Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Portos

Porto seco entre SC e Argentina tem movimento recorde de caminhões

Movimento de caminhões cresceu 47,4% em 2024, com certo equilíbrio entre importações e exportações

Um dos fatos novos positivos da logística em Santa Catarina é o movimento recorde de caminhões no porto seco de Dionísio Cerqueira, na divisa entre Santa Catarina e a Argentina. Em 2024, passaram pelo terminal 23.014 de caminhões, 47,4% mais do que no ano anterior. A alfândega sob concessão da Multilog recebeu 12.744 veículos no regime de importação e 10.270 veículos no regime de exportação.

O que mais impactou essa expansão foi a exigência, do governo do Estado, de que 20% das cargas com incentivo fiscal catarinense que entram por terra têm que passar por Dionísio Cerqueira, divisa de SC com a Argentina.

Para o empresário do setor de comércio exterior, Marcelo Pibernat, dá uma média de mais de 60 caminhões por dia, o que é um bom começo para a nova alfândega de Dionísio Cerqueira.

Os 23 mil caminhões representam cerca de 6% do fluxo terrestre do Brasil e Argentina, observou o empresário em webinar da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) há poucos dias. A expectativa é de que esse movimento cresça com as medidas mais liberais de negócios adotadas pelo novo governo da Argentina.

A qualidade dos serviços alfandegários da concessionária privada que assumiu em 7 de dezembro de 2023 o porto seco de Dionísio Cerqueira também influíram. No começo das operações foi necessária uma adaptação, mas agora o comércio flui melhor.

Pela divisa de SC com a Argentina pelo porto de Dionísio Cerqueira também passa uma parte dos turistas que visitam Santa Catarina por terra, com automóvel próprio.

A Multilog, que é um dos principais grupos de logística para portos secos Brasil, também registrou movimento crescente nos portos das divisas do Rio Grande do Sul com a Argentina em Uruguaiana, Jaguarão e Santana do Livramento; e com o Paraná em Foz do Iguaçu.

Em Jaguarão, foram 33.653 veículos, 1,2% mais do que no ano anterior. Em Foz do Iguaçu, foram 196.599 caminhões, 11,6% mais do que no ano anterior. Em Uruguaiana, o movimento de 2024 alcançou 134.511 caminhões, 2,6% mais; e Santana do Livramento chegaram 12.823 veículos, 13,2% mais do que no ano anterior.

FONTE: Portal tri
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Comércio Exterior, Economia, Importação, Industria, Informação, Investimento, Negócios, Turismo

SC tem oportunidades com medidas da Argentina para facilitar comércio exterior

Simplificação de normas e desburocratização de processos, alinhadas com acesso mais fácil ao mercado de câmbio criam ambiente mais favorável a negócios; SC se beneficia por proximidade física e sócio-cultural.

Fazer negócios com a Argentina está mais fácil e Santa Catarina pode aproveitar o momento dinâmico da economia do país vizinho para estreitar relações e retomar parcerias comerciais. Esse é o consenso entre os especialistas que participaram do webinar organizado pela Federação das Indústrias de SC (FIESC), na quinta-feira, 27, para debater o contexto econômico-comercial da Argentina.

Para o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, Santa Catarina se encontra numa posição única para identificar oportunidades, dada não só a proximidade geográfica, mas também devido às relações sociais e culturais decorrentes do turismo. “A Argentina vive um momento de recuperação de sua economia, o que nos alegra. Esse é um momento mais do que favorável para uma aproximação ainda maior”, destacou.

Webinar Argentina
SC tem potencial para ampliar sua corrente de comércio com a Argentina. (foto: Elisabete Francio).

O conselheiro da Embaixada do Brasil na Argentina, Leonardo Valverde, afirmou que a Argentina promoveu uma alteração radical no modelo econômico, adotando medidas fiscais e monetárias muito restritivas sob o governo de Javier Milei. E que o país adotou medidas para a desregulamentação do comércio exterior, o que pode ser uma oportunidade para o Brasil e SC. “O Brasil tem uma posição relativa muito favorável por fazer parte do Mercosul, ter laços comerciais há muito estabelecidos e proximidade geográfica. Mas sobretudo, o consumidor argentino percebe os produtos brasileiros como de qualidade”, explicou. Para Valverde, isso coloca o Brasil na frente de outros países que enxergam na Argentina um mercado potencial a ser explorado com a maior abertura da economia.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, destacou que a indústria de SC pode se beneficiar dessa nova dinâmica que abre oportunidades que ainda não estão sendo bem aproveitadas.

O diretor do grupo Pibernat, Marcelo Pibernat, especialista em comércio exterior, cita entre os diferenciais do estado o porto seco de Dionísio Cerqueira. “É a aduana com a melhor infraestrutura na fronteira com a Argentina atualmente em operação, e o fluxo de caminhões  – que chegou a 23 mil em 2024 -, tende a ser ampliado”, explicou.

Porto seco multilog
Novos investimentos para melhorar infraestrutura no entorno do porto seco em Dionísio Cerqueira já foram anunciados.

Medidas facilitadoras

Na visão do advogado especialista em comércio internacional Sebastián M. Rossi, entre os principais indicativos de um melhor momento para o comércio entre os dois países está uma “relativa estabilidade macroeconômica”, que permite ao empresário argentino ter mais previsibilidade. Mais relevante, segundo ele, do que uma ou outra medida isolada, é o recado de a Argentina persegue um ambiente de negócios mais favorável, não só para o comércio exterior, mas também para a atração de investimentos.

A percepção é corroborada pela consultora Augustina Centeno, da DIEB. “Não há dúvida de que a Argentina vai em direção clara e constante para a liberação e facilitação do comércio internacional. Existem avanços concretos nos âmbitos operacional e tributário que impactam positivamente os custos das operações”, afirmou.

Mudanças recentes

  • Melhoria nas condições de acesso ao mercado de câmbios para importadores argentinos:
    • Prazos menores para pagamentos a fornecedores (30, 60 e 90 dias)
    • Possibilidade de pagamento adiantado mediante condições
  • Redução da Burocracia:
    • Flexibilização na importação de alimentos e bebidas – produtos com origem no Brasil que tenham selo da ANVISA não necessitam de nova homologação
    • Modificação nos procedimentos anti-dumping
    • Fim do SEDI, sistema que substituiu a licença de importação prévia. Agora, os importadores podem apresentar suas declarações definitivas de importação sem precisar indicar um número de declaração SEDI
  • Desregulamentação:
    • Regulamentos técnicos seguem obrigatórios, mas passam a ser  controlados pela Dirección Nacional de Reglamentos Técnicos, e não mais pela aduana, agilizando o processo de desembaraço da mercadoria.
    • Equipamentos elétricos e eletrônicos que tenham homologação internacional como o CE (Europa), e o Inmetro (Brasil), entre outros, não necessitam de novo homologação para entrar na Argentina.
    • Extensão da vigência de certificados anteriores
  • Impostos:
    • Fim do Imposto País
    • Redução das alíquotas de importação médias de 35% para 16%

FONTE: FIESC
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Seleme apresenta força da indústria de SC a membros da maçonaria

1º vice-presidente da FIESC participou do evento que marca a abertura do ano maçônico e também destacou o papel das entidades da Federação para o setor

O 1º vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Gilberto Seleme, participou nesta segunda, dia 24, da sessão solene que marca a abertura do ano maçônico. O evento foi realizado na sede da Grande Loja Santa Catarina, em Florianópolis, e contou com a participação de 700 pessoas.

Durante o encontro, Seleme apresentou um panorama econômico detalhado, destacando os principais desafios e oportunidades para o setor industrial do estado. O evento reforça a relevância do diálogo entre lideranças empresariais e instituições que desempenham papel estratégico no desenvolvimento econômico de Santa Catarina.

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Evento marca o início do ano maçônico e reúne autoridades de todo o estado. Foto: Fernando Costa

“A indústria catarinense tem grande diversidade produtiva regional. Também temos um relevante complexo portuário, que em 2024 movimentou mais de 56,5 milhões de toneladas de cargas. São dados que mostram a solidez da nossa indústria, que é um dos motores da economia do estado”, frisou.

Em 2024, Santa Catarina registrou um crescimento expressivo da produção industrial, alavancado pela diversificação produtiva e pela capacidade de exportação. O estado se destaca em setores como metalmecânico, têxtil, alimentício e tecnologia e de base florestal, mantendo uma taxa de desemprego abaixo da média nacional e garantindo um ambiente propício para novos investimentos.

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Seleme apresentou um panorama econômico detalhado, destacando os principais desafios e oportunidades para o setor industrial

Além do desempenho econômico, Seleme também apresentou desafios que estado tem pela frente, como a necessidade de maior investimento em infraestrutura e capacitação profissional para sustentar o crescimento industrial. “Santa Catarina é destaque no envio de recursos a Brasília, mas os valores não voltam na mesma proporção da nossa contribuição. É uma responsabilidade da sociedade mudar essa realidade”, defendeu, ressaltando as grandes demandas por investimentos do estado, essenciais para a competitividade.

FONTE: FIESC
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Internacionalização e sustentabilidade são as apostas da C-Pack para crescer

Empresa que surgiu na Grande Florianópolis há 23 anos inaugurou nova unidade na cidade portuguesa de Bragança, em junho de 2024; grupo, de capital suíço-brasileiro, também atua na economia sustentável

 Líder nacional na produção de bisnagas plásticas para os setores farmacêutico e de cosméticos, a C-Pack, de São José (SC), aposta na internacionalização e na sustentabilidade para avançar no mercado mundial. “Nosso foco atual é consolidar o processo de internacionalização iniciado em Portugal, em junho de 2024”, explica o CEO da C-Pack Brasil, Maurício Coelho.

A empresa foi destaque no Espaço Indústria da reunião da diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta (21).

A fábrica em Portugal deu início ao processo de internacionalização física da indústria. “Embora já estivéssemos presentes em vários países por meio de exportações, essa nova unidade foi criada para absorver parte do mercado europeu, que é extremamente expressivo. A partir de Portugal, nosso objetivo é atender toda a Europa e expandir nossa atuação internacional”, explica Maurício.

Instalada em Bragança, a nova fábrica está com duas linhas de produção ativas, mas tem capacidade para até cinco. A unidade conta com 30 funcionários, com possibilidade de chegar a 150. Sua capacidade produtiva anual pode crescer das atuais 60 milhões de unidades para 150 milhões.

“Ainda estamos no início das operações dessa unidade da Europa, mas sabemos que aquele mercado tem um potencial imenso, sendo aproximadamente dez vezes maior que o brasileiro”, destaca o executivo.

Com 20 mil metros quadrados, a unidade fabril em Santa Catarina produz 200 milhões de unidades por ano, com 420 empregos diretos. Outros 80 funcionários atuam no estado de São Paulo – na capital, onde está a diretoria comercial, e em Itapecirica da Serra, cidade que sedia a C-Log, subsidiária de logística. A C-Pack tem em sua carteira de clientes marcas globais como Boticário, Avon, Natura, Johnson & Johnson, L’Oréal, Unilever e Mary Kay.

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Maurício Coelho, CEO da C-Pack Brasil (foto: Filipe Scotti)

Economia Verde

A agenda ambiental é outra frente da estratégia de crescimento da C-Pack. “Temos crédito de carbono para vender, se for preciso”, diz ao relatar as ações da empresa no campo da economia verde.

Um exemplo está na substituição gradativa dos polímeros à base de petróleo. Atualmente, 30% da produção utiliza o polietileno verde, oriundo da cana de açúcar, uma fonte renovável.

No que diz respeito à economia circular, 70% das embalagens de fornecimento aos clientes são retornáveis. A empresa também consegue utilizar até 5% de resina reciclável certificada em camadas intermediárias das bisnagas que produz. Essas limitações decorrem da regulamentação sanitária do setor.

A indústria também se integrou a uma ação de recuperação da vegetação nativa no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça. Em quatro anos, o trabalho resultou na retirada de espécies exóticas em 100 hectares.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a C-Pack é uma indústria de referência global em seu setor, por suas instalações, por seus produtos, por sua gestão. “É uma indústria que produz para o país e para o mundo”, disse.

FONTE: FIESC
Internacionalização e sustentabilidade são as apostas da C-Pack para crescer | FIESC

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Na presença de Lula, empresa de Florianópolis assina contrato para construir 4 navios no RS

Criada em 2010, a Ecovix fecha contrato com a Transpetro no valor de R$ 1,7 bilhões para a construção de quatro navios no Estaleiro Rio Grande

 

A Ecovix, empresa de Florianópolis do setor de construção naval, assinará na manhã de segunda-feira (24) um contrato com a Transpetro para construir quatro navios no Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O contrato prevê a aquisição de quatro navios da classe Handy, no valor US$ 69,5 milhões (R$ 398,27 milhões) por embarcação. A iniciativa faz parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras em Rio Grande (RS).

Os quatro navios serão usados para transporte de derivados de petróleo. Além do presidente Lula, o evento no Estaleiro Rio Grande contará com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.

Construção de quatro navios no Estaleiro Rio Grande deve gerar mil empregos

Construção no Estaleiro Rio GrandeA Ecovix é responsável pelo Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul – Foto: Divulgação/Ecovix/ND

A licitação da construção de quatro navios pela Ecovix faz parte de uma estratégia nacional para fortalecer os estaleiros brasileiros. O investimento de cerca de R$ 1,7 bilhão deve gerar cerca de mil empregos diretos nos próximos três anos, beneficiando também polos navais de outros estados.

Os cascos serão construídos no Estaleiro Rio Grande e a produção ocorre em parceria com a Mac Laren, que comissionará os navios. Além disso, a Petrobras anunciou um aporte de R$ 58 bilhões no setor, com apoio do Fundo da Marinha Mercante.

FONTE: ND+
Empresa de Florianópolis construirá quatro navios no RS; Lula participa de evento

 

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Exportações da Foz do Itajaí somaram US$ 5,51 bilhões em 2024

A região da Foz do Itajaí, em Santa Catarina, encerrou o ano de 2024 com um balanço econômico positivo, impulsionado por um forte desempenho na balança comercial e na geração de empregos.

Em 2024, a Foz do Itajaí registrou um volume de exportações de US$ 5,51 bilhões, impulsionado principalmente pela venda de carne de aves e suína, que juntas somaram mais de US$ 4,46 bilhões. Os dados são do do Observatório FIESC e revelam um cenário promissor para a região, com destaque para o crescimento das exportações e a expansão do mercado de trabalho.

Outros produtos importantes na pauta de exportação foram a madeira serrada e os enchidos de carne. O elevado volume de importações reflete o dinamismo da economia da região, que investe em expansão e modernização de sua capacidade produtiva. Os principais destinos dos produtos exportados pela região foram China, Japão e Filipinas, que juntos responderam por mais de 30% do total.

As importações da Foz do Itajaí, por sua vez, atingiram US$ 17,71 bilhões em 2024. A pauta de importação é concentrada em bens de capital, como polímeros de etileno e partes e acessórios para veículos, e em matérias-primas, como cobre refinado e semicondutores. Esses produtos são essenciais para o desenvolvimento da indústria local, que demanda insumos de alta tecnologia e qualidade para manter sua competitividade.

“As perspectivas para a balança comercial da Foz do Itajaí nos próximos anos são positivas, impulsionadas pelo crescimento da economia global e pela demanda por alimentos e outros produtos da região”, pontua o vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), regional da foz do Itajaí, Maurício César Pereira. “A diversificação da pauta de exportação, o investimento em tecnologia e inovação, e a busca por novos mercados são fatores-chave para o sucesso do comércio exterior da região”, completa Moacir.

Geração de empregos

O mercado de trabalho da Foz do Itajaí também apresentou um desempenho positivo em 2024, com a geração de 18.731 empregos formais, de acordo com dados do CAGED. A indústria, um dos setores mais importantes da economia local, foi responsável por 4.292 novos postos de trabalho. Os setores da indústria que mais empregam na região são a construção, alimentos e bebidas, e têxtil.

Em 2023, os dados mais recentes disponíveis, a Foz do Itajaí contava com um total de 35.316 empresas, sendo 7.179 delas indústrias. O número total de empregados na região era de 298.032, com 76.847 atuando na indústria.

FONTE: Informativo dos portos
Informativo dos Portos

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Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC

Realizado em conjunto com a ADVB/SC, evento da próxima sexta-feira (21) promove debate sobre negociações de comércio bilateral

Nesta sexta-feira (21), às 10 horas, o ministro da Economia do XXIV Governo de Portugal, Pedro Reis, participará da primeira edição de 2025 do Encontro de Ideias. A iniciativa é da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC) e da Federação das Indústrias de SC (FIESC). O evento será na sede da Federação, em Florianópolis.

Reis traz a visão do governo de Portugal para o debate, que vai contar com a mediação do cientista social, diplomata e economista Marcos Troyjo e com a participação do político português Miguel Relvas e do secretário-executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos do Governo de Santa Catarina, Paulo Bornhausen.

Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, Portugal pode ser um aliado importante para a efetivação do acordo Mercosul – União Europeia. “A indústria catarinense tem potencial para conquistar ainda mais espaço no mercado europeu e os benefícios do acordo são mútuos, não só no comércio, mas também na transferência de tecnologia e na geração de empregos”, afirma.

O evento é a primeira edição de 2025 da série Encontro de Ideias, iniciativa da ADVB/SC para fomentar o debate sobre temas estratégicos que impactam a economia e o setor empresarial. “Eventos como o Encontro de Ideias são fundamentais para o empresariado catarinense, proporcionando insights estratégicos, que fortalecem o networking e ajudam a compreender o cenário econômico”, destaca o presidente da ADVB/SC, Ricardo Barbosa Lima.

FONTE: FIESC
Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC | FIESC

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4ª AGO CONCENI debate desafios e oportunidades do Comércio Exterior em Santa Catarina 

Lideranças e empresas do comércio exterior participaram de visitas técnicas, debates e networking nos portos de São Francisco do Sul e Itapoá. 

A 4ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Estadual dos Núcleos de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) reuniu cerca de 50 participantes no dia 17 de fevereiro para um dia de imersão e troca de conhecimento em São Francisco do Sul e Itapoá. Pela primeira vez, o evento foi aberto ao público, ampliando o alcance das discussões e proporcionando uma experiência enriquecedora para os interessados no setor. 

Com uma programação intensa, a assembleia contou com visitas técnicas ao Porto de São Francisco do Sul/SCPAR e ao Porto de Itapoá, dois dos principais pontos estratégicos para o comércio exterior no Sul do Brasil. Os participantes puderam acompanhar de perto as operações logísticas e os avanços na infraestrutura portuária, essenciais para o desenvolvimento econômico da região. 

Outro destaque foi a presença de representantes de órgãos reguladores fundamentais para o setor, como a ANVISA, o MAPA e a Receita Federal. Suas participações trouxeram esclarecimentos sobre regulamentações e desafios enfrentados pelas empresas de comércio exterior, contribuindo para um debate produtivo e alinhado com as demandas do mercado. 

O evento também proporcionou momentos de networking e integração entre os participantes, fortalecendo a conexão entre empresários, representantes institucionais e especialistas da área. O almoço de confraternização consolidou essa interação, reforçando a importância da colaboração para o crescimento do setor. 

O encontro foi realizada com o apoio da ACISFS – Associação Empresarial de São Francisco do Sul, por meio do Núcleo de ComExLog, da FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, através do Programa Empreender, SEBRAE, Porto de São Francisco do Sul/SCPAR e Porto de Itapoá. A 4ª AGO CONCENI se consolidou como um marco, promovendo conhecimento, conexões estratégicas e avanços nas discussões sobre o setor. 

O CONCENI 

O Conselho Estadual dos Núcleos de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) foi criado pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) com o objetivo de unir os esforços dos 14 Núcleos de Comércio Exterior da entidade, que conectam mais de 320 empresas. Sua formação contou com a participação de empresários, representantes do governo estadual e do setor portuário, buscando atender às demandas do comércio exterior em Santa Catarina.  

O CONCENI reforça a vocação exportadora do estado, especialmente para pequenas e microempresas, integrando infraestrutura logística, portos e setor público. Além disso, faz parte do Programa Empreender, que visa aumentar a competitividade empresarial por meio de estratégias nos Núcleos Empresariais, aproveitando a posição privilegiada de Santa Catarina no cenário internacional, com importantes portos e infraestrutura aeroportuária. 

Entre os objetivos do CONCENI estão a promoção e facilitação de negócios internacionais; trazer à tona discussões sobre problemas e desafios, além da cocriação de políticas públicas para o setor.  

A próxima assembleia do CONCENI está marcado para o dia 16 de abril.  

 

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Urbano Alimentos comemora 65 anos

Empresa incorpora princípios de ESG e atua alinhada com ODS; iniciativas incluem matriz energética 100% renovável e investimento de R$ 1 milhão em projetos sociais em 2024

 A companhia Urbano Alimentos está completando 65 anos de atividade. Os primeiros passos para a criação da empresa de Jaraguá do Sul se deram a partir da instalação de uma roda d’água e a atafona para moer milho e fazer fubá em 1952. A formalização ocorreu em 1960, com a criação da Urbano Cerealista, pela família Franzner.

Hoje, a empresa emprega mais de 1,8 mil colaboradores e tem atuação focada na produção de arroz, farinha de arroz, feijão, cereais e macarrão. Detém as marcas Urbano, Koblenz, Vila Nova, Grão de Campo, Serrazul, Arroz Belchior, Broto Legal e Sabor Máximo. Também expandiu o escopo de atuação e conta com participações das empresas Selgron, fabricante de equipamentos para o agronegócio, Urbano Têxtil, localizada em Nova Trento (SC), que atua no beneficiamento de malhas e comercialização de malha em rolo e na PCH Capivari (Pequena Central Hidrelétrica), localizada em São Martinho, no Sul de Santa Catarina.

Urbano Alimentos
Empresa tem capacidade de produzir mais de 60 mil toneladas de alimentos por mês e armazenar mais de 450 mil toneladas. (Foto: Divulgação)

ESG – De olho no futuro, a empresa adotou a integração dos princípios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) à sua estratégia corporativa. Atualmente, evita a emissão de 300 mil toneladas de CO² na atmosfera por ano e opera com 100% de energia renovável. Uma das ações de aproveitamento de resíduos da Urbano é a queima da casca do arroz para geração de energia calorífica, que é convertida para energia elétrica utilizada em fábricas. As Pequenas Centrais Termoelétricas (PCT) produzem mais 48 mil MWh/ano, suficiente para atender 28 mil residências de quatro pessoas.

Além disso, a Urbano Alimentos alinhou suas operações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os principais focos estão atrelados aos ODSs 2, 8 e 12, que buscam erradicar a fome e incentivar a agricultura sustentável. Em 2024, a Urbano investiu mais de R$ 1 milhão em projetos sociais e doou mais de 150 toneladas de alimentos. Uma das ações de destaque foi a doação de 24 toneladas de arroz para a Ucrânia, em 2023.

A empresa tem capacidade de produzir mais de 60 mil toneladas de alimentos por mês e armazenar mais de 450 mil toneladas de arroz em casca e de feijão. Atualmente, além de Santa Catarina, a Urbano Alimentos conta com operações em São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Goiás e Pernambuco. São 19 unidades instaladas e mais de 150 mil m² de área construída.

Com informações da assessoria de imprensa da Urbano Alimentos.
FONTE:  FIESC
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SC participa de projetos nacionais para descarbonização do setor automotivo

Projetos estruturantes mobilizam R$ 166,2 milhões e envolvem institutos do SENAI, indústrias e outros órgãos de pesquisa; entre as iniciativas está a implementação do ciclo completo de produção nacional de ímãs permanentes de terras raras

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Fundação de Apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundep) divulgaram, na quinta-feira (13), os três projetos aprovados na chamada de Projetos Estruturantes do Programa Mover. Serão destinados R$ 166,2 milhões – sendo R$ 114,2 milhões do SENAI e da Fundep e R$ 52 milhões de contrapartida das empresas envolvidas.

As iniciativas preveem o desenvolvimento de tecnologias disruptivas para descarbonização no setor automotivo brasileiro, por meio de três alianças, que envolvem 13 instituições de pesquisa e desenvolvimento e 24 indústrias do setor, incluindo startups.
As chamadas de Projetos Estruturantes se diferenciam pela complexidade e impacto das soluções propostas, que devem ser executadas em até 36 meses por pelo menos cinco empresas, junto a uma instituição de ciência e tecnologia (ICT), além dos Institutos SENAI de Inovação.

O SENAI entende que, ao direcionar os recursos para uma aliança de empresas com ICT, o Programa Mover impulsiona a cadeia como um todo e não uma única companhia.

Imãs
Brasil detém a terceira maior jazida de terras raras do planeta (foto: Freepik)

Terras Raras

Entre os projetos aprovados está o MagBras, cujos proponentes são de Santa Catarina: o Instituto SENAI de Inovação em Processamento a Laser (Joinville) e a indústria Weg (Jaraguá do Sul). A iniciativa prevê a implementação do ciclo completo de produção nacional de ímãs permanentes de terras raras, desde a extração e processamento do minério até a produção final e a reciclagem de ímãs em fim de vida útil, bem como o reaproveitamento dos cavacos resultantes da usinagem dos imãs.

Os ímãs de terras raras são componentes utilizados para eletrificação, com ênfase em motores de carros totalmente elétricos (BEVs – Battery Electric Vehicles). Por causa dessa finalidade estratégica, os 17 elementos químicos que compõem o grupo chamado terras raras, podem enfrentar problemas de suprimento mundial. O fato positivo para o Brasil é que o país detém a terceira maior jazida de terras raras do planeta.

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Elementos são utilizados em sistemas eletromagnéticos (foto Freepik)

Também integram a aliança da MagBras os Institutos SENAI em Sistemas de Manufatura (SC), Processamento Mineral (MG) e em Manufatura Avançada (SP), além do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP), Centro de Tecnologia Mineral (RJ) e Universidade Federal de Santa Catarina (SC). Formam a aliança industrial as seguintes empresas: Stellantis, Iveco, Vale, Mosaic, Nanum, Eion, Tupy, Taboca, Resouro, Aclara, Strokmatic, Viridion, St. George, ZEN, Bemisa, Appia Rare Earth, GreyLogix, Borborema Mineração, Steinert, Walbert Ferramentaria, Meteoric, Arcelormittal, Mineração BBX  e a também catarinense Schulz Compressores. As startups são Integra Laser, (Joinville) Moderna 3D (Joinville), Lean 4.0 (Brasília). Cumpre destacar que 12 empresas da aliança são mineradoras, o que garante o abastecimento da matéria prima essencial para o processo de fabricação de ímãs permanentes de terras raras.

Para sua consecução, o projeto contará com a infraestrutura do CIT-SENAI -ITR (Ímãs de Terras Raras) localizada em Lagoa Santa (MG), primeiro laboratório-fábrica de ligas e ímãs de terras raras no hemisfério sul. Além de executar e validar o teste laboratorial para escala industrial da fabricação de ímãs permanentes de um lote piloto, por meio de processos de sinterização e/ou manufatura aditiva, o projeto prevê estabelecer parcerias com a indústria para garantir a transferência de tecnologia e o desenvolvimento de capacidades produtivas no país.

Mobilidade elétrica
Projeto permitirá testes de validação e desempenho de carregadores veiculares elétricos (foto: CNI)

Plataforma física e digital para carregadores veiculares

Outro projeto aprovado é o de desenvolvimento de uma plataforma física e digital para interoperabilidade de carregamento de veículos elétricos. O sistema vai possibilitar testes de validação e desempenho de carregadores veiculares, veículos elétricos e soluções de energia, melhorando, assim, a infraestrutura de recarga nacional.

A plataforma física inclui uma subestação de energia dedicada, um sistema de armazenamento de energia por baterias (BESS), carport com painéis fotovoltaicos para geração de energia renovável e vagas de estacionamento para instalação dos carregadores.
Já a plataforma digital, que será integrada aos multimedidores da plataforma física, vai armazenar os dados, permitindo o monitoramento das informações em tempo real e o treinamento de matrizes de inteligência artificial (IA) para preditividade de condições como geração solar, agendamento de recarga, distribuição das cargas em função da geração, armazenamento em função da demanda, impacto de efeitos climáticos, dentre outras.

Os dados vão possibilitar ainda entender como cada modelo de veículo se comporta em função da potência, tipo de carregador e protocolo de comunicação escolhido – informação valiosa para montadoras e fabricantes de carregadores.
Os Institutos SENAI de Inovação participantes são os Sistemas Embarcados (de Florianópolis), Eletroquímica (proponente) e em Tecnologia da Informação, estes dois, do PR, além do Instituto de Pesquisas Eldorado (SP). A empresa proponente é a Stellantis e a aliança conta ainda com a participação da Volvo, Nissan, Renault, Mercedes e Caio e das startups Move, Renevive e Brain Robot

Combustíveis de baixa emissão em novos sistemas de veículos híbridos elétricos e a combustão

O terceiro projeto aprovado na chamada prevê, através da criação de um centro multiusuário de mobilidade de baixo carbono, a avaliação e otimização do comportamento de sistemas a combustão e híbridos elétricos a partir da análise do ciclo de vida e desenvolvimento de combustíveis de baixa emissão com a seguinte composição (puro ou misturado): gasolina, etanol, biodiesel, óleo vegetal hidrotratado (HVO), diesel S10 ou R, bioetanol, biometano e nanopartículas.

Para isso, serão utilizados dados e padrões identificados em testes de laboratório e em condições de condução real (RDE), com técnicas de machine learning.  O proponente é o Instituto SENAI de Inovação em Logística (BA) e participam ainda a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (BA), Universidade Caxias do Sul (RS). A empresa proponente é a Great Wall Motors, numa aliança que envolve também Petrobras (Cenpes), Marcopolo, Volkswagen, General Motors e Stellantis. As startups são a Elev Soluções em Energia, Soluções em Conectividade das Coisas Industria.

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia

Com uma rede composta por 28 institutos de inovação – três em SC – e mais de 60 institutos de tecnologia – sete em SC –, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços pesquisa aplicada e inovação, consultoria e metrologia, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores. 

FONTE: FIESC
SC participa de projetos nacionais para descarbonização do setor automotivo | FIESC

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