Economia, Gestão, Logística, Mercado Internacional, Tecnologia, Tributação

Com a ajuda dos EUA, o México pode se transformar em uma potência econômica global; saiba como

O México está investindo pesado para fortalecer sua economia, reduzindo a dependência da China e apostando no “Made in Mexico”. A ideia é atrair investimentos dos EUA e se tornar uma das 10 maiores economias do mundo.

Nos últimos anos, o México tem sido palco de uma transformação econômica significativa, tentando se consolidar como uma das dez maiores economias do mundo. Entrelaçado com seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos, e enfrentando uma relação ambígua com a China, o país se encontra em uma encruzilhada que pode definir seu futuro econômico.

Com um plano audacioso apresentado pela presidente Claudia Sheinbaum, o México propõe fortalecer sua produção local e reduzir a dependência das importações asiáticas. Mas será que essa estratégia é suficiente para superar os desafios impostos por potências globais como a China?

O contexto atual: México entre os EUA e a China

O México tem uma relação histórica e econômica profunda com os Estados Unidos. A proximidade geográfica e o Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC) garantem uma troca comercial robusta, posicionando os EUA como o principal destino das exportações mexicanas.

Por outro lado, a China desempenha um papel estratégico no comércio mexicano. Desde 2016, a China tem se consolidado como o segundo maior parceiro comercial do México, aproveitando o país como um ponto de entrada para os produtos chineses no mercado norte-americano. Essa dinâmica, no entanto, enfrenta críticas e desafios, especialmente no cenário de tensões comerciais globais.

O impacto do primeiro mandato de Trump no comércio global

Durante seu primeiro mandato, Donald Trump implementou tarifas rigorosas sobre produtos chineses, alterando significativamente o comércio global. Para a China, isso significou buscar alternativas, e o México se tornou uma dessas rotas estratégicas. Empresas chinesas aproveitaram as cadeias logísticas mexicanas para driblar as tarifas e acessar o mercado dos EUA.

Essa situação, embora benéfica para o México em termos de investimentos, também gerou críticas de Trump, que acusou o país de ser uma “porta dos fundos” para produtos chineses. Agora, com a possibilidade de um segundo mandato, novas tarifas podem atingir não apenas a China, mas também o México, colocando ainda mais pressão sobre a economia mexicana.

Uma resposta estratégica à dependência da China

Para enfrentar esses desafios, o México lançou um plano ambicioso que visa revitalizar sua produção local. A estratégia é clara: reduzir as importações asiáticas e fortalecer as cadeias de valor internas.

O projeto inclui a criação de 100 parques industriais em 12 regiões estratégicas, conhecidos como “Pólos do bem-estar”. O governo oferece incentivos fiscais, financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs) e apoio à adoção de tecnologias avançadas. Esses esforços ecoam a estratégia usada pela China nas décadas de 1990 e 2000, quando o país investiu maciçamente em sua cadeia produtiva para se tornar um gigante global.

Nearshoring e o fortalecimento do “Made in Mexico”

Outro ponto crucial do plano é o nearshoring, uma tendência que aproveita a proximidade geográfica do México com os Estados Unidos para atrair investimentos e reduzir custos de transporte. Essa estratégia busca transformar o “Made in Mexico” em um selo de qualidade e competitividade no mercado global.

Os setores têxtil, tecnológico, de calçados e móveis estão no centro dessa transformação. O objetivo é aumentar a participação mexicana no comércio internacional para 15%, consolidando o país como um dos principais players globais.

México no comércio global

Apesar das iniciativas promissoras, o México ainda enfrenta desafios consideráveis. O segundo mandato de Trump pode trazer novas tarifas e tensões comerciais, enquanto a China continua a ser um concorrente poderoso no mercado global.

No entanto, com uma estratégia clara de autossuficiência econômica e integração regional, o México tem o potencial de se posicionar como um líder econômico na América do Norte. O tempo dirá se o país conseguirá transformar sua ambição em realidade e equilibrar sua relação com os EUA e a China.

FONTE: CPG click petróleo e gás.
Como o México pode se tornar uma potência econômica global competindo com a China e contando com a ajuda dos EUA

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Economia, Industria, Informação, Internacional, Mercado Internacional, Notícias

De mãos atadas, o mundo assiste ao rompimento entre as maiores potências

Kishore Mahbubani fala sobre o impacto da lista negra de empresas chinesas pelos EUA. “Se os EUA tentarem se desvincular das empresas chinesas e seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desvinculando da China, mas também do resto do mundo

A mais recente ação dos EUA para expandir sua lista de empresas militares chinesas arrisca causar mais do que apenas a queda das ações de algumas de suas companhias mais valiosas: também ameaça acelerar o desacoplamento das duas maiores economias do mundo.

Na segunda-feira, o governo Biden incluiu a Tencent Holdings Ltd., maior publicadora de jogos do mundo, e a Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL), um importante fornecedor de baterias para a Tesla Inc., em sua lista de “empresas militares chinesas” — firmas que, segundo os EUA, trabalham direta ou indiretamente com o Exército de Libertação Popular (PLA) ou contribuem significativamente para a base industrial da China.

Desde que a primeira lista foi divulgada em 2021, conforme exigido por uma lei aprovada nos últimos dias do primeiro mandato de Donald Trump, ela cresceu para incluir 134 empresas — incluindo quatro das 20 maiores da China em valor de mercado, avaliadas juntas em quase US$ 1 trilhão.

 

Embora a lista não imponha sanções específicas, ao contrário da Lista de Entidades do Departamento de Comércio, ela desencoraja empresas americanas de fazer negócios com suas integrantes e representa um golpe reputacional para as empresas envolvidas. De forma mais ampla, a rápida expansão do registro mostra o quanto as linhas entre empreendimentos militares e civis estão sendo borradas, além de aumentar o risco de bifurcação das cadeias de suprimento caso medidas mais rígidas sejam aplicadas no futuro.

Essa abordagem pode sair pela culatra para Washington, segundo Kishore Mahbubani, ex-embaixador de Singapura nas Nações Unidas, que chamou a adição mais recente de “imprudente”.

“O mundo inteiro se moverá para depender de empresas chinesas para uma ampla gama de produtos, incluindo empresas como Tencent e CATL”, disse Mahbubani, também autor do livro Has China Won?

“Se os EUA tentarem se desacoplar das empresas chinesas e de seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desacoplando da China”, disse ele. “Estarão se desacoplando do resto do mundo também.”

Os EUA incluíram Tencent Holdings Ltd. e Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL) na lista negra por supostos vínculos com o exército chinês em uma medida surpresa semanas antes de Donald Trump assumir o cargo. James Mayger, da Bloomberg, relata.

Embora a lista tenha sido ampliada no final do mandato de Joe Biden, um dos principais defensores de incluir a CATL e outras grandes empresas chinesas foi Marco Rubio, indicado para ser o secretário de Estado no segundo mandato de Trump.

Isso levanta a questão de saber se Trump adotará uma postura rígida em relação à China, como indicam suas ameaças de impor tarifas de até 60%, ou se adotará uma visão mais pragmática — sugerida por seus esforços para reverter a proibição do TikTok e por seus laços estreitos com o fundador da Tesla, Elon Musk.

“Teremos que ver se essa estratégia será significativamente revisada pelo governo Trump que está por vir”, disse Josef Gregory Mahoney, professor de relações internacionais da East China Normal University, em Xangai. “A sabedoria convencional indica que não será, mas há razões convincentes para mudar de curso.”

Os EUA descreveram a lista como uma forma de destacar e combater o que chamam de “estratégia de fusão militar-civil” da China — que apoia os objetivos de modernização do PLA garantindo acesso a tecnologias avançadas e expertise desenvolvidas por empresas, universidades e programas de pesquisa chineses que aparentam ser entidades civis.

Essa estratégia ampla, conhecida na China como “estratégias e capacidades nacionais integradas”, tem sido cada vez mais promovida sob o presidente Xi Jinping e frequentemente destacada na mídia estatal.

Na segunda-feira, o Pentágono também adicionou SenseTime Group Inc. e Changxin Memory Technologies Inc., destacando um fabricante chinês de chips de memória considerado crucial para os esforços de desenvolvimento de semicondutores e IA de Pequim.

A agência também nomeou a gigante petrolífera Cnooc Ltd. e a Cosco Shipping Holdings Co., ambas anteriormente alvo de Washington.

O foco mudou de contratantes militares “tradicionais” para incluir empresas que desenvolvem produtos tecnológicos com potencial de aplicações militares, de acordo com Dylan Loh, professor assistente de política na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.

Isso demonstra “a ampliação do escopo da segurança nacional”, disse Loh. “Não é apenas algo dos EUA, mas, argumentavelmente, um fenômeno global, onde os países estão cada vez mais securitizando produtos e tecnologias em nome da segurança nacional.”

A medida ocorre em meio a uma rivalidade tecnológica crescente entre os dois países. Os EUA impuseram controles de exportação para restringir a capacidade da China de desenvolver uma indústria avançada de semicondutores e usar inteligência artificial para fins militares. Em resposta, Pequim apertou seus próprios controles de exportação, incluindo uma proibição, no mês passado, de vários materiais de alta tecnologia e uso militar para os EUA.

Nos últimos dois anos, o governo Biden usou a metáfora de “pequeno quintal, cerca alta” para explicar suas ações para limitar o acesso da China à tecnologia. A ideia é que tecnologias sensíveis devem ser mantidas dentro de um pequeno quintal, protegido por uma cerca alta de controles comerciais e de investimento. Isso se aplicaria apenas a tecnologias avançadas com aplicações militares, enquanto o comércio e os investimentos comerciais mais amplos com a China permaneceriam inalterados.

Entretanto, a medida mais recente visa a Tencent e a CATL, que, em teoria, não parecem ter negócios regulares com o Exército de Libertação Popular (PLA). A Tencent, a empresa mais valiosa da China, é vista como pioneira no setor privado e de internet do país, criando um chamado aplicativo para tudo que Elon Musk apontou como modelo para o X.

Durante o primeiro governo Trump, o governo dos EUA tentou banir o WeChat — serviço de mensagens da Tencent que evoluiu para uma plataforma de pagamentos, redes sociais e serviços online — citando preocupações com a segurança nacional.

A CATL não é apenas uma importante fornecedora para a Tesla, mas também para muitas das maiores montadoras do mundo, incluindo Stellantis NV e Volkswagen AG. Em agosto, Marco Rubio pediu ao Pentágono que mirasse na fabricante chinesa de baterias devido ao seu potencial de se tornar uma fornecedora crucial para o PLA.

Cerca de um em cada três carros elétricos é alimentado por baterias da CATL, e sua ampla presença na cadeia de suprimentos automotiva pode causar grandes interrupções na indústria automobilística global se as montadoras forem obrigadas a encontrar alternativas.

Pequim criticou repetidamente o que vê como a “supersecuritização” dos EUA. “Pequeno quintal, cerca alta não deve se tornar grande quintal, cortinas de ferro”, disse o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, ao Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em setembro.

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China novamente condenou as sanções dos EUA e prometeu defender os direitos das empresas chinesas. “Instamos os EUA a corrigirem imediatamente suas ações erradas e encerrarem as sanções unilaterais ilegais e a jurisdição extraterritorial sobre empresas chinesas”, disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério, em uma coletiva de imprensa regular em Pequim.

A China deixou claro que está preparada para desafiar os EUA em futuras disputas comerciais. Além de sua proibição de exportação de minerais críticos, como germânio e gálio, Pequim anunciou na semana passada planos para controles mais rigorosos sobre o envio de tecnologias usadas em materiais de baterias. Também está colocando mais empresas americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis, adotando uma abordagem semelhante à dos EUA.

“Dada a propensão de Pequim a responder às ações dos EUA com medidas recíprocas, não seria surpreendente se Pequim colocasse uma empresa não relacionada à defesa em uma dessas listas como retaliação simbólica”, disse Kendra Schaefer, sócia da consultoria Trivium China.

FONTE: O Cafézinho
De mãos atadas, o mundo assiste ao rompimento entre as maiores potências – O Cafezinho

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Industria, Informação, Tecnologia

Importação da indústria têxtil brasileira salta 14,7% e exportação cai 4,9%

“Os asiáticos, principalmente a China, fortaleceram a agenda de comércio exterior e a indústria brasileira vem perdendo presença relativa”.

Os dados foram levantados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Já as exportações totalizaram US$ 909 milhões, o que equivale a uma queda de 4,9% ante 2023.

O saldo total da balança comercial foi negativo em US$ 5,7 bilhões, uma piora de 15,7% em relação ao saldo do ano anterior.

Para o presidente emérito e superintendente da Abit, Fernando Pimentel, o aumento de custos de produção no Brasil, os acordos ainda limitados entre outros países, a apreciação do dólar frente ao real e o alto nível dos juros estão entre os fatores que levaram a esse cenário.

“A alta do dólar valoriza a exportação, mas também eleva os custos que estão atrelados a moeda estrangeira, como máquina, algodão e produtos químicos que, por sua vez, reverberam nos custos da produção”, diz.

Pimentel ainda destaca que os países asiáticos também são fortes concorrentes e que agravam esse resultado da balança comercial.

“Os asiáticos, principalmente a China, fortaleceram a agenda de comércio exterior e a indústria brasileira vem perdendo presença relativa”, afirma o presidente.

Já em 2025, a Abit aposta nos efeitos do acordo do Mercosul com a União Europeia. Serão eliminadas tarifas para 97% dos bens manufaturados no comércio entre os dois blocos, segundo a associação.

“O tratado deve gerar oportunidades de aumento dos investimentos e exportações, criação de empregos, fomento da produção e aporte tecnológico no Brasil”, completa Pimentel.

FONTE: Dinheirama
Importação da indústria têxtil brasileira salta 14,7% e exportação cai 4,9%

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Gestão, Importação, Industria, Informação, Mercado Internacional

Brasil exporta menos para Ásia e América do Sul em 2024.

China tem queda no fluxo, mas ainda lidera e concentra 28% das vendas brasileiras ao exterior.

O comércio exterior brasileiro registrou uma redução de exportações para a Ásia em 2024 na comparação com o ano anterior. A queda no volume cambial foi de 5,3% –sem considerar o Oriente Médio, que tem uma configuração no fluxo diferente do resto do continente.  Apesar da retração, os países asiáticos ainda concentram o maior montante (US$ 144,4 bilhões) das vendas do Brasil ao exterior. 

A América do Sul também apresentou retração como destino para as exportações brasileiras. Nesse caso, foi mais expressiva (-14,0%). Por outro lado, houve alta de 6,2% nas exportações à América do Norte. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 

Leia o detalhamento no infográfico abaixo:

Sócio da BMJ Consultoria, Welber Barral diz que a queda para a Ásia foi influenciada por causa da desvalorização de algumas commodities agrícolas em 2024. O resultado foi puxado especialmente pelo fluxo com a China, o maior parceiro comercial do Brasil. “Quando você pega a exportação brasileira para a China, fundamentalmente está falando de minério de ferro, soja e milho. Esses 3 produtos perderam preço em 2024”, declarou ao Poder360. Commodities são bens básicos de origem natural ou agrícola. Exemplos incluem grãos e metais. Já o aumento para a América do Norte veio pela venda de petróleo, principalmente aos Estados Unidos, segundo Welber.

“O Brasil exporta muito petróleo cru para os EUA e importa derivados”, disse. No caso da América o Sul, o impacto veio por parte da Argentina. O país teve duas quedas consecutivas no PIB (Produto Interno Bruto) e só voltou a crescer no 3º trimestre, o que diminuiu o poder de compra no ano.

“A Argentina é o principal importador de produtos manufaturados brasileiros. Isso acaba afetando também o resultado da balança do Brasil para a América do Sul como um todo”, afirmou o especialista. China, Estados Unidos e Argentina são os 3 maiores parceiros comerciais do Brasil. A nação asiática lidera a participação nas vendas ao exterior e concentra 28% do volume cambial das exportações (US$ 94,4 bilhões).

Leia no infográfico abaixo:

O top 10 de destinos das vendas brasileiras também inclui países da Europa. A maior mudança em relação ao ranking de 2023 foi a Alemanha, que subiu de posição e passou a ocupar o 10º lugar.

Compare o fluxo:

FONTE: Poder 360
Brasil exporta menos para Ásia e América do Sul em 2024

 

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Pesquisadores chineses conseguem reativar cérebro 50 minutos após morte clínica

Pesquisadores da Universidade Sun Yat-Sen, na China, conseguiram reviver cérebros de porcos quase uma hora após a interrupção da circulação sanguínea dos animais. Em algumas situações, chegaram a ser  mantidos por várias horas.

O objetivo do estudo, publicado na revista EMBO Molecular Medicine, em setembro, foi investigar o papel do fígado, um órgão responsável pela purificação do sangue, na recuperação do cérebro após episódios de isquemia resultantes de paradas cardíacas.

Os resultados da pesquisa mostraram que o fígado pode ser crucial na reparação de danos cerebrais provocados por ataques cardíacos. Embora essa possibilidade ainda esteja longe de se tornar uma realidade para os seres humanos, o experimento ofereceu insights sobre os períodos em que a ressuscitação de pacientes pode ser efetiva.

A parada cardíaca súbita gera uma série de complicações no organismo devido à rápida cessação do fluxo sanguíneo. A interrupção da circulação para diversas partes do corpo é conhecida como isquemia e, quando afeta o cérebro, pode ocasionar danos irreversíveis em poucos minutos. Por isso, a janela de resgate após uma parada cardíaca é extremamente curta.

Dessa forma, os pesquisadores realizaram uma comparação sobre a introdução de um fígado em um sistema de suporte à vida em diversos intervalos de tempo após a cessação da circulação sanguínea, que foram de 10, 30, 50 e 60 minutos, além de 4 horas.

Inicialmente, os cérebros foram conectados aos sistemas de suporte vital 10 minutos após o início do procedimento. No experimento sem fígado, a atividade elétrica cerebral foi detectada em menos de meia hora, antes de diminuir ao longo do tempo.

A equipe, então, testou diferentes períodos de espera, ligando os cérebros ao sistema com apoio hepático em intervalos de 30, 50, 60 e 240 minutos. O intervalo mais longo que demonstrou maior potencial foi de 50 minutos após a falta de sangue: o cérebro reiniciou a atividade elétrica e conseguiu manter esse estado por seis horas até o término do experimento.

Nos cérebros que ficaram privados de oxigênio por 60 minutos, a atividade retornou apenas por três horas antes de cessar, indicando um período crítico em que a ressuscitação pode ser efetiva com a inclusão de um fígado funcional.

Fonte: Correio Braziliense
Cientistas desafiam limites da vida: cérebros voltam a funcionar após morte

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Balança comercial tem superávit, mas o que preocupa é a desindustrialização

Até a nossa balança comercial, que era maravilhosa, está sendo afetada. O superávit de 2024 foi bom, não há dúvida: US$ 74,5 bilhões.

Mas ele foi 25% menor que o do ano anterior: em 2023 foram quase US$ 99 bilhões. E o pior de tudo é a desindustrialização do país. A indústria fica cada vez menos importante. Nos anos 80, 90, a indústria significava 35% do PIB, de tudo que era produzido no país. Agora, são 25,5%. A indústria está sendo esmagada pelo sistema tributário do país.

O minério brasileiro vai para a China, para o outro lado do mundo. E, se o Brasil quiser comprar trilhos, compra da China, trilhos feitos com minério brasileiro. Isso quer dizer que não há uma indústria siderúrgica robusta no Brasil. Falta indústria de base, que tenha possibilidade de ter a tecnologia para fazer trilho, e que tenha um mercado. Jorge Gerdau Johannpeter, um dos grandes empresários deste país, dono de siderúrgicas, me disse certa vez que, antes mesmo de produzir a primeira tonelada de aço, ele já estava pagando milhões em impostos. É um desestímulo à produção industrial. É a produção agropecuária, na base, que sustenta o país; parece que essa é a nossa vocação. Mas eu pergunto: será que os produtos industriais chineses vão ser mais comprados no Brasil que os produtos industriais brasileiros? É triste percebermos isso.

 

FONTE: GAZETA DO POVO
Balança comercial tem superávit, mas desindustrialização preocupa

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Economista chinês é penalizado por contestar os dados oficiais de crescimento do país

O economista chinês Gao Shanwen, chefe de análise econômica da estatal SDIC Securities, foi punido por ordem direta do líder do regime Xi Jinping após expressar dúvidas sobre a veracidade das cifras oficiais de crescimento econômico da China, segundo o The Wall Street Journal.

O incidente ocorreu depois que Gao participou de um fórum em Washington no dia 12 de dezembro, organizado conjuntamente pelo Peterson Institute for International Economics e um grupo de reflexão chinês.

Durante sua intervenção, Gao apontou que o verdadeiro crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês poderia ter sido inferior ao 5% reportado oficialmente, situando-se em torno de 2% anual nos últimos dois ou três anos.

Comentários que desencadearam a reação de Xi

Duas afirmações de Gao no fórum provocaram a indignação de Xi, segundo fontes próximas ao assunto. Em primeiro lugar, ele questionou a confiabilidade dos dados oficiais: “Não conhecemos a cifra real do crescimento da China. Minha especulação é que, em média, durante os últimos dois ou três anos, o crescimento real poderia ter sido de cerca de 2%, embora a cifra oficial seja próxima de 5%”, disse Gao, cujas declarações estão disponíveis na página web do Peterson Institute e no YouTube.

Em segundo lugar, Gao criticou a capacidade de Beijing de implementar medidas eficazes para impulsionar a economia. “Seus esforços para estimular a economia serão muito oportunistas. Ao final, não acredito que possam cumprir de maneira confiável o que prometeram”, acrescentou.

Após conhecer essas declarações, Xi ordenou uma investigação sobre Gao e proibiu o economista de realizar declarações públicas por um período não especificado, segundo as fontes. No entanto, Gao pôde conservar seu posto na SDIC Securities.

Contexto de sensibilidade econômica

A resposta de Xi sublinha as crescentes tensões dentro do governo chinês em relação aos problemas econômicos que se agravaram sob seu liderança. A economia da China enfrenta desafios significativos, como uma crise imobiliária que eliminou 18 trilhões de dólares em riqueza familiar, uma dívida próxima de 300% do PIB e uma capacidade industrial excessiva que ameaça provocar uma espiral deflacionária.

Diante desses problemas, as autoridades têm tentado sufocar as críticas públicas. Em dezembro, a Associação de Valores da China (SAC) advertiu a corretores de bolsa e gestores de fundos que seus economistas e analistas devem “interpretar positivamente as políticas governamentais” ou enfrentar o demissão.

Precedentes de censura

O caso de Gao não é isolado. Segundo o The Wall Street Journal, em 2023, o economista Zhu Hengpeng, de um destacado grupo de especialistas em China, foi investigado, detido e destituído após criticar a gestão econômica de Xi em um grupo privado de mensagens. Outros acadêmicos, empresários e banqueiros também foram silenciados por expressar opiniões contrárias à linha oficial.

Em uma reunião recente, Cai Qi, chefe de gabinete de Xi, instou os responsáveis pela propaganda a “fortalecer a gestão de expectativas econômicas” para eliminar comentários negativos sobre o estado da economia.

Reações internacionais e dúvidas sobre os dados

O castigo a Gao tem gerado preocupação entre os investidores internacionais que buscam avaliar o estado real do mercado chinês, cada vez mais opaco.

As cifras oficiais de crescimento do PIB têm sido questionadas até mesmo por altos funcionários chineses. Por exemplo, o falecido ex-primeiro-ministro Li Keqiang preferia analisar indicadores alternativos, como o consumo de eletricidade, os volumes de carga e os préstamos bancarios, em vez de confiar nos dados oficiais.

Além disso, as autoridades têm restringido o acesso a certos dados econômicos. Em 2023, Beijing deixou de publicar as cifras de desemprego juvenil, reanudando-as mais tarde com mudanças metodológicas que excluíram a estudantes universitários.

Economistas como os de Barclays e Nomura têm sinalizado discrepâncias nos dados oficiais, destacando que os indicadores de atividade econômica não coincidem com os relatórios governamentais. Segundo o governo, a economia chinesa cresceu 5,2% em 2023, um ritmo que Xi considera crucial para alcançar sua meta de duplicar o tamanho da economia para 2035.

Em suas declarações em Washington, Gao indicou que uma taxa de crescimento mais realista para os próximos anos seria de 3% a 4%, mas afirmou: “Sabemos que a cifra oficial sempre será de cerca de 5%”.

Declarações institucionais

O Peterson Institute for International Economics defendeu o direito dos especialistas chineses de participar em debates abertos. “As discussões analíticas baseadas em fatos são essenciais para fomentar um melhor entendimento e políticas públicas mais efetivas”, apontou a instituição em um comunicado. Enquanto isso, as tensões internas e as dúvidas sobre a transparência das cifras oficiais da China continuam marcando o panorama econômico do país.

Fonte: Gazeta Brasil
Economista chinês é punido após questionar dados oficiais de crescimento da China – Gazeta Brasil- Notícias do Brasil e do Mundo

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Investimento bilionário da China: A construção mais cara da história do mundo já empregou mais de 70 mil trabalhadores e utilizou mais de 200 mil toneladas de concreto e aço

Um rio artificial que promete mudar a história: construção mais cara do mundo está acontecendo na China e ambicioso projeto está revolucionando a engenharia global.

 

Imagine uma construção tão grandiosa que desafia os limites da engenharia, emprega dezenas de milhares de trabalhadores e promete transformar o panorama de um país inteiro. Bem-vindo ao investimento bilionário da China, onde um rio artificial colossal está sendo construído para resolver a crise hídrica do norte e, ao mesmo tempo, se tornar a obra mais cara já realizada pela humanidade.

Este é um investimento épico que combina inovação, ambição e a força de uma nação determinada a reescrever as regras da infraestrutura mundial. Descubra como este projeto revolucionário está saindo do papel e moldando o futuro de milhões de pessoas.

O investimento mais caro da História: A maior construção de rio artificial do mundo

A China continua a surpreender com seus investimentos ambiciosos, agora desenvolvendo um rio artificial que promete se tornar a obra mais cara do mundo. O projeto monumental de desvio de água na China, considerado a construção mais dispendiosa de todos os tempos, visa atenuar a escassez hídrica na região norte do país, conhecida por sua aridez e intensa industrialização.

Esse investimento visa transferir cerca de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água potável por ano para áreas densamente povoadas do norte, promovendo significativamente o desenvolvimento socioeconômico da região. Sem dúvida, trata-se de um dos projetos mais audaciosos da engenharia civil nesta década!

Investimento bilionário da China: Novo rio artificial mais caro do mundo estará pronto até 2050

Esse grandioso investimento de rio artificial interliga os principais rios da China pelas rotas Leste, Central e Oeste, superando limites de engenharia e enfrentando desafios ambientais e logísticos. A rota Leste inicia no Rio Yangtzé, passando pela passagem de Kedia até chegar à cidade de Tianjin, no norte, por meio de canais e tubulações. A rota Central parte do Rio Danube, fluindo através de rios e canais em direção a Pequim, cruzando províncias como Enan e Hubei. A rota Oeste conecta o Rio Yangtzé à região noroeste da China, abrangendo áreas como Qinghai e Xinjiang, levando água a regiões propensas à seca.

A expectativa é que a construção mais cara do mundo seja finalizada até 2050, garantindo segurança hídrica para milhões de pessoas e transformando a paisagem da China. A origem deste investimento audacioso está na resposta do governo chinês à crescente escassez de água no norte do país, resultado da rápida industrialização, aumento populacional e demandas agrícolas. A crise hídrica ameaçava o fornecimento de água potável e o desenvolvimento econômico. Esse colossal projeto, iniciado há quase 50 anos, envolveu planejamento meticuloso, pesquisa extensiva e construção desafiadora.

Construção do Rio Artificial necessitou de 70 mil trabalhadores

A construção do projeto de transferência de água Sul-Norte na China foi amplamente financiada pelo governo chinês. Incluído no plano de desenvolvimento nacional, este grande projeto de infraestrutura teve seu financiamento proveniente, principalmente, do orçamento do governo central.  O investimento da construção mais cara do mundo envolveu mais de 70 mil trabalhadores chineses, utilizando mais de 200 mil toneladas de concreto e aço. Para superar barreiras naturais como a travessia dos rios Amarelo e Yangtzé, foram construídos túneis subterrâneos.

O projeto segue um cronograma complexo que abrange fases como viabilidade, planejamento, licenciamento ambiental, aquisição de terras, escavação, construção de infraestruturas e conclusão das rotas. Comparando o investimento do rio artificial chinês com a transposição do Rio São Francisco no Brasil, ambos visam solucionar problemas de disponibilidade de água em suas respectivas regiões. No entanto, há diferenças significativas em termos de escala, cronograma, gastos e estratégias adotadas.

Construção mais cara do mundo já gastou 79 bilhões de dólares

O investimento chinês é a construção mais cara do mundo, com um orçamento estimado em 62 bilhões de dólares, mais que o dobro do custo da barragem das Três Gargantas. Até 2014, mais de 79 bilhões de dólares haviam sido gastos, tornando-o um dos projetos de engenharia mais ambiciosos e caros da história humana. Os impactos do projeto abrangem aspectos positivos e negativos, visto que o desvio de água beneficia áreas no norte, aliviando a escassez hídrica e impulsionando o desenvolvimento econômico. No entanto, há consequências ambientais, como a perda de habitats e o reassentamento forçado de comunidades locais.

O futuro do projeto de rio artificial enfrentará transformações e desafios, com uma expansão planejada para atender às crescentes demandas por água no norte da China. O principal benefício deste investimento colossal é suprir as necessidades hídricas da região norte, que tende a sofrer com a escassez de água, especialmente em grandes cidades como Pequim e Tianjin, apoiando assim o crescimento econômico e o bem-estar da comunidade.

FONTE: Revista Sociedade Militar.
Investimento bilionário: A construção mais cara da história que empregou mais de 70 mil trabalhadores e utilizou mais de 200 mil toneladas de concreto e aço

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O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

Imagine transformar uma pequena cidade portuária em um dos maiores hubs logísticos da América do Sul através de um dos projetos de engenharia mais audaciosos do século XXI, e detalhe, estamos falando de um projeto que foi recentemente inaugurando pela China que teve um investimento estimado em US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões).

Em uma região onde o comércio internacional é vital para o crescimento econômico, e a competição entre portos é muito acirrada, criar uma infraestrutura portuária de classe mundial era mais que um desafio – era uma questão de desenvolvimento nacional.

VIDEO: https://youtu.be/3dKRACg6CSc?si=tsfBTmjjJCD9vHGQ

Portando, a única solução seria construir um megaporto capaz de receber os maiores navios do mundo, processando milhões de contêineres por ano e redefinindo as rotas comerciais do Pacífico Sul. E esse porto se tornou uma realidade no dia 14 de novembro de 2024, sendo a data da sua inauguração. Dessa forma, surgiu o Porto de Chancay, o maior projeto de infraestrutura portuária já realizado no Peru. Uma obra que não apenas redesenhou a costa do país, mas redefiniu os limites do possível em engenharia portuária. E nesse vídeo, você vai descobrir como a China e o Peru conseguiram mudar para sempre o destino do comércio marítimo sul-americano e transformar uma pequena cidade costeira em um gigante logístico internacional.

FONTE: Construction Time
O Megaporto Porto Chinês Recém-inaugurado ao Lado do Brasil

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O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil

Durante sua passagem pelo Peru em novembro, o presidente da China, Xi Jinping, aproveitou para inaugurar o que em alguns anos será maior porto comercial da América do Sul.

O complexo portuário de Chancay fica cerca de 70 km ao norte de Lima. É um projeto superlativo, liderado pela companhia marítima estatal chinesa Cosco Shipping Company e com investimentos totais estimados em US$ 3,4 bilhões. Como o Peru, o Brasil é outro país com relações políticas e comerciais cada vez mais próximas com a China. O gigante asiático é o principal parceiro comercial do Brasil — e o governo brasileiro demonstrou interesse pelo megaporto de Chancay.

Nosso repórter André Biernath explica em detalhes neste vídeo. Confira.
https://youtu.be/E8eyycEVEIU

FONTE: BBC News Brasil
O megaporto recém-inaugurado pela China no Peru – e o impacto ao Brasil – BBC News Brasil

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