiros em sites internacionais sobem mais que o dobro em 2023

REMESSA CONFORME, um tema que estaremos abordando mais a fundo nesta edição da Itajaí Comex Summit 2024.

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O valor chegou a R$ 6,4 bilhões em 2023; número de encomendas aumentou após programa Remessa Conforme

Os brasileiros gastaram mais que o dobro em um ano com compras em sites internacionais em 2023. Segundo a Receita Federal, no ano passado os consumidores desembolsaram R$ 6,42 bilhões com cerca de 210 milhões de encomendas em e-commerces estrangeiros.

Segundo a pasta, em 2022, aproximadamente R$ 2,57 bilhões foram gastos em 178,6 milhões de compras.

A Receita também informou que o número de declarações de importação teve um salto de 3,41 milhões em 2022 para 57,83 milhões em 2023.

O Fisco destacou que a maioria das encomendas não pagou impostos, taxas ou contribuições. A pasta atribui ao programa “Remessa Conforme”, que desde agosto do ano passado isentam compras de até US$ 50 (R$ 248,75 na data da publicação desta matéria).

“Note-se que o aumento expressivo de 1.596% no total de declarações de importação das remessas postais [via Correios] foi ocasionado em grande parte pela implementação do Programa Remessa Conforme”, diz a nota da Receita.

As novas regras são voltadas aos sites ou aplicativos estrangeiros que atuam no Brasil. Essas empresas devem aderir ao programa para ter as compras realizadas por meio delas isentas de cobrança federal no país.

Contudo, por determinação dos estados, ainda incide a alíquota de 17% de ICMS para todas as compras feitas nesses market places.

Para as encomendas acima de US$ 50 e até US$ 3 mil (R$ 14.934,30) permanecem a tributação da alíquota de 60% de imposto de importação pelo Regime de Tributação Simplificada (RTS), além do ICMS.

A tarifa zero, no entanto, implica na arrecadação do governo, especialmente no momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca aumentar as receitas para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal este ano.

Além isso, há a reclamação do setor varejista brasileiro sobre a dificuldade na competitividade com produtos estrangeiros, em especial vindo da China.

A Receita estima que a falta de taxação para comprinhas online pode gerar uma “perda potencial” de arrecadação em aproximadamente R$ 34,93 bilhões até 2027.

Haddad reconhece o problema e já indicou que as compras voltarão a ser taxadas em “um segundo momento” até para que se possa compensar a perda de arrecadação com outras medidas, como a desoneração da folha de pagamento.

Também vem sendo ventilado o desejo dos estados em aumentar o valor cobrado nos estados, de 17% para 25% de ICMS. Mas a discussão foi adiada – ao menos por enquanto.

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Chineses cancelam exportações dos EUA

A razão por trás desses cancelamentos está enraizada na queda dos preços globais do trigo


Os exportadores privados dos Estados Unidos foram surpreendidos com o cancelamento da venda de 504.000 toneladas de trigo destinadas à China, marcando o maior número de cancelamentos desde 1999, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Os cancelamentos ocorreram nos dias 7, 8 e 11 de março, refletindo um movimento inesperado após várias compras significativas de trigo feitas pela China aos EUA em dezembro de 2023.

A razão por trás desses cancelamentos está enraizada na queda dos preços globais do trigo, de acordo com Tanner Ehmke, economista de grãos e oleaginosas do CoBank. Os preços FOB (Free On Board) do trigo russo e ucraniano despencaram para menos de US$ 200 por tonelada, enquanto os preços do trigo macio vermelho de inverno (SRW) nos EUA permanecem acima de US$ 220 por tonelada.

Ehmke explicou: “As exportações da Rússia são ainda ajudadas pela sua moeda fraca”. No ano passado, o rublo russo em relação ao dólar americano caiu 15%, fortalecendo a competitividade dos produtos agrícolas russos no mercado internacional. “O mercado também está precificando as expectativas de outra grande safra de trigo russa, com a umidade do solo na região sendo favorável no início da primavera”, acrescentou Ehmke.

A China, atenta a essas mudanças no cenário internacional, anunciou na semana passada que investirá 140,63 mil milhões de yuans (aproximadamente 19,6 mil milhões de dólares) no armazenamento de grãos, óleos comestíveis e outros materiais. Esse montante representa um aumento de 8,01% em relação ao ano anterior, indicando um esforço para garantir a segurança alimentar e estratégias de estoque em meio às oscilações nos preços globais de commodities agrícolas.

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Chineses cancelam exportações dos EUA (agrolink.com.br)

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