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Quem é o novo administrator do Porto de Itajaí indicado pela APS

Indicação do advogado André Bonini tem caráter técnico

A Autoridade Portuária de Santos (APS) indicou o advogado André Leme da Silva Fleury Bonini como superintendente interino do Porto de Itajaí. Até então, Bonini atuava como superintendente da chefia de gabinete da APS. A Prefeitura de Itajaí aceitou e oficializou a indicação nesta segunda-feira (06).

Bonini está na APS há pouco menos de um ano. Desde que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) decidiu transferir a gestão do Porto Organizado de Itajaí para a APS, o presidente da APS, Anderson Pomini, designou Bonini para atuar na transição da administração. “Bonini é uma pessoa da minha confiança e conta também com o apoio do ministro Sílvio Costa Filho para esta missão”, afirma Pomini.

A Prefeitura de Itajaí nomeou Bonini com base no Convênio firmado entre o Porto de Itajaí, autarquia que gerenciou até 2024, e a APS. As equipes de ambas as entidades trabalham juntas nos levantamentos necessários à transição, manutenção de pessoal e empregos, contratos administrativos e licenças operacionais.

De acordo com a APS a indicação de Bonini tem caráter técnico, devido à necessidade de gestores no Porto. Com o fim da administração municipal, os responsáveis anteriores foram exonerados e vários contratos ficaram sem gestão.

A indicação de novos profissionais evita a paralisação de obras e de serviços essenciais para o funcionamento adequado da atividade portuária em Itajaí.

Transição de gestão

A APS assumiu a gestão do Porto de Itajaí no último dia 02 de janeiro e instituiu uma Comissão de Transição, composta por três superintendentes do Porto de Santos e liderada pelo Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da APS, Gustavo Salvador Pereira. Este grupo desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das ações portuárias em conjunto com a equipe da SPI, sendo responsável por acompanhar os procedimentos estratégicos, táticos e operacionais, além de administrar eventuais intercorrências.

A APS administra e gerencia financeiramente o Porto de Itajaí, repassando valores para o pagamento dos empregados do Porto de Itajaí.

FONTE: Guararema News
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Superávit da balança comercial brasileira recua 24,6% em 2024, para US$ 74,5 bilhões

Embora as exportações tenham recuado, a diminuição do saldo comercial de 2023 para 2024 está relacionada, principalmente, ao aumento das importações. Para 2025, projeção é de um saldo positivo entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.

A balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões em 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta segunda-feira (6).
🔎O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.

De acordo com dados oficiais, houve uma queda de 24,6% no saldo positivo da balança comercial na comparação com o ano de 2023 — que somou US$ 98,9 bilhões (recorde histórico).

Esse também foi o menor saldo para um ano fechado desde 2022 (+US$ 61,5 bilhões).

Contas externas

A piora na balança comercial é um dos fatores que estão pressionando para cima o rombo das contas externas, que somou US$ 46,8 bilhões de janeiro a novembro deste ano, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, o saldo negativo foi de US$ 18,9 bilhões.

As contas externas de um país são um conjunto de registros financeiros que refletem suas transações econômicas com o resto do mundo. Elas fazem parte do Balanço de Pagamentos e incluem diversos itens que podem ser agrupados em grandes categorias.

Entram no bojo das contas externas:

  • Balança comercial
  • Comércio de serviços
  • Investimentos diretos
  • Investimentos em carteira
  • Rendimento recebido do exterior, como juros, lucros e salários.
  • Pagamentos ao exterior de juros sobre dívidas, lucros de empresas estrangeiras e salários.
  • entre outros itens

O BC costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o país demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também. Por isso, o déficit também sobe.

Apesar da piora das contas externas, seu saldo negativo tem sido coberto pelos investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira, que totalizaram US$ 68,3 bilhões até novembro, contra US$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2023. Isso quer dizer que os investimentos em dólar têm financiado o rombo das contas externas.

Embora as exportações tenham recuado, a diminuição do saldo comercial positivo de 2023 para 2024 está relacionado, principalmente, com o aumento das importações.

No total, em 2024:

  • as exportações somaram US$ 337,03 bilhões, com queda de 2%, pela média diária, na comparação com 2023;
  • As importações totalizaram US$ 262,48 bilhões, com alta de 7,7%, pela média por dia útil, em relação ao ano anterior.

Principais produtos

Exportações

  • Óleos brutos de petróleo: US$ 44,84 bilhões, com aumento de 5,2%
  • Soja: US$ 42,94 bilhões, com queda de 19,4%
  • Minério de ferro: US$ 29,84 bilhões, com recuo de 2,4%
  • Açucares e melaços: US$ 18,63 bilhões, com alta de 18,1%
  • Óleos combustíveis: US$ 11,69 bilhões, com elevação de 3,9%

    Importações

    • Óleos combustíveis: US$ 15,19 bilhões, com queda de 12,3%
    • Adubos e fertilizantes: US$ 13,56 bilhões, com recuo de 7,2%
    • Válvulas termodinâmicas: US$ 8,96 bilhões, com queda de 1,5%
    • Motores e máquinas não elétricos: US$ 8,46 bilhões, com aumento de 28,9%
    • Veículos automóveis de passageiros: US$ 8,29 bilhões, com alta 43,2%

    Expectativa para 2025

    Para este ano, a projeção do Ministério do Desenvolvimento é de que o superávit da balança comercial fique entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.

    Para as exportações, a expectativa é de um valor entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e para as compras do exterior entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

    Fonte: G1
    https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/01/06/superavit-da-balanca-comercial-brasileira-recua-246percent-em-2024-para-us-745-bilhoes.ghtml

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Nova greve em portos nos EUA pode afetar indústrias e comércio de grãos

Analistas alertam que uma possível retomada da greve pelos trabalhadores da International Longshoremen’s Association (ILA) em portos nos Estados Unidos, a partir de 15 de janeiro, pode ter um impacto maior nas indústrias norte-americanas, incluindo os grãos.

Em outubro, uma greve de 3 dias – após impasses sobre a extensão dos contratos – paralisou portos da Costa Leste e da Costa do Golfo, incluindo o Porto de Nova York e New Jersey e o Porto de Savannah, na Geórgia. A primeira greve afetou apenas os embarques de contêineres – nos EUA grande parte dos grãos é transportada a granel. Mas, se a possível greve durar mais de alguns dias, os atrasos também podem afetar o comércio de grãos, destacaram analistas.
Trabalhadores portuários do país e seus empregadores concordaram em retomar as negociações formais em 7 de janeiro, de acordo com fontes familiarizadas com as negociações.

A liderança sindical ameaça realizar uma nova paralisação a partir de 15 de janeiro, quando expira o contrato atual. No ano passado, a greve terminou depois que os empregadores, sob pressão da administração Joe Biden, concordaram com um aumento salarial provisório de 62% ao longo de seis anos. As duas partes concordaram em estender o contrato por três meses enquanto negociavam outras questões, como o uso de automação nos portos.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, expressou apoio à ILA, o que pode encorajar os trabalhadores. As negociações fracassaram em novembro, quando os líderes sindicais se irritaram com os planos dos empregadores de expandir o uso de máquinas semiautomáticas nos portos.

Trump, em dezembro, disse que a automação ameaça empregos e que as empresas de transporte marítimo com sede no exterior, que controlam o grupo de empregadores, deveriam investir em salários em vez de máquinas.

FONTE: UOL
Greve em portos dos Estados Unidos preocupam

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Chefe de gabinete do diretor de Santos assume o porto de Itajaí

André Leme da Silva Fleury Bonini foi nomeado superintendente do Porto de Itajaí, que está sob gestão da Autoridade Portuária de Santos (APS) desde 2 de janeiro.

Bonini ocupava o cargo de superintendente da chefia de gabinete de Anderson Pomini, diretor-presidente da APS, mas na última sexta-feira foi nomeado para a chefia  da Superintendência do Porto de Itajaí (SPI). A nomeação do prefeito Robison Coelho (PL) já foi publicada no Diário Oficial. A indicação de Bonini é do comando do porto de Santos, conforme o convênio firmado entre a SPI e a APS. Ele assume de forma interina até a criação e aprovação da empresa federal.

O DIARINHO procurou o advogado João Paulo Tavares de Bastos Gama (PT) que foi tinha sido cogitado  para o cargo, mas ele não respondeu à reportagem. Nos bastidores comenta-se que João Paulo só poderá assumir a superintendência após a criação da empresa federal. Já a prefeitura de Itajaí informou, através da assessoria de imprensa, que qualquer informação sobre o Porto deve ser tratada com o governo federal.

Segundo a assessoria da APS, ainda será definido se André Leme será desligado do Porto de Santos enquanto está respondendo interinamente pela superintendência de Itajaí ou se irá acumular as duas funções.

O prefeito reuniu-se na última quinta-feira com representantes dos trabalhadores portuários, servidores efetivos do porto e da APS, na sede da Superintendência do Porto de Itajaí.

A reunião teve como pauta as adequações necessárias ao convênio de cooperação entre APS, SPI e o município, assinado em 27 de dezembro de 2024. Entre os principais pontos discutidos estavam a garantia da permanência definitiva dos servidores efetivos do terminal, a cessão das áreas não operacionais ao município, a sub-rogação dos contratos firmados pela SPI e o pagamento de precatórios pela APS. Além disso, o município continuará o cronograma de projetos e obras de mobilidade destinadas à ampliação das atividades portuárias.

O prefeito Robison Coelho também determinou à Procuradoria do município a realização de estudos e emissão de parecer para uma auditoria especializada. O objetivo é apurar a situação patrimonial e financeira da SPI. O trabalho incluirá um inventário de bens imóveis adquiridos durante o convênio de delegação com a União e uma análise dos investimentos feitos pelo município nesse período.

A SPI passou a ser subordinada ao porto de Santos após o início do processo de federalização do terminal. No ano passado, quando venceu o convênio da delegação da autoridade portuária municipal, o governo federal não permitiu a renovação. Após 25 anos, o Porto de Itajaí voltou a ser subordinado à APS.

FONTE: Diarinho.Net
Chefe de gabinete do diretor de Santos assume o porto de Itajaí | DIARINHO

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Porto de Imbituba encerra 2024 com melhor resultado que ano anterior

Casa Civil enfraquecida e o encontro de lideranças em Balneário Camboriú

A SCPAR, administradora do Complexo Portuário de Imbituba, concluiu 2024 com 11,6% a mais na movimentação de cargas, somando mais de 7,8 milhões de toneladas e recorde histórico de produtividade para o acumulado do ano em relação a 2023.

Para o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, os números seguem confirmando o crescimento no desempenho do Porto. “Este é um resultado muito importante para o porto de Imbituba. Os números expressam todo um trabalho coletivo que vem contribuindo para o desempenho logístico de SC e também para a economia da Região Sul catarinense”, afirma Amaral.

O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto, ressaltou os investimentos projetados para o futuro. “Para o próximo ano, planejamos investir cerca de R$ 70 milhões, visando a expansão contínua e o fortalecimento das nossas operações portuárias”, afirmou.

Os resultados evidenciam que o Porto de Imbituba continua em um sólido processo de desenvolvimento, avançando de maneira consistente rumo à expansão de suas operações, detalha.

Casa Civil enfraquecida

Com a ascensão de Fábio Botelho à chefia do gabinete do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), o ex-secretário da Casa Civil, Carlos Eduardo Mamute, foi indicado para o Governo do Estado. Em seu lugar, assumiu Ronaldo Freire, mas com um mandato limitado a seis meses.

A nomeação de Eduardo de Souza como adjunto gerou insatisfação entre os vereadores. Sem experiência em articulação política e com pouco relacionamento com a Câmara, Souza foi escolhido mais por sua proximidade pessoal com o prefeito do que por critérios técnicos, o que aumentou o desgaste interno e enfraqueceu a base política da gestão.

Encontro em BC

A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), e seu vice, Nilson Probst (MDB), receberam ontem, durante a Planetapeia – evento alusivo à Oktoberfest de Blumenau, realizado em Balneário Camboriú –, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que esteve acompanhado da primeira-dama, Fabiane Rodrigues, da deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (Podemos), do deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) e do ex-prefeito de Bombinhas, Paulo Müller (PSD).

Outras lideranças também marcaram presença, como o prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), e representantes do agronegócio. Chamou a atenção a popularidade de Rodrigues, que foi abordado pela população presente na Avenida Atlântica.

Proximidade

Tem chamado a atenção a proximidade do deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) com as lideranças do PSD. Sempre que questionado, o parlamentar afirma que permanecerá no Partido Liberal.

No entanto, o já conhecido desgaste provocado pela eleição do ano passado pode não ser superado e poderá se agravar com a possível nomeação do ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) no Governo do Estado. A situação ficará mais clara durante a janela para mudança de partido no próximo ano.

Silva se prepara para disputar a reeleição à Alesc, mesma vaga que Fabrício deverá buscar. Haverá espaço para os dois no PL de Balneário Camboriú?

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.

O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.

FONTE: Guararema News
Porto de Imbituba encerra 2024 com melhor resultado que ano anterior – Guararema News

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Governo de SC vai gastar R$ 12 milhões para retirar rocha gigante da água; entenda

Área ocupada pela pedra é equivalente ao tamanho de cinco contêineres

Parece história de pescador, mas não é. Uma rocha gigante, submersa, perto de um dos berços de atracação de navios, atrapalha há anos a movimentação no Porto de São Francisco do Sul, na região Norte de Santa Catarina. Por isso, o Governo do Estado resolveu investir R$ 12 milhões para fazer a retirada da pedra. “A obra, aguardada há décadas pela comunidade portuária, começou nesta semana”, informou a assessoria de imprensa do terminal.

Como serão os trabalhos de remoção da rocha gigante

Os trabalhos para remover o afloramento rochoso de 370 m³, equivalente ao tamanho de cinco contêineres, estão sendo realizados pela empresa Náutica Marítima Serviços.

A rocha gigante se encontra a 10,5 metros de profundidade, entre os berços 101 e 102. Com a remoção, a intenção é alcançar a profundidade de 14 metros nesse local. Já que, atualmente, as embarcações têm que fazer uma manobra extra no momento da atracação, o que aumenta os custos.

Veja na imagem abaixo:

O serviço, tecnicamente chamado de derrocagem, vai usar métodos mecânicos de alta precisão, sem o uso de explosivos. Primeiramente, martelos de fundo e rompedores hidráulicos vão fragmentar a rocha submersa. Posteriormente, uma escavadeira hidráulica vai remover o material.

Esta técnica minimiza – dessa forma – o impacto ambiental e garante a segurança de toda a operação. Nesta primeira etapa, a empresa prevê a conclusão da obra no final de janeiro.

“A derrocagem é essencial para o desenvolvimento da região e de Santa Catarina, pois garante maior efetividade operacional e prioriza a segurança e a sustentabilidade ambiental”, afirma o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira.

Etapas da obra

Tendo em vista a grande movimentação de grãos no berço 101, a obra será executada em duas etapas. Na primeira, que ocorrerá até o final de janeiro, a empresa fará as perfurações na rocha.

Durante o período de escoamento da safra de soja, que geralmente vai até o mês de outubro, a obra será paralisada, para permitir a total capacidade de escoamento do berço.

Após o término do ciclo da soja, a empresa retomará a obra para o desenvolvimento das etapas seguintes.

Dados gerais do Porto

  • Maior porto em movimentação de carga de Santa Catarina
  • Entre os 10 maiores portos públicos do Brasil em movimentação de carga geral
  • Em 2023, atingiu o recorde histórico de movimentação de carga: 16,8 milhões de toneladas, aumento de 33% com relação ao ano anterior
  • Entre os cinco portos públicos do país com Certificação ISO 9001 e 14001
  • Responsável por 42% de todo o aço importado pelo Brasil e por 80% da soja exportada por SC

FONTE: Guararema News
Governo de SC vai gastar R$ 12 milhões para retirar rocha gigante da água; entenda – Guararema News

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O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

Imagine transformar uma pequena cidade portuária em um dos maiores hubs logísticos da América do Sul através de um dos projetos de engenharia mais audaciosos do século XXI, e detalhe, estamos falando de um projeto que foi recentemente inaugurando pela China que teve um investimento estimado em US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões).

Em uma região onde o comércio internacional é vital para o crescimento econômico, e a competição entre portos é muito acirrada, criar uma infraestrutura portuária de classe mundial era mais que um desafio – era uma questão de desenvolvimento nacional.

VIDEO: https://youtu.be/3dKRACg6CSc?si=tsfBTmjjJCD9vHGQ

Portando, a única solução seria construir um megaporto capaz de receber os maiores navios do mundo, processando milhões de contêineres por ano e redefinindo as rotas comerciais do Pacífico Sul. E esse porto se tornou uma realidade no dia 14 de novembro de 2024, sendo a data da sua inauguração. Dessa forma, surgiu o Porto de Chancay, o maior projeto de infraestrutura portuária já realizado no Peru. Uma obra que não apenas redesenhou a costa do país, mas redefiniu os limites do possível em engenharia portuária. E nesse vídeo, você vai descobrir como a China e o Peru conseguiram mudar para sempre o destino do comércio marítimo sul-americano e transformar uma pequena cidade costeira em um gigante logístico internacional.

FONTE: Construction Time
O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

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O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil

Durante sua passagem pelo Peru em novembro, o presidente da China, Xi Jinping, aproveitou para inaugurar o que em alguns anos será maior porto comercial da América do Sul.

O complexo portuário de Chancay fica cerca de 70 km ao norte de Lima. É um projeto superlativo, liderado pela companhia marítima estatal chinesa Cosco Shipping Company e com investimentos totais estimados em US$ 3,4 bilhões. Como o Peru, o Brasil é outro país com relações políticas e comerciais cada vez mais próximas com a China. O gigante asiático é o principal parceiro comercial do Brasil — e o governo brasileiro demonstrou interesse pelo megaporto de Chancay.

Nosso repórter André Biernath explica em detalhes neste vídeo. Confira.
https://youtu.be/E8eyycEVEIU

FONTE: BBC News Brasil
O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil – BBC News Brasil

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Crise Marítima: Entenda a Atual Escassez de Contêineres Para Exportação

Conflitos bélicos e fenômenos naturais obstruem rotas comerciais, geram escassez de produtos e encarecem o frete

Nos últimos anos, o mundo registrou o maior número de guerras desde a Segunda Guerra Mundial. Somando-se aos problemas climáticos e aos bloqueios econômicos, isso provocou o colapso dos principais portos do planeta, gerando uma escassez de contêineres. O aumento dos custos de seguro e transporte marítimo prejudicou os processos produtivos de várias indústrias.

O encalhe do Ever Given em Suez, a seca no istmo do Panamá, o bloqueio russo dos portos ucranianos no Mar Negro, o embargo econômico à Rússia e os ataques a navios no Mar Vermelho desestabilizaram o comércio internacional.

“Por causa da tensão na região, o Canal de Suez reduziu seu volume de operações em 80%. Isso levou ao desvio do transporte marítimo entre a Ásia-Pacífico e a Europa. Agora, o trajeto inclui 3.500 milhas a mais [entre 10 e 15 dias extras] para chegar aos países europeus. Além disso, passa pelo Golfo da Guiné, onde há registros de pirataria”, diz Alejandro Arroyo Welbers, diretor da especialização em Comércio Internacional da Universidade Austral (UA).

Atualmente, segundo a Organização Marítima Internacional, 90% do transporte de mercadorias é realizado por via marítima. Assim, qualquer transtorno nas rotas afeta diretamente a economia global. “Isso é comum em situações de conflito armado. Por exemplo, São Petersburgo, o principal porto russo, está bloqueado. Isso encarece o transporte para Dinamarca, Estocolmo ou Estônia. Como o comércio exterior nessa região é limitado, muitas empresas não consideram a rota vantajosa, o que eleva o custo do frete”, diz Silvia Notte, diretora do SN Estúdio Aduaneiro.

Os canais de Suez e do Panamá, dois dos três corredores artificiais mais importantes do mundo, não operam hoje em plena capacidade. O primeiro, por questões de segurança, e o segundo, por causa do baixo nível de água. “Cerca de 80% do tráfego marítimo mundial ocorre no eixo leste-oeste entre Ásia-Pacífico, Europa e Estados Unidos. Apenas 20% é no eixo norte-sul [Austrália, Nova Zelândia e América do Sul]. Os maiores problemas estão concentrados na primeira rota”, afirma Welbers.

Congestionamento no Mar
Diante disso, quando os navios chegam a portos espanhóis (Valência, Barcelona, entre outros) ou do restante do Mediterrâneo (Marselha, Gênova, Livorno, etc.), formam um congestionamento. “De fato, Singapura, o segundo maior porto do mundo, está congestionado há desde o início do mês de novembro. De lá, abastece-se todo o sudeste asiático, e outros tantos o utilizam como centro de distribuição global”, diz Welbers.

Os fenômenos climáticos também afetam o comércio marítimo. “É comum que, diante de furacões, os navios desviem de sua rota para evitá-los. Isso prolonga as viagens, afetando o abastecimento de mercadorias e contêineres”, afirma Javier Sagardoy, sócio-gerente da Oceanic International Trade.

Cenários semelhantes ocorreram durante as erupções de vulcões no Chile ou no Etna, na Itália. Aeroportos são fechados, e os serviços de entrega expressa são interrompidos. É importante lembrar que produtos sensíveis e entregas urgentes são transportados por via aérea, incluindo a documentação necessária para exportações. “Na hora de planejar uma importação ou exportação, é fundamental contar com um escritório aduaneiro para coordenar o circuito documental e garantir que a mercadoria atenda às normas técnicas e legais exigidas pelos países envolvidos”, diz Silvia Notte.

Em tempos de tensão, como o atual, o mais crítico é a falta de contêineres. “Isso gera um desequilíbrio entre os portos ao redor do mundo. Em alguns lugares, eles se acumulam; em outros, faltam”, diz Sagardoy.

O estreito de Ormuz, que conecta os golfos Pérsico e de Omã ao Mar Arábico, já enfrentou tensões geopolíticas na década de 1990. Por ali passa, anualmente, cerca de um quinto do consumo global de combustível: aproximadamente 21 milhões de barris de petróleo e 20% do gás natural liquefeito do mundo.

“Durante a Guerra do Golfo, navios que partiam das costas norte-americanas eram obrigados a transportar equipamentos militares e suprimentos para as tropas. Diante dessa situação, exportadores não tinham espaço para seus produtos e precisavam enviá-los até a América do Sul [Santos e Rio de Janeiro, no Brasil, e Montevidéu, no Uruguai,  e Buenos Aires, na Argentina] para, só então, transportá-los ao Oriente Médio, aumentando significativamente os custos”, relembra  Welbers.

Planejamento de Cargas
Para garantir o sucesso de qualquer transação internacional, é crucial planejar cuidadosamente a rota. Não se trata apenas de traçar um mapa, seja por trem, barco, caminhão ou avião.

As rotas marítimas, em particular, dependem de três fatores principais. O primeiro é economizar combustível. Depois, consideram-se questões climáticas e oceanográficas [correntes, ventos, gelo, entre outros]. Também pesa a proximidade de portos para emergências.

Desde fevereiro de 1867, o Canal de Suez [Egito] desempenha um papel estratégico tanto comercial quanto geopolítico. É o corredor mais curto entre Europa e Ásia. Em seus melhores momentos, recebia uma média anual de 20 mil navios.

Em 23 de março de 2021, o porta-contêineres Ever Given, um dos maiores do mundo, encalhou no canal. Navegando de Tanjung Pelepas [Malásia] a Roterdã, o navio de bandeira panamenha e capitais japoneses bloqueou o comércio internacional por seis dias, impedindo o trânsito de outros navios. “Esse incidente não afetou tanto as exportações do Cone Sul, já que o comércio ocorre principalmente pelo Mediterrâneo [Portugal, Gibraltar, Roterdã, Hamburgo, etc.]. Quando destinado ao Oriente Médio, a carga é transbordada em Singapura. Em alguns casos, situações como essa podem até gerar boas oportunidades”, diz Notte.

Além disso, piratas atacaram navios presos em Suez, roubando e sequestrando tripulações para pedir resgate. “Por esses motivos, essa rota quase deixou de ser usada, mesmo que o trajeto pelo canal durasse apenas 15 dias até o Mediterrâneo. Com isso, começou-se a utilizar a rota pelo sul da África, que leva de 35 a 40 dias. Naquele período, registrou-se uma falta significativa de contêineres nos portos europeus, gerando uma das maiores crises dos últimos anos”, relata Sagardoy.

No istmo do Panamá, que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, a seca atual reduziu sua operação a 50%. Em 2023, dos 26 navios que passavam diariamente, apenas 18 conseguiram transitar, resultando na perda de mais de 2 mil contêineres em capacidade total.

Impacto ambiental
A crise marítima também tem um lado ambiental. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), rotas mais longas não apenas aumentam os custos, mas também prejudicam o meio ambiente devido ao maior consumo de combustível.

De acordo com a UNCTAD, o trajeto de ida e volta Singapura-Roterdã agora emite 70% mais gases de efeito estufa. O transporte marítimo, sozinho, é responsável por 3% da poluição ambiental global.

A situação exige um planejamento cada vez mais cuidadoso por parte de todos os agentes envolvidos no comércio internacional. A logística precisa ser ajustada para minimizar impactos econômicos e ambientais, enquanto as empresas buscam soluções alternativas para enfrentar as dificuldades impostas pelas crises geopolíticas e climáticas.

Importância dos Agentes de Carga
“É nesse contexto que o papel do agente de cargas se torna ainda mais relevante”, explica Silvia Notte. “Eles são responsáveis por buscar rotas alternativas para garantir que a carga chegue ao destino, mesmo diante de dificuldades imprevistas. Essa atuação é crucial para evitar o impacto econômico que pode prejudicar todas as partes envolvidas nas operações comerciais.”

Além disso, a busca por eficiência logística e a diversificação de rotas tornam-se fundamentais. As empresas enfrentam desafios tanto no transporte de mercadorias quanto no abastecimento de insumos para suas fábricas. Isso tem levado a um aumento expressivo nos custos de transporte, com altas de até 256% no preço dos contêineres entre Xangai e a Europa em poucos meses.

Os especialistas enfatizam que crises como essa não devem ser vistas apenas como obstáculos, mas também como oportunidades para repensar a cadeia logística global e investir em inovações que possam mitigar os riscos. Enquanto isso, soluções emergenciais continuam sendo adotadas para contornar os gargalos, ainda que com custos elevados.

Uma Crise Multifacetada
A combinação de fatores, como guerras, mudanças climáticas, congestionamentos nos principais portos do mundo e a escassez de contêineres, criou uma das maiores crises logísticas das últimas décadas. Essa situação revela a fragilidade das cadeias globais de suprimento e a necessidade de uma maior resiliência para enfrentar desafios futuros.

Além do impacto econômico direto, há um alerta ambiental crescente. O prolongamento das rotas marítimas e o aumento no consumo de combustíveis não apenas encarecem os custos, mas também intensificam os danos ao meio ambiente, ampliando as emissões de gases de efeito estufa.

A crise marítima atual evidencia a interconexão entre os desafios globais e destaca a importância de políticas coordenadas, investimentos em infraestrutura e a adoção de práticas mais sustentáveis no comércio internacional. Enquanto soluções de curto prazo continuam sendo implementadas, o setor enfrenta a urgência de transformar os modelos tradicionais de operação para garantir a viabilidade econômica e ambiental no longo prazo.

FONTE: Forbes
Crise Marítima: Entenda a Atual Escassez de Contêineres Para Exportação

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Governo fecha acordos com empresas aéreas e vai reduzir em R$ 5,8 bilhões dívidas da Gol e Azul

Acordos foram firmados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e preveem descontos em multas e débitos previdenciários e fiscais das companhias com a União.

O governo fechou dois acordos e vai diminuir, em cerca de R$ 5,8 bilhões, as dívidas das companhias aéreas Gol e Azul com a União.

Das dívidas, que juntas somavam R$ 7,8 bilhões, as empresas devem pagar cerca de R$ 2 bilhões, segundo dados aos quais a GloboNews teve acesso.

A Gol contava com uma dívida cerca de R$ 5 bilhões na Receita Federal. Com o acordo firmado com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a companhia aérea pagará R$ 880 milhões, em até 120 prestações. Outros R$ 49 milhões, que foram depositados durante o processo, também irão para os cofres públicos.

Já a Azul tinha uma dívida de R$ 2,8 bilhões com o governo. A empresa pagará R$ 1,1 bilhão, também em até 120 vezes. A companhia aérea deverá depositar de forma imediata R$ 36 milhões.

A PGFN fechou os acordos em 31 de dezembro de 2024. As chamadas transações tributárias com a Gol e a Azul são, respectivamente, as segunda e terceira negociações desse tipo com companhias aéreas.

A primeira foi feita também no fim de dezembro com a falida Varig, que pagará R$ 575 milhões à União.

Segundo João Grognet, Procurador-Geral de Dívida Ativa e FGTS, esse tipo de acordo é uma forma de o governo recuperar valores que empresas devem e que dificilmente seriam pagos de outra forma.

Ainda de acordo com ele, A PGFN conseguiu o pagamento de R$ 30 bilhões em créditos devidos durante 2024 com o mecanismo.

Grognet defende ainda que os acordos são uma forma de impulsionar a economia brasileira.

“A gente precisa reconhecer que o setor aéreo exerce uma influência, uma relevância nacional muito importante. Basta relembrar que boa parte do turismo nacional somente existe por conta dos voos nacionais. Portanto, fomenta com que dinheiro circule, com que a economia se promova e com que mais empregos, mais renda, mais salário, maiores rentabilidades para o país sejam gerados”, afirma o procurador.

Benefícios para as aéreas

Em setembro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que permite que recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) sejam usados para conceder crédito a empresas aéreas.

À época, estimativas do Ministério de Portos e Aeroportos indicavam que as empresas teriam direito a cerca de R$ 5 bilhões para fortalecer as operações no país.

O setor conta ainda com o benefício de renúncia fiscal. Ou seja, o governo abre mão de receber parte dos impostos que essas empresas devem pagar para apoiar o setor.

Em todo o Brasil, uma das empresas que mais se beneficiam com essa política é uma aérea: a Latam. Em 2024, o governo deixou de receber ao menos R$ 2,6 bilhões da empresa. Os últimos dados da Controladoria – Geral da União são de junho de 2024, ou seja, a renúncia pode ser ainda maior.

As duas companhias que fecharam acordo com o governo também se beneficiam com a renúncia fiscal. A Azul deixou de pagar, com a política pública, R$ 774 milhões, segundo a CGU. Já a Gol foi beneficiada em ao menos R$ 113 milhões.

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