­
Industria Archives - Página 6 de 48 - Reconecta News Botão Flutuante com Formulário
Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são necessários para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para exibir.

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para exibir.

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para exibir.

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para exibir.

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para exibir.

Economia, Gestão, Industria, Informação, Negócios, Notícias, Tributação

Ao lado de Haddad, ministro francês reconhece que tarifas de Trump “aceleram” discussões com Mercosul

O ministro francês da Economia, Eric Lombard, reiterou nesta terça-feira (1), ao lado do brasileiro Fernando Haddad, a oposição francesa à ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O francês reconheceu, entretanto, que a guerra comercial travada pelo presidente Donald Trump com os parceiros comerciais dos Estados Unidos “aceleram” as discussões em favor do tratado com o bloco sul-americano.

Haddad e Lombard tiveram uma série de reuniões em Paris e o futuro do tratado, assinado entre a Comissão Europeia e o Mercosul em dezembro, foi abordado.

“O Brasil é entusiasta do acordo e o presidente Lula liderou pessoalmente as negociações para a conclusão das negociações”, lembrou Haddad, em coletiva de imprensa. “Eu pessoalmente acredito que esse acordo vá além da questão econômica. Ele é uma resposta política importante, na direção correta de impedir que o mundo volte a uma situação bipolar que, a essa altura, não interessa a ninguém”, salientou Haddad.

Ao seu lado, Eric Lombard reiterou a oposição da França ao acordo, denunciado por agricultores e ecologistas no país. O ministro francês disse que Paris e Brasília têm em comum o desejo de “desenvolver o multilateralismo e o espírito de cooperação no mundo”, mas reafirmou que “as condições hoje não estão postas” para que o texto seja ratificado pela França.

“É claro que o acordo Mercosul-UE se inscreve neste contexto [de desenvolvimento do multilateralismo]. Devemos encontrar as vias e formas de um acordo”, comentou Lombard. “Nos falta, para concluí-lo, um certo número de ajustes, que envolvem em especial as questões de pegada ecológica, na área industrial, e alguns assuntos relativos à agricultura”, explicou o ministro francês.

O assunto deve ser um dos focos da visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará à França no começo de junho. Fernando Haddad defendeu que a maior integração das economias, por meio do acordo negociado há 25 anos, pode torná-las mais competitivas, “tanto do ponto de vista da agricultura quanto do ponto de vista industrial. Poderia, ainda “pavimentar um caminho que seja uma alternativa ao que está se desenhando, que não concorre para a prosperidade mundial”, frisou.

Retaliações de Trump

Questionado sobre a nova rodada de “tarifas de retaliação” que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu anunciar neste dia 2 de abril, o ministro da Fazenda reiterou que veria com “uma certa estranheza” se o Brasil fizer parte do pacote, uma vez que é deficitário na balança comercial com Washington tanto em bens, como em serviços. Haddad salientou que o governo brasileiro mantém negociações com o americano em busca de um entendimento.

“Nós estamos na mesa de negociação desde sempre com aquele país, justamente para que a nossa cooperação seja cada vez mais forte”, disse. “O presidente Lula trabalhou, nos últimos anos, com o Estado americano. Nós não fazemos distinção entre governos. Nós vamos manter essa postura de abertura nas negociações e de desejo de uma prosperidade mútua nas relações bilaterais”, complementou.

A reunião bilateral com Eric Lombard, seguida de um almoço com empresários franceses e uma sessão de Diálogos Econômicos Brasil-França, encerra a visita de dois dias de Haddad a Paris. Em uma discurso de abertura do evento, Lombard salientou a importância da parceria com o Brasil “em um contexto internacional perturbado” e lembrou que, juntos, França e Brasil representam 5% do PIB mundial.

Haddad também mencionou  que a colaboração bilateral “é crucial, especialmente em tempos de incertezas econômicas”, e observou que economia verde abre possibilidades de aumento das cooperações com a França.

FONTE: FRI
Ao lado de Haddad, ministro francês reconhece que tarifas de Trump “aceleram” discussões com Mercosul

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Industria, Informação, Negócios, Tributação

Entenda a Lei da Reciprocidade Econômica, a resposta do Senado ao tarifaço de Trump

Medida propõe mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (1º) um projeto que cria a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida é uma resposta ao tarifaço do presidente americano Donald Trump e propõe mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros. As informações são do g1.

O texto prevê que o governo federal poderá agir para combater decisões unilaterais estrangeiras que:

  • violem e prejudiquem acordos comerciais do Brasil;
  • ameacem ou apliquem sobretaxas; ou
  • decretem critérios ambientais para produtos brasileiros, mais rígidos do que os aplicados para os mesmos produtos nos países importadores.

A proposta tem apoio do governo e da bancada do agronegócio. Além de responder às sobretaxas anunciadas recentemente por Trump em relação a produtos de fora, a medida também mira em ações da União Europeia contra a agropecuária brasileira — incluindo a resistência em assinar o acordo com o Mercosul — por suposta falta de compromisso ambiental.

— Essa é uma lei que não é só para os EUA, ela contempla todos os mercados que fazem comércio exterior com o Brasil. Não é uma retaliação, é uma proteção quando os produtos brasileiros forem retaliados — afirmou a relatora do texto, senadora Tereza Cristina (PP-MS).

O projeto deve seguir agora para a análise da Câmara dos Deputados, desde que não haja recurso para votação no plenário principal do Senado.

— Mais uma vez, quero dizer que falaremos com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta, para que a Câmara possa apreciar essa matéria em caráter de urgência. Muito importante a senadora Tereza fazer o mesmo para que nós possamos ter, na Câmara, uma rápida apreciação — afirmou o presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), após a votação.

Atualmente, o Brasil não adota tarifas específicas contra países. As regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) preveem o princípio da “nação mais favorecida” entre seus membros — ou seja, a proibição de favorecer ou penalizar um colega de OMC com tarifas. Em discursos recentes, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem defendendo que o Brasil adote a reciprocidade em casos de taxação.

O que diz a proposta

O projeto prevê que o Poder Executivo poderá adotar contramedidas a barreiras comerciais ou legais decretadas, no mercado internacional, contra produtos brasileiros. As medidas poderão ser aplicadas de forma isolada ou de forma cumulativa.

Um dos mecanismos autorizados é a adoção de sobretaxas nas importações de bens ou de serviços contra um país ou bloco econômico que retaliar o Brasil. Nesse caso, o governo poderia, por exemplo, definir um imposto de importação mais alto para os produtos vindos dos Estados Unidos. Também poderá ser decretada a suspensão das obrigações do Brasil com outros acordos comerciais estrangeiros.

Há ainda uma outra medida de retaliação a ser aplicada em “caráter excepcional”: o governo poderia suspender direitos de propriedade intelectual. Nesse caso, o Brasil poderia suspender o envio de royalties e o registro de patentes a indústrias e indivíduos do país atingido. Enquanto a retaliação vigorar, o Brasil deixaria de compensar ou remunerar o titular da patente pelo uso não autorizado.

Pelo relatório da senadora Tereza Cristina, essa medida só poderá ser decretada se as anteriores forem “consideradas inadequadas” para reverter o entrave comercial. A restrição é uma novidade em relação ao texto original aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado.

As retaliações brasileiras poderão ser provisórias ou por tempo indeterminado. Se o projeto virar lei, o governo estará autorizado a alterar ou suspender as medidas conforme o avanço de negociações.

A proposta também determina que as medidas de retaliação do governo brasileiro deverão ser, “na medida do possível”, proporcionais ao impacto econômico causado pelas medidas unilaterais de outros países ou blocos.

Segundo o texto, o governo terá de monitorar os efeitos das medidas e o avanço de negociações com os outros países. Esses dados poderão servir para mitigar ou anular os efeitos das retaliações.

Consultas diplomáticas poderão ser feitas para substanciar esses relatórios, com a participação do Itamaraty e de outros interessados.

FONTE: NSC Total
Entenda a Lei da Reciprocidade Econômica, a resposta do Senado ao tarifaço de Trump – NSC Total

Ler Mais
Economia, Industria, Informação, Negócios, Sustentabilidade

Petrobras faz parceria com BNDES e busca rentabilidade no mercado de créditos de carbono

Protocolo de intenções prevê compra de créditos de carbono de projetos de reflorestamento na Amazônia financiados pelo Banco

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram um protocolo de intenções para impulsionar um programa de aquisição de créditos de carbono. O projeto, denominado Pro Floresta+, visa a restauração florestal de 50 mil hectares na Amazônia e pode movimentar até R$ 1,5 bilhão.

O protocolo foi assinado pelos presidentes das respectivas instituições, Magda Chambriard e Aloizio Mercadante, na sede da Petrobras no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (31).

De acordo com Magda, o Pro Floresta+ representa um avanço significativo na agenda de sustentabilidade da estatal. “Esse programa de carbono é uma verdadeira revolução. Estamos demonstrando nossa preocupação com o meio ambiente, mas também entrando no mercado para fazer dinheiro com isso”, afirmou a executiva.

Ela ressaltou ainda que o grande diferencial do programa é estabelecer um preço de referência para os créditos de carbono, o que pode estimular o desenvolvimento desse mercado no Brasil.

Leilões para créditos de carbono e financiamento facilitado

O modelo adotado pelo ProFloresta+ prevê leilões competitivos para selecionar empresas que realizarão o reflorestamento na Amazônia. A Petrobras se compromete a comprar os créditos de carbono dessas empresas, enquanto o BNDES financiará os projetos por meio do Fundo Clima, com juros de 1% ao ano.

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a importância do programa. “Estamos falando de replantar floresta nativa no bioma amazônico, no arco do desmatamento. Trata-se de uma solução completa para o negócio de restauração ambiental”.

Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, explicou que o modelo adotado permite uma formação de preços mais transparente e eficiente.

“Uma empresa que vai investir na reflorestação participará de um processo competitivo organizado pela Petrobras. Quem oferecer o melhor preço ganha, e com esse contrato de compra e venda (PPA), o BNDES pode financiar o projeto sem exigir garantias corporativas ou cartas de fiança.”

Com preços mais transparentes e previsíveis, outras empresas podem se interessar por esse mercado, aumentando a demanda e valorizando os créditos de carbono ao longo do tempo. Além disso, a parceria da Petrobras com o BNDES possibilita um modelo no qual a estatal garante a compra dos créditos, enquanto o banco financia os projetos de reflorestamento. Isso reduz o risco para os investidores ambientais e pode gerar uma oferta estável de créditos de carbono a preços competitivos.

O edital do primeiro leilão está previsto para julho deste ano e terá um investimento inicial de R$ 450 milhões. O objetivo é estruturar cinco projetos-piloto, cada um cobrindo 3 mil hectares e capturando cerca de 1 milhão de toneladas de carbono.

Parceria com Instituto Francês reforça investimentos da Petrobras em transição energética

Além do Pro Floresta+, a Petrobras firmou um acordo de cinco anos com o Instituto Francês do Petróleo e Energias Renováveis (Ifpen) para pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&DI) em transição energética e descarbonização.

A diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, destacou as áreas de atuação da parceria: “Captura e armazenamento de CO2, geração renovável, armazenamento de energia, mobilidade elétrica e biocombustíveis estão entre os focos desse acordo”.

Esse movimento faz parte do Plano Estratégico da Petrobras, que prevê US$ 16,3 bilhões em projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos. O acordo também permite colaborações com subsidiárias do Ifpen, como o Grupo Axens e a Beicip-Franlab, ampliando o intercâmbio tecnológico e acelerando a implementação de novas soluções sustentáveis.

FONTE: Seu Dinheiro
Petrobras faz parceria com BNDES visando mercado de carbono

 

Ler Mais
Economia, Industria, Informação, Notícias

Petrobras anuncia redução do preço do diesel nas refinarias

Estatal anunciou redução de R$ 0,17 por litro a partir desta terça-feira (1º)

A Petrobras vai reduzir o preço médio do diesel vendido em suas refinarias em 4,6%, afirmou a presidente Magda Chambriard, nesta segunda-feira (31), a jornalistas.

Após a declaração, a estatal publicou um comunicado detalhando a redução, que a medida passa a valer nesta terça-feira (1°).

A estatal reduzirá seus preços de venda de diesel para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,55 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro.

Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 0,94 / litro, uma redução de 20,9%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,45/ litro ou 29,0%.

FONTE: CNN Brasil
Petrobras anuncia redução do preço do diesel nas refinarias | CNN Brasil

Ler Mais
Economia, Industria, Informação, Investimento, Sustentabilidade

ApexBrasil lança programa para descentralizar investimentos estrangeiros no Brasil

Iniciativa busca atrair recursos para regiões menos contempladas e impulsionar a economia verde

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), vai lançar na próxima sexta-feira (4/4) o programa “Investe Mais Estados”. A iniciativa tem como principal objetivo diversificar os destinos dos investimentos estrangeiros no Brasil e impulsionar soluções sustentáveis em todas as regiões do país.

Atualmente, a maior parte dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, que respondem por aproximadamente 80% das receitas brutas geradas por empresas internacionais no país. Enquanto isso, Norte e Nordeste representam apenas cerca de 10% desses recursos. Com o “Investe Mais Estados”, a ApexBrasil pretende reverter essa concentração, promovendo visitas de investidores a diferentes regiões, mapeando oportunidades e orientando estados na estruturação de projetos para captar financiadores internacionais.

O evento de lançamento acontece no B Hotel, em Brasília, e vai contar com a presença do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, da chefe da Representação do BID no Brasil, Annette Killmer, além de autoridades federais.

Jorge Viana destaca a importância estratégica do programa para estimular um desenvolvimento mais equitativo e sustentável no Brasil. “O lançamento é um marco para diversificar os destinos de investimentos estrangeiros no Brasil. Nossa gestão tem um olhar muito especial para o Norte e Nordeste em relação às exportações, e iremos fazer o mesmo com a atração de investidores. Além disso, queremos atrair recursos internacionais para combater as mudanças climáticas, que são uma emergência global”, comentou.

O governo federal estima que o Plano de Transformação Ecológica (PTE) do Brasil precisa de US$ 130 bilhões anuais em investimentos para avançar em pesquisa e desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, a diversificação dos investimentos é essencial para garantir que todas as regiões possam se beneficiar dos recursos internacionais e contribuir para a descarbonização da economia.

A chefe da Representação do BID no Brasil, Annette Killmer, reforça o compromisso da instituição com o programa. “A diversidade oferecida pelos estados brasileiros é um ativo extremamente valioso. Queremos ajudar governos e empresas a transformá-lo em oportunidades, além de incentivar investidores a identificarem esse potencial, sobretudo em regiões que não têm sido destino prioritário de investimentos”, frisou. Segundo ela, a iniciativa contribuirá para democratizar os investimentos e fortalecer setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável do país.

FONTE: Correio Braziliense
ApexBrasil lança programa para descentralizar investimentos estrangeiros no Brasil

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Exportação, Industria, Informação, Negócios, Tributação

Como a safra de laranja do Brasil mexeu com o mercado de suco em 2025

Projeções para a oferta no Brasil fizeram cotação cair 50% na bolsa de Nova York

Maior exportador mundial de suco de laranja, o Brasil fez o preço futuro da commodity cair 50% só este ano. No início de janeiro, os contratos de suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) bateram US$ 5,1465 por libra-peso na bolsa de Nova York — ontem foram negociados a US$ 2,6210, depois de atingir o piso de US$ 2,4290 em 18 de março. Em 12 meses, o recuo é de 28,7%, segundo o Valor Data.

O motivo para a queda é a expectativa de uma recuperação na produção brasileira na safra 2025/26, que começa em maio, após o volume de 228,52 milhões de caixas no ciclo anterior, quando a cultura foi afetada pela seca.

“Boa parte do mercado trabalha com uma estimativa de produção no Brasil que varia de 260 milhões a caixas a 300 milhões de caixas. Considerando o melhor cenário, poderíamos experimentar um aumento de safra de 30%, voltando próximo aos volumes registrados em 2023, quando o país colheu 307 milhões de caixas”, afirma Andrés Padilha, analista sênior do Rabobank Brasil.

Em fevereiro, o adido do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em Brasília divulgou uma projeção ainda maior, de 320 milhões de caixas, para o novo ciclo.

Na visão de Padilha, a projeção do USDA é a mais otimista, ainda que seja factível. Mas é preciso considerar outros fatores para o desempenho da produção nacional.

“Com a alta dos preços anteriormente, o produtor está investindo mais para tratar os pomares. Por outro lado, a área total está estagnada há anos, e também existe o aumento dos casos de greening”, observa o analista. “Há um aumento das temperaturas a cada ano, as chuvas melhoraram recentemente, é verdade, mas tenho dúvidas se a safra pode mesmo chegar a 320 milhões de caixas”, acrescenta.

A projeção de recuperação na colheita da próxima safra se baseia na perspectiva de um clima menos hostil neste ano.

O analista do Rabobank acredita que as cotações na bolsa de Nova York vão oscilar conforme o tamanho das estimativas oficiais. O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgará a primeira projeção para 2025/26 em maio.

“Um número mais próximo de 260 milhões de caixas pode levar os preços a subirem, já uma estimativa acima das 300 milhões de caixas pode levar à queda adicional de preço”, diz, lembrando que as primeiras projeções otimistas para a safra levaram parte dos investidores a desmontar posições de compra na bolsa.

Apesar da queda dos preços do suco de laranja, não há sinais de que o consumo no mercado global possa se recuperar no curto prazo. E até a CitrusBr, associação que representa os maiores exportadores de suco do Brasil, reconhece isso.

“Essa transição dos [preços] futuros para o mercado consumidor não acontece de forma tão rápida. Os grandes compradores de suco, como as indústrias, conseguiram travar preços antes da movimentação de alta, segurando os repasses, que não foram sentidos pelo consumidor. O mesmo se aplica para este momento de cotações em queda, que não deve se refletir instantaneamente em aumento do consumo”, afirma Andrés Padilha.

Reportagem recente do ‘Financial Times’ informa que consumidores da Europa e dos EUA reduziram as compras de suco de laranja não só pelo preço, mas também pela queda na qualidade. Árvores doentes produziram frutas com gosto amargo, e a escassez forçou as indústrias a serem menos exigentes no blend.

Ao Valor, Ibiapaba Netto, diretor-presidente do CitrusBr (que reúne Louis Dreyfus, Cutrale e Citrosuco), afirma que o problema levou a entidade a avisar os clientes das indústrias, no ano passado, de que, no começo da safra, os produtos entregues seriam “mais heterogêneos”.

A temporada de laranja é feita de frutas precoces, de meia-estação e tardias. As precoces chegam antes às fábricas, mas têm algumas características não desejáveis, como alto grau de acidez. Usualmente, as indústrias usam estoque da safra anterior para fazer o blend. “Ocorre que não tínhamos estoque de laranja e não pudemos entregar o ideal”, afirma Ibiapaba Netto.

A demanda no varejo por suco de laranja reconstituído — feito a partir de suco concentrado congelado — caiu 24,5% nos EUA na semana encerrada em 1 de novembro de 2024 (último dado disponível), em comparação às quatro semanas anteriores, segundo a Nielsen. O consumo de suco fresco recuou 0,9% na mesma comparação.

“Uma vez que o consumidor tem de pagar caro, ele acabou optando pelos produtos de maior qualidade e de percepção de saúde”, afirma Ibiapaba.

Ele avalia que os preços em baixa para o consumidor final e o retorno da qualidade do suco podem dar fôlego a demanda. “Mas isso é mais um desejo do que uma perspectiva efetiva.”

FONTE: Globo Rural
Como a safra de laranja do Brasil mexeu com o mercado de suco em 2025

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Industria, Notícias

Volkswagen vai importar veículos pelo Porto de Vitória

A Volkswagen escolheu o Espírito Santo como nova porta de entrada para seus veículos importados no Brasil. A gigante alemã começará a desembarcar carros pelo Porto de Vitória, fortalecendo o papel do estado como um dos principais hubs logísticos do país.

O primeiro desembarque ocorre esta semana vindo do México, a bordo do navio Dover Highway. “O ES só ganha com isso”, aponta diretor-presidente da Vports

A chegada inédita de veículos da marca alemã pelo Espírito Santo ocorre nesta segunda-feira (31). O primeiro lote contará com 32 unidades do modelo Taos, vindas do México a bordo do navio Dover Highway, que serão armazenadas em Cariacica antes da distribuição para o mercado nacional.

Para Gustavo Serrão, diretor-presidente da Vports, esse novo fluxo de importação representa um avanço estratégico para o setor. “É mais um movimento importante, que envolve uma grande montadora e reforça nossa vocação de porto multipropósito, capaz de atender a demandas diversas, com produtividade e eficiência. O Espírito Santo só ganha com isso”.

O novo fluxo de importação reforça um cenário positivo para os portos capixabas, que vêm ampliando sua participação na logística nacional. Em 2024, o Espírito Santo consolidou-se como o maior importador de veículos de passageiros no Brasil, movimentando US$ 3,7 bilhões – cerca de R$ 22 bilhões –, segundo dados do Sindicato do Comércio Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex).

Ao todo, foram cerca de 160 mil veículos importados pelos portos capixabas – número bem superior ao total de 83 mil registrados em todo o ano de 2023 e aos 57 mil de 2022.

Ricardo Ferraço, governador em exercício, destacou que a movimentação portuária do estado também superou a média nacional.

“Nosso crescimento foi de 15% em 2024, enquanto a média brasileira foi de apenas 1,2%. Isso é importante porque gera mais emprego, mais trabalho e oportunidades em uma área que temos vocação desde sempre”, ressalta Ferraço.

Fonte: Folha Vitória
Volkswagen vai importar veículos pelo porto de Vitória – Folha Vitória

Ler Mais
Industria, Informação, Inovação, Internacional, Notícias

A revolução dos elétricos: a nova bateria da BYD que carrega em 5 minutos

Com um carregamento ultra-rápido e 480 km de autonomia em minutos, a gigante chinesa acelera a revolução dos veículos elétricos e desafia a concorrência global.

Imagine nunca mais precisar esperar uma hora para carregar um carro elétrico. Pois é, uma  das principais críticas de quem ainda não vê sentido em trocar um veículo a combustão por um elétrico pode estar com os dias contados.

A BYD, gigante chinesa do setor automotivo, revelou sua nova Super E-Platform de 1.000 V, uma tecnologia que promete mudar completamente o jogo. Durante um evento transmitido ao vivo diretamente de sua sede em Shenzhen, a empresa apresentou sua bateria de carregamento ultra-rápido, capaz de alcançar 480 km de autonomia em apenas 5 minutos de carga. Isso é praticamente o tempo que levamos para abastecer um carro a gasolina.

“A China tem um pensamento muito forte em ecossistema para desenvolvimento das tecnologias. E com o avanço dos carros elétricos, vão focar muito em criar um ecossistema forte e preparado para tal”, comenta Vinicius Oliveira, head internacional da StartSe China. Ou seja, essa inovação não é apenas sobre velocidade de carregamento, mas sobre a construção de uma infraestrutura robusta que viabilize a adoção em massa dos veículos elétricos.

O que torna essa tecnologia tão relevante?

Dois fatores principais explicam por que essa inovação pode acelerar (ainda mais) o mercado de veículos elétricos:

  1. Menos barreiras para a adoção em massa: a demora para carregar sempre foi uma das grandes objeções dos consumidores ao considerar um carro elétrico. Com esse obstáculo eliminado, a migração para os elétricos se torna ainda mais viável.
  2. A China está ditando o futuro dos veículos elétricos: a BYD já havia ultrapassado a Tesla em vendas no final de 2023. Agora, também parece estar superando a concorrente americana em inovação. Para efeito de comparação, o melhor equipamento da Tesla carrega 275 km em 15 minutos, enquanto a Mercedes apresentou um sistema que atinge 325 km em 10 minutos. Com a nova tecnologia da BYD, a Tesla e as montadoras ocidentais terão que correr para acompanhar o ritmo.
  3. Redução da dependência de combustíveis fósseis: com carregamentos ultrarrápidos, a aceitação dos veículos elétricos aumenta, acelerando a transição para uma matriz energética mais sustentável e reduzindo a demanda por combustíveis fósseis. Isso impacta diretamente o mercado de petróleo e pode influenciar políticas energéticas ao redor do mundo.

Quando isso vai acontecer?

A implementação desse novo sistema depende de uma infraestrutura compatível. Além das baterias que equiparão os carros, será necessária a instalação de carregadores mais potentes. A BYD já anunciou 4.000 estações de recarga pela China, e é muito provável que, em breve, exporte essa tecnologia para outros países.

Vale lembrar que em Shenzhen, cidade sede da BYD na China, toda a frota pública de transporte é 100% elétrica, incluindo táxis. Lá também já existem mais supercarregadores do que bombas de gasolina. Ou seja, esse cenário é possível.

Por que você precisa saber disso?

A BYD não está apenas inovando — está moldando o futuro do setor automotivo global. Essa mudança reforça o domínio da China sobre as tecnologias emergentes e redefine a dinâmica de concorrência no mercado de veículos elétricos. Se a Tesla já perdeu a liderança em vendas, será que agora perderá também a dianteira na inovação?

FONTE: startse
A revolução dos elétricos: a nova bateria da BYD que carrega em 5 minutos

Ler Mais
Economia, Gestão, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios

Tarifas de Trump preocupam indústria de SC, que apoia negociação com os EUA e vê opções

Setor exportador aguarda com expectativas o anúncio das tarifas recíprocas prometido por Trump no dia 02 de abril, a próxima quarta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu para esta quarta-feira (02) o anúncio de tarifas recíprocas contra países que taxam importações dos EUA, mas já antecipou que todos os produtos de base florestal e automóveis importados serão tributados em 25%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil primeiro vai negociar, posição que é apoiada pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc), preocupada com impactos ao setor madeireiro e aos demais. Esse foi um dos temas abordados por empresários no Fórum Radar, quinta-feira (27) na Fiesc.

Atualmente, os produtos de base florestal garantem o maior faturamento na pauta de SC aos EUA. Em 2024, o estado exportou US$ 1,55 bilhão em madeiras e derivados. Desse total, US$ 765,76 milhões foram ao mercado americano. Por isso, o presidente da FiescMario Cezar de Aguiar, se reuniu na última semana com a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, para sugerir negociações com os EUA.

A decisão de Trump de taxar em 25% os automóveis que entram nos EUA também preocupa o setor industrial de Santa Catarina porque o estado é grande fornecedor de montadoras no mercado internacional, que exportam aos EUA. Atualmente, SC não exporta automóveis ao mercado americano.

Durante o Fórum Radar, o presidente da Fiesc perguntou para o presidente da WEG, Alberto Kuba, que conselho daria a indústrias de madeiras e derivados que exportam mais para os EUA diante da decisão de Donald Trump de taxar os produtos em 25%. O executivo da multinacional recomendou diversificar mercados, mas devagar.

– Eu acho que o sucesso da WEG foi nunca fazer mudança drástica. Nunca mudar uma direção de forma drástica. A gente sempre vai abrindo novas portas. Então, na minha visão, Mário, o mundo vai mudar. A gente vai saber qual será o grau de mudança daqui a alguns anos. E pode ser bom. Eu acho que, como você mesmo disse, esses desafios geram oportunidades. E eu acho que vale a pena, nesse momento, repensar outras alternativas, para que vocês tenham menos riscos. E aí, eu não mudaria a estratégia para os Estados Unidos. Continua vendendo, mas tente criar novas portas com os vizinhos aqui na América do Sul, com a Europa. Porque o Brasil hoje, diferentemente do que era no passado, na minha opinião, está se tornando muito competitivo – sugeriu o presidente da WEG.

Novo elemento da “Trumplência”

Para o economista e diplomata Marcos Troyjo, que falou na abertura do Fórum Radar sobre o atual momento das mudanças nos Estados Unidos e efeitos no Brasil, esta é uma fase difícil de mudanças.

– Do ponto de vista comercial e do ponto de vista de política industrial, os Estados Unidos estão se fechando. Já levaram a cabo duas rodadas de aumento de tarifas os seus parceiros do antigo NAFTA, ou seja, os Estados Unidos, o México e o Canadá. Impuseram tarifas de 20% sobre as exportações europeias. Já formalizaram duas rodadas de aumento de impostos sobre a exportação chinesa e escolheram alguns setores, como é o caso do setor automobilístico, aço e alumínio, fala-se muito em madeira, também para a imposição de novas tarifas. Tudo isso funciona como uma espécie de antessala para o dia 2 de abril, semana que vem, onde se estima, começará a vigorar a legislação de comércio justo e recíproco – analisou Marcos Troyjo.

Na avaliação dele, sso pode representar um grande desafio para o Brasil, porque se a leitura de implementação do comércio justo e recíproco for, por exemplo, harmonizar o que é a carga tributária, a carga de alíquotas que se impõe sobre produtos brasileiros, hoje tudo aquilo que os americanos exportam para o Brasil tem tarifa média de 12%. E do que o Brasil exporta para os Estados Unidos tem tarifa média de entrada no mercado americano de 1%.

O economista Marcos Troyjo avalia que são grandes variações. E se o Brasil quisesse mudar agora não conseguiria porque integra a união aduaneira do Mercosul, com a Argentina, Uruguai e Paraguai. Então, toda negociação precisa ser feita em bloco, o que demora muito tempo.

Mas Marcos Troyjo, que logo após a eleição de Donald Trump criou o termo Trumplência, para sintetizar a série de mudanças fora do comum prometidas pelo presidente dos EUA, disse que vem aí mais um elemento construtivo dessas mudanças.

– Acho que a gente está vendo um terceiro elemento construtivo da Trumplência, que é a incongruência. Incongruência entre uma série de medidas que visam a facilitação de negócios, diminuição de impostos e facilidade para atrair novas empresas para o território americano. Então digamos assim, é um empurrão liberal – avalia o economista.

FONTE: NSC Total
Tarifas de Trump preocupam indústria de SC, que apoia negociação com os EUA e vê opções – NSC Total

Ler Mais
Exportação, Industria, Informação, Investimento, Negócios

Schaefer Yachts exporta 40% de sua produção para os EUA

Informação foi apresentada pelo fundador da empresa, Márcio Schaefer, durante o CEO Coffee AMCHAM, evento realizado em parceria com a FIESC, no dia 26, em Florianópolis

A Schaefer Yachts exporta 40% da sua produção para os Estados Unidos, informou o fundador da empresa, Márcio Schaefer, durante o CEO Coffee AMCHAM SC, evento que aproxima empresários catarinenses do mercado norte-americano. A iniciativa foi realizada em parceria com a Federação das Indústrias (FIESC), na quarta-feira, dia 26, no estaleiro da Schaefer, em Florianópolis.

“Temos uma relação de longa data com os Estados Unidos. Começamos pequenos e estamos cada vez mais investindo na América”, disse ele, destacando que a empresa importa muitos insumos e componentes dos EUA. “Inclusive, somos parceiros de muitas fábricas norte-americanas que sempre estiveram presentes nos nossos projetos”, completou.

Márcio explicou que, antes de ingressar no mercado norte-americano, a empresa analisou as oportunidades e houve uma adaptação dos produtos que poderiam ser vendidos lá. “Os produtos recentes que temos lançado já foram desenhados para os Estados Unidos. Então, é uma parceria de muitos anos e temos pensado sempre em evoluir”, declarou.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que a Schaefer representa exatamente o espírito das empresas catarinenses: são nascidas no estado, crescem e se expandem para outros países, apesar dos desafios impostos pelo ambiente de negócios. “Santa Catarina é responsável pela produção de 70% dos barcos de lazer brasileiros. Os Estados Unidos são o nosso principal parceiro comercial. Temos aqui uma indústria competitiva, ousada e que consegue atender a vários mercados mundiais”, afirmou, alertando para as sobretaxas às exportações brasileiras impostas pelos Estados Unidos.

Por videoconferência, o ex-embaixador Rubens Barbosa, que atuou em Washington e conhece profundamente o mercado norte-americano, disse que
“o setor empresarial tem que ter presente que as medidas que o governo Trump está tomando representam, em grande medida, o fim das relações comerciais previsíveis – relações comerciais que foram governadas por regras criadas pelos próprios Estados Unidos. Vamos ter daqui para frente novas formas de relação comercial”, afirmou.

FONTE: FIESC
Schaefer Yachts exporta 40% de sua produção para os EUA | FIESC

Ler Mais