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Supermercado do mundo: Paraná exporta alimentos e bebidas para 172 países

Ao longo dos últimos cinco anos, a estratégia de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito.

Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados US$ 5,6 bilhões em produtos desta natureza.

O Paraná exportou US$ 8,6 bilhões em alimentos e bebidas para 172 países diferentes de janeiro a julho de 2024, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 3,6 bilhões de produtos deste segmento comercializados. Na sequência estão o Irã (US$ 292 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 271 milhões), Indonésia (US$ 224 milhões), Coreia do Sul (US$ 222 milhões), Holanda (US$ 220 milhões), Japão (US$ 195 milhões) e México (US$ 190 milhões).

Ainda figuram na lista gigantes da economia global, como Estados Unidos (US$ 118 milhões), Egito (US$ 116 milhões), França (US$ 116 milhões) e Alemanha (US$ 116 milhões), e pequenos países e territórios, como Palau (Oceania), Gibraltar (Europa), Montserrat (Caribe) e Samoa Americana (Oceania), por exemplo.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a diversificação das exportações de alimentos do Paraná é fruto de uma soma de fatores, como a eficácia da produção agrícola e os investimentos em inovação e modernização do parque industrial local, principalmente das cooperativas.

“Nós comercializamos alimentos não apenas com os nossos clientes tradicionais como Estados Unidos, China, México, mas notamos um movimento de abertura de novos mercados, como Emirados Árabes, Indonésia e Irã. É uma ação conjunta dos setores produtivos com o Governo do Estado, incluindo também a nossa melhoria de infraestrutura”, disse.

CRESCIMENTO – Ao longo dos últimos cinco anos, a estratégia de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados US$ 5,6 bilhões em produtos desta natureza.

O total de grandes importadores de alimentos paranaenses também aumentou no período. Nos primeiros sete meses de 2019, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 36 países superaram esta marca.

Ao longo destes anos, vários países também aumentaram as importações de alimentos do Paraná. Para a China, por exemplo, a venda de alimentos paranaenses cresceu 76,7%. Para os Estados Unidos, as exportações de comida subiram 43,7% no período.

Países como Índia, Irlanda, Indonésia, México, Vietnã, Egito, Tailândia e Turquia mais do que dobraram as importações de produtos alimentícios do Paraná ao longo de cinco anos.

PRODUTOS – O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e julho foi a soja, com US$ 3,5 bilhões, seguida pela carne de frango (US$ 2,1 bilhões), farelo de soja (US$ 859 milhões), açúcares e melaços (US$ 831 milhões), carne suína (US$ 199 milhões) e café torrado (US$ 182 milhões). O Estado ainda exportou uma série de produtos industrializados e com valor agregado, como sucos (US$ 44 milhões), filés de peixe (US$ 19 milhões) e chocolates e preparações de cacau (US$ 10 milhões), por exemplo.

Neste início do ano o Paraná ainda bateu recorde na exportação de ovos, mais do que dobrou a comercialização de mel com outros países e registrou alta de 20% na venda de tilápia para fora do Brasil. No primeiro caso, foram 5.515 toneladas de ovos exportadas para 36 países, contra 3.721 toneladas no primeiro semestre de 2023, até então o melhor resultado. Já o mel paranaense alcança 23 países, com destaque para Estados Unidos, representando 75% das exportações, Canadá, Alemanha e Austrália.

A produção de peixes, setor em que o Paraná é líder nacional, também tem gerado maior interesse no Exterior. A exportação de pescados já alcançou 3,26 mil toneladas em 2024. O principal destino do pescado paranaense é os Estados Unidos, que concentram 98% das exportações. Foram US$ 15,9 milhões vendidos para o país norte-americano, majoritariamente de tilápia.

FONTE: Agencia Estadual de Noticias
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Evergreen amplia sua frota de contêineres com um enorme pedido de US$ 187 milhões

A importante transportadora marítima taiwanesa Evergreen fez um pedido de 60.500 novos contêineres, totalizando US$ 186,8 milhões.

O custo total significa que cada contêiner terá um preço médio de US$ 3.087, o que sugere que a maioria das unidades será de 40′.

De acordo com o relatório da DynaLiners, a Evergreen fez três pedidos separados para os seguintes fabricantes de contêineres:

Fonte: Container-News
 https://container-news.com/evergreen-enhances-container-fleet-with-massive-us187-million-order/

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Porto de Santos atinge a maior marca entre os meses de outubro e projeta maior marca anual de sua história em 2024

O Porto de Santos consolidou, em outubro de 2024, a maior movimentação de cargas já registrada na série histórica desse mês. Foram 15,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

No acumulado de janeiro a outubro, o porto já soma 153,0 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um crescimento de 7,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é recorde histórico para o período, reafirmando o protagonismo de Santos no setor portuário brasileiro.

Os embarques, que totalizaram 10,9 milhões de toneladas em outubro, cresceram 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto as descargas tiveram alta expressiva de 30,0%, alcançando 4,6 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques somaram 112,9 milhões de toneladas (+6,0%) e as descargas, 40,0 milhões de toneladas (+13,0%).

A movimentação de contêineres continua aquecida e foi outro recorde importante, com 493,7 mil TEU movimentados em outubro, 12,3% a mais que em 2023, e 4.548 mil TEU no acumulado do ano, alta de 15,4%.

O gráfico abaixo revela o desempenho das exportações e importações de contêineres no Porto de Santos entre janeiro de 2022 e setembro de 2024, medido em Twenty-Foot-Equivalent Units (TEUs). As informações são do DataLiner, produto desenvolvido pela Datamar, e consideram apenas embarques de longo curso, excluindo operações de cabotagem e transbordo.

Exportações e Importações de Contêineres em Santos | Jan 2022 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

As cargas do agronegócio continuam a destacar-se, com a soja em grãos atingindo 27,8 milhões de toneladas, o açúcar 23,4 milhões de toneladas e o milho 11,5 milhões de toneladas.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, celebrou os números recordes, afirmando que “os resultados alcançados até outubro de 2024 são fruto de uma operação eficiente, aliada a investimentos estratégicos que ampliaram nossa capacidade e competitividade. A movimentação de cargas, contêineres e o fortalecimento do agronegócio destacam a relevância do Porto de Santos para o Brasil e o mundo. Estamos confiantes de que alcançaremos um novo recorde anual, reafirmando nosso papel como agente estratégico para o comércio exterior brasileiro.”

Os granéis sólidos somaram 7,6 milhões de toneladas em outubro (+7,7%), impulsionados pelo aumento nas exportações de açúcar a granel (+47,4%) e farelo de soja (+31,3%). No acumulado, foram 79,2 milhões de toneladas (+2,2%), com a soja em grãos respondendo por 35,1% desse volume, o açúcar por 25,4%, o milho por 14,5% e a soja peletizada por 10,5%.

Os granéis líquidos atingiram 1,8 milhão de toneladas em outubro (+5,8%) e 16,3 milhões no acumulado (+2,4%), com destaque para gasolina (+60,7%) e óleo combustível (+25,4%). No acumulado do ano as maiores participações ficaram com o óleo diesel e gasóleo (4,9%), óleo combustível (3,5%) e sucos cítricos (2,4%).

O segmento de carga geral solta movimentou 838 mil toneladas no mês (+3,7%) e 7,7 milhões no acumulado (+6,3%), puxado, principalmente, pelos embarques de celulose (+25,6%).

O fluxo de navios de janeiro a outubro somou 4.660 embarcações, um crescimento de 3,6%.

Corrente Comercial

A corrente comercial brasileira, via Porto de Santos, também cresceu, atingindo US$ 147,3 milhões de janeiro a outubro, correspondendo a 29,0% do total nacional. Os demais portos do país juntos operaram 51,6% da corrente comercial (US$ 262,2 milhões). A China segue como principal parceiro comercial (27,9%), enquanto o estado de São Paulo concentra 53,6% das transações externas realizadas pelo porto.

FONTE: Datamar news
Porto de Santos atinge a maior marca entre os meses de outubro e projeta maior marca anual de sua história em 2024 – DatamarNews

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Maersk investe R$ 1,6 bilhão em novo terminal em Suape

A APM Terminals, braço do grupo dinamarquês Maersk, vai ampliar em 60% a capacidade de transporte de contêineres no Porto de Suape, em Ipojuca (PE), após aporte de R$ 1,6 bilhão em um novo terminal.

Quarto empreendimento da APM no Brasil – a empresa já opera em Santos (SP), Pecém (CE) e Itapoá (SC) -, este será o primeiro em que o grupo deterá 100% do capital.

Segundo Leo Huisman, CEO da APM Terminals para a região das Américas, o aumento de capacidade em Suape deve beneficiar de imediato as importações do setor têxtil asiático, com redução de custos logísticos, além de melhorar a competitividade para exportadores regionais.

Construído apenas com recursos do caixa da matriz, o novo terminal será 100% eletrificado, o primeiro neste formato na América Latina. “O custo da tecnologia para isso [terminais eletrificados] vem caindo rapidamente”, afirma.

Ricardo Rocha, presidente da Maersk para Costa Leste da América do Sul, diz que o empreendimento está alinhado à meta da companhia de ser carbono zero até 2040.

A APM Terminals está com 100% da sua capacidade no Brasil ocupada. “Precisaremos dobrar a nossa capacidade entre cinco e 10 anos”, afirma Huisman.

Ele diz que o crescimento da economia brasileira, projetado em 3% este ano, foi uma surpresa positiva e ajuda a explicar avanço de 22% nas importações e de 16% das exportações. Como um todo, a infraestrutura de terminais no país já está perto do limite.

A escolha por Suape, sexto maior atracadouro com movimentação de cargas no Brasil, está ligada ao avanço no processo de aprofundamento do calado. Atualmente, nenhum porto brasileiro tem a profundidade desejada de 17 metros, o que é um gargalo nacional para atração de embarcações de grande porte que são usadas globalmente.

O canal externo do Porto de Suape já está dragado, com 20 metros de profundidade. O interno deve atingir 16,2 metros no prazo máximo de seis meses, com investimento de R$ 327 milhões, incluindo a recuperação do molhe. Os recursos para a obra são do governo do Estado de Pernambuco e do governo federal (PAC3).

A dragagem do Porto de Suape também deve beneficiar diretamente a operação dos terminais de granéis líquidos, dando vazão à carga da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, cujas obras foram retomadas no início do ano.

Após uma etapa de demolição que durou 222 dias, a APM iniciará a fase de escolha das empresas que serão responsáveis pela construção do cais, pátio e prédios. A previsão é que o novo terminal comece a operar plenamente em junho de 2026. Já foram investidos R$ 241 milhões em 28 equipamentos eletrificados.

A APM Terminals desenvolve e opera terminais em 33 países. Com previsão de gerar 300 empregos diretos e mais 2 mil indiretos, a construção do terminal em Suape é um dos três projetos globais em andamento na empresa. Os outros dois são em Rijeka (Croácia) e Vietnã.

De acordo Huisman, o investimento antes da demanda é essencial para o futuro crescimento da empresa. “Expandiremos as janelas de atracação para nossos clientes, permitindo que eles introduzam novos serviços que conectam Pernambuco a vários portos globais”, diz o executivo. O terminal da APM será o segundo de contêineres em Suape, onde já está instalado um terminal da ICTSI.

FONTE: Valor Econômico
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Acordos entre Brasil e China para a agropecuária podem elevar posição do país no ranking de exportação mundial

Relação entre os países resultou na abertura de cinco mercados, habilitação de 38 plantas frigoríficas e recorde de exportações em 2023

Dos 37 acordos firmados entre Brasil e China por ocasião da visita oficial do presidente chinês Xi Jinping ao país na última quarta-feira (20), seis estão diretamente ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e outros mantêm relação com o setor, no entanto, o impacto das reuniões sino-brasileiras nos últimos dias vão além dos protocolos assinados no período.

Junto à Administração Geral de Aduana da China (GACC), o Mapa assinou quatro protocolos de requisitos fitossanitários que representam a abertura do mercado chinês para uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal. Os novos mercados se somam ao mercado aberto em junho deste ano, quando a China aprovou os requisitos sanitários para a importação de noz-pecã brasileira. O potencial comercial pode chegar a US$ 500 milhões por ano.

Mais que possibilitar o acesso de uma pauta diversificada de produtos brasileiros, cultivados em diferentes regiões do país, a um mercado de mais de 1,4 bilhão de habitantes, a abertura desses mercados estimula a produção agropecuária do país com potencial de alavancar o Brasil à primeira posição de exportador mundial, a exemplo do que aconteceu neste ano, quando o país ultrapassou os Estados Unidos na comercialização de algodão no mundo.

Além disso, merece destaque o acordo articulado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com a cafeteria chinesa Luckin Coffee, na última terça-feira (19), para a compra de 240 mil toneladas de café brasileiro de 2025 a 2029, num contrato estimado em U$ 2,5 bilhões.

A iniciativa é fruto das reuniões realizadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e o presidente da Apex, Jorge Viana, na China, em junho deste ano, durante as reuniões da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Na ocasião, foi fechado o primeiro acordo com a cafeteria para a comercialização de 120 mil toneladas de café a US$ 500 milhões.

Somente este contrato representa mais de seis vezes o valor do café exportado para a China em 2022, que foi de US$ 80 milhões.

Também foram firmados, durante a visita oficial do presidente chinês, o Memorando de Entendimento para o intercâmbio e colaboração sobre tecnologia e regulação de pesticidas entre o Mapa e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Carta de Intenções com a Administração Estatal de Regulação de Mercados (SAMR) chinesa para promoção da cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola.

Para a promoção da agropecuária brasileira, ainda foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Grupo de Mídia da China (CMG) e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil.

Desde o início da gestão, o ministro Carlos Fávaro realizou duas missões ministeriais na China e o país asiático é o único que conta com dois postos de adidos agrícolas.

A boa relação fez o país saltar na habilitação de frigoríficos. Foram reabilitadas as exportar para a China 11 plantas e o Brasil conquistou mais 38 habilitações. O mercado chinês é o principal comprador da carne bovina in natura, sendo destino de 51,6% das exportações do produto brasileiro.

Resultado da retomada da boa relação diplomática entre os países, sob o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a já consolidada posição da China como principal parceiro comercial da agropecuária brasileira, ganhou um salto. Em 2023, as exportações dos produtos agrícolas brasileiros com destino ao mercado chinês atingiram recorde, somando US$ 60,24 bilhões em 2023. A cifra representa um aumento de US$ 9,53 bilhões em relação ao ano anterior.

FONTE: imprensa@agro.gov.br
Acordos entre Brasil e China para a agropecuária podem elevar posição do país no ranking de exportação mundial — Ministério da Agricultura e Pecuária

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Brasil e China estão perto de acordo em miúdos suínos e pescados, dizem fontes

O Brasil está perto de finalizar protocolos para exportação de miúdos suínos e peixes à China, em processos que abririam mercados com alto potencial, disseram à Reuters duas pessoas a par do assunto.

Os acordos só não foram assinados na visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília, nesta semana, porque algumas análises técnicas não foram concluídas a tempo, disse uma das pessoas, na condição de anonimato. “Os dois estão bastante avançados, estamos esperando a conclusão das análises técnicas. Não temos como prever ainda quando será a assinatura, mas não deve demorar”, afirmou.
No caso dos miúdos, a eventual abertura seria “disruptiva” para a cadeia de produção de suínos brasileira, disse a fonte.

“São produtos que a China valoriza muito e o Brasil não tem hábito de consumir”, acrescentou a pessoa. Ela explicou que o foco inicial são os “miúdos vermelhos”, que incluem coração, fígado, rins, pulmões, miolo, língua e esôfago. Devido ao baixo consumo desses miúdos no Brasil, os preços são pouco remuneradores para a indústria local, mas com valores competitivos na China. O Brasil, quarto exportador global de carne suína, exportou em 2023 cerca de 1,2 milhão de toneladas, mas o volume de miúdos somou pouco mais de 100 mil toneladas, para todos os destinos, segundo dados oficiais.
As questões técnicas para a formalização do protocolo incluem o reconhecimento pela China de que outros Estados brasileiros, além de Santa Catarina, são livres de febre aftosa sem vacinação.
A entrada de Paraná e Rio Grande do Sul no rol dos Estados reconhecidos poderia aumentar a oferta para exportação de miúdos à China –os dois Estados nacionais estão entre os poucos com reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), mas não pela China. Atualmente, apenas Santa Catarina pode exportar miúdos e carne com osso para a China, segundo a fonte.

“Estamos trabalhando para os outros Estados que foram reconhecidos livres pela OMSA, para também poder exportar carne com osso e miúdos.”

“Hoje esses outros Estados exportam, no caso de suínos, por exemplo, apenas carne sem osso.”

O processo de abertura do mercado de miúdos suínos acontece em momento em que a China abriu uma investigação antidumping sobre a carne suína e miúdos suínos da União Europeia, maior exportador do produto ao país asiático, em resposta às restrições europeias às exportações de veículos elétricos chineses.
Se a China decidir levar adiante e colocar uma tarifa (antidumping) na carne da UE, os preços europeus vão ficar “inviáveis”, disse a fonte, lembrando que 80% do que a China compra vem da Europa, um mercado que poderia vir, ao menos em parte, para o Brasil. Em receitas, as importações chinesas totais de carne suína, incluindo vísceras, somaram 6 bilhões de dólares em 2023, sendo que a Espanha respondeu por cerca de 1,5 bilhão de dólares e o Brasil por pouco mais de 1 bilhão de dólares. Holanda e Dinamarca exportaram o equivalente a mais de 500 milhões de dólares cada, segundo dados da alfândega chinesa.

PESCADO

O protocolo para exportações de peixes brasileiros para a China deverá envolver a pesca extrativa, um mercado que pode somar 1 bilhão de dólares, segundo a fonte. Assim como o acordo em miúdos suínos, o referente a pescado estaria entre os protocolos mais próximos de serem assinados. Na quarta-feira, o Brasil anunciou que entre os pactos comerciais já firmados para exportação estão aqueles que incluem farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal. No mesmo dia, Brasil e China firmaram acordos para abrir mercados na China a uvas frescas, gergelim e sorgo. No sorgo, o movimento da China acontece antes da posse de Donald Trump, que pode implementar tarifas contra produtos chineses que seriam passíveis de retaliações em mercadorias agrícolas dos EUA, como o sorgo. O mercado de sorgo pode chegar a 500 milhões de dólares, se a questão tarifária surgir, disse a fonte: Lisandra Paraguassu

FONTE: msn.com
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Rival do Carrefour também decide boicotar carne do Mercosul

O grupo francês Les Mousquetaires, responsável pelas redes Intermarché e Netto, anunciou que não vai mais vender carne do Mercosul em suas prateleiras. A decisão segue o exemplo do seu concorrente, o Carrefour, outro gigante do varejo francês.

Thierry Cotillard, CEO do Les Mousquetaires, declarou que essa ação reforça a soberania alimentar da França e apoia os agricultores locais. Ele fez um apelo para que a indústria demonstre maior compromisso e transparência quanto à origem das matérias-primas utilizadas em seus produtos. Cotillard enfatizou que o boicote inclui produtos usados na fabricação de itens de marca própria do grupo.

Protesto na Europa contra carne do Mercosul

O anúncio ocorre em meio a protestos crescentes de agricultores franceses contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Os agricultores alegam que a resolução ameaça seus meios de subsistência ao facilitar a entrada de produtos agrícolas sul-americanos. Estes, segundo os europeus, seriam produzidos sob “padrões ambientais menos rigorosos”. O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, manifestou-se contra o movimento francês. Ele sugeriu que o país também considere suspender o fornecimento de carnes ao Carrefour no Brasil, caso a matriz francesa mantenha o boicote.

“Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros”, afirmou Fávaro em um evento recente.

Posicionamento do Carrefour
Alexandre Bompard, CEO global do Carrefour, reafirmou em comunicado que a rede não venderá carnes do Mercosul na França, independentemente de preço e quantidade. O Carrefour Brasil, no entanto, garantiu que suas operações seguirão inalteradas.
Carlos Fávaro criticou a postura do Carrefour, dizendo que a empresa deveria ser coerente em suas práticas em todos os mercados. Ele citou um caso anterior com a Danone e o fornecimento de soja, sugerindo uma possível ação conjunta de empresas francesas contra produtos brasileiros. O ministro ressaltou que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade, a rastreabilidade e a sanidade dos seus produtos, seguindo princípios ESG. Ele enfatizou que a soberania brasileira não será atacada. Fávaro expressou a expectativa de que as empresas francesas reavaliem suas posições sobre os produtos brasileiros, visando a manter boas relações comerciais.

Fonte: Revista Oeste/Diário do brasil noticias
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Draga gigante tá chegando pra recuperar canal de acesso portuário

Embarcação está em Santos e tem previsão de chegar domingo

A draga gigante Utrecht, de fabricação holandesa, tem previsão de chegar em Itajaí na manhã de domingo. A embarcação, que opera sugando material do fundo do rio pra descarte em alto mar, será usada pra restabelecer a profundidade do canal de acesso portuário e dos berços de atracação.

A dragagem do rio Itajaí-açu foi retomada no dia 8 de novembro após três meses de paralisação devido a uma dívida de R$ 35 milhões do porto com a empresa de dragagem. A volta do serviço foi possível com um acordo de antecipação tarifária com a Portonave, renegociação da dívida e prorrogação do contrato de dragagem.

A retomada da dragagem foi feita de imediato com a draga Njord, uma embarcação pequena que opera por injeção pra que os sedimentos sejam levados pela correnteza. Já a Utrecht, com 159 metros de comprimento, tem uma cisterna gigante para carregar até 18 mil metros cúbicos de material dragado do rio. É a maior draga do tipo hopper em operação no Brasil atualmente e que está trabalhando em Santos (SP).

Com o trabalho, o calado operacional do canal portuário deve ser restabelecido para as profundidades mínimas contratuais, de 14 metros (canal externo) e 13,5 metros (canal interno). As cotas atuais estão em 13,9 e 13,2 metros, respectivamente, com homologação das medições pela Marinha do Brasil válida até 23 de novembro.

A previsão é que a recuperação do canal com a nova draga seja feita em 10 dias após o início dos trabalhos. A Utrecht já trabalhou em Itajaí em 2019 e 2024. Na última vez, foi para a dragagem dos sedimentos trazidos pelas cheias no rio Itajaí-açu. A embarcação pode fazer 12 viagens por dia para despejo do material, em área a seis quilômetros da costa.

FONTE: Diarinho.net
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Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora

Porto promete revolucionar o comércio entre Brasil e China, encurtando a rota em 10 dias. No entanto, desafios logísticos, incluindo travessias pela Amazônia e Andes, dificultam sua utilização plena. O projeto destaca as ambições da China e o potencial da América do Sul no comércio global.

Enquanto os holofotes internacionais se voltam para a crescente rivalidade comercial entre China e Estados Unidos, um megaporto recém-inaugurado na América do Sul emerge como uma possível solução para encurtar em 10 dias a rota de comércio entre Brasil e China. Apesar do potencial revolucionário, a infraestrutura precária e barreiras geográficas desafiam sua plena utilização, deixando em aberto o futuro dessa ambiciosa empreitada.

Porto de Chancay: um marco estratégico

O porto de Chancay, situado a cerca de 70 quilômetros ao norte de Lima, no Peru, foi oficialmente inaugurado em uma cerimônia que reuniu a presidente peruana Dina Boluarte e o líder chinês Xi Jinping. O local é administrado pela gigante chinesa Cosco Shipping e simboliza as ambições de Pequim em fortalecer o comércio com a América do Sul.

Com uma promessa de reduzir significativamente o tempo de transporte entre os dois maiores parceiros comerciais do Brasil, o porto reflete os esforços da China em diversificar sua cadeia de suprimentos diante de possíveis restrições comerciais vindas do governo norte-americano.

No entanto, as dificuldades de transporte entre as regiões agrícolas do Brasil e o litoral pacífico peruano evidenciam a complexidade de transformar essa promessa em realidade.

Obstáculos geográficos e logísticos

A travessia da densa floresta amazônica e das imponentes montanhas dos Andes surge como um dos maiores desafios para viabilizar a utilização plena do porto. Atualmente, não há ferrovias conectando as regiões agrícolas brasileiras ao litoral peruano, e as poucas rodovias existentes são insuficientes para o tráfego de caminhões de grande porte. Conforme explicou Edeon Vaz, diretor do Movimento Pro-Logística, os altos custos de transporte associados às limitações das estradas tornam o uso do porto economicamente inviável para muitos produtores agrícolas.

“É um custo extremamente elevado, especialmente para soja e milho, que precisam ser transportados por caminhões menores devido às restrições das rodovias andinas”, destacou.

Integração regional: um sonho distante?

Apesar das dificuldades, especialistas enxergam o porto de Chancay como uma oportunidade para reacender o sonho de integração das costas atlântica e pacífica da América do Sul. Segundo Marco Germanò, pesquisador da Universidade de Nova York, o projeto reflete um antigo desejo de interconexão continental, mas ainda carece de um plano estratégico para superar os obstáculos existentes. Mesmo internamente, o Peru enfrenta desafios de conexão. Conforme apontado por Rafael Zacnich, da ComexPerú, nem mesmo as ligações do porto com regiões produtoras locais, como as de café e cacau, são eficientes. Apesar disso, há esperanças de que o projeto atraia novos investimentos na infraestrutura de transporte.

Benefícios econômicos e dilemas ambientais

Além de aumentar a competitividade sul-americana no mercado global, o porto de Chancay pode impulsionar a economia de pequenos estados brasileiros, como o Acre, cuja produção de soja e carne suína tem registrado crescimento. Segundo Assuero Doca Veronez, da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, o transporte via Peru poderia beneficiar a região, desde que houvesse avanços na infraestrutura logística. Contudo, a construção de uma nova rodovia entre Cruzeiro do Sul (AC) e Pucallpa, no Peru, enfrenta resistência. Em 2023, o projeto foi paralisado por preocupações ambientais e pelo impacto sobre comunidades indígenas.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva expressou interesse em melhorar as estradas próximas à fronteira, mas uma rota controversa no Acre não está nos planos imediatos.

China, Brasil e o cenário global

A inauguração do porto de Chancay ocorre em um momento estratégico.
Com o Brasil consolidado como o maior fornecedor de soja da China, o país asiático busca diversificar rotas e minimizar impactos de uma possível guerra comercial com os EUA. Conforme Wagner Cardoso, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a integração sul-americana exige mais do que infraestrutura portuária.

“Precisamos de acordos bilaterais que facilitem o trânsito de mercadorias entre as fronteiras e tornem viável o uso desse porto”, afirmou.

Futuro promissor, mas incerto

Embora o porto de Chancay represente um passo importante para o comércio sul-americano, sua plena eficácia depende de uma série de fatores: investimentos em transporte, cooperação internacional e superação de barreiras geográficas e ambientais.
Enquanto isso, o Brasil e seus vizinhos encaram o desafio de transformar potencial em realidade.

FONTE: CPG Click Petroleo e Gas
Megaporto colossal tem o poder de reduzir a rota entre Brasil e China em 10 dias, mas tem um problema: chegar até ele é uma tarefa desafiadora – CPG Click Petroleo e Gas

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Superintendência do Porto de Itajaí vai virar uma estatal

Votação foi em regime de urgência; próximo passo é a sanção pelo prefeito

A Câmara de Vereadores de Itajaí aprovou em votação única e em regime de urgência o projeto pra transformar a Superintendência do Porto de Itajaí (SPI) em empresa pública. Com a mudança, a SPI, que é uma autarquia municipal criada em 1995, virará uma estatal, sob forma de Sociedade de Propósito Específico (SPE), vinculada ao gabinete do prefeito, pra administrar o complexo portuário.

O projeto estava tramitando na Câmara desde março. A prefeitura recebeu a exigência de renovação do convênio de delegação do governo federal para a manutenção da autoridade portuária pública e municipal, cujo prazo termina em 31 de dezembro. A mudança também é uma exigência para o arrendamento definitivo do Porto de Itajaí e foi critério no acordo pra retomada da dragagem.

A proposta só voltou a andar na Câmara neste mês, após as eleições municipais. A votação foi após a aprovação de pedido de urgência do município na semana passada. O projeto passou com 16 votos favoráveis e sem a votação de cinco emendas apresentadas por vereadores e que acabaram retiradas. As mudanças previam critérios para a composição da diretoria e conselho da futura empresa e visavam resguardar direitos dos atuais servidores.

O texto aprovado será encaminhado pra sanção do prefeito Volnei Morastoni (MDB). A empresa pública terá personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa, técnica, financeira e patrimonial, mas vinculada ao prefeito. A função será de administrar o Porto Organizado de Itajaí, incluindo retroáreas portuárias, hidrovias, vias lacustres e navegáveis do município.

Empresa pública

O projeto estabelece que a administração da empresa pública será feita por uma Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração. Além disso, a empresa pública contará com um conselho fiscal permanente. O projeto não cria a empresa de imediato, apenas autoriza a prefeitura a fazer a mudança. O Executivo terá prazo de até 180 dias pra regulamentar a nova lei e aprovar o estatuto social da empresa pública.

A aprovação do estatuto social determinará a data de instalação da empresa. O documento definirá a estrutura organizacional, composição e atribuições de órgãos internos, regras de governança e outras condições para o funcionamento da nova corporação. Até a criação da empresa, seguem valendo as normas que se aplicam ao modelo de autarquia.

Concursados do porto não serão mantidos

O projeto prevê a formação do Conselho de Administração da empresa pública com no mínimo sete e, no máximo, 11 membros, com mandatos de dois anos, permitidas até três reconduções seguidas. A composição da Diretoria Executiva será de, no mínimo, três diretores, além de um diretor-presidente, com gestão de dois anos e até três reconduções.

O Conselho Fiscal será o órgão interno de fiscalização e controle dos atos do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva. Os conselheiros terão mandatos de dois anos, permitidas duas reconduções seguidas. Também há previsão de formação de um comitê de Auditoria Estatutário. O pessoal do quadro permanente, comissionado e de funções gratificadas será definido no estatuto social.

Emenda que previa um representante dos trabalhadores portuários avulsos no Conselho de Administração não nem discutida.

O projeto garante um membro dos empregados e outro de acionistas minoritários. Outra emenda exigia experiência e formação superior para o cargo de superintendente. Cargos de direção, chefia e coordenação também deveriam comprovar experiência e formação acadêmica na área.

Concursados do porto

Próximo passo é a prefeitura pedir a renovação da delegação portuária.

Ainda ficou pelo caminho uma proposta com medidas para resguardar os direitos de servidores concursados do porto. A ideia era que eles pudessem escolher sobre permanecer ou não no cargo que tem hoje no processo de mudança, garantindo a continuidade dos serviços do porto. A regulamentação da lei deve definir as regras. Os cargos na empresa pública serão regidos pela CLT e a contratação de pessoal será por concurso público.

Após a sanção, a prefeitura vai pedir a renovação da delegação portuária.

Até esta quinta-feira o prefeito ainda aguardava o envio do projeto pra sanção. A partir da vigência, o município vai providenciar, junto ao governo federal, a celebração de termo aditivo ao convênio de delegação 008/97 para que Itajaí continue como autoridade portuária por meio da nova empresa pública.

Delegação

A atual delegação foi prorrogada por dois anos temporariamente em 2022, com a promessa do governo federal de ser renovada em definitivo por 25 anos, mantendo a autoridade portuária pública e municipal. No momento, a renovação depende de uma decisão do Ministério dos Portos, atrelada ao edital de arrendamento definitivo do porto.

O projeto de concessão prevê a gestão portuária separada das operações do terminal, mas o modelo de descentralização ainda é avaliado pela União. Entre as opções está a manutenção da delegação municipal, a federalização ou a estadualização da autoridade portuária.

FONTE: Diarinho Net
Superintendência do Porto de Itajaí vai virar uma estatal | DIARINHO

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