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Internacional, Investimento, Logística, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Medidas para enfrentar o caos logístico no setor portuário

A revisão da Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013) e uma oferta recorde de novos arrendamentos podem contribuir para pôr fim ao caos logístico evidenciado em 2024 no setor portuário. Além de oito terminais licitados no ano passado, a previsão é que sejam leiloados mais 42 empreendimentos, somando R$ 22,86 bilhões de investimentos. Serão 16 arrendamentos e cinco concessões em 2025 (R$ 19,75 bilhões) e 20 arrendamentos e uma concessão em 2026 (R$ 3,1 bilhões).

“Tivemos um ano excepcional, com movimentação portuária atingindo 1,32 bilhão de toneladas, a maior da história, com alta de 1,18%. Estamos acelerando a carteira, em que 33% dos leilões são para atender ao agronegócio com grande parcela nos portos do Arco Norte, que já respondem por 25% das exportações. De terminais de contêineres, serão quatro arredamentos em vários portos e um grande TUP [terminal de uso privado] em Santos”, destaca Silvio Serafim Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos (MPor).

O mais aguardado é o Tecon Santos 10, quarto e maior terminal de contêineres do porto de Santos e da América do Sul, com capacidade de até 3,5 milhões de TEUs e investimentos de R$ 5,64 bilhões. A minuta de edital já passou por consulta e audiência públicas e, após incorporar as contribuições pertinentes, será encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU). “A previsão é publicar o edital em 10 de setembro e realizar o leilão em 10 de dezembro. Será o maior leilão portuário do Brasil, que passará da 46ª para a 15ª posição em movimentação de contêineres”, diz Alex Ávila, secretário nacional de Portos.

Já a revisão da Lei nº 12.815/2013 visa destravar investimentos. A principal proposta é o PL nº 733/2025, que resultou de trabalhos de comissão de juristas. “O PL aproxima-se de conceitos da lei anterior de 1993 (Lei n° 8.630/1993), que modernizou o setor, com maior flexibilidade nos licenciamentos e nas relações laborais”, diz Mário Povia, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI).

Em 2024, a movimentação de contêineres cresceu 20%, somando 13,9 milhões de TEUs, e ficou claro que a infraestrutura portuária não está preparada para uma forte expansão econômica, como a alta de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB). A paralisação do porto de Itajaí e o fechamento de berços da Portonave, em Navegantes (SC), e da BTP, em Santos (SP), contribuíram para esgotar a capacidade de diversos terminais.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, dos 5.663 embarques de contêineres programados em 2024, 3.219 tiveram atraso e 1.167 foram cancelados. Wagner Cardoso, superintendente de Infraestrutura da CNI, diz que, com a deficiência de infraestrutura e aumento da participação dos armadores nos terminais, as empresas usuárias têm sofrido com falta de espaço nos portos, omissão de embarque (cancelamento), rolagem de carga (transferência para outro navio em data diferente), supressão de escala (salto de um porto), sobre-estadias e cobranças indevidas.

Eduardo Heron Santos, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), explica que o navio atrasa por problemas nos terminais ou fatores externos, como a estiagem no Canal do Panamá e os ataques dos rebeldes houthis na Ásia. Os pátios dos terminais ficam cheios, e o exportador tem de colocar a carga numa retroárea. “Em 2024, a exportação de café cresceu 28%, para 50,5 milhões de sacas, mas ficou para trás 1,8 milhão de sacas em 5,3 mil contêineres parados, aguardando embarque. Pagamos R$ 51 milhões só em taxas adicionais de armazenagem”, lamenta Santos.

Roberto Teller, diretor de operações da Movecta, diz que os operadores logísticos dos portos secos tiveram alta extraordinária na demanda por armazenagem. Isso ocorreu devido ao esgotamento de terminais, como o da Santos Brasil, responsável por 15% do total movimentado em contêineres.

“O ano de 2024 foi desafiador na costa leste do continente, com as paralisações. Crescemos 27%, investimos R$ 700 milhões, ampliando a capacidade para 2,3 milhões de TEUs, mas usamos tudo, pois absorvemos cargas de Itajaí, BTP e Navegantes. Neste ano vamos investir mais R$ 700 milhões para atingir 2,6 milhões de TEUs e antecipamos para 2026 o aumento para 3 milhões de TEUs”, informa Antonio Carlos Sepúlveda, diretor-presidente da Santos Brasil.

Segundo a CNI, Paranaguá (PR) liderou o ranking de problemas, com 538 atrasos, 133 omissões e 46 cancelamentos de embarque. “O porto é prejudicado quando há alterações nas escalas”, justifica Gabriel Vieira, diretor de operações do Porto de Paranaguá.

Claudio Loureiro, diretor-executivo do Centronave, assegura que não há embate entre armadores e usuários, pois ambos entendem que são afetados pela deficiência de infraestrutura: faltam terminais e profundidade dos portos para receber navios maiores. “Os armadores têm uma perda anual de carga potencial de 500 mil TEUs, ou US$ 1 bilhão. Para o comércio exterior brasileiro, as perdas são de US$ 6,4 bilhões nas exportações e US$ 14,2 bilhões em importações”, alerta Loureiro.

Não falta apetite dos investidores, especialmente armadores. A APM Terminals, braço de terminais da Maersk, tem investido no Brasil em terminais de contêineres greenfield (novos) – Suape (PE), Itapoá (SC), BTP –, embora não descarte aquisições. “Investimos em aumento de capacidade, e a maior oportunidade é o Tecon Santos 10. Sem investimentos, o Brasil perde a oportunidade de atrair até 4 milhões de TEUs a mais de cargas do continente para portos concentradores no país”, diz Leonardo Levy, diretor de investimento da empresa para as Américas.

Para Patrício Jr, diretor de investimentos da Terminal Investment Limited (TIL) – braço de terminais da MSC –, os problemas são consequência da falta de planejamento. “O Tecon Santos 10 vai resolver os problemas atuais, mas só daqui a seis anos. Já deveríamos estar pensando no próximo terminal”, diz. Anderson Pomini, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, destaca que, além do Tecon Santos 10 e da ampliação dos acessos – Túnel Santos-Guarujá e dois viadutos –, com R$ 20 bilhões de investimentos, a APS já desenvolve uma nova poligonal com mais 13 milhões de metros quadrados. “Hoje temos 7,8 milhões de metros quadrados. Em abril, será publicada a nova poligonal, totalizando 20 milhões de metros quadrados. Com o crescimento de 20% ao ano, o Tecon Santos 10 e os novos acessos já chegam com atraso.”

Fonte: Valor Econômico

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Portonave eleva plano de investimento em R$ 440 mi em Navegantes

A Portonave, terminal privado da Terminal Investment Limited (TIL) em Navegantes(SC), acaba de fechar um novo investimento de R$ 439 milhões, para a compra de equipamentos que deverão ampliar sua capacidade do atual patamar de 1,5 milhão de TEUs para 2 milhões de TEUs, a partir de 2026.

Os recursos se somam ao plano de investimento de R$ 1 bilhão, já em curso desde o ano passado. A companhia, que tem como controladora um dos maiores grupos de navegação globais, a MSC, vem trabalhando para reforçar seu cais, para receber os maiores navios do mercado, de até 400 metros de comprimento.

A primeira etapa desse investimento deverá ser concluída em julho, quando se inicia a obra de reforço dos outros 50% do terminal, segundo Osmari Castilho, diretor superintendente administrativo da Portonave. A construção completa deverá se encerrar em meados de 2026.

Também nesse prazo deverão chegar os equipamentos recém-adquiridos pela companhia. Foram comprados dois guindastes “Ship-to-Shore” (STS), com capacidade para carregar e descarregar os contêineres dos maiores navios do mercado. As unidades deverão se somar aos quatro guindastes STS já em operação.

O Portonave também adquiriu 14 guindastes “Rubber Tyred Gantry” (RTG), para fazer a movimentação de contêineres no pátio do terminal, que se somam a outros 18 equipamentos já existentes. Com isso, a empresa conseguirá ampliar a capacidade dinâmica do terminal.

Em 2024, quando todos os terminais de contêineres do país passaram por forte congestionamento, o Portonave chegou a uma ocupação na casa dos 90% em alguns momentos. Neste ano, o fluxo já se normalizou, mas a taxa média está em cerca de 70%.

Além de ampliar a capacidade, o plano de investimentos busca preparar o terminal para a chegada das grandes embarcações que circulam no mundo, que tendem a dar mais eficiência à operação logística. Porém, a entrada desses navios ainda depende de um investimento adicional, para o aprofundamento do canal de acesso do Porto de Itajaí – obra que depende de uma iniciativa do poder público. O plano do governo é fazer uma concessão do canal, que incluiria o aumento do calado. Porém, ainda não há previsão de data para o projeto.

“O ideal é que o cronograma da concessão andasse junto da obra do terminal, para que possamos operar os navios maiores. Esperamos que isso tenha celeridade, estamos acompanhando”, disse Castilho. “[O aprofundamento] vai ter que acontecerem algum momento, o que pode haver é um descasamento, e estarmos preparados antes do canal”, afirmou.

Outra preocupação da empresa para os próximos anos são os possíveis impactos da reforma tributária sobre a movimentação em Santa Catarina, que atraiu carga por meio de incentivos fiscais. Porém, Castilho diz que não prevê um esvaziamento do porto. Para ele, o investimento em infraestrutura na região garante competitividade.“Outra vantagem é a potência da indústria catarinense.”

Fonte: Valor Econômico

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O ESPECIALISTA: FRANCINE MACEDO

Morro dos Cavalos: A urgência da segurança e a proteção indispensável do seguro 

A recente tragédia envolvendo um caminhão tanque no Morro dos Cavalos, em Palhoça, Santa Catarina, nos lembra de forma dolorosa dos riscos inerentes ao transporte de cargas perigosas e da fragilidade da vida. As imagens impactantes e as notícias sobre o ocorrido nos deixam em alerta sobre a importância da prevenção e da preparação para imprevistos. 

Em momentos como este, além da profunda tristeza pelas perdas e da urgência em apurar as causas do acidente, emerge com clareza a relevância crucial do seguro. 

Por que o seguro é tão importante, especialmente para transportadoras e motoristas de carga? 

Proteção Financeira: Um acidente dessa magnitude pode gerar custos altíssimos, incluindo danos ao veículo, à carga, ao meio ambiente, além de possíveis indenizações a terceiros. Sem um seguro adequado, a empresa ou o motorista podem enfrentar a falência. 

Cobertura Abrangente: Apólices de seguro para transporte de cargas podem oferecer coberturas diversas, como danos materiais, responsabilidade civil (danos a terceiros), lucros cessantes (paralisação das atividades). 

Tranquilidade e Segurança: Saber que se tem um seguro contratado traz mais tranquilidade para o dia a dia do trabalho, permitindo que o foco esteja na condução segura e eficiente. 

Responsabilidade Social e Ambiental: Em casos de vazamento de cargas perigosas, o seguro pode cobrir os custos de limpeza e remediação ambiental, demonstrando a responsabilidade da empresa com a sociedade e o meio ambiente. 

A tragédia no Morro dos Cavalos serve como um alerta para: 

A necessidade de fiscalização rigorosa: É fundamental garantir que as normas de segurança para o transporte de cargas perigosas sejam cumpridas à risca. 

A importância da manutenção preventiva: Veículos em bom estado de conservação diminuem significativamente o risco de acidentes. 

A conscientização dos motoristas: Treinamento adequado e respeito às leis de trânsito são essenciais. 

A obrigatoriedade de um seguro completo: Para transportadoras e motoristas autônomos, o seguro não é um custo, mas sim um investimento na segurança do seu negócio e na proteção de todos. 

Que este triste episódio nos motive a refletir sobre a importância da segurança viária e da proteção que um seguro bem estruturado pode oferecer. Em um setor tão vital para a economia como o transporte de cargas, a prevenção e a preparação para o inesperado são mais do que necessárias – são essenciais. 

Compartilhe esta informação e ajude a conscientizar sobre a importância do seguro no transporte de cargas! 

Francine Macedo tem 28 anos de experiência em Gestão de Transporte Rodoviário, gerenciamento de riscos e mitigação de perdas no setor de seguros, tanto nacional quanto internacional. Destaca-se pela habilidade em desenvolver novos projetos e negócios, gerenciar grandes contas, e consolidar operações diárias. Possui conhecimento do setor de transporte, expertise em negociação, planejamento, liderança de equipes e desenvolvimento estratégico de negócios, contribuindo para o crescimento e inovação nas áreas em que atua. 

 

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Uma visão passo a passo de como as novas tarifas de Trump serão implementadas

Fórmulas complexas, taxas de imposto empilhadas e como as empresas calculam o que pagar

As novas tarifas recíprocas do presidente Trump entraram em vigor às 12h01. Quarta-feira – então, quem realmente paga as taxas e como eles descobrem o que devem?

As tarifas sobre mercadorias importadas são normalmente pagas depois que as remessas chegam aos EUA. Em vez disso, os importadores devem calcular e pagar os direitos eletronicamente ou por cheque após o fato.

‘As tarifas precisam ser usadas como um bisturi’, diz o governador de Michigan, Whitmer

Aqui está uma visão passo a passo de como as tarifas são cobradas.

Quem paga?

As empresas que importam mercadorias de azeite e camisetas a carros e iPhones para os EUA podem dever impostos com base no valor dos itens, onde foram feitos e quais materiais incluem.

Novas tarifas entram em vigor em 9 de abril para países como a Colômbia, que exporta café para os EUA, o Vietnã, onde muitos varejistas compram camisas e sapatos, e a China, que fabrica itens de móveis de pátio a brinquedos infantis.

Essas taxas, em alguns casos, se somam a tarifas anteriores, como taxas adicionais sobre produtos da China que Trump acumulou, bem como tarifas baseadas em produtos que estão em vigor há anos.

Quando e como eles pagam?

Antes de os itens serem enviados para os EUA por via marítima, aérea, ferroviária ou rodoviária, os importadores arquivam a papelada eletronicamente na Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA com detalhes sobre a carga.

Assim que a remessa chega, os inspetores alfandegários revisam a papelada antes de liberar as mercadorias para liberação, observando a hora em que a carga atingiu o solo dos EUA. Os agentes realizam verificações pontuais e inspeções aleatórias para garantir que a remessa contenha o que deveria.

Quando liberada para liberação, a carga geralmente é transferida para um depósito para armazenamento. O importador tem então 10 ou 30 dias para pagar sua conta tarifária. O importador pode pagar a alfândega diretamente eletronicamente ou por cheque, ou pagar seu despachante aduaneiro que, por sua vez, pagará à alfândega.

Os funcionários da alfândega verificam os pagamentos e podem auditar algumas transações para garantir que os impostos adequados sejam pagos.

Como as tarifas são calculadas?

As tarifas são normalmente calculadas usando um software programado para contabilizar taxas de imposto variáveis com base em onde o item foi feito, quais materiais ele inclui e seu valor. Os cálculos exigem que os importadores saibam, por exemplo, o valor exato do aço e do alumínio usados dentro de um conjunto de móveis de pátio.

Jay Gerard, chefe de alfândega da corretora de frete Nuvocargo, disse que o processo se tornou muito mais complicado à medida que Trump lançou rapidamente novas tarifas – e, às vezes, as reverteu.

“Agora, esses despachantes aduaneiros são especialistas em informática e matemáticos descobrindo essas fórmulas complexas para determinar a taxa de imposto”, disse Gerard.

Ele disse que uma empresa que anteriormente tinha que calcular apenas uma taxa de imposto agora pode ter que descobrir três ou mais taxas, dependendo de onde as mercadorias foram feitas, se os itens contêm aço ou alumínio e se a remessa está em conformidade com o pacto comercial conhecido como Acordo EUA-México-Canadá.

A data de envio é importante?

As remessas podem estar sujeitas a taxas de imposto diferentes com base na data em que foram carregadas em um navio porta-contêineres.

A ordem executiva de Trump impondo tarifas recíprocas a países ao redor do mundo especificou que as remessas já em trânsito para os EUA a partir das 12h01. 9 de abril não estão sujeitos às tarifas. Isso significa que, desde que as remessas saiam antes da meia-noite, elas estão isentas dessas taxas específicas, mesmo que cheguem aos EUA dias ou semanas depois.

Onde estão os pontos de discórdia?

Os importadores que anteriormente não estavam sujeitos às tarifas dos EUA geralmente não têm a infraestrutura configurada para fazer os pagamentos de impostos. Se uma empresa não tiver uma conta bancária nos EUA, por exemplo, ela deve pagar a alfândega por cheque ou por meio de seu despachante aduaneiro, de acordo com Gerard.

Muitas empresas não estavam financeiramente preparadas para absorver o custo adicional das tarifas.

“Ninguém em dezembro sabia que haveria tarifas nesse grau quatro meses depois”, disse Cindy Allen, presidente-executiva da empresa de consultoria em comércio internacional e alfândega Trade Force Multiplier. “Muitas empresas são extremamente desafiadas a pagar altas taxas de impostos que foram imprevistas e não estão em seu plano de negócios.”

Allen disse que algumas empresas atrasaram os embarques para esperar e ver se as tarifas foram revogadas antes de trazer mercadorias.

Quem paga em última análise?

Os custos mais altos das tarifas provavelmente chegarão aos consumidores de várias maneiras, de acordo com economistas.

Alguns varejistas disseram que planejam repassar os custos aumentando os preços dos produtos, desde produtos até móveis. Outros pediram a seus fornecedores no exterior que absorvessem parte do impacto.

E os fabricantes dos EUA não estão imunes. Muitas empresas, como montadoras, adquirem componentes de todo o mundo e agora estão enfrentando custos crescentes de insumos que podem repassar aos consumidores.

FONTE: WSJ
Como funcionam as novas tarifas de Trump: um guia passo a passo – WSJ

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Nova rota para exportações vai ligar Porto do Pecém à China em cerca de 30 dias

Está em desenvolvimento uma rota que deverá ligar o Porto do Pecém à China, destinada a exportação de produtos diversos, com tempo projetado de 30 dias para o percurso.

O trajeto previsto é o seguinte: o navio sai da China com destino à Coreia do Sul, Panamá, República Dominicana, Pecém, Suape, Salvador, Santos, Índia e Singapura, retornando então para a China.

Conforme o Porto do Pecém, a expectativa de impacto na movimentação é de 10% da atual, já que as embarcações chinesas trarão pelo menos 1.200 contêineres por semana.

“A nova rota marítima entre a China e Fortaleza reduz significativamente o tempo de transporte de mercadorias e favorece essa logística. Com essa nova proposta, o tempo de deslocamento, que atualmente é de cerca de 60 dias, passará para apenas 30 dias, tornando o Ceará ainda mais competitivo no cenário do comércio exterior”, assinala o presidente do Complexo do Pecém, Max Quintino.

O diretor comercial do Complexo do Pecém, André Magalhães, explica que existe todo um mercado a ser explorado, não só para a China, como para os demais portos ao longo do percurso. “O mercado asiático é realmente vasto, com uma população de cerca de 2 bilhões de pessoas. Isso representa uma oportunidade incrível para conectarmos nossos produtos nordestinos com a Ásia e vice-versa.”

Ele elenca que os produtos comercializados incluem granito, mármore, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, calçados e têxteis, incluindo ainda milhares de produtos do e-commerce. “Além disso, as indústrias do Ceará e toda a sua área de influência poderão importar maquinário e insumos desse mercado asiático promissor através do Pecém”, complementa.

A nova rota, chamada Serviço Santana, é operada pela MSC e foi estabelecida em parceria com a APM Terminals, empresa prestadora de serviço operacional do Porto do Pecém. Segundo Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Suape e Pecém, com a entrada direta do porto cearense na rota, a exportação de produtos como algodão e carne ganha uma alternativa mais competitiva e estratégica em relação aos portos do Sudeste e do Sul brasileiros.

Fonte: GC Mais
Nova rota para exportações vai ligar Porto do Pecém à China em cerca de 30 dias

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Deputado Mauro Benevides Filho afirma que governo está empenhado em solucionar greve da categoria

O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Dão Real, o 1º vice-presidente, Auditor-Fiscal Samuel Rebechi, e o diretor de Assuntos Parlamentares, Auditor-Fiscal Floriano de Sá Neto, reuniram-se, na tarde desta terça-feira (8), com o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), líder do PDT e vice-líder do governo na Câmara, para tratar da greve da categoria (assista ao vídeo acima).

Mauro Benevides Filho afirmou que tem como propósito a construção de uma solução para a greve e que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (MGI), o secretário-executivo da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan, e o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, estão envolvidos neste processo, em reuniões permanentes. “Eu mesmo estou empenhado para que essa construção aconteça. Tenho a certeza que essa solução vai ser encontrada”, afirmou.

Dão Real aproveitou a oportunidade para agradecer o empenho do parlamentar em defender o pleito dos Auditores-Fiscais no âmbito do governo.

FONTE: Sindifisco Nacional
Deputado Mauro Benevides Filho afirma que governo está empenhado em solucionar greve da categoria – Sindifisco Nacional

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Panamá diz que empresa chinesa descumpriu contrato para operar portos no canal

A subsidiária da empresa de Hong Kong Hutchison Holdings descumpriu o contrato que lhe permite operar dois portos no Canal do Panamá, segundo o resultado de uma auditoria divulgado nesta segunda-feira (7), após as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o controle da via interoceânica.

“Há muitos descumprimentos” no contrato de concessão concedido em 1997 e renovado por 25 anos, em 2021, para a Panama Ports, subsidiária da Hutchison Holdings, anunciou o controlador panamenho, Anel Flores.

Segundo o funcionário, entre outras irregularidades, o Panamá não recebeu da companhia 1,2 bilhão de dólares (R$ 7 bilhões) por suas operações nos portos de Balboa (Pacífico) e Cristóbal (Atlântico). Além disso, a empresa se beneficiou de “muitas isenções fiscais” e houve irregularidades em uma auditoria prévia para justificar a renovação do contrato.

“Este é um tema muito delicado”, ressaltou Flores, que também anunciou que apresentará nos próximos dias as denúncias correspondentes ao Ministério Público.

O anúncio do resultado da auditoria foi feito horas antes da chegada ao Panamá do chefe do Pentágono, Pete Hegseth, em meio a acusações dos Estados Unidos de uma suposta interferência da China no Canal.

Washington considera uma “ameaça” à segurança nacional e regional que uma empresa de Hong Kong opere dois portos nos extremos do canal, por onde passa 5% do comércio marítimo mundial.

No entanto, Flores negou que o anúncio do descumprimento do contrato guarde relação com a visita do secretário de Defesa americano: “Esta é uma ação autônoma do Panamá.”

Analistas já haviam previsto que a auditoria apontaria supostas irregularidades, o que facilitaria a retirada da concessão da empresa chinesa pelo Panamá, para contentar Washington.

A Controladoria, instituição autônoma encarregada de fiscalizar os fundos públicos, iniciou em janeiro uma auditoria na Panama Ports para verificar se ela cumpria o contrato que lhe permite operar os dois portos nos acessos ao canal. Esse processo começou depois que Trump ameaçou repetidas vezes tomar o controle do canal, argumentando que a China o estaria operando.

Em 4 de março, a Hutchison anunciou que venderia 43 portos em 23 países, incluindo suas operações no Panamá, para um consórcio americano. No entanto, o negócio não foi concluído em 2 de abril, conforme o previsto, pois há uma investigação de reguladores chineses.

Semanas atrás, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse que o resultado da auditoria determinaria o futuro da concessão. Flores informará nos próximos dias a Autoridade Marítima do Panamá sobre as irregularidades.

A Suprema Corte analisa duas ações de nulidade contra o contrato. O procurador-geral panamenho, Luis Carlos Gómez, afirmou que ele é inconstitucional.

FONTE: Estado de Minas
Panamá diz que empresa chinesa descumpriu contrato para operar portos no canal

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Portos respondem por mais de 90% do comércio exterior do Brasil, e Santos exerce papel estratégico nisso

Conectando mar e terra, os portos brasileiros são a espinha dorsal do comércio exterior, movimentando aproximadamente 95% das importações e exportações do país, garantindo o abastecimento de produtos que chegam aos lares brasileiros.

O mais importante e estratégico é o Porto de Santos, o maior do Hemisfério Sul. Segundo a Autoridade Portuária de Santos (APS), ele está conectado a 600 destinos em mais de 190 países e responde por 30% do fluxo comercial nacional.

Para o presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o sistema portuário é fundamental para o país. “O porto para o Brasil é vida. Sem portos, não há economia, vida, desenvolvimento econômico, nada”, afirma.

Santos é a porta de entrada de diversos bens de consumo. Ele garante que produtos importados cheguem ao país com eficiência, influenciando os preços dos bens no mercado e sustentando diversas indústrias com insumos essenciais. Por isso, o Porto de Santos recebe e distribui milhares de produtos, desde os smartphones mais modernos desejados pelos jovens até o suco de laranja que adoça o dia a dia da população ou os fertilizantes usados pelo agronegócio para potencializar as lavouras do país.

O consultor portuário Roberto Paveck afirma que praticamente todo brasileiro consome ou utiliza algo que passa pelo Porto de Santos. “Seja alimento, eletrônico, remédio ou um veículo, sua operação impacta diretamente o cotidiano da população. Desde o final do século XIX, quando foi essencial para a imigração e exportação do café, tornou-se a principal conexão entre o Brasil e o mundo”, destaca.

O presidente da APS, Anderson Pomini, afirma que China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Índia são os principais países parceiros do Porto de Santos. São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se destacam entre os estados atendidos. Esses estados, com uma população de 86 milhões de pessoas, representam mais de 50% do PIB do Brasil.

Ele ressalta: “Em 2024, atingimos o recorde de 180 milhões de toneladas movimentadas. A APS, responsável pela gestão do porto, também registrou lucro líquido recorde de R$ 844 milhões. Isso comprova a eficiência e o comprometimento da empresa, que busca avançar ainda mais.”

O gráfico abaixo revela os dez principais portos do Brasil em termos de participação de carga (exportações e importações de contêineres) em janeiro de 2025. Os dados vêm do DataLiner.

Top 10 Portos | Exportações e Importações | 2025

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Exportações

Os principais produtos exportados pelo Porto de Santos incluem óleos e minerais de petróleo (14%), minério de ferro (8,1%), soja (6,2%), café não torrado (4,9%), celulose (3,7%), carne bovina (3,8%) e açúcares e melaços (3,8%). Juntas, essas exportações geram US$ 48,3 bilhões para o Brasil.

Ele destaca: “Nosso porto é responsável pela segurança alimentar de vários países ao exportar grãos e proteínas essenciais para populações massivas da Ásia, África e até da Europa.”

Exportações totalizam US$ 22 bilhões em fevereiro

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram que, em fevereiro deste ano, as exportações totalizaram US$ 22,93 bilhões e as importações US$ 23,25 bilhões. O fluxo total do comércio exterior foi de US$ 46,18 bilhões, representando um aumento de 11,1% em relação a fevereiro de 2024.

O valor de US$ 22,93 bilhões exportado representa uma queda de 1,8% em comparação com o mesmo mês de 2024 (US$ 23,35 bilhões). Por outro lado, as importações cresceram 27,6% em relação a fevereiro de 2024 (US$ 18,22 bilhões).

A compra de uma plataforma de petróleo da China no valor de US$ 2,7 bilhões impulsionou as importações.

A indústria de transformação se destacou nas exportações, com crescimento de 8,1% no mês. Entre os principais produtos industriais exportados estão a celulose e a carne.

Impactos

O Porto de Santos garante o fluxo eficiente de mercadorias e impacta outros setores. Ivam Jardim, diretor da Agência Porto Consultoria, afirma que o sistema promove empregos, infraestrutura e melhorias.

“O porto impulsiona a economia regional e nacional ao gerar empregos diretos e indiretos, fomentando o desenvolvimento da infraestrutura logística”, enfatiza.

Essa combinação de logística eficiente e acesso estratégico amplia as possibilidades de desenvolvimento econômico e geração de riqueza para o país. Isso resulta em atividades que impactam diretamente a vida dos moradores locais, como as obras da Avenida Perimetral, a construção do tão aguardado túnel Santos-Guarujá e o Parque Valongo, explica Jardim.

Importações

Entre os itens importados pelo Brasil estão peças automotivas, automóveis, medicamentos, inseticidas, herbicidas, compostos nitrogenados e fertilizantes, que são essenciais para o país. O Brasil também recebe embarcações, plataformas e estruturas flutuantes, que são utilizadas em diferentes setores da economia. As principais origens e destinos dos fluxos comerciais que passam pelo Porto de Santos foram China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Índia. O comércio internacional é intenso com esses países, mas a expansão para novos mercados é uma prioridade, segundo a APS, que recebe delegações internacionais ao longo do ano para explorar novas oportunidades.

Fonte: A Tribuna
Portos respondem por mais de 90% do comércio exterior do Brasil e Santos tem papel estratégico nisso

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Porto Central e Praxys se unem para criar hub de contêineres na LATAM

O Porto Central,  complexo logístico portuário em construção no Brasil, e a Praxys, consultoria especializada em negócios e transações financeiras, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para dar origem a um dos maiores terminais de contêineres da América Latina.

A parceria objetiva viabilizar uma infraestrutura capaz de receber os maiores navios porta-contêineres do mundo, consolidando o terminal como um hub logístico estratégico para a região.

Atualmente, há uma escassez de portos de contêineres de águas profundas na Costa Leste da América do Sul. Com os navios ficando cada vez maiores, a necessidade de utilizar hubs portuários aumentará inevitavelmente.

Localizado no centro da Costa Leste Brasileira, na Região Sudeste do país, em Presidente Kennedy (ES), a cerca de 200 milhas náuticas ao norte do Rio de Janeiro (RJ), o terminal de contêineres contará com profundidade de acesso de 18m na primeira fase e 20m na segunda fase, um diferencial único na América do Sul. Essa característica permite a atracação de grandes navios porta-contêineres de capacidade de 21.000 até 24.000 TEUs, posicionando o porto como um ponto-chave para a consolidação e distribuição de cargas na costa leste sul-americana.

Na fase inicial, o terminal com 1.370 metros de cais terá capacidade para movimentar 2,5 milhões de TEUs a partir do ano 2030. Com as fases seguintes, o terminal atingirá uma capacidade total de 6 milhões de TEUs, fortalecendo a posição do Brasil no mercado global. Além disso, o complexo portuário estará conectado a uma futura malha ferroviária, promovendo integração entre Espírito Santo e Minas Gerais, e facilitando o acesso a grandes centros urbanos, como Belo Horizonte (MG).

O terminal de contêineres permitirá o uso de embarcações de grande porte de comércio de e para o Brasil, com ganhos significativos em economias de escala e maximização da entrada de cargas da Ásia e/ou da Europa, permitindo o transbordo para Argentina e Uruguai, solucionando gargalos logísticos e otimizando rotas marítimas.

A atuação da Praxys abrange também a gestão de marketing e negociações de contratos, capitalizando a experiência de Jesper Kjaedegaard, ex-executivo da Maersk Line, com mais de 40 anos no setor de contêiner, transporte marítimo, planejamento portuário e logística internacional.

“O novo terminal é exatamente a transformação que o Brasil precisa. Redefinirá o cenário dos serviços de contêineres na costa leste da América do Sul, atraindo mais rotas de navegação, aumentando a competitividade do país e trazendo benefícios substanciais para operadoras, exportadores e importadores e para a economia local”, afirma Kjaedegaar.

FONTE: DataMar News
Porto Central e Praxys se unem para criar hub de contêineres na LATAM – DatamarNews

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Após mais de cinco anos, Fertilizantes Heringer voltará a operar no porto de Paranaguá

Em meio a um cenário de crise no setor de insumos e à reestruturação imposta por sua recuperação judicial, a Fertilizantes Heringer – controlada pela multinacional russa Eurochem – anunciou a reativação da unidade instalada em Paranaguá.

A operação deve ser retomada até junho e representa um novo fôlego para a companhia, que enfrenta dificuldades financeiras e acaba de confirmar a “hibernação” de mais três plantas industriais no Brasil.

As fábricas de Rio Verde (GO), Ourinhos (SP) e Iguatama (MG) terão suas atividades suspensas por tempo indeterminado, conforme comunicado divulgado ao mercado na última semana. Somam-se a essa lista as unidades de Dourados (MS) e Rosário do Catete (SE), paralisadas em outubro de 2024, além da planta de Porto Alegre (RS), fora de operação desde 2020. Em Paranaguá, a unidade havia sido desativada em 2019, resultando na demissão de cerca de 400 trabalhadores à época.

A decisão, segundo a empresa, está fundamentada em uma “baixa performance financeira histórica” e na “baixa perspectiva de viabilidade econômica standalone das plantas em questão no atual contexto de mercado”. O objetivo é reduzir custos fixos e concentrar a produção em unidades com maior potencial de retorno, como a de Paranaguá.

Paranaguá ganha protagonismo

De acordo com Marcelo Ferri, diretor de Desenvolvimento de Mercado da Eurochem e responsável pela atuação da companhia na região Sul, a unidade localizada no porto de Paranaguá já possui licença de operação e deverá iniciar suas atividades em um prazo de 60 dias. A planta foi mantida em hibernação nos últimos anos, mas agora será reativada com foco inicial na produção de fertilizantes simples.

A estimativa da companhia é movimentar, ainda em 2025, cerca de 500 mil toneladas a partir da unidade paranaense. A capacidade total da planta chega a 800 mil toneladas, podendo ser ampliada para até 1 milhão de toneladas. Se a projeção se confirmar, o incremento nas vendas pode representar um crescimento de 8% para a Eurochem no Brasil, mesmo com a manutenção do volume atual nas demais regiões.

A companhia planeja investir R$ 200 milhões em 2025, parte desse montante já direcionado à reativação da unidade de Paranaguá, que está situada no principal porto do país em movimentação de fertilizantes.

Recuperação judicial e prejuízos bilionários

Desde 2021, quando a Eurochem assumiu o controle acionário da Fertilizantes Heringer, a empresa tenta reverter um quadro financeiro delicado. No balanço mais recente, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 1,15 bilhão em 2024 – 219% maior que o déficit de R$ 361 milhões registrado em 2023. A receita líquida também caiu: foram R$ 4,6 bilhões no ano passado, uma retração de 13,6% em comparação ao ano anterior.

As dificuldades de caixa e a oscilação nos preços dos insumos agrícolas forçaram a Heringer a manter parte de suas 14 unidades industriais inativas, com decisões de reativação ou venda sendo avaliadas individualmente. Segundo o comunicado oficial, as plantas de Ourinhos, Iguatama e Rio Verde ainda estão sob análise, com possibilidades futuras de venda ou reabertura caso o cenário de mercado se altere.

A planta de Rio Verde, por exemplo, já havia ficado paralisada entre 2019 e 2021, durante os primeiros momentos da recuperação judicial.

Impacto regional

A reativação da unidade de Paranaguá deve gerar impacto direto na economia local. Além de criar empregos e movimentar a cadeia logística da região, a retomada das operações fortalece ainda mais o porto de Paranaguá como polo estratégico na importação e distribuição de fertilizantes no Brasil.

Fonte: Ilha do Mel FM
Após mais de cinco anos, Fertilizantes Heringer voltará a operar no porto de Paranaguá – Ilha do Mel FM

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