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Efen, Wilson Sons, Porto do Açu e Vast serão pioneiras no teste de HVO no setor marítimo brasileiro

Empresas obtiveram anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para importação do combustível verde para teste em rebocadores que operam no Porto do Açu.

A Wilson Sons recebeu, este mês, a anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a realização dos primeiros testes de uso de HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) no setor marítimo brasileiro, tendo a efen e a PdA como parceiras.

O HVO, também conhecido como diesel renovável ou diesel verde, será importado pela efen para testes nos rebocadores da Wilson Sons, que operam no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em substituição ao óleo diesel marítimo. A operação de movimentação do líquido será realizada no Terminal de Líquidos do Açu (TLA), da Vast Infraestrutura.

—Nossa expectativa, após o período de testes, é ampliar a distribuição de HVO para Platform Supply Vessels (PSVs) e outras embarcações de apoio offshore no Porto do Açu, fomentando a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia de óleo e gás —ressalta Rafael Pinheiro, CEO da efen.

O estudo com o diesel verde no Açu prevê testes de eficiência, de efeitos nos processos de manutenção e redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O uso do combustível pode diminuir mais de 80% as emissões de dióxido de carbono (CO2), considerando-se o ciclo de vida completo do insumo*.

—Nossa agenda de descarbonização visa não apenas a construção de rebocadores mais eficientes, mas também a redução do impacto ambiental de nossa frota de mais de 80 embarcações. Nesse contexto, o HVO surge como uma solução promissora, pois se trata de um combustível drop-in que pode ser utilizado sem adaptações em nossos equipamentos, representando uma importante alternativa para a indústria de apoio portuário—declara Marcio Castro, diretor-executivo da divisão Rebocadores da Wilson Sons.

Apesar de o setor marítimo já ser considerado o menos poluente por tonelada de carga por quilômetro viajado, representando apenas 3% das emissões globais de gases de efeito estufa**, ele ainda desempenha um papel significativo. A estratégia da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) estabelece a meta net-zero nas emissões de GEE provenientes do transporte marítimo internacional até 2050, o que pode ser acelerado com a adoção do HVO.

—Queremos ser indutores de projetos para a transição energética de setores intensivos em emissão, como o marítimo. Podemos abrigar no futuro plantas de HVO e outros combustíveis de baixo carbono —diz Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu.

Testes de combustíveis em rebocadores —A Vast e a Wilson Sons também assinaram recentemente um memorando de entendimento (MoU) com o objetivo de realizar testes para a utilização de biocombustíveis no abastecimento de rebocadores da Wilson Sons que atuam no T-Oil, o terminal de petróleo da Vast no Porto do Açu. O acordo visa desenvolver e oferecer serviços de infraestrutura logística que contribuam para a redução da intensidade das emissões de carbono nas operações das duas empresas.

A Vast estuda utilizar futuramente a estrutura de tanques do TLA, que ainda será construída, para realizar a armazenagem e adição de biocomponentes aos combustíveis marítimos e capturar volumes de líquidos que hoje ainda não estão previstos no Terminal.

—O TLA fornecerá a infraestrutura necessária para potencializar a utilização de biocombustíveis, como o HVO, além de funcionar como um hub para armazenar e movimentar uma gama diversificada de líquidos, como combustíveis claros, lubrificantes, etanol e químicos. Os acordos assinados reforçam nossa posição estratégica para a cadeia logística nacional e nosso papel relevante na descarbonização do setor marítimo— destaca Eduardo Goulart, diretor Comercial da Vast Infraestrutura.

efen — A efen é um dos principais fornecedores de combustíveis e serviços logísticos de abastecimento marítimos do país, com mais de dez anos de história (como NFX). É uma JV entre a bp e a Prumo Logística, referências em seus respectivos mercados. A efen atua no porto do Açu e offshore, nas áreas de influência das Bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo. Possui duas embarcações dedicadas ao atendimento dos clientes, e já realizou mais de cinco mil abastecimentos em total segurança.

Wilson Sons — Reconhecida pela sua ampla experiência de mais de 187 anos, a Wilson Sons tem abrangência nacional e oferece soluções completas para mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros participantes em diversos segmentos da economia.

Porto do Açu — Localizado na região norte do Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria privado de águas profundas da América Latina. Em operação desde 2014, é administrado pela Porto do Açu Operações, uma parceria entre a Prumo Logística, controlada pelo EIG, e o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional. Ao todo, são 22 empresas já instaladas, entre clientes e parceiros, sendo várias delas companhias de classe mundial. Com atividades de minério, petróleo e gás natural consolidadas e em expansão, o Açu busca acelerar a industrialização com foco em projetos de baixo carbono, sendo reconhecido como o porto da transição energética no país.

Vast Infraestrutura — A Vast Infraestrutura, uma empresa do Grupo Prumo, é a líder no transbordo de petróleo no país e oferece infraestrutura e soluções logísticas para a movimentação de líquidos de forma segura, limpa, eficiente e sustentável. Com atividades iniciadas em 2016, a empresa é proprietária do único terminal privado no país capaz de operar navios da classe VLCC (Very Large Crude Carrier). Atualmente o terminal de petróleo da Vast (T-Oil) já é responsável por cerca de 40% de toda a exportação de petróleo no Brasil. A companhia também está ampliando o portfólio de serviços por meio da combinação de operações de dutos e tanques de armazenagem voltados para o mercado de petróleo e demais líquidos, com o Terminal de Líquidos do Açu (TLA) e o Projeto SPOT.

Fonte: Revista Fator

Efen, Wilson Sons, Porto do Açu e Vast serão pioneiras no teste de HVO no setor marítimo brasileiro

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Economia, Internacional, Investimento, Tributação

Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros

O presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas

As ameaças tarifárias feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump já afeta o bolso dos brasileiros, mesmo que de maneira indireta. Contudo, mesmo que as medidas não sejam diretas ao Brasil, se confirmadas, o tarifaço de Trump pode afetar a economia brasileira.

Um dos efeitos das ações de Trump é uma onda de instabilidade no mercado mundial, pois sempre que incertezas se formam no cenário econômico do mundo, os investidores compram dólares para se proteger de eventuais turbulências.

Além disso, as ações protecionistas de investidores provocam uma pressão inflacionária, em especial nos países emergentes. Um exemplo disso é que todas as vezes que Trump fala sobre as sobretaxas, o dólar oscila.

Na segunda-feira (3), a moeda americana disparou com o anúncio da decisão do republicano de impor tarifas de 25% para o Canadá e o México, além de 10% para a China. O dólar registrou uma alta de mais de 1%, cotado a R$ 5,90, por volta das 12 horas.

Entretanto, o presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas. Isso leva especialistas a acreditarem que tudo é uma estratégia do presidente para obter concessões de países com os quais os EUA já mantêm pendências.

Na segunda-feira (3), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump também deverá conversar com o presidente da China, Xi Jinping, “provavelmente nas próximas 24 horas”, a respeito da questão das sobretarifas.

FONTE: GUARAREMA NEWS
Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros – Guararema News

 

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agricultura, Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação, Informação, Internacional, Mercado Internacional

Brasil busca expandir exportações de frutas além de US$ 1,2 bilhão, apesar dos desafios comerciais

A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) busca reduzir a diferença entre a posição do Brasil como terceiro maior produtor de frutas do mundo e seu atual 23º lugar no ranking de exportações. O fundador da Abrafrutas, Waldir Promicia, destaca: “Poucos acordos bilaterais são firmados para a exportação de frutas.” Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente 1 milhão de toneladas de frutas, gerando uma receita de US$ 1,2 bilhão. Isso representa um aumento de 3% na receita, apesar de uma queda de 0,85% no volume exportado em comparação com 2023.

Promicia enfatiza a capacidade do Brasil de ampliar seus mercados de exportação, especialmente para mangas, limões, melões e uvas. Ele afirma: “O potencial do Brasil assusta qualquer concorrente. Só precisamos colocar o país no mapa internacional.” Essa expansão depende do avanço das negociações com outras nações para abrir mercados e reduzir entraves burocráticos. Promicia ressalta: “Precisamos abrir mercados e simplificar regulações e burocracias.”

A União Europeia, incluindo Alemanha, Inglaterra e Holanda, além dos Emirados Árabes Unidos e dos Estados Unidos, estão entre os principais importadores de frutas brasileiras. No entanto, Promicia destaca desafios no mercado americano, especialmente para a exportação de limão Tahiti, que atualmente é enviado para o Canadá, mas enfrenta barreiras nos EUA. Ele vê uma oportunidade durante a entressafra do México para a importação de limões, afirmando: “Estamos tentando entrar lá há 20 anos.”

O gráfico abaixo mostra as principais frutas exportadas pelo Brasil por via marítima em 2024.

Principais Frutas Exportadas | 2024 | TEUs

Fonte: Abrafrutas

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Informação, Internacional, Investimento

Agronegócio brasileiro não está imune às novas tarifas dos EUA

Autoridades do governo brasileiro que acompanham as políticas comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acreditam que, até certo ponto, as tarifas de 25% impostas ao México — temporariamente suspensas após um acordo com a presidente Claudia Sheinbaum — podem criar oportunidades para as exportações brasileiras, especialmente de suco de laranja e café, para os Estados Unidos.

O setor de frutas também pode se beneficiar, já que os EUA importam uma parte significativa de suas frutas do México. “Com a tarifa de 25% sobre os produtos mexicanos, a fruta brasileira se tornará mais competitiva”, disse Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior e consultor da área.

No entanto, Barral alertou que a volatilidade atual dificulta o planejamento das exportações no médio prazo. “Essas medidas podem ser revogadas a qualquer momento, então há um risco em realizar exportações em larga escala”, afirmou.

O gráfico abaixo mostra o padrão de exportação de contêineres do Brasil para os EUA entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024.

Exportações de contêineres para os EUA | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Além do México, os EUA também impuseram tarifas de 25% ao Canadá — suspensas por um mês após um acordo fechado na segunda-feira — e de 10% sobre produtos chineses. Barral destacou que, caso a China e outros países retaliem as exportações americanas de soja, milho e carne — setores nos quais os produtores dos EUA competem diretamente com o Brasil — o agronegócio brasileiro pode ganhar participação no mercado.

Embora Barral e autoridades do governo brasileiro reconheçam o risco de tarifas dos EUA contra o Brasil, eles acreditam que os sinais recentes vindos de Washington reduziram um pouco as preocupações em Brasília.

“Donald Trump mencionou Brasil e Índia como países que aplicam tarifas altas, mas ele ainda não anunciou novas medidas contra eles. Um ponto interessante é que o Brasil é um dos poucos países que tem déficit comercial com os EUA. Diferente das nações que foram alvo das novas tarifas, os EUA na verdade têm um pequeno superávit comercial com o Brasil”, explicou Barral.

“Ele reclamou especificamente de algumas tarifas, como as aplicadas ao etanol. Mas, no geral, a política tarifária do Brasil não tem sido uma grande fonte de atrito”, acrescentou. A tarifa de importação sobre o etanol dos EUA, que em alguns momentos chegou a ser zero, atualmente está em 18%.

Um ex-diplomata brasileiro destacou que, embora esses ganhos de exportação no curto prazo sejam uma rara notícia positiva vinda dos EUA, os ataques de Trump às organizações multilaterais de comércio representam um risco maior para o agronegócio brasileiro.

“A mensagem que ele está enviando ao mundo é que as regras do comércio podem ser descartadas conforme a vontade política de quem estiver no poder”, alertou a fonte.

Procurado para comentar o assunto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) preferiu não se manifestar, afirmando que “não há razões concretas para comentar a questão”.

Após uma reunião no Ministério da Agricultura na segunda-feira, o deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse a jornalistas que o Brasil — especialmente o setor do agronegócio — não deve esperar ficar imune às novas tarifas de Trump.

Segundo Lupion, a postura mais protecionista dos EUA exigirá que o governo e os diplomatas brasileiros atuem estrategicamente para lidar com potenciais desafios comerciais.

Ainda assim, ele argumentou que os EUA “precisam” do Brasil e descartou a possibilidade de medidas extremas. Lupion destacou a importância de acompanhar de perto a abordagem de Trump em relação à China, principal parceiro comercial do Brasil, e eventuais medidas retaliatórias.

“Precisamos ter cuidado para não desgastar as relações com os chineses e correr o risco de perder a liderança do agronegócio brasileiro nesse mercado”, disse.

“Eles também precisam de nós. Trata-se de ajustar os mercados e encontrar o equilíbrio certo”, acrescentou Lupion. Ele reconheceu que o Brasil pode enfrentar tarifas, mas lembrou que disputas comerciais passadas entre os dois países — como as envolvendo algodão, suco de laranja e camarão — foram resolvidas ao longo do tempo.

Por Rafael Walendorff, Globo Rural

Fonte: Valor Internacional
https://valorinternational.globo.com/agribusiness/news/2025/02/04/brazils-agribusiness-not-immune-to-new-us-tariffs.ghtml

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BC diz que políticas dos EUA podem afetar preços no Brasil

O Banco Central (BC) disse que a implementação de “determinadas” políticas nos Estados Unidos pode pressionar os preços dos produtos no Brasil. A informação consta na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira (4).

“A consecução de determinadas políticas nos Estados Unidos pode pressionar os preços de ativos domésticos. Avaliou-se, então, que seguia válida a visão anterior da possibilidade de uma elevação de inflação a partir de uma taxa de câmbio mais depreciada. Desse modo, ainda que parte dos riscos tenha se materializado, o Comitê julgou que eles seguem presentes prospectivamente”, diz a ata.

De acordo com o Banco Central, o ambiente externo permanece desafiador, sobretudo, pela conjuntura política e econômica dos Estados Unidos.

“O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed”, diz a ata.

Na avaliação do Copom, o cenário norte-americano traz risco para a inflação no Brasil.

“Além disso, a política comercial e as condições financeiras prevalentes nos Estados Unidos, com impactos incertos na condução da política monetária norte-americana e no crescimento global, também introduzem riscos à inflação doméstica, seja para cima, como relatado anteriormente, ou para baixo, à medida que o cenário-base ora incorporado em preços possa não se materializar”, afirma.

O dólar caiu nas negociações da última segunda-feira (3) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que vai suspender as tarifas planejadas contra o México. A Casa Branca anunciou no sábado (1°) novas tarifas de 25% para México, Canadá e de 10% China.

Com isso, o dólar fechou o dia com queda de 0,34% ante o real, negociado a R$ 5,8159 na venda. Mais cedo, a divisa operava em alta, superando a cotação de R$ 5,90 na máxima.

A moeda norte-americana está em trajetória de queda após alcançar níveis recordes no final do ano passado, quando superou R$ 6.

Após o anúncio das medidas tarifárias, México e Canadá firmaram um acordo com os Estados Unidos. Já a China vai impor tarifas sobre algumas importações americanas, incluindo petróleo bruto, máquinas agrícolas e gás natural liquefeito, em retaliação.

O presidente dos EUA Donald Trump também já sinalizou que pode taxar as importações oriundas da União Europeia.

Fonte: CNN Brasil
BC diz que políticas dos EUA podem afetar preços no Brasil

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OS EUA QUEREM MANTER O DOMÍNIO MILITAR, ECONÔMICO, TECNOLÓGICO E ENERGÉTICO… E TRABALHAM MUITO PARA ISTO.

Os EUA são o maior produtor mundial de petróleo e gás natural, impulsionados pela revolução do xisto e pelos avanços tecnológicos. Décadas passadas não era isto que víamos.

Desde 2018, os EUA são o maior produtor de petróleo do mundo , ultrapassando a Arábia Saudita e a Rússia. Em 2023, a produção de petróleo bruto mais condensado dos EUA atingiu uma média de 12,9 milhões de barris por dia (BPD).

Os EUA são o maior produtor de gás natural do mundo desde 2009, graças às formações de xisto como Marcellus, Utica e Haynesville. E a petroquímica cresce junto.

Os EUA também lideram o mundo na produção de biocombustíveis, consolidando ainda mais sua posição em energia renovável. São o segundo maior produtor de energia eólica. Os EUA são líderes globais em energia nuclear há décadas.

Domínio, esta é a palavra chave nos EUA. O México, o Canadá, o Panamá e a Colômbia já viram isto em duas semanas de governo Trump. Gostem ou não, esta é a realidade atual. Vamos mudar?? Só com muito trabalho e escolhas certas.

FONTE: Diário de Notícia
Hamish McRae: “Não consigo imaginar o fim da liderança americana”

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Na Finlândia é descoberta mina que pode fornecer energia por 20 milhões de anos

Uma descoberta geológica na Finlândia pode transformar o setor de energia mundial.

Pesquisadores anunciaram no início do mês a localização de uma enorme reserva de tório, um elemento químico considerado uma alternativa mais segura e eficiente ao urânio na geração de energia nuclear.

A quantidade do mineral encontrada é tão significativa que poderia abastecer o mundo por cerca de 20 milhões de anos, segundo o Eco News, a versão em inglês do site espanhol ECOticias, também conhecido como El Periódico Verde, especializado em meio ambiente.

O que é o tório e por que ele é importante?

O tório é um elemento químico radioativo que pode ser utilizado como combustível em reatores nucleares. Diferentemente do urânio, ele é mais abundante na natureza e oferece menos risco de acidentes nucleares. Reatores de tório produzem menos resíduos radioativos e não geram plutônio, reduzindo os riscos de proliferação nuclear.

Os cientistas vêm estudando o potencial do tório há décadas, mas o alto custo e a infraestrutura necessária para sua utilização ainda são desafios. No entanto, a descoberta na Finlândia pode impulsionar investimentos e acelerar a transição para essa nova tecnologia, segundo especialistas.

Onde a mina foi encontrada?

A jazida foi identificada na região de Peräpohja, no norte da Finlândia, por uma equipe de geólogos que realizava estudos na área. A quantidade exata de tório presente na mina ainda está sendo avaliada, mas as primeiras estimativas apontam para uma reserva sem precedentes na história da mineração desse elemento.

A localização estratégica da mina também favorece sua exploração. A Finlândia tem infraestrutura avançada para mineração e tecnologias de ponta que podem facilitar a extração e o processamento do material.

Impacto na transição energética

A descoberta pode ter um impacto profundo na transição global para fontes de energia mais limpas. Com a crescente pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis, o tório surge como uma alternativa promissora.

Se a exploração da reserva for viabilizada, pode haver uma mudança significativa no setor de energia nuclear, impulsionando pesquisas para reatores de físseis baseados nesse elemento. Isso também pode reduzir a dependência de países ocidentais em relação ao urânio, cuja cadeia de suprimentos é controlada por poucos produtores no mundo.

Alto investimento

Apesar do grande potencial da descoberta, ainda existem desafios significativos para que o tório se torne uma realidade comercial. Atualmente, a maioria dos reatores nucleares do mundo é projetada para usar urânio, o que significa que seria necessário um alto investimento na adaptação da infraestrutura.

Além disso, ainda há regulações rigorosas para o uso do tório como combustível nuclear, o que pode retardar sua adoção em larga escala. Mas o avanço da pesquisa finlandesa e a busca por alternativas energéticas sustentáveis pode significar um passo crucial para a revolução do setor nuclear nos próximos anos.

Fonte: R7
Finlândia descobre mina que pode fornecer energia por 20 milhões de anos – Noticias R7

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Análise: China vai transformar tarifas de Trump em guerra comercial?

Decreto do republicano impõe tarifas de 25% sobre importações canadenses e mexicanas e de 10% sobre os produtos chineses a partir de terça-feira (4)

O presidente Donald Trump cumpriu a promessa de campanha de aumentar as tarifas sobre as importações chinesas – anunciando no sábado (1º) taxas de 10% sobre todos os produtos chineses que entram no país como parte de medidas comerciais abrangentes que também visam o México e o Canadá.

Agora a questão para os líderes chineses é quão fortemente retaliar.

Após o anúncio, autoridades chinesas – que foram atingidas pela ação do republicano enquanto estavam no meio de um feriado público de uma semana – prometeram registrar uma queixa na Organização Mundial do Comércio e “tomar contramedidas correspondentes” sem especificar de que forma.

A imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos “viola seriamente as regras da OMC”, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado no domingo (2), acrescentando que o país “defenderá resolutamente seus direitos”.

Essa resposta, pelo menos até agora, tem sido notavelmente menos concreta do que as do México e do Canadá, que foram rápidos em prometer tarifas retaliatórias rápidas.

Ao contrário da China, onde as tarifas mais recentes superam as existentes em uma faixa de produtos, o Canadá e o México desfrutavam anteriormente de um relacionamento quase isento de impostos com os EUA.

EUA CHINA ESTADOS UNIDOS
China deve superar os Estados Unidos como maior economia do mundo nos próximos anos • Foto: Jason Lee/Illustration/Reuters

Mas há outras razões além do número ao lado do sinal de porcentagem e do feriado público da China que podem ser responsáveis ​​pela resposta comparativamente branda da segunda maior economia do mundo.

Pequim teve um início inesperadamente caloroso no segundo mandato do republicano — um desenvolvimento bem-vindo para os líderes chineses, pois eles buscam evitar a escalada de atritos comerciais e tecnológicos ao mesmo tempo em que a economia do país dependente de exportações desacelera.

O líder chinês Xi Jinping e Trump tiveram o que o líder americano chamou de uma conversa telefônica “muito boa” dias antes do novo presidente assumir o cargo, e sua cerimônia de posse contou com a presença da autoridade chinesa de mais alto nível já enviada a um evento desse tipo.

O presidente dos EUA também enviou outros sinais de que está em modo de negociação com Pequim — dizendo repetidamente que espera trabalhar com Xi para resolver a guerra da Rússia na Ucrânia e sugerindo em uma entrevista recente à Fox News que ele achava que Washington e Pequim poderiam chegar a um acordo comercial.

Enquanto o republicano fez campanha para vencer a competição econômica com o país e encheu sua administração com falcões da China, o tom recente pode sugerir a Pequim que é melhor não escalar muito extensivamente, pelo menos não ainda.

Ainda há tempo para um acordo?

As tarifas de 10% estão muito longe daquelas de mais de 60% que Trump sugeriu que poderia cobrar sobre produtos chineses durante a campanha eleitoral.

O novo presidente dos EUA tem — pelo menos em sua retórica — vinculado amplamente essa taxação ao papel dos fornecedores chineses no comércio de fentanil, não ao desequilíbrio comercial gritante entre os americanos e chineses.

Em vez disso, a expectativa dentro da China tem sido que o republicano possa estar esperando o momento certo até receber os resultados de uma investigação maior sobre as relações econômicas e comerciais EUA-China que ele encomendou em uma ordem executiva assinada em seu primeiro dia no cargo.

“Trump pode confiar nos próximos resultados de investigações comerciais para impor ou expandir tarifas em países específicos, testando sua tolerância e disposição para negociar”, pontuou uma análise publicada no domingo (2) no site do think tank Fudan Development Institute, sediado em Xangai.

Segundo a avaliação, “o risco de escalar para uma ‘guerra comercial completa’ não pode ser descartado. Antes que quaisquer ações reais sejam tomadas, Trump ainda pode usar estratégias ambíguas para pressionar oponentes e esperar por concessões substanciais deles”.

A revisão ordenada por Trump, prevista para 1º de abril, deve orientar se a Casa Branca impõe mais impostos à China.

Enquanto isso, Pequim tem tempo para construir um relacionamento com o americano, entretê-lo na capital chinesa ou pressionar por um acordo preventivo para evitar penalidades econômicas mais severas.

A mensagem do alto escalão político da China tem sido conciliatória. O vice-primeiro-ministro chinês Ding Xuexiang declarou no mês passado às elites reunidas em Davos que Pequim quer “promover o comércio equilibrado” com o mundo, enquanto Xi pediu um “novo ponto de partida” nos laços EUA-China.

A decisão chinesa de reclamar à OMC sobre as novas tarifas ressalta uma mensagem-chave dos propagandistas do Partido Comunista Chinês: que o país joga pelas regras globais, enquanto os EUA são os únicos que não o fazem.

Pequim também defendeu seus esforços para controlar as exportações de precursores químicos para fentanil e afirmou que a crise das drogas é “um problema da América”.

Resta saber se a China anunciará mais contramedidas comerciais nos próximos dias. Mas sua resposta inicial à taxa de 10% e mensagens nas últimas semanas sugerem que o país ainda possa estar em um modo de esperar para ver antes de cavar muito fundo em sua caixa de ferramentas de medidas retaliatórias.

Um artigo de opinião publicado pela emissora estatal CCTV Sunday condenou as tarifas “errôneas” ao mesmo tempo em que pedia mais cooperação entre os dois países.

Pesando a retaliação

Especialistas dentro do país minimizaram o impacto das tarifas de 10% — em meio a um debate maior sobre se serviria à China intensificar uma guerra comercial como durante o primeiro governo.

Em 2018, Trump aumentou ou impôs tarifas sobre centenas de bilhões de importações chinesas para os EUA, com Pequim revidando com o que analistas dizem ser cerca de US$ 185 bilhões de suas próprias tarifas sobre produtos dos EUA.

O governo Biden manteve em grande parte essas obrigações em vigor, enquanto se concentrava em sua própria abordagem chamada de “quintal pequeno, cerca alta” para negociar com a China – colocando controles de exportação direcionados ao acesso chinês à alta tecnologia que poderia ter aplicações militares.

Isso viu Pequim liberar seus próprios controles – limitando a exportação de certos minerais críticos e tecnologias relacionadas nas quais os países dependem para fabricar produtos, de bens militares a semicondutores.

No final do ano passado, o país reformulou seus regulamentos de controle de exportação, aprimorando sua capacidade de restringir os chamados bens de uso duplo.

Um aumento no uso desses controles, bem como tarifas retaliatórias, podem ser movimentos para Pequim nas próximas semanas ou se Trump cobrar tarifas mais altas nos próximos meses.

China • Neofeed

Enquanto isso, os chineses já tomaram medidas para se isolar de alguns dos impactos das tarifas, que o próprio presidente dos EUA admitiu que poderiam trazer “dor” para os americanos — uma admissão que segue as preocupações de economistas e membros do Congresso de que os americanos arcarão com o custo das medidas.

Os Estados Unidos importaram US$ 401 bilhões em bens da China, com um déficit comercial de mais de US$ 270 bilhões nos primeiros 11 meses do ano passado, conforme dados do governo americano. Isso colocou a China atrás apenas do México como principal fonte de bens importados para o país.

A mídia estatal chinesa declarou no domingo (2) que as exportações do país para os EUA representam apenas 3% do PIB e menos de 15% das exportações totais da China.

“A China vem preparando há muito tempo menos exposição aos Estados Unidos, diversificando de todas as formas, não apenas em termos de parceiros comerciais, investimentos, mas também moedas e sistema de pagamento”, explicou Keyu Jin, professor associado de economia na London School of Economics, a Fareed Zarakia, da CNN, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos no mês passado.

O especialista continuou dizendo, que “as tarifas prejudicarão ambos os países. Mas você já viu um tipo gradual de redirecionamento do comércio para outros países (de empresas chinesas)”.

A China vê “Trump como alguém com quem eles podem negociar, que há espaço para negociação”, acrescentou Jin.

FONTE: CNN Brasil
Análise: China vai transformar tarifas de Trump em guerra comercial? | CNN Brasil

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Canadá impõe tarifas bilionárias a produtos dos Estados Unidos

O Canadá aplicará tarifas de 25% em produtos dos EUA, afetando setores como bebidas, alimentos e manufaturados, em resposta às taxas americanas.

O Canadá decidiu aplicar tarifas sobre produtos norte-americanos, em resposta direta às taxas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio foi feito no sábado (1º), pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que criticou a decisão americana de taxar bens canadenses.

O Canadá aplicará tarifas de 25% em produtos americanos, totalizando 155 bilhões de dólares canadenses (cerca de US$ 106 bilhões)”, declarou Justin Trudeau. A primeira fase das tarifas atingirá aproximadamente US$ 20 bilhões em mercadorias a partir de terça-feira (4), mesmo dia em que entram em vigor as tarifas americanas sobre produtos do Canadá. Um segundo pacote de tarifas, no valor de US$ 85 bilhões, será implementado nas próximas semanas.

Produtos visados e impacto econômico

Entre os produtos americanos que serão tarifados estão suco de laranja da Flórida, bourbon e manteiga de amendoim do Kentucky, além do tradicional uísque do Tennessee. Justin Trudeau incentivou os canadenses a consumirem itens nacionais e evitarem produtos originários de estados americanos com representação republicana no Senado.

No Canadá, a lista de tarifas também inclui cervejas, vinhos, vegetais, perfumes, calçados, roupas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos esportivos. Além disso, as tarifas vão atingir materiais como madeira e plásticos, o que aumentará o impacto na economia americana e elevará os custos para os consumidores.

Primeiro-ministro do Canadá defende parceria e critica postura de tarifas dos EUA

O primeiro-ministro destacou que o Canadá é um parceiro estratégico para os Estados Unidos, oferecendo minerais e insumos essenciais para a indústria americana. Para ele, o caminho ideal para os EUA seria fortalecer essa aliança, e não criar barreiras comerciais que prejudiquem ambos os lados.

Em tom crítico, Justin Truedeau mencionou o histórico de cooperação entre os países, lembrando que soldados canadenses lutaram ao lado de americanos em conflitos passados.

É difícil entender por que nossos vizinhos mais próximos escolheram atacar o Canadá, em vez de lidar com outros desafios globais”, afirmou.

O primeiro-ministro ainda revelou que tenta entrar em contato com o presidente Donald Trump desde a posse, sem sucesso.

Não acredito que muitos americanos acordem pensando que o Canadá é o problema”, concluiu.

FONTE: Economic News Notícia
Canadá aplica tarifas bilionárias a produtos dos EUA

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‘Tarifaço’ de Trump na China beneficia agro brasileiro; Entenda

Durante seu primeiro mandato, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma política econômica agressiva, que inclui uma série de tarifas sobre produtos importados de diversas nações.

Estas medidas tinham como principal alvo a China, mas também impactaram países como o Canadá e o México. O objetivo era reequilibrar a balança comercial americana, impondo barreiras a produtos estrangeiros.

Inicialmente, Trump propôs tarifas altas, de até 60% para produtos chineses e entre 10% a 20% para outros países. Porém, as taxas efetivamente aplicadas foram menores. Para a China, fixou-se em 25%, equivalente ao mesmo percentual imposto sobre importações canadenses e mexicanas. Essa política gerou repercussões significativas no comércio mundial, alterando rotas de exportação e importação.

Como o Brasil se beneficiou com as tarifas dos EUA?

A imposição de tarifas sobre a soja americana pela China abriu espaço para o Brasil aumentar suas exportações deste grão para o mercado chinês. Este cenário já havia ocorrido anteriormente, quando Pequim, em represália às tarifas americanas, aumentou a tributação sobre a soja dos EUA, optando pelo produto brasileiro. Historicamente, Brasil e EUA são os maiores exportadores mundiais de soja, mas o Brasil se destacou ao se tornar o principal fornecedor para a China.

Além da soja, o milho brasileiro também viu um crescimento no mercado mundial, especialmente após superarem os Estados Unidos como maior exportador deste cereal. Esses eventos indicam uma tendência de fortalecimento das exportações agrícolas brasileiras em consequência das tensões comerciais sino-americanas.

O mercado de carnes: Nova oportunidade para o Brasil?

Não apenas os grãos, mas o setor de carnes brasileiro também pode ganhar com a situação. A China, sendo um dos maiores consumidores de carne do mundo, passou a importar mais do Brasil, incrementando as exportações de carne bovina, frango e suína. Neste contexto, o Brasil já se mantinha à frente dos EUA nas exportações de frango e ocupa uma terceira posição confortável no mercado de carne suína.

No entanto, a carne bovina é onde o Brasil lidera globalmente e o mercado chinês é vital para este domínio. Analistas sugerem que uma renovada guerra comercial entre os Estados Unidos e a China poderia expandir ainda mais as oportunidades para o Brasil solidificar sua presença neste setor.

O Brasil corre o risco de ser taxado pelos EUA?

Embora os Estados Unidos contem com o Brasil como um fornecedor essencial de alimentos, existe a preocupação quanto a possíveis tarifas sobre produtos brasileiros. O Brasil fornece uma série de commodities importantes como café, suco de laranja e carne bovina para o mercado americano. Donald Trump, embora reconheça a importância do Brasil nestes suprimentos, expressou seu descontentamento com os preços praticados, levantando a possibilidade de retaliar com tarifas recíprocas.

Até agora, o risco de taxação parece ser contido pelo temor do impacto nos preços dos alimentos, o que seria desfavorável politicamente. Analistas afirmam que, independentemente das tensões comerciais, os EUA provavelmente evitarão medidas que poderiam elevar significativamente os custos dos produtos essenciais no mercado doméstico.

Quais produtos brasileiros têm maior peso no comércio com os EUA?

  • Café: O Brasil é o maior fornecedor deste produto para os americanos.
  • Carne Bovina: Os Estados Unidos são um dos principais compradores.
  • Suco de Laranja: Tem importância considerável na balança comercial.

A parceria comercial entre Brasil e Estados Unidos continua robusta, embora sujeita a desafios políticos e econômicos. Enquanto o Brasil mantém sua posição como um fornecedor chave, a dinâmica das tarifas entre as potências econômicas permanece um fator crítico a ser monitorado.

FONTE: Terra Brasil Noticia
‘Tarifaço’ de Trump na China beneficia agro brasileiro; Entenda – Terra Brasil Notícias

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