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Governo Federal define nome para comandar federalização do Porto de Itajaí

Manifestações antecedem o anuncio oficial do parte do Palácio do Planalto

Governo Federal indicou o advogado João Paulo Tavares Bastos Gama para representar o processo de federalização do Porto de Itajaí. O governo também confirma que ele assumirá a superintendência do Porto após a federalização. Atualmente administrado pela Prefeitura, o terminal de Itajaí deverá retornar à gestão da companhia Docas de Santos, que operava o Porto antes da municipalização em 1995.

O presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, e João Paulo selaram o anúncio e a definição do nome durante uma reunião. Na próxima terça-feira (18), representantes do Governo Federal e o Ministro dos Portos, Silvio Costa Filho, realizarão uma reunião no Palácio do Planalto para definir os próximos passos do processo de federalização.

O Governo Federal já havia sinalizado a intenção de retirar a administração do Porto de Itajaí da Prefeitura. Diante disso, setores econômicos da cidade lançaram manifestos contra a medida. Recentemente, o deputado federal Zé Trovão protocolou um pedido de audiência pública para discutir a situação e defender a permanência da administração local do terminal.

Manifestações

Na última sexta-feira, o Secretário Nacional dos Portos, Alex Sandro de Ávila, visitou o Porto de Itajaí para iniciar as tratativas sobre a federalização. Além disso, a reunião contou com representantes da Companhia Docas de Santos, os gestores atuais do Porto e o prefeito eleito, Róbison Coelho, que já declarou oposição à decisão.

Durante o encontro, um grupo de trabalhadores interrompeu a reunião para manifestar descontentamento com a federalização. O Secretário Nacional suspendeu o encontro para atender um representante da categoria.

No domingo (15), uma nova manifestação ocorreu em frente ao Porto. Políticos, trabalhadores, entidades, bem como a comunidade em geral protestaram de forma pacífica em defesa da permanência da autoridade municipal do terminal.

O evento buscou alertar o Governo Federal sobre a insatisfação da sociedade itajaiense com a federalização. O prefeito eleito, Róbison Coelho, e ainda assim, outras autoridades locais participaram da manifestação.

FONTE: Guararema.News
https://guararemanews.com.br/politica/governo-federal-define-nome-para-comandar-federalizacao-do-porto-de-itajai/

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Guerra praticamente perdida para Itajaí; advogado itajaiense é indicado para federalização do porto.

Tudo indica que não há mais volta. O governo federal já indicou inclusive que o advogado itajaiense João Paulo Tavares foi nomeado para liderar as negociações sobre a federalização do Porto de Itajaí.

Ele se reunirá com o Ministério dos Portos nesta terça-feira (17), para discutir soluções urgentes e investimentos necessários para “modernizar” o terminal, que enfrenta crescentes demandas operacionais.

Tavares, ex-presidente da OAB de Itajaí e candidato pelo PT, destacou a importância de manter o porto funcionando em plena capacidade, assegurando segurança jurídica e econômica com a federalização. Ele acredita que essa mudança pode trazer mais investimentos e gerar empregos tanto para Itajaí quanto para o Brasil.

Ele se reunirá com o Ministério dos Portos nesta terça-feira (17), para discutir soluções urgentes e investimentos necessários para “modernizar” o terminal, que enfrenta crescentes demandas operacionais.

Tavares, ex-presidente da OAB de Itajaí e candidato pelo PT, destacou a importância de manter o porto funcionando em plena capacidade, assegurando segurança jurídica e econômica com a federalização. Ele acredita que essa mudança pode trazer mais investimentos e gerar empregos tanto para Itajaí quanto para o Brasil.

FONTE: Jornal da Band FM
https://www.instagram.com/banditajai/p/DDnmvIvRv86/O

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Prefeito reclama de decisões “goela abaixo” sobre o porto de Itajaí

Já Décio Lima não dá retorno sobre pedido de reunião

O prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL), reclama que as decisões do governo federal estão vindo “goela abaixo”, sem ouvir especialmente os trabalhadores portuários e a cidade em geral. Robison destacou a união de entre entidades, como Fiesc, Facisc, Fecomércio, Conselho de Entidades de Itajaí e Fórum Parlamentar Catarinense, além de sindicatos e do governo do estado, contra a federalização. 

“Existe praticamente um consenso dentro da cidade. A gente quer ser ouvido”, diz citando os riscos para uma mudança complexa no momento, às vésperas do vencimento do convênio de delegação municipal. Nas reuniões e conversas sobre o porto, Robison disse que toda decisão relacionada ao porto de Itajaí passa pelo ex-deputado Décio Lima, que atuaria como “representante do governo federal”.

 “Então, nós queremos debater junto com o Décio, que é de Itajaí. Que ele ouça Itajaí e possa participar dessas reuniões, já que todos colocam que as decisões relacionadas ao Porto de Itajaí passam pela pessoa dele”, comenta. Por meio da assessoria, Décio já negou anteriormente envolvimento com a federalização do porto, dizendo que não cabe a ele opinar no assunto e que a decisão está nas mãos do ministro dos Portos. O DIARINHO não conseguiu retorno do presidente nacional do sebrae sobre o tema.

FONTE: Diarinho.net
https://diarinho.net/materia/658197/?utm_source=whatsapp

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Portos RS e Sindienergia firmam protocolo de intenções para projeto de transição energética

Portos RS marcou presença no Encontro de Investidores do Setor de Energia Eólica do Rio Grande do Sul, realizado em 11 de dezembro, na sede da Fiergs, em Porto Alegre.

O evento reuniu representantes de diversas entidades, players do mercado e contou com a presença do governador Eduardo Leite. O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, foi um dos painelistas do evento, apresentando o tema Logística e Infraestrutura Portuária – Capacidade Portuária para o Desenvolvimento das Energias Renováveis. Também representaram a empresa pública o diretor de Meio Ambiente, Henrique Ilha, e o gerente de Planejamento e Desenvolvimento, Fernando Estima.

Na ocasião, foi assinado um protocolo de intenções entre Portos RS e o Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) para o projeto Porto Verde. A iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de estudos voltados para a futura implementação de um sistema de geração de energia a partir de fonte eólica, promovendo energia limpa e renovável. Além disso, busca ações sustentáveis para a descarbonização do Porto de Rio Grande e a consolidação de uma transição energética justa. A assinatura contou com a presença da presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, do presidente da Fiergs, Cláudio Bier, secretários estaduais e investidores.

Para Cristiano Klinger, a parceria representa um marco importante no futuro energético dos portos gaúchos. “O projeto Porto Verde reafirma o compromisso de Portos RS com a sustentabilidade e com a busca por soluções inovadoras que unam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.”

O protocolo assinado reforça o papel estratégico dos portos gaúchos na transição para uma matriz energética mais limpa e renovável. Ao unir esforços com o Sindienergia-RS, Portos RS se posiciona como protagonista na logística para geração de energia eólica offshore, ampliando a capacidade do estado de atrair investimentos e impulsionar projetos sustentáveis. A iniciativa também reflete o compromisso do setor com as demandas globais de descarbonização, contribuindo diretamente para o crescimento econômico aliado à preservação ambiental.

FONTE: Datamar News

Portos RS e Sindienergia firmam protocolo de intenções para projeto de transição energética

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Navio da Maersk atacado em comboio por Houthis duas vezes em 10 dias

Mais um navio que ostentava a bandeira dos Estados Unidos operado pela Maersk Line foi alvo dos Houthis.

O Maersk Saratoga, um porta-contêineres de 2.500 TEUs construído em 2004, estava sendo escoltado por navios de guerra dos EUA para fora de Djibouti quando foi atacado, apenas 10 dias após outro incidente semelhante na região.

O porta-voz dos Houthis, Yahya Saree, revelou que dois destróieres e três navios de suprimentos “americanos” foram alvos no Golfo de Áden.

Dados de rastreamento de embarcações da S&P Global identificaram os navios mercantes envolvidos como o Maersk Saratoga, o petroleiro de produtos Stena Impeccable e o graneleiro Liberty Grace. O Maersk Saratoga operava em uma rota entre Djibouti e o porto de Salalah, em Omã.

O Comando Central dos EUA (CENTCOM) informou, em 10 de dezembro, que os destróieres da Marinha dos EUA USS Stockdale (DDG 106) e USS O’Kane (DDG 77) neutralizaram uma série de disparos lançados pelos Houthis enquanto transitavam pelo Golfo de Áden entre os dias 9 e 10 de dezembro.

O CENTCOM declarou: “Os destróieres estavam escoltando três navios mercantes de propriedade, operação e bandeira dos EUA. Os ataques imprudentes não resultaram em feridos nem em danos a qualquer embarcação, civis ou forças navais americanas.

“Os destróieres engajaram e derrotaram com sucesso múltiplos sistemas aéreos não tripulados de ataque unidirecional (OWA UAS) e um míssil de cruzeiro anti-navio (ASCM), garantindo a segurança das embarcações e suas tripulações, bem como de navios civis e seus tripulantes.”

O CENTCOM também revelou que, entre 30 de novembro e 1º de dezembro, os mesmos navios de guerra repeliram outro ataque Houthi contra essas embarcações. Em ambas as tentativas, os navios não sofreram danos, e suas tripulações saíram ilesas.

Considerando o ataque de 1º de dezembro, o Maersk Saratoga já é o quinto navio da Maersk a ser alvo dos Houthis. Em julho, o Maersk Sentosa escapou de mísseis disparados pelo grupo rebelde apoiado pelo Irã. Outro navio, o Maersk Yorktown, também saiu ileso após ser atacado duas vezes em abril.

Fonte: Container-News

Maersk vessel in convoy attacked by Houthis twice in 10 days

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Equipe de Santos está em Itajaí para federalização do porto

Conforme portuários, pessoal veio com orientação pra assumir gestão a partir de janeiro

Uma equipe da Autoridade Portuária de Santos (APS) está em Itajaí nesta sexta-feira para dar início ao processo de transição da gestão do Porto de Itajaí para a empresa federal responsável pelo Porto de Santos. De acordo com o sindicato dos portuários, a decisão de federalização do Porto de Itajaí já estaria tomada pelo governo federal, com mudança na gestão a partir de janeiro.

Uma reunião na semana que vem vai tentar ao menos um adiamento da transição, pra que a questão seja discutida com representantes do município, dos trabalhadores portuários e entidades. Na manhã desta sexta-feira, os portuários estiveram na Superintendência do Porto de Itajaí se manifestando contra a federalização.

O prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL), também foi chamado, reforçando o apelo pra que municipalização seja mantida. Entre os representantes do Porto de Santos, está em Itajaí o diretor-presidente, Anderson Pomini. No grupo também estão diretores da Secretaria Nacional de Portos.

“Nossa preocupação é que a gente vai ser um puxadinho de Santos”, lamenta o presidente da Intersindical dos Portuários e do sindicato dos Arrumadores, Ernando João Alves Junior, o Correio. “A Autoridade Portuária de Santos veio aqui, a equipe técnica, com uma boa vontade, mas vieram com uma orientação já do governo federal de que dia 1º de janeiro Itajaí deixa de existir a superintendência e passa a ser da Companhia de Docas de Santos [Codesp]”, informa.

Conforme Correio, a visita da equipe técnica de Santos demonstra que a mudança já estaria decidida. “Já veio pra gente que foi decidido lá [Brasília]. E aí é um absurdo, não ter o diálogo, não se importar com a cidade. Não existe só o cais comercial, tem muita coisa envolvida”, criticou, apontando que, com a federalização, o município perderia também áreas e investimentos já feitos.

Junto com o prefeito eleito Robison Coelho, Correio pediu uma reunião pra terça-feira, em Brasília, com o Ministério dos Portos e o presidente do Sebrae, Décio Lima, que estaria mediando a questão do porto junto ao governo federal, pra tentar reverter a situação. “Se a gente não tiver êxito, se realmente for essa posição, a gente está se mobilizando enquanto cidade pra tentar criar força, pressão. Acho que é uma briga não só do trabalhador, mas de toda a cidade toda a cidade”, destacou.

Prefeito eleito quer transição discutida

Robison Coelho informou que foi chamado pra reunião com o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, e com o diretor-presidente do Porto de Santos e outros representantes da empresa. Conforme o prefeito eleito, o processo de federalização estaria “aparentemente tudo bem desenhado”.

“A gente voltou a reiterar a nossa vontade, a vontade da cidade, dos trabalhadores e das entidades de classe, a vontade das federações, sejam elas de empresários ou de trabalhadores de Santa Catarina, da continuidade do modelo de municipalização”, disseram. O atual convênio com o município encerra no dia 31 de dezembro.

Robison sugeriu a possibilidade de a delegação municipal ser prorrogada temporariamente ao menos por mais seis meses, período em que o processo de transição poderia ser debatido amplamente com as partes envolvidas, sem comprometer as atividades do porto com o risco de paralisação e perda do alfandegamento.

“Porque, em 15 dias, tu resolver uma questão de funcionários do porto, de áreas portuárias, a questão do alfandegamento, do ISPS Code, de tecnologia e tudo que está envolvido, é muito arriscado. Então, continua com o município durante esse período e faz um processo transitório. Essa proposta nós já levamos nas outras discussões que tivermos em Brasília e hoje reiteramos”, completou.

A superintendência do Porto de Itajaí ainda não se manifestou sobre a reunião das tratativas de transição para o Porto de Santos. A transferência da gestão portuária municipal é prevista no processo administrativo aberto pela Secretaria Nacional de Portos pra tocar a federalização do Porto de Itajaí, inclusive com a minuta do termo de convênio com o Porto de Santos já pronta.

Além de reuniões em Itajaí, a secretaria prevê, no processo, tratativas com a APS, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Gestão e Inovação, e a Receita Federal do Brasil.

FONTE: Diarinho Net
https://diarinho.net/materia/658186/Equipe-de-Santos-esta-em-Itajai-para-federalizacao-do-porto–

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Portos brasileiros sofrem ‘invasão’ de carros chineses antes de aumento de tarifas

Previsão de novas tarifas dificultaram o plano de muitas montadoras de veículos elétricos no país – como as chinesas BYD e Great Wall Motors

Os portos brasileiros ficaram entupidos este ano com mais de 70 mil veículos eléctricos chineses não vendidos, num sinal de como está difícil para as montadoras chinesas manterem o seu crescimento robusto.

Empresas como a BYD e a GWM têm ambições globais,

Companhias como a BYD e a GWM tem ambições globais, e o Brasil se tornou um campo de provas crucial com muitas outras grandes economias se voltando para o protecionismo. O país é o sexto maior mercado automotivo do mundo e o sucesso no país pode impulsionar as perspectivas em toda a região.

Porém, depois de conquistar o recém-nascido setor de veículos elétricos do Brasil, as montadoras chinesas estão enfrentando desafios cada vez maiores. O excesso de carros nos portos se deve ao fato de eles tentarem evitar novas tarifas. Os concorrentes nacionais responderam com opções elétricas adicionais e investimentos. E as taxas de crescimento de veículos elétricos no país estão diminuindo.

A “lua de mel acabou”, disse Alexander Seitz, presidente executivo da unidade sul-americana da Volkswagen, que vende carros no Brasil desde a década de 1950 e produz alguns dos modelos com motor a combustão mais vendidos no país.

A BYD está a caminho de ultrapassar US$ 100 bilhões em vendas este ano, e o Brasil responde por grande parte disso. É o maior mercado externo da empresa por uma larga margem, uma vez que enfrenta a resistência dos governos nos EUA e na Europa.

Na década passada, o Brasil isentou os veículos eléctricos e híbridos de um imposto de importação de 35% sobre os veículos, numa tentativa de impulsionar o sector. Isso atraiu os fabricantes de automóveis da China, que essencialmente criaram o mercado para eles num país com mais de 200 milhões de pessoas. Os fabricantes locais estabelecidos – todos subsidiários de empresas globais como a General Motors Co. – tinham ignorado em grande parte os modelos elétricos e híbridos.

A BYD apresentou seus primeiros carros ao Brasil em 2021 e acelerou as exportações no ano passado. Com seu modelo de menor custo custando apenas R$ 115.800, a empresa rapidamente ganhou participação de mercado por ser mais barata do que os veículos movidos a gasolina da concorrência. Os fabricantes nacionais reagiram reduzindo os preços de alguns modelos em até 30%.

As montadoras do Brasil fizeram lobby para trazer de volta os impostos de importação e acabaram encontrando apoio no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou ao poder em janeiro de 2023. O governo de Lula começou a restabelecer os impostos um ano depois, em 10%, com planos de aumentá-los gradualmente para 35% até meados de 2026. (A indústria nacional já está pressionando para acelerar esse processo).

Em resposta, a BYD inundou o Brasil com veículos antes das tarifas. No início de novembro, um executivo da empresa disse que havia 35.000 carros restantes nos portos, o que representa cerca de quatro meses de estoque. Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da divisão brasileira da BYD, disse que tudo isso fazia parte de um plano para se antecipar às tarifas para manter os preços e reagir contra o que ele chamou de uma indústria doméstica “ultrapassada”.

“Nós sacudimos o mercado automotivo brasileiro a ponto de causar muito medo em nossos concorrentes”, disse Baldy em uma entrevista. “É o desespero total da concorrência.”

A participação dos trens de força eletrificados no total de vendas de carros no Brasil quase dobrou para 7% em janeiro em relação ao ano anterior, mas permaneceu mais ou menos nesse nível desde então, de acordo com a associação de montadoras Anfavea. Até outubro, as montadoras venderam cerca de 2 milhões de veículos e aproximadamente 140.000 eram unidades eletrificadas.

Encontrar novos clientes dispostos a comprar um VE em um país que está apenas começando a construir estações de recarga está se tornando mais difícil. Além da preocupação com a distância que um carro elétrico pode percorrer com uma única carga, o Brasil é um país grande, com grandes distâncias entre os centros populacionais.

“Precisamos expandir nossa infraestrutura”, disse Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais da GWM no Brasil. “As vendas estão boas hoje, mas têm potencial para crescer ainda mais se nossa infraestrutura se mantiver.”

Para acelerar a adoção, a BYD e a GWM estão se tornando mais agressivas rumo a 2025. Ambas estão planejando abrir fábricas no Brasil.

Para a BYD, a expectativa é que isso ocorra em março, quando sua primeira fábrica de carros elétricos fora da Ásia deverá começar a produzir carros. No local de uma antiga fábrica da Ford Motor Co., a BYD está investindo 5,5 bilhões de reais (US$ 1,1 bilhão) e espera que em dois anos a fábrica esteja produzindo 300.000 carros por ano.

A BYD também disse que estava dobrando o número de revendedores que possui no país. Eles promoverão uma frota com cerca de uma dúzia de modelos. Isso inclui o que a empresa diz ser a primeira caminhonete híbrida do mercado, que foi lançada em outubro.

Enquanto isso, a Great Wall Motor, que deve ultrapassar US$ 28 bilhões em vendas este ano, espera começar a operar em maio em uma antiga fábrica da Daimler, parte de um plano para investir 10 bilhões de reais (US$ 1,6 bilhão) ao longo de aproximadamente uma década.

Outras empresas chinesas também anunciaram recentemente planos de expansão para o Brasil, em meio a uma onda de fortes barreiras fiscais na Europa e nos EUA. No início deste ano, o governo Biden aumentou as tarifas sobre os veículos elétricos importados da China de 25% para 100%, a fim de proteger a indústria automobilística dos Estados Unidos do que alegou serem práticas comerciais injustas.

A Omoda e a Jaecoo, marcas de propriedade da Chery Automotive planejam lançar vários modelos no Brasil até 2026. A GAC promete investir cerca de 6 bilhões de reais (US$ 1 bilhão). A NETA, ligada ao grupo Hozon New Energy Automobile, está entrando no mercado. E a Zeekr, da Geely Automotive Holdings, começou recentemente a apresentar modelos premium no país.

“Os chineses tentarão conquistar este país do ponto de vista automotivo, e temos de ver como lidar com isso”, disse Seitz. “No final das contas, a concorrência é sempre boa, ela nos força a reconsiderar as coisas.”

Os participantes estabelecidos, incluindo a Volkswagen, a Toyota e a Renault, anunciaram mais de R$ 100 bilhões de reais (US$ 20 bilhões) em investimentos até o final desta década. A maior parte do dinheiro está planejada para desenvolver híbridos, incluindo soluções flex que combinam eletricidade com um motor de combustão movido a gasolina e etanol, um combustível produzido localmente a partir das plantações de cana-de-açúcar do Brasil.

A Stellantis, proprietária de marcas tradicionais como Fiat, Jeep e Peugeot, está planejando começar a vender modelos de veículos elétricos de sua parceira chinesa Leapmotor no Brasil no início do próximo ano.

Antes da introdução dos novos impostos sobre veículos eletrificados importados, os chineses não “jogavam sob as mesmas condições”, disse Emanuele Cappellano, diretor de operações da Stellantis na América do Sul.

Como o restante do setor automotivo nacional do Brasil, Cappellano está apostando que isso ajudará a equilibrar o campo de jogo.

FONTE: bloomberg Linea
https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/portos-brasileiros-sofrem-invasao-de-carros-chineses-antes-de-aumento-de-tarifas/

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Movimentação de Itajaí deve chegar à capacidade máxima em março, diz JBS

Após R$ 130 milhões em investimentos, porto deve deve se habilitar para movimentar 30 mil contêineres por mês

Florianópolis, 12.12.24– A JBS Terminais pretende investir R$ 250 milhões no Porto de Itajaí até meados de 2025. O objetivo é ampliar a operação do terminal para mais de 100% de sua capacidade antes da paralisação, modernizando equipamentos e incrementando a área de armazenagem. De acordo com Daniel Belisário, diretor comercial da empresa, a JBR terminais já investiu R$ 130 milhões em melhorias e compra de equipamentos, entre eles duas novas gruas móveis para carga e descarga de navios, que devem reforçar a operação em fevereiro.

A expectativa é de que, com a chegada dos novos equipamentos, o terminal de Itajaí retome os volumes de operação alcançados antes da paralisação das atividades, que era de 30 mil TEUs por mês.

Os R$ 120 milhões restantes são investidos em uma nova área de 25 mil m² para expandir a área de armazenagem, o que vai permitir que o porto atinja cerca de 200 mil m² de área (considerando também a área pública). “Num horizonte de 12 meses vamos consolidar um investimento de R$ 250 milhões, num contrato transitório de 4 anos, que encerra em 2027. Estamos nos preparando para um investimento de bilhões quando formos para a Fase 2, que é a concessão de 35 anos”, explicou. Com a consolidação do investimento na nova área, a JBS espera operar 35 mil contêineres/mês.

Diversidade de cargas

De acordo com Belisário, a JBS Terminais prevê grande sinergia também com o Terminal Braskarne, e estuda operar navios de carga geral naquela área e contêineres nas áreas pública e concessionada. “A estimativa é de que a carga refrigerada do grupo JBS deve representar 5% do negócio. Para esse terminal, com seu tamanho, estamos abertos a outras cargas, de todos os segmentos. Por isso temos uma estratégia de ter um portfólio de linhas bem diversificado”, destacou.

Entre as novidades, uma linha semanal para os Estados Unidos operada pela MSC, que inicia no fim de dezembro, e mais duas outras linhas que devem ser divulgadas em breve, sendo uma para a Ásia – com expectativa de movimentação de 2 mil contêineres –  e outra para a Europa.

Impacto da retomada em SC

O diretor comercial afirmou ainda que a retomada das operações no terminal vai contribuir para minimizar os efeitos negativos que o comércio exterior catarinense vem enfrentando. “Há uma luz no fim do túnel. A retomada do porto não vai resolver todos os problemas, mas vemos potencial para reduzir os desafios que o comércio exterior e as indústrias catarinenses têm enfrentado”, afirmou. Hoje o porto já consegue atender navios atrasados e fora de janelas de atracação, configurando uma alternativa para embarques e desembarques de mercadorias, já que o alfandegamento do terminal foi concluído.

Belisário comemorou ainda a chegada do maior navio já atracado em Itajaí, o MSC Jasmine, com 346 metros de comprimento. Para que navios como esse possam seguir com Itajaí em sua rota, ele destacou a necessidade de a autoridade portuária garantir a dragagem de manutenção do canal de acesso. “Independentemente de quem estiver à frente da missão, precisa cumpri-la. No modelo atual de gestão, a autoridade portuária não está conseguindo atender essa necessidade. Precisamos de modelo que dê competitividade ao complexo portuário”, afirmou. De acordo com ele, a JBS Terminais quer continuar investindo e estabelecer visão de longo prazo para Itajaí.

Fonte – FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/movimentacao-de-itajai-deve-chegar-capacidade-maxima-em-marco-diz-jbs

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Preocupações Crescem com Portos Controlados pela China na América Latina e o Comércio Ilícito

O aumento do número de portos operados por empresas chinesas na América Latina tem gerado preocupações sobre seu possível uso por redes criminosas e organizações criminosas transnacionais (TCOs) para o tráfico de mercadorias ilícitas.

Essa questão foi destacada em um relatório recente do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank sediado em Washington.

“Geopoliticamente, a rede de portos e rotas marítimas controladas por empresas chinesas cobre estrategicamente o Pacífico latino-americano, conectando áreas críticas tanto para a chegada de precursores químicos utilizados na produção de drogas quanto para a saída de mercadorias ilegais, como o tráfico de animais silvestres, mineração ilegal e exploração de recursos naturais”, afirmou Yadira Gálvez, especialista em segurança e acadêmica da Universidade Nacional Autônoma do México, em entrevista ao Diálogo. “Isso gera uma instabilidade significativa e preocupação na região.”

De acordo com o CSIS, as TCOs utilizam portos para esconder produtos ilegais dentro de cargas legais, uma prática facilitada pela expansão dos mercados globais. Os acordos comerciais entre a China e países da região criaram uma rede que movimenta grandes volumes de mercadorias legais, o que também facilita o trânsito de itens ilícitos.

O comércio marítimo conteinerizado representa cerca de 90% do comércio global, com mais de 500 milhões de unidades transportadas anualmente. Entretanto, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), menos de 2% dessas cargas são inspecionadas, tornando os portos pontos estratégicos para o tráfico ilícito.

Porto de Chancay

A China possui ou controla vários portos na América Latina e no Caribe, incluindo Lázaro Cárdenas e Manzanillo, no México, Balboa e Colón, no Panamá, além de um terminal em Buenos Aires. A COSCO Shipping Ports Ltd., subsidiária do conglomerado estatal chinês COSCO, controla 60% do Porto de Chancay, no Peru.

Em novembro, a COSCO iniciou embarques semanais de contêineres de Chancay para a Ásia, com uma rota direta para Xangai e outros destinos, dependendo da demanda, segundo o jornal mexicano El Economista. A empresa também abrirá rotas de cabotagem, conectando navios da Colômbia, Equador e Chile, consolidando as cargas em Chancay.

Um relatório intitulado Tendências e Alertas do Crime Organizado 2024, do Instituto de Estudos Criminológicos e de Violência, no Peru, alerta que o Porto de Chancay pode se tornar um ponto estratégico para o tráfico de cocaína e fentanil entre a América do Sul e a Ásia.

O CSIS aponta que o investimento chinês na infraestrutura da América Latina fomenta um ambiente de opacidade, limitando a transparência e a responsabilidade, o que facilita práticas de corrupção e suborno, permitindo que organizações criminosas explorem os portos. Essa vulnerabilidade é ainda maior em portos com estruturas operacionais verticalizadas, como em Chancay, onde a COSCO controla todas as funções portuárias.

“Isso representa uma grande vulnerabilidade para os países da região. Um exemplo é a base chinesa na Argentina, que opera com altos níveis de sigilo, a ponto de nem mesmo o governo argentino saber exatamente quais atividades são realizadas ali”, destacou Gálvez. “Essa falta de transparência pode ser replicada em outros portos administrados pela China na América Latina.”

De acordo com o CSIS, em 2023, pelo menos 75 embarcações estrangeiras, a maioria chinesas, entraram em portos peruanos sem o dispositivo de rastreamento por satélite exigido pela legislação peruana. Essas embarcações atracaram em portos como Paita, Chimbote, Callao e Paracas, onde a COSCO opera.

Porto de Lázaro Cárdenas

No México, o Porto de Lázaro Cárdenas, localizado em Michoacán, é estratégico para o crime organizado. Segundo o relatório National Drug Threat Assessment 2024, da DEA, o Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG) utiliza Lázaro Cárdenas para o tráfico de drogas, embora também opere no Porto de Manzanillo, em Colima.

O CJNG recorre a suborno, intimidação e extorsão para garantir a passagem de suas cargas, que incluem cocaína da Colômbia, Peru e Bolívia, além de precursores químicos vindos da China para a produção de fentanil e metanfetaminas. Esses portos desempenham um papel essencial no recebimento desses produtos químicos em larga escala, segundo a DEA.

O mesmo relatório aponta que o Cartel de Sinaloa opera em pelo menos 47 países, incluindo a China, onde obtém precursores químicos, trafica metanfetamina e mantém vínculos com redes chinesas de lavagem de dinheiro. Os precursores de fentanil são contrabandeados para o México, escondidos em remessas legais que passam por portos do Pacífico.

A China frequentemente minimiza a gravidade do tráfico de fentanil, culpando terceiros, segundo a revista Otros Diálogos, da Faculdade do México. Outra preocupação crescente é o aumento de migrantes chineses entrando ilegalmente no México por portos do Pacífico, onde grupos criminosos chineses estão envolvidos no tráfico de pessoas e no contrabando do peixe totoaba. Endêmico do Golfo da Califórnia e em perigo de extinção, o totoaba é altamente valorizado na China por sua bexiga natatória, utilizada em sopas e na medicina tradicional.

Ameaça Crescente

Para Gálvez, as atividades da China representam uma ameaça crescente à segurança regional. “Essa situação, combinada com a aliança entre Rússia e China, pode criar um cenário propício para a proliferação de atividades entre atores estatais e não estatais, promovendo o tráfico ilícito e enfraquecendo outros países”, afirmou.

“A China está intensificando sua presença na América Latina, não apenas com sua rede logística, mas também oferecendo tecnologia portuária a preços acessíveis, inclusive a crédito”, acrescentou. “Essa crescente influência levanta preocupações sobre a segurança da informação, pois esses equipamentos podem ser utilizados para coletar dados sensíveis em áreas estratégicas, como as alfândegas.”

O CSIS concluiu que os países da região, em parceria com nações alinhadas, como os Estados Unidos e os países da União Europeia, além de organizações como a Organização dos Estados Americanos, devem priorizar treinamentos para autoridades portuárias, guardas costeiros e agentes alfandegários, a fim de enfrentar melhor o aumento potencial da atividade do crime organizado nos portos operados por empresas chinesas.

Fonte: Diálogo Américas

Chinese-Operated Ports, Open Door to Organized Crime

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Manifesto ESG do Porto de Santos ganha novas adesões

Empresa portuária Marimex e Instituto Recicla Mundo se tornam novos membros do movimento

Na última terça-feira, 10 de outubro, a Autoridade Portuária de Santos (APS) realizou a reunião ordinária do Manifesto ESG do Porto de Santos, com a adesão de duas novas entidades ao movimento. A empresa portuária Marimex se tornou signatária, enquanto o Instituto Recicla Mundo passou a atuar como apoiador. A cerimônia contou com a presença do diretor de Operações da APS, Beto Mendes, do representante da Marimex, Fernando Moreira Salvador, e da representante do Instituto Recicla Mundo, Sandra Regina do Nascimento, que assinaram as adesões.

Durante a reunião, a APS apresentou aos participantes um esboço do calendário do Manifesto ESG para 2025. Também foi compartilhado pela Prefeitura Municipal de Santos o Relatório de Atividades do Movimento ODS Santos, que detalha as ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Um dos principais destaques da reunião foi a apresentação do Pacto Brasil pela Integridade Empresarial, realizada pelo auditor Armando de Nardi Neto, representando a Secretaria de Integridade Privada da Controladoria-Geral da União. O pacto visa fortalecer a cultura de integridade no setor privado e promover boas práticas empresariais.

O Manifesto ESG é uma iniciativa da APS que reafirma o compromisso do Porto de Santos com um futuro mais sustentável e socialmente responsável. O documento conta com a assinatura da própria APS, das prefeituras da região e das empresas que operam no complexo portuário.

Sobre a Autoridade Portuária de Santos

A Autoridade Portuária de Santos é uma empresa pública vinculada ao Ministério dos Portos e Aeroportos. É responsável pelo planejamento logístico e pela administração da infraestrutura do Porto Organizado de Santos, o maior da América Latina, por onde passam aproximadamente 30% das trocas comerciais brasileiras. O complexo portuário está localizado a 70 quilômetros da Grande São Paulo e possui 53 terminais, sendo 39 arrendamentos, 8 retroportuários e 6 terminais de uso privado (TUPs), situados em duas margens, uma em Santos (direita) e outra em Guarujá (esquerda).

Fonte: Porto de Santos
https://www.portodesantos.com.br/

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