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Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas

Texto teve consenso entre países, mas sofreu ressalvas do presidente argentino Javier Milei antes da publicação

A Declaração de Líderes do G20 foi aprovada em consenso entre os países e publicada na noite desta segunda-feira (18). A divulgação ocorreu no site do encontro dos países. A Cúpula do Rio, que reúne os presidentes das países que respondem pelas maiores economias mundiais, ocorre até esta terça-feira (19), no Rio de Janeiro. As informações são do portal g1.

A declaração aborda três temas considerados prioritários no encontro – acordos para combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas e reforma da governança global, com mais representatividade de países emergentes em órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Além disso, o texto também pede o fim das guerras da Ucrânia e na Faixa de Gaza e defende a taxação dos ultrarricos, nomeados no documento como “indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto”. A declaração também aponta preocupações com o avanço da inteligência artificial.

Os líderes do G20 haviam negociado um consenso até o domingo, véspera do início da Cúpula do Rio. No entanto, um dos últimos países a fecharem apoio ao texto foi a Argentina, do presidente Javier Milei. Na tarde desta segunda-feira (18), o governo argentino anunciou que não iria atrapalhar o consenso do encontro do Brasil, mas deixou claro que o presidente argentino discorda de diversos pontos da declaração. Entre eles o governo argentino citou os temas ligados ao desenvolvimento sustentável, a Agenda 2030 das Nações Unidas.

A taxação de grandes fortunas, o multilateralismo e temas de clima e meio ambiente também foram alvo de embates do governo argentino na reta final das negociações entre países. Na prática, o comunicado emitido pelo governo argentino pode simbolizar um menor comprometimento do país com esses temas específicos.

Um dos pontos do impasse, a ideia de compromisso com a taxação dos super-ricos também está presente no documento. A adesão ao documento final foi o segundo gesto de recuo da Argentina. O primeiro ocorreu também na segunda-feira, quando o país aceitou integrar a Aliança de Combate contra a Fome e a Pobreza. Inicialmente, o governo argentino havia decidido ficar de fora do acordo. A criação da Aliança foi a principal medida do encontro do G20 no eixo de combate à fome e à pobreza.

Os conflitos na Ucrânia e em Gaza são outros pontos que podem gerar impasses até o fim do encontro no Rio de Janeiro. A decisão de Milei de endossar o acordo, ainda que com visão divergente de alguns aspectos, evitou uma possível derrubada da declaração.

A declaração dos líderes do G20 também reafirmou o compromisso com a Agenda 2030, ressaltando que apenas 17% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no caminho certo.

FONTE: NSC Total
Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas – NSC Total

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Presidente do Paraguai, Santiago Peña recebe alta hospitalar após passar mal no G20

Segundo o gabinete da presidência paraguaia, Santiago Peña se prepara para retomar as atividades oficiais no âmbito da Cúpula do G20

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, hospitalizado após sentir dores no peito durante do encontro do G20, recebeu alta na manhã desta terça-feira (19). Ele passou a noite em observação no hospital Samaritano Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. 

Em nota, o hospital informou que Santiago Peña foi submetido a exames, que descartaram doenças do coração ou qualquer outra patologia grave. Na noite desta segunda-feira, a unidade de saúde já havia informado que o chefe de Estado tinha quadro de saúde estável

“O presidente passou a noite em observação, apresentando sono tranquilo e com todos os indicadores estáveis”, diz trecho do boletim médico enviado à Band pelo Hospital Samaritano Botafogo.

“O chefe de Estado recebeu alta hospitalar no início da manhã, com orientações médicas, liberado para dar continuidade em sua agenda”, completou.

Segundo o gabinete da presidência paraguaia, Santiago Peña se prepara para retomar as atividades oficiais no âmbito da Cúpula do G20, que encerra nesta terça-feira.

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Milei causa desconforto na diplomacia brasileira durante o G20

O início do encontro foi marcado por tensões evidentes. Quando Javier Milei chegou ao Brasil para a cúpula do G20, foi recebido de forma fria pelo anfitrião, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

A antipatia mútua entre os dois líderes foi capturada em uma foto oficial, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Ao contrário dos outros líderes mundiais que posaram sorridentes ao lado do petista com sorrisos, Milei e Lula exibiram expressões fechadas.

“Comunista” e “ladrão”
Milei está no cargo há quase um ano, mas ainda não havia se encontrado pessoalmente com Lula. Apesar das relações econômicas e políticas próximas entre Argentina e Brasil, as tensões são evidentes.

Durante a campanha eleitoral, Milei não hesitou em chamar Lula de “comunista” e “ladrão”, postura que manteve mesmo após assumir a presidência da Argentina.

No encontro do G-20 no Rio de Janeiro, Milei adotou uma postura de confronto ao ameaçar não assinar a declaração final preparada há um ano. Ele manifestou sua oposição a várias iniciativas internacionais.

A política externa de Milei
A atitude de Milei reflete uma mudança radical na política externa argentina. Recentemente, ele demitiu sua ministra das Relações Exteriores por ter votado na ONU pelo fim do embargo dos EUA contra Cuba.

Além disso, Milei retirou a delegação argentina de um encontro climático em Baku e também criticou a Agenda 2030 da ONU como uma imposição socialista.

Durante o fim de semana anterior ao G-20, Milei participou de um evento na Flórida em homenagem a Donald Trump e foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a encontrá-lo após sua vitória eleitoral. Em seu discurso, elogiou Trump como modelo político.

A diplomacia brasileira
A diplomacia brasileira estava preocupada com a possibilidade de Milei adotar uma postura isolacionista semelhante à de Trump durante o encontro no Rio. No entanto, no final da tarde do primeiro dia do evento, houve uma reviravolta: Milei decidiu assinar a declaração final.

O documento é genérico e um tanto superficial e reafirma o compromisso dos países do G-20 com uma tributação eficaz dos super-ricos e com o limite do aquecimento global a 1,5 graus Celsius.

Apesar de ter assinado o documento, Milei fez questão de expressar suas discordâncias.

O libertário e o socialista
A diferença ideológica entre Milei e Lula ficou evidente quando discutiram o papel do Estado. Enquanto Milei defende soluções baseadas no livre mercado, Lula destaca a necessidade da intervenção estatal para corrigir os excessos da privatização.

Diante das divergências no G-20, permanece incerta a capacidade dos dois líderes em alcançar um consenso dentro do Mercosul para firmar um acordo com a União Europeia e a EFTA ainda este ano.

Fonte: O antagonista/Diário do Brasil
Milei causa desconforto na diplomacia brasileira durante o G20

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Comitiva da China reserva hotel inteiro em Brasília e só permite permanência de Haddad

 A comitiva do líder da China, Xi Jinping, reservou um hotel inteiro em Brasília para acomodar os integrantes da delegação durante a visita de Estado que o presidente chinês fará ao Brasil na quarta-feira (20).

Apenas um hóspede foi poupado da mudança: o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que mora no local desde o período da transição de governo, no fim de 2022.

O hotel fica à beira do lago Paranoá e é o mais próximo ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também está a poucos minutos de distância da Esplanada dos Ministérios.

As atividades oficiais de Xi Jinping em Brasília preveem duas reuniões no Alvorada, uma cerimônia de assinatura de atos e uma declaração conjunta dele e de Lula à imprensa. Em seguida, haverá um almoço na residência oficial do presidente brasileiro. À noite, um jantar no Itamaraty encerra a visita oficial.

Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda confirmou que Haddad é o único hóspede autorizado a permanecer no local durante a estadia de Xi Jinping. Ao G1, o ministro disse, em tom de brincadeira, que “Xi é brother”.

As assessorias do hotel e da embaixada da China no Brasil não responderam até a publicação deste texto.

O complexo que abriga o hotel reservado pela comitiva chinesa possui também uma segunda unidade no mesmo terreno, com apartamentos que têm moradores fixos. Segundo um comunicado interno, ao qual a Folha teve acesso, eles ficarão sujeitos a controle no acesso.

As medidas começam a valer nesta segunda-feira (18) e se estenderão até quinta-feira (21), quando o presidente chinês deixará o Brasil. “Por questões de segurança e força maior, determinadas pelas autoridades policiais brasileiras, algumas alterações temporárias e restrições serão necessárias”, diz o texto.

O comunicado informa que o acesso dos moradores às mediações do complexo será limitado e poderá haver “revistas na portaria principal e nas áreas comuns”. Cães farejadores também poderão circular nas áreas de acesso.

Áreas de lazer do hotel ficarão fechadas, assim como a academia e um espaço dedicado a crianças. O píer também será fechado para embarques e desembarques. Bares e o spa não terão atendimento no período.Desde sábado (16), já havia movimentação no hotel para a instalação de tapumes que limitarão a visibilidade da entrada do hotel. Neste domingo (17) estavam previstas simulações de entrada e saída do comboio presidencial. O comunicado afirma ainda que, como as autoridades não haviam divulgado todos os detalhes da operação, mudanças adicionais poderiam ocorrer “sem aviso prévio”.

FONTE: MSN
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Scholz diz que UE precisa evitar que Estados impeçam acordos de livre comércio

Chanceler alemão pediu que União Europeia finalmente conclua um acordo comercial com o Mercosul

O chanceler alemão, Olaf Scholz, fez um apelo à União Europeia, nesta segunda-feira, que finalmente conclua um acordo comercial com o Mercosul e que evite que países isolados travem tais acordos no futuro.

“Precisamos abandonar o princípio de como os acordos de livre comércio têm sido negociados até agora”, disse ele aos repórteres à margem da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

“Portanto, sou expressamente a favor dos chamados acordos somente com a UE, que podem ser adotados com uma maioria qualificada no Conselho e no Parlamento.”

FONTE: InfoMoney
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Suécia e Finlândia pedem à população que se prepare para possível guerra

Desde o início do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, a Suécia e a Finlândia, países da União Europeia próximos da fronteira russa, alertam sua população sobre a possibilidade de uma guerra.

As duas nações escandinavas abandonaram décadas de não alinhamento militar e aderiram à Otan, a aliança militar ocidental, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Paralelamente a esta campanha preventiva, os governos alemão e finlandês informaram, nesta segunda-feira, que estão “profundamente preocupados” com o rompimento de um cabo submarino de telecomunicações que liga os dois países, e falaram de “guerra híbrida” e da ameaça russa.

“Está em curso uma investigação minuciosa, a nossa segurança europeia não está apenas ameaçada pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, mas também pelas guerras híbridas travadas por atores maliciosos”, escreveram os ministros das Relações Exteriores dos dois países numa declaração conjunta transmitida por Berlim.

Apesar das pressões, a Alemanha, que é o segundo fornecedor de armas para a Ucrânia, depois dos Estados Unidos, declarou que não enviará mísseis de longo alcance Taurus para a Ucrânia. Berlim entregará apenas 4 mil drones guiados por inteligência artificial (IA) às forças de Kiev.

Folheto sueco faz recomendações práticas em caso de guerra
A Suécia enviou a seus cidadãos um folheto com o título “Om krisen eller kriget kommer” (“Em caso de crise ou guerra”), escrito pela Agência Sueca de Contingências Civis (MSB). O panfleto contém recomendações práticas para lidar com crises como guerras, desastres naturais e ataques cibernéticos.

O documento de 32 páginas descreve, utilizando ilustrações simples, as ameaças que a Suécia enfrenta e dá conselhos sobre como armazenar alimentos e água, localização de abrigos antiatômicos e fontes de informação confiáveis

Documentos desse tipo já foram enviados no passado pelo governo sueco à população. Esta é a quinta versão, desde a Segunda Guerra Mundial. A anterior, distribuída em 2018, foi a primeira a ser divulgada depois da Guerra Fria (1947-1991).

Em março, o Banco da Suécia fez um apelo às autoridades e aos estabelecimentos bancários para que facilitassem a utilização de cédulas em dinheiro, temendo uma paralisia da sociedade em caso de crise ou guerra. Os suecos praticamente não usam mais cédulas no dia a dia, apenas cartões de crédito, débito e transferências digitais para pagar as compras e fazer pagamentos.

“A situação de segurança é grave e todos precisamos reforçar a nossa resiliência para podermos enfrentar as crises e, em última análise, a guerra”, disse Mikael Frisell, diretor do MSB, num comunicado de imprensa.

A ajuda militar e econômica a Kiev é uma prioridade para Estocolmo, que reitera que um conflito armado, dada a ameaça representada pela Rússia, não pode ser descartado.

Perigo real ou precaução?
Embora a Suécia envie regularmente tropas para operações de manutenção da paz, o país não esteve envolvido em conflitos armados desde as Guerras Napoleônicas, no fim do século 18 e começo do 19.

Durante as próximas duas semanas, 5,2 milhões de folhetos – também disponíveis online em árabe, farsi, ucraniano, polonês, somali e finlandês – serão enviados à população sueca.

O documento não menciona explicitamente a Ucrânia ou a Rússia, mas sublinha que a ameaça militar à Suécia aumentou. “Devemos nos preparar para o pior, como um ataque armado”, diz.

O governo da Finlândia, país que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia, também disponibilizou na segunda-feira aos seus cidadãos um site com recomendações sobre como se preparar em caso de crise.

França mantém posição sobre mísseis
Nesta segunda-feira, parlamentares russos declararam que a autorização concedida por Biden à Ucrânia, para utilizar mísseis americanos de longo alcance no território russo, poderia causar uma “guerra mundial”.

Segundo um comunicado da chancelaria russa, “o uso de mísseis de longo alcance por parte de Kiev para atacar nosso território significaria a implicação direta dos Estados Unidos e seus satélites nas hostilidades com a Rússia, e uma mudança radical na essência e na natureza do conflito”, ressaltou a nota do Ministério das Relações Exteriores.

Outros países ocidentais, como a França, ainda não se posicionaram sobre o uso de seus mísseis de longo alcance pelo Exército ucraniano. Mas o ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, disse nesta segunda-feira, às margens de uma reunião com chefes da diplomacia europeia em Bruxelas, que era uma “possibilidade”.

“Vocês ouviram o presidente Macron em 25 de maio, em Meseberg, na Alemanha, onde nós declaramos publicamente que era uma possibilidade que consideraríamos, se permitisse atingir alvos onde os russos atacam o território ucraniano”, disse o chanceler francês, afirmando que “não há nada de novo” sobre o assunto.

Outra decisão de Biden na perspectiva do retorno de Donald Trump à Casa Branca, que poderia fazer concessões consideradas desfavoráveis para Kiev, foi a transferência do comando militar da Otan para os europeus.

FONTE: Metrópoles
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De olho no G20 e no corte de gastos, dólar fecha em queda

dólar fechou em queda de 0,74% nesta segunda-feira (18/11), cotado a R$ 5,74.

Com uma agenda esvaziada de indicadores nesta semana, a moeda desvalorizou ao longo do dia, conforme investidores acompanhavam o início das reuniões do G20 no Rio de Janeiro, que reúne os líderes das principais economias do mundo. O mercado segue, ainda, na expectativa pelo anúncio do pacote de medidas de cortes de gastos públicos, prometido pelo governo.

Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltados para os encontros do G20, a estimativa é que o anúncio fique apenas para depois. Com o resultado de hoje, a moeda americana acumula um recuo de 0,6% no mês e um ganho de 18,43% no ano.

A espera pelo pacote de cortes já dura três semanas. Nesse domingo (17), Haddad afirmou que o pacote de corte de gastos está “está fechado” e será divulgado em breve. “Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta do Ministério da Defesa”, afirmou.

Por volta das 17h, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, registrava alta de 0,08%, aos 127.891 pontos.

FONTE: Metrópoles
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Lula faz declarações controversas sobre a fome no Brasil durante a abertura do G20, gerando debates sobre a precisão dos dados apresentados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a mentir sobre os números da fome no Brasil, desta vez durante a abertura da Cúpula do G20. O evento começou nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro.

Durante discurso no início da reunião, Lula alegou ter “acabado com a fome” no Brasil em 2014 e sugeriu ter encontrado o país na mesma situação depois de seu retorno à Presidência, em 2023.

“Conseguimos sair do Mapa da Fome, da FAO, em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do estado de bem-estar social”, disse Lula. “Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. Em um ano e 11 meses, o retorno desses programas já retirou mais de 24,5 milhões de pessoas da extrema pobreza. Até 2026, novamente, sairemos do Mapa da Fome.”

No discurso, Lula disse que os dados sobre a fome são da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A FAO, no entanto, não usa mais o Mapa da Fome para divulgar informações sobre subalimentação, já que adota outras abordagens.

Essas informações constam no 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado em junho de 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Pessan).

Esta não é a primeira vez que o presidente utiliza esses dados para falar da fome no Brasil. No mês passado, Lula citou as mesmas informações durante um encontro com o magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates.

Pesquisa tem erros estatísticos
Conforme exposto pela Edição 152 da Revista Oeste, a pesquisa que cita o número de 33 milhões de pessoas com fome possui erros estatísticos. Para afirmar que o Brasil tem 33 milhões de famintos, a Penssan comparou dois inquéritos encomendados a ela mesma.

O primeiro levantamento aconteceu em dezembro de 2020, no início da pandemia, em 2.180 lares em todo o Brasil. Ele mostrou que 9% da população, ou 19 milhões de brasileiros, enfrentava insegurança alimentar.

A segunda pesquisa, mais ampla, foi feita entre novembro de 2021 e abril de 2022, com 12.745 domicílios visitados. O resultado mostrou que 15% dos brasileiros estavam passando fome, totalizando 33 milhões de pessoas.

Realizada durante a pandemia de covid-19, a pesquisa usou oito perguntas focadas no que os entrevistados sentiram nos últimos três meses. No entanto, a representatividade da amostra é questionável, já que o documento publicado não traz informações detalhadas. A pedido de Oeste, o cientista de dados Leonardo Dias analisou a amostra.

De acordo com o especialista, houve uma sucessão de erros. “Em primeiro lugar, foi usada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, sendo que já está disponível a PNAD 2021, que tem uma proporção de amostra de salário bem diferente”, afirmou Dias. “Na edição mais recente, 38% da população ganhava até dois salários mínimos; 40%, de dois a cinco; e 22%, acima de cinco salários”, disse.

Os dados indicam a possibilidade de uma amostragem superestimada nas Regiões Norte e Nordeste, onde a situação da insegurança alimentar é mais grave, e subestimada nas Regiões Sul e Sudeste, onde o problema é menor.

Relatório da própria ONU desmente Lula
No Brasil, cerca de 8,4 milhões de pessoas enfrentaram a fome entre 2021 e 2023, de acordo com um estudo de cinco agências da Organização das Ações Unidas (ONU). O relatório também revela que 39,7 milhões de brasileiros viveram em insegurança alimentar durante o mesmo período, sendo 14,3 milhões em estado severo.

As informações são do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo”, da FAO e agências parceiras, divulgado em 24 de julho.

Globalmente, a fome permaneceu estável nos últimos três anos, depois de um aumento durante a pandemia.

Em 2023, entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter passado fome, equivalente a uma cem cada 11 pessoas no mundo. A insegurança alimentar global (moderada ou severa) afetou 28,9% da população mundial.

De acordo com a FAO, a desnutrição no Brasil foi de 3,9% entre 2021 e 2023, enquanto a insegurança alimentar atingiu 18,4%.

Fonte: Revista Oeste/Diário do Brasil
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DESORGANIZAÇÃO: Jornalistas reclamam da organização do G20 no Rio de Janeiro: ‘sem internet e sem comida’

O primeiro dia da cúpula do G20 no Rio de Janeiro foi marcado por uma série de falhas na organização.

Mais de 2,5 mil jornalistas se credenciaram para cobrir o evento, mas a sala de imprensa não comportou todos os profissionais de imprensa.
Foram disponibilizados apenas três detectores de metais na entrada do Museu de Arte Moderna (MAM), provocando enormes filas de jornalistas que ficaram horas de baixo do sol carioca.

A internet wi-fi parou de funcionar por excesso de conexões logo no começo da manhã, provocando uma série de reclamações por parte dos jornalistas, que não conseguiram trabalhar.

Saiba mais: Joe Biden desembarca em Manaus antes da Cúpula do G20

E só foi fornecida alimentação e bebidas após outra série de protestos de jornalistas, que chegaram no local já no dia antes, domingo, 17, para se preparar.

‘Pior G20 de todos’
“Esse é o quarto G20 que cubro mundo afora, e até o momento foi o pior organizado”, disse a Oeste um jornalista de uma agência de comunicação japonesa, “Gastaram R$ 33 milhões para o festival da Janja e na sala de imprensa mal tem wi-fi. Inconcebível”.

Muitos jornalistas brasileiros e estrangeiros estão protestando nas redes sociais sobre a desorganização da sala de imprensa do G20.

Fonte: Revista Oeste / Diário do Brasil Noticias
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Mais de 80 países formam aliança para erradicar a fome e pobreza no mundo durante G20

Acordo foi anunciado na manhã de segunda-feira, primeiro dia do encontro dos líderes.

No primeiro dia de reunião da cúpula do G20, Brasil, Estados Unidos e mais 81 países anunciaram a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, através de uma força conjunta para erradicar a fome e pobreza no mundo até 2030. A aliança foi lançada oficialmente nessa segunda-feira (18) no Rio de Janeiro. As informações são do g1.

O acordo visa elaborar e financiar políticas de combate à fome pobreza com modelos adaptados para cada região do mundo. O Brasil e Blangadesh foram os primeiros países a aderir à aliança, da qual fazem parte também países como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, África do Sul e Emirados Árabes Unidos.

O grupo é formado por 81 países dos cinco continentes, nove instituições financeiras globais e 31 ONGs do Brasil e do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

— Sabemos, pela experiência, que uma série de políticas públicas bem desenhadas, como programas de transferência de renda, como o ‘Bolsa Família’ e refeições escolares nutritivas para crianças, têm o potencial de acabar com o flagelo da fome e devolver a esperança e dignidade para as pessoas — disse o presidente Lula.

De acordo com a declaração do presidente, o Brasil foi quem liderou as atividades para a formação da aliança, através de uma força-tarefa dos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, da Família e Combate à Fome, das Relações Exteriores e da Fazenda, além de contar com a colaboração do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Será de responsabilidade do governo brasileiro o suporte para as primeiras operações da aliança, incluindo a aprovção de novos membros. Mas até o momento não se sabe onde serão aplicados os primeiros programas da aliança que iniciará em 2025.

Entre as ONGs que já fazem parte da aliança, estão a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Unicef e o Programa Mundial de Alimentos (WFP).

FONTE: NSC Total
Mais de 80 países formam aliança para erradicar a fome e pobreza no mundo durante G20 – NSC Total

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