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Portos

Complexo Portuário ultrapassa 5,8 milhões de toneladas movimentadas entre janeiro e maio de 2025

Nos cinco primeiros meses de 2025, o Complexo Portuário de Itajaí movimentou um total de 5.860.904 toneladas, considerando toda a operação, incluindo cargas geral e conteinerizadas. Somente no mês de maio, o volume registrado foi de 1.044.830 toneladas.

O destaque vai para o equilíbrio entre as operações de exportação, que somaram 2.973.527 toneladas, e importação, com 2.887.377 toneladas no acumulado do ano.
“O Porto de Itajaí registrou a movimentação de 1.479.661 toneladas entre janeiro e maio deste ano, desde cargas gerais e contêineres. Apenas no mês de maio, foram movimentadas 242.098 toneladas, consolidando a tendência de crescimento nas operações. O Porto de Itajaí está cada dia mais competitivo”, afirmou o superintendente, João Paulo Tavares Bastos.  

Ele ainda destacou: “o desempenho operacional do Porto de Itajaí tem impacto direto na economia local, refletindo em maior arrecadação para o município, geração de empregos e estímulo à cadeia logística e comercial da região”.

Em relação ao volume de contêineres, o terminal alcançou a marca de 112.216 TEU’s (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no acumulado do ano. Desse total, 20.955 TEU’s foram movimentados somente em maio.

Fonte: Porto de Itajaí

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Portos

Santos cria conselho de sindicatos para fortalecer trabalhadores portuários

Centenas de trabalhadores portuários lotaram, na manhã desta sexta-feira (6), o auditório do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia (Sindaporte), na Vila Mathias para acompanhar a criação do Conselho de Sindicatos Representantes dos Trabalhadores do Porto de Santos.

A criação do conselho foi feita por meio do decreto 10.842/2025, assinado pelo prefeito Rogério Santos, com o objetivo de fortalecer os trabalhadores e conta com dez entidades do setor, além de dois representantes da Prefeitura (Gabinete do Prefeito e Secretaria de Assuntos Portuários – Seporte).

Ao lado do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, da deputada estadual Solange Freitas e do titular da Seporte Bruno Orlandi, o prefeito afirmou que “há muito tempo não via uma mobilização como essa”.  O Conselho tem como objetivos discutir e articular ações relativas aos trabalhadores portuários, apresentar sugestões e promover estudos e discussões.

Ao firmar seu compromisso, ele falou que o decreto estabelece diretrizes para defender o trabalhador, a família e a cidade. “Lutar por todos vocês é defender também a história do porto e do País”.

PREOCUPAÇÃO DA CATEGORIA

Atualmente, a grande preocupação da categoria é o Projeto de Lei (PL) 733 em tramitação na Câmara dos Deputados, que trata da revisão da lei dos Portos 12.815/2013. Na cerimônia, trabalhadores exibiam faixas contra a proposta. A matéria que ainda está em discussão, regula a exploração dos portos, as atividades de operação portuária e o trabalho portuário.

Os portuários temem que o PL prejudique principalmente a contratação de trabalhadores avulsos da Cidade. Eles acreditam que o projeto coloca em dúvida a forma como se dará a exploração dos portos públicos e privados, visando a competitividade. “A assinatura deste decreto é um fato importante para fortalecer ainda mais a nossa luta”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Empregados na Administração e nos Serviços de Capatazia dos Portos, Terminais Privativos e Retroportuários no Estado (Sintraport), Claudemiro Machado, o Miro. 

Fonte: Prefeitura de Santos

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Portos

Leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá será em 2025, diz ministro

Silvio Costa Filho, chefe do Ministério de Portos e Aeroportos, anunciou certame com estimativa de investimentos de até R$ 1 bilhão

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) disse nesta 6ª feira (6.jun.2025) que o leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR) será realizado em agosto de 2025.

“Essa parceria é muito saudável para o Brasil. Será um marco para o setor portuário brasileiro, pois vamos fazer o 1º leilão de canal de acesso de um porto público, que pode chegar a R$ 1 bilhão”, afirmou Costa Filho.

O ministro, que integra a comitiva presidencial à França, disse que enviou à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) os documentos técnicos necessários para o agendamento do certame.

Com a concessão, o calado do canal será ampliado de 13,5 metros para 15,5 metros de profundidade. Cada centímetro adicional no calado representa um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio.

O aumento permite o recebimento de navios maiores; logo, com maior potencial de escoamento e recebimento de produtos.

O Porto de Paranaguá é o 2º maior do Brasil e da América Latina, ficando atrás apenas do Porto de Santos. O porto paranaense é importante para o agronegócio. Ele recebe 2.600 navios por ano, com operações concentradas principalmente em granéis sólidos, como soja e proteína animal.

“Isso vai dar previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário brasileiro”, afirmou o ministro.

O leilão de Paranaguá servirá como modelo para outros que ocorrerão ainda em 2025, incluindo os Portos de Santos (SP), Itajaí (SC) e da Bahia, segundo Ministério de Portos e Aeroportos.

O secretário Nacional de Portos do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Ávila, disse que a concessão elevará o “patamar” das relações internacionais do Brasil.

“A concessão vai colocar o Porto de Paranaguá em outro patamar em relação ao comércio internacional e estamos bastante confiantes nesse modelo de leilão, que seguramente terá muita competição”, declarou.

Fonte: Poder 360

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Portos

Porto Itapoá movimentou 10 milhões de TEUs desde 2011

O Porto Itapoá (SC) movimentou 10 milhões de TEUs movimentados desde o início de suas operações em 2011. Em 2014, atingiu 1 milhão de TEUs acumulados; em 2016, 2 milhões; e em 2017, ultrapassou 3 milhões. Em 2023, o terminal movimentou 1 milhão de TEUs em um único ano.

Entre 2015 e 2025, o perfil das operações mudou: as exportações representavam 64% da movimentação e passaram a 41%, enquanto as importações aumentaram de 36% para 59%. As cadeias de importação mais movimentadas em 2015 eram “Automóveis e seus componentes” e “Eletrônicos”; em 2025, são “Plásticos e suas obras” e “Maquinário e Siderurgia”. Os principais países de origem das importações permanecem China, EUA e Alemanha.

Nas exportações, em 2015, destacavam-se “Carnes congeladas e refrigeradas” e “Maquinário geral e seus componentes”; em 2025, lideram “Produtos Florestais” e “Alimentos e Bebidas”. Os principais destinos das exportações em 2015 eram EUA, Venezuela e China; em 2025, são EUA, China e Itália.

No primeiro trimestre de 2025, o Porto Itapoá foi o segundo maior movimentador de contêineres do Brasil, com mais de 202 mil unidades registradas, atrás apenas do complexo de Santos. O aumento da movimentação foi de 37% em relação ao mesmo período de 2024, superando a média nacional de crescimento, que foi de 10%.

Fonte: Portos e navios

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Portos, Sustentabilidade

Portonave divulga Relatório de Sustentabilidade 2024

O desempenho operacional, as capacitações profissionais e as iniciativas socioambientais apoiadas pelo Terminal Portuário foram alguns dos destaques

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Portonave consolida os principais avanços da Companhia ao longo do ano. Desde 2009, o Terminal Portuário realiza a divulgação anualmente a partir das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional que estabelece uma série de parâmetros para a produção de relatórios de sustentabilidade. O relatório está dividido em seis capítulos: Perfil corporativo, Gestão íntegra, Operações e desempenho, Nosso time, Impacto social e Gestão ambiental.

Acesse o relatório aqui.

Gestão íntegra
Desde 2021, a Portonave é certificada na ISO 37001 (Sistema de Gestão Antissuborno) – foi o primeiro terminal portuário de contêineres do país a obter a certificação. No ano passado, somente em capacitações relacionadas ao Código de Conduta foram 1,4 mil horas dedicadas, inclusive a empresa realizou uma palestra de sensibilização para os profissionais, ministrada pelo filósofo, escritor e ensaísta brasileiro Luiz Felipe Pondé, em alusão ao Dia Internacional Contra a Corrupção.

Eficiência
A Portonave registrou a melhor produtividade de navio entre os portos brasileiros, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em 2024, com média de 118 Movimentos por Hora na operação dos contêineres por navio — representou um crescimento de 42% em relação ao ano passado.

Ao longo de 2024, foram movimentados 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) – com 48% de participação de mercado em Santa Catarina e 12% no Brasil. Desde o início das operações, em 2007, até 2024, foram 13 milhões de TEUs movimentados.

Investimentos constantes
Um marco importante teve início em 2024: a obra de adequação do cais – investimento de cerca de R$ 1 bilhão para o recebimento de navios maiores, com até 400 metros de comprimento. A obra também possibilitará a instalação do shore power – sistema capaz de alimentar os navios atracados por meio de energia elétrica. No momento, a primeira fase está com aproximadamente 90% em conclusão.

Uma das melhores empresas para se trabalhar
Além da eficiência e excelência nas operações, a Companhia investe em contratações, capacitações e programas para a saúde e bem-estar dos profissionais. No ano passado, ficou entre as 10 melhores empresas para se trabalhar na categoria de grande porte, em Santa Catarina, pelo Great Place to Work (GPTW).

A equipe do Terminal aumentou o seu quadro funcional em 11%, totalizando 1.230 profissionais diretos. Também foram dedicadas 117 mil horas a treinamentos internos — um crescimento de 13% em relação a 2023.

Impacto social
Mais do que contêineres, o Terminal Portuário contribui para um crescimento alinhado à sustentabilidade. Aproximadamente 138 mil pessoas foram beneficiadas por meio de 50 ações e projetos sociais apoiados pela Portonave. Na arrecadação de Imposto Sobre Serviços (ISS), a empresa representou 40% do valor arrecadado de ISS pelo município.

Foram R$ 9,14 milhões destinados para as ações por meio das leis de incentivo fiscal – o dobro em comparação com 2023. De modo direto, R$ 1,6 milhão foram investidos nas iniciativas. Entre as iniciativas, foram realizados o Programa Embarca Aí, capacitação para jovens para o mercado de trabalho com foco no segmento portuário e logístico, o Projeto Nadar, de aulas de natação, e Brigadista Mirim, que ensina técnicas de primeiros socorros, combate a princípios de incêndio e o cuidado com o meio ambiente para crianças.

Gestão ambiental
No último ano, a Companhia contabilizou 15.897,9 tCO2e (toneladas de carbono equivalente), uma redução de 4% em relação ao ano anterior, principalmente devido aos investimentos em infraestrutura sustentável, como a operação de um Terminal Tractor Elétrico, a instalação de painéis fotovoltaicos e a aquisição de energia renovável, que contribuem para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

A geração de resíduos totalizou 1.039,8 toneladas, sendo que cerca de 800 toneladas foram recicladas e somente 93 toneladas de resíduos comuns foram destinadas a aterro sanitário. Em relação ao consumo de água, foram 32,8 megalitros de água – 29,5 megalitros de abastecimento público e 3,4 megalitros de captação de água da chuva – uma redução de quase 5% em relação a 2023.

Além disso, Navegantes ganhou um novo ponto turístico no último ano: o Parque Natural das Pedreiras. O projeto, em parceria com o Instituto Ambiental de Navegantes (IAN) e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), teve investimento de cerca de R$ 1,1 milhão da Portonave, como compensação ambiental por obras realizadas no Terminal. Ao todo, o local tem cerca de 147 mil m² para lazer e conexão com a natureza.

Sobre a Portonave
A empresa está localizada em Navegantes, litoral Norte de Santa Catarina, e iniciou suas atividades em 2007 como primeiro terminal portuário privado do Brasil. Faz parte do grupo suíço Terminal Investment Limited (TiL) – que administra cerca de 70 terminais em cinco continentes. São 1,3 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), foi o mais eficiente em produtividade de navio no ano de 2024. Além do destaque pela excelência operacional, a Companhia está comprometida com as práticas ESG e desenvolve diversas ações e iniciativas voltadas aos aspectos ambientais e sociais.

Fonte: Portonave – Assessoria de imprensa

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Portos

Licitação para aprofundar dragagem no Porto de Santos será lançada ainda este ano

O edital de licitação para contratar a dragagem de aprofundamento do Canal do Porto de Santos para 16 metros (atualmente tem entre 14 e 15 metros, dependendo do local) será lançado no segundo semestre deste ano. Em paralelo, será iniciada a derrocagem (remoção) de rochas em 33 pontos do canal de acesso, que é a primeira etapa antes de começar a dragar os sedimentos do estuário.

“O processo da derrocagem das pedras está em fase de análise documental e a expectativa é que no início do segundo semestre seja possível dar início às obras. Em paralelo, tramita na APS o projeto de aprofundamento do canal para 16 metros”, informou a Autoridade Portuária de Santos (APS), em nota.

Confira a seguir um histórico da movimentação de contêineres no Porto de Santos a partir de janeiro de 2022. Os dados são do DataLiner:

Movimentação de contêineres no Porto de Santos| Jan 2022 – Abr 2025 | TEUs

Questionada, a administração portuária não informou o nome da empresa vencedora do certame para a derrocagem nem o valor do serviço contratado. A companhia assinará um contrato válido por 18 meses se responsabilizando pela elaboração dos projetos básico e executivo e a retirada do material rochoso cujo volume é estimado em 10 mil metros cúbicos (m³).

Fonte: A Tribuna

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Investimento, Negócios, Portos

Com R$ 7 bi em investimentos, GNA inaugura segunda termelétrica no Porto do Açu

A Gás Natural Açu (GNA), joint venture formada entre Siemens Energy Spic Brasil ebp, colocou em operação sua segunda usina de geração de energia no Porto do Açu, no norte fluminense. O projeto recebeu R$ 7 bilhões em investimentos e é a maior termelétrica em operação no Brasil.

Chamada de GNA II, a nova usina tem capacidade instalada de 1.673 megawatts (MW) e recebeu sinal verde da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para começar a operar. Com capacidade para atender cerca de 8 milhões de residências, ela coloca a Gás Natural Açu na posição de operadora do maior complexo de usinas a gás natural da América Latina.

A planta se soma à GNA I, de 1.338 MW de potência e em funcionamento desde 2021, ampliando ainda mais o papel estratégico da empresa na geração de energia termelétrica. Ao Valor, o CEO da empresa, Emmanuel Delfosse, explica que o objetivo foi criar um hub de gás no Porto de Açu. Juntas, as usinas representam 17% da capacidade de geração termelétrica do país e são importantes para o sistema principalmente em épocas de seca, quando as hidrelétricas produzem menos energia.

As plantas estão conectadas ao terminal de regaseificação de GNL de uso privado com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia, o que permite importar gás de navios e transformá-lo novamente em estado gasoso para uso.

“As usinas funcionam como um seguro para o sistema elétrico. Elas entram em ação quando é mais necessário”, diz.
As térmicas consomem 12 milhões de metros cúbicos por dia. Em equivalências energéticas, isso é igual ao consumo de todo o Estado de São Paulo. “Com a inflexibilidade de GNA II, nossa ociosidade é muito menor”, diz Delfosse. O terminal pode ainda atrair indústrias para a região do porto para consumir o gás.

O empreendimento é operado a gás natural e foi contratado por meio de leilões de energia. A planta funciona com uma configuração de ciclo combinado, ou seja, mais eficiência e menor emissão. Contudo, ela opera com 40% de inflexibilidade, ou seja,o sistema é obrigado por contrato a usar a usina em pelo menos 40% do tempo no período seco, ou seja, entre julho e novembro.

O executivo frisa que a usina opera a um preço competitivo, com custo variável unitário (CVU) de R$ 400 por megawatt-hora. Por outro lado, a usina não funciona, como é conhecido no jargão do setor, com “rampa rápida”, ou seja, a planta precisa ser ligada alguns dias antes para ser preparada para o sistema.

A GNA II faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, voltado a obras de infraestrutura. Já o investimento total no complexo foi de R$ 12 bilhões. “Foi um desafio técnico e de logística em meio à pandemia. Fazer negócios no Brasil é uma complexidade. O primeiro destaque é a magnitude desta aventura industrial com investimento de R$ 12 bilhões”, diz Delfosse.

O projeto pode crescer ainda mais: o potencial de expansão é de mais 3,4 GW, o que mais que duplicaria a capacidade atual. A empresa já tem autorização ambiental para dobrar de tamanho, mas uma eventual expansão dependerá da demanda nos próximos leilões.

Os acionistas tiveram papel relevante. Além dos aportes, a Siemens Energy entrou com o fornecimento de três turbinas a gás e uma turbina a vapor. A bp foi responsável pelo gás. Já a estatal chinesa Spic entrou em um contexto em Pequim fazia pesados aportes no Brasil no setor elétrico. A Prumo Logística, responsável pela infraestrutura do Porto do Açu, também é sócia da usina GNA I.

Fonte: Valor Econômico

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Portos

Revisão da Lei dos Portos deve começar; entenda

A comissão especial que discutirá o Projeto de Lei (PL) 733/2025, de revisão do arcabouço legal portuário, será instalada este mês na Câmara dos Deputados. Os membros dessa comissão podem aprovar o PL e remetê-lo ao Senado, se não houver pedido para discussão em plenário. Os senadores têm o poder de alterar o texto e devolvê-lo à Câmara ou manter a proposta e enviar para sanção presidencial. Se for sancionada, a nova lei substitui a 12.815/2013, hoje em vigor.

Anunciada pelo presidente da Casa, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), no último dia 24, a comissão terá o deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB) como presidente e o deputado Arthur Maia (União-BA), como relator.

Oficialmente, a comissão foi criado na última segunda-feira por despacho de Motta, mas só começa a funcionar após a instalação, quando todos os parlamentares assumirem os postos no grupo.

Em nota, a Casa Legislativa informou que está sendo aguardada a indicação dos integrantes – 19 titulares e 19 suplentes – pelos líderes partidários. Instalada a comissão, é eleito oficialmente o presidente do colegiado, indicado o relator e definido o cronograma de funcionamento e de realização de audiências públicas.

Tramite
Segundo o Legislativo, o PL está sujeito à apreciação conclusiva pela comissão especial, ou seja, se for aprovado “pode seguir diretamente ao Senado, sem a necessidade de ser votado pelo plenário, exceto se houver recurso apresentado por um décimo dos membros da Casa (51 deputados). Esse recurso para retirar o caráter conclusivo deve ser aprovado pelo plenário”.

A assessoria da Câmara explicou ainda que “por ser projeto de lei, basta a aprovação em um único turno, pela maioria simples dos integrantes da comissão especial — ou do plenário, no caso de recurso aprovado.

Futuro presidente da comissão, o deputado Murilo Galdino explicou que as comissões especiais têm vigência de 40 sessões a partir de sua instalação na Câmara Federal. “Durante 20 sessões, o relator recebe emendas e prepara o relatório que será discutido nos 20 dias restantes. As audiências públicas serão realizadas se houver requerimentos”.

Galdino comentou que é importante melhorar a legislação. “Vamos ouvir todas as categorias, a fim de fazermos um excelente trabalho na comissão que, provavelmente, deve ser instalada na primeira semana de junho”.

O PL nº 733/2025 é resultado do anteprojeto elaborado pela Comissão de Juristas para a Revisão Legal da Exploração de Portos e Instalações Portuárias (Ceportos), também instituída pela Câmara dos Deputados.

Responsável por apresentar o projeto, deputado Leur Lomanto Jr (União-BA) disse que é fundamental debater a desburocratização e a garantia de segurança jurídica para os investidores.

Futuro relator, o deputado Arthur Maia foi procurado pela Reportagem, mas não se manifestou.

PROPOSTA
Integrantes da Ceportos garantem que a proposta vai modernizar a legislação portuária, sem prejudicar os trabalhadores. A proposta para os portuários é um dos aspectos mais polêmicos da iniciativa, criticada por sindicatos, que creem no enfraquecimento das entidades e a concentração de poder no setor patronal.

Ideia é contemplar todos os interesses, diz deputado

O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que preside a Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA), no Congresso Nacional, será um dos membros da comissão especial que discutirá o Projeto de Lei 733/2025. Ele garante que defenderá os interesses dos municípios portuários, de trabalhadores e empresários e o fortalecimento dos Conselhos de Autoridade Portuária (Caps).

“Temos que ter um projeto final que corresponda ao interesse do País, não deste ou daquele segmento. Para isso, a gente precisa ter desenvolvimento econômico com justiça social, ter esse olhar para o trabalhador que é imprescindível”, diz Barbosa. “Queremos fortalecer o diálogo, garantir que os trabalhadores tenham vez e voz, ouvir os empresários e buscar um bom entendimento entre o setor produtivo e aqueles que vivem do trabalho portuário, para que possamos avançar”, afirma Barbosa.

O deputado pontuou que a comissão debaterá propostas do PL como “o aumento do tempo de contrato (concessão), oferecendo previsibilidade e segurança jurídica ao investidor; a desburocratização do licenciamento ambiental; e a descentralização da gestão com o fortalecimento dos Conselhos da Autoridade Portuária (CAPs)”.

Ex-prefeito de Santos (2013 a 2020), o parlamentar ressalta que compreende as necessidades dos municípios. “Temos pontos polêmicos e que precisam ser discutidos com transparência e diálogo. É o que eu vou garantir na comissão e na frente parlamentar, com a realização de encontros e audiências públicas.”

Sobre as relações de trabalho, o parlamentar comenta que o objetivo é “encontrar um ponto de equilíbrio garantindo requalificação e valorização aos trabalhadores e previsibilidade e segurança jurídica ao empresário”.

Fonte: A Tribuna

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Investimento, Portos

Investimentos da JBS consolidam retomada do Porto de Itajaí

Em sete meses, terminal movimentou mais de 143 mil TEUs e atende quase 2.000 clientes. Investimentos chegarão a quase R$ 250 milhões

Desde que assumiu a operação do Porto de Itajaí (SC), em outubro de 2024, a JBS Terminais já investiu R$ 130 milhões no terminal, que atende atualmente cerca de 1.700 clientes.

Os investimentos consolidam a empresa como um dos principais complexos logísticos do Sul do país, com projeção de crescimento e novos aportes de R$ 90 milhões em tecnologia e infraestrutura. Desde o início da concessão, o empreendimento movimentou uma média mensal de 20 mil TEUs (Twenty Feet Equivalent Unit, medida de referência no setor), totalizando 143.230 TEUs.

“Conseguimos, em um curto espaço de tempo, retomar o protagonismo de Itajaí como um terminal eficiente e competitivo. Estamos no processo de ramp up dos volumes e temos como prioridade entregar serviços de excelência aos nossos clientes.” Aristides Russi Junior, presidente da JBS Terminais

Em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal da JBS conta com 1.030 metros de cais, quatro berços de atracação e uma profundidade de 14 metros, permitindo a operação de grandes embarcações.

São 1.750 tomadas para contêineres refrigerados (reefers) e oito gates reversíveis. Os investimentos devem aproximar a operação com a capacidade atual de movimentação de até 558 mil TEUs/ano.

O terminal conta com sete linhas de navegação e oito escalas semanais. A partir de junho de 2025, a operação contará com novas rotas internacionais, como a GS1, que conectará a América do Sul ao Golfo do México. A rota otimizará a exportação de produtos como madeira, carne congelada, cerâmica e maquinários, e a importação de plásticos, borrachas e produtos químicos. A chegada da linha Mercosul Line CMA CGM em junho também reforça a conectividade do terminal.

Segundo Wesley Batista, acionista e membro do Conselho de Administração da JBS, o governo federal tem aberto o mercado global para a exportação brasileira, o que torna ainda mais relevante os investimentos em portos. “O Brasil precisa de portos modernos para escoar toda a produção.”

“Para se ter uma ideia, meta do frango e da carne suína exportada pelo Brasil saem do Porto de Itajaí. Por isso é uma honra para nós estarmos aqui”, complementa.

A JBS Terminais e gera cerca de R$ 7 milhões em ISS para o município. A empresa conta com 334 colaboradores diretos e 350 Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs).

A distribuição de cargas de outubro de 2024 a abril de 2025 incluiu 33% em importações dry e reefer, 24% em exportações dry, 17% em exportações reefer e 26% em cabotagem, transbordo e outras categorias.

O investimento de R$ 90 milhões será feito para modernizar as operações do terminal com a aquisição de dois guindastes móveis MHC modelo Konecranes Gottwald ESP.9. Os equipamentos têm capacidade para 125 toneladas e alcance de 20 rows. Além disso, a empresa está testando caminhões elétricos do tipo Terminal Tractor (TT), visando a eletrificação da frota para maior eficiência, segurança e redução de emissões.

A JBS Terminais também iniciou o processo de adensamento do complexo, assumindo a gestão unificada do porto público de Itajaí. Essa iniciativa visa a gerar ganhos operacionais, eliminando gargalos, reduzindo o impacto urbano e agilizando o trânsito de cargas na região.

“Nossa experiência global, forjada em décadas de exportação para mais de 180 países com produtos JBS, e o conhecimento adquirido com operações logísticas de grande escala em empresas como a BrasKarne, são diferenciais que aplicamos diariamente em Itajaí. Soma-se a essa expertise a operação logística da Eldorado Celulose, pertencente ao grupo J&F, controlador da JBS. Esse know-how nos permite oferecer um terminal não apenas eficiente, mas estratégico para o fluxo do comércio exterior brasileiro.”Aristides Russi Junior, presidente da JBS Terminais

A atuação da JBS Terminais em Itajaí reflete a forte e consolidada presença da JBS em Santa Catarina. A JBS movimenta 2,47% do PIB catarinense, com impacto de produção de R$ 24,3 bilhões no Estado.

Presente em 22 cidades, emprega diretamente mais de 25 mil colaboradores, além de 2.700 famílias de produtores integrados.

Além do terminal portuário, a companhia opera 25 fábricas, um centro de inovação em biotecnologia, quatro granjas, uma operação JBS Transportadora, três centros de distribuição e cinco incubatórios.

Fonte: Metrópoles

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Notícias, Portos

Remoção de navio naufragado há 130 anos deve destravar porto em Santa Catarina

A nova fase de dragagem na área de manobras do porto de Itajaí, em Santa Catarina, promete destravar o potencial logístico do terminal ao permitir a chegada de embarcações de até 366 metros. Além do avanço estratégico, as obras também proporcionaram uma fascinante redescoberta histórica: o navio cargueiro Pallas, afundado em 1893, no rio Itajaí-Açu.

Durante a etapa anterior das obras, em agosto de 2017, a equipe que operava a draga colidiu com uma estrutura submersa na bacia entre as cidades de Itajaí e Navegantes. O local foi investigado pelos técnicos e revelou que os destroços pertenciam ao Pallas, embarcação que participou da Revolta da Armada no final do século XIX.

Para identificar o navio, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em parceria com a empresa Sulmar, especializada em serviços subaquáticos, coordenou uma série de pesquisas. Os técnicos utilizaram sondas eletrônicas para localizar as estruturas submersas com precisão.

Posteriormente, mergulhadores entraram em ação, fotografando e medindo os restos da embarcação. Ao todo, eles realizaram 40 horas de mergulho em águas turvas e com visibilidade extremamente limitada — esforço que permitiu trazer à tona um importante capítulo da história naval brasileira.

Navio britânico foi tomado na Revolta da Armada

Em 1893, o Brasil enfrentou a Revolta da Armada, também conhecida como Revolução Federalista do final do século XIX. Após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o poder, dissolveu o Congresso e instaurou o estado de sítio. A medida provocou reação entre oficiais da Marinha, que, insatisfeitos com os salários e contrários ao governo, se rebelaram e passaram a exigir eleições diretas.

Os revoltosos iniciaram o conflito em 6 de setembro, na Baía da Guanabara, sob a liderança dos almirantes Saldanha da Gama e Custódio de Melo. Rapidamente, tomaram 15 navios mercantes — entre eles, o Pallas.

“Os rebelados apreenderam navios da Marinha e embarcações comerciais. O Pallas estava atracado no porto do Rio de Janeiro quando foi artilhado e passou ao comando de uma guarnição de marinheiros rebeldes”, explica o professor Edison d’Ávila, sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.

O navio margeava a costa sul do Brasil, atracando em diferentes portos para carregar e descarregar armas e suprimentos, garantindo o abastecimento das forças aliadas. O porto de Itajaí servia como ponto estratégico, mas a entrada exigia atenção redobrada. As marés alteravam constantemente o traçado do canal do rio e a navegação segura dependia da atuação do prático — profissional que conhece a fundo o acesso aos portos e conduz os navios com habilidade.

“Os marinheiros sabiam da existência de um depósito de carvão no porto e, por isso, o vapor entrou ali várias vezes para se abastecer. Em uma dessas ocasiões, vindo de Florianópolis, o cargueiro chegou durante uma noite de outubro. O capitão, confiando na própria experiência, decidiu não chamar o prático. Certamente acreditou que conhecia bem a entrada, já que havia feito o trajeto diversas vezes. Infelizmente, errou o rumo, desviou-se e colidiu com as rochas na margem esquerda. Entrou com o leme muito pendente ao norte e o navio começou a afundar”, relata o professor d’Ávila.

A tripulação abandonou o navio em canoas, mas ninguém tomou providências para evitar o naufrágio. O casco permaneceu encalhado por tempo suficiente para que a Companhia Frigorífica, então em dificuldades financeiras, entrasse com um pedido de indenização do seguro. Ainda encalhado, o Pallas foi leiloado em novembro de 1893, mas não atraiu compradores. Sem resgate e sem uso, acabou abandonado e desapareceu sob as águas.

O Pallas foi construído em 1891, pelo estaleiro Hawthorn Leslie and Company, em Newcastle, na Inglaterra, às margens do rio Tyne. O navio a vapor foi encomendado pela Companhia Frigorífica e Pastoril Brasileira. Era uma embarcação moderna e versátil, projetada para transportar passageiros, cargas refrigeradas e correspondências, por isso conhecida como paquete, do inglês “packet boat”, ou seja “navio de pacotes”. “Originalmente ele transportava carnes da Argentina para o Rio de Janeiro. O país vizinho já era um grande produtor de proteína bovina”, conta o professor.

Com 67 metros de comprimento, era o menor dos seis navios da frota da companhia, mas o mais avançado. Transportava até 500 toneladas de carga frigorificada e dispunha de luz elétrica, uma inovação para época. Sua estrutura permitia a navegação em rios de baixo calado, ou seja, com menor profundidade.

Porto de Itajaí: resgate de navio histório destrava o futuro

A remoção do casco do Pallas deve permitir a entrada de embarcações maiores, antes mesmo da conclusão de outras intervenções planejadas, como o alargamento do canal e a construção da nova bacia de evolução.

“É o início a um processo que vai viabilizar a entrada de navios de maior porte, ampliar a movimentação de cargas de alto valor agregado e gerar mais empregos, renda e arrecadação para o município”, afirma João Paulo Tavares Bastos, superintendente do porto de Itajaí.

Por isso, a atual gestão considera a remoção do navio essencial para ampliar a competitividade do terminal e impulsionar a economia nacional. Atualmente, o porto de Itajaí opera com infraestrutura defasada em cinco gerações. Enquanto isso, navios de 365 metros já circulam com frequência na costa oeste da América do Sul. Diante desse cenário, a direção do porto já iniciou tratativas com a Marinha, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e com o Ministério da Cultura para avançar com os próximos passos da operação.

A equipe técnica realizará um novo trabalho de mergulho para elaborar o projeto de retirada dos destroços, cujo orçamento está estimado em R$ 398 mil. Além disso, os responsáveis calculam que a remoção completa do casco custará entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Para viabilizar a operação, o governo federal anunciou o repasse de R$ 23 milhões.

Apesar do avanço, ainda não há uma data definida para o início da obra. Após a federalização do porto de Itajaí, a Autoridade Portuária de Santos (APS) assumiu a gestão do local e conduz o processo de contratação. “Consideramos essa etapa um grande avanço, pois conseguiremos receber navios maiores e aumentar a eficiência dos portos de Itajaí e Navegantes”, destaca Marcelo Peres, coordenador da remoção do navio Pallas.

Em 2024, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes movimentou 14,17 milhões de toneladas, 5% a menos que em 2023, quando registrou 14,97 milhões de toneladas. Apesar da queda, o porto de Itajaí apresentou desempenho positivo: faturou R$ 86,1 milhões e recebeu mais embarcações ao longo do ano.

Qual será o destino final do navio histórico após operação em Itajaí?

O arqueólogo Darlan Cordeiro, da Fundação Genésio Miranda Lins, instituição ligada à prefeitura de Itajaí, explica que a importância histórica do navio afundado está na participação dele na Revolta da Armada. A preservação da embarcação, como acervo histórico, deve demandar um investimento tão alto quanto ao da retirada do fundo das águas.

“Seria uma ação muito complexa, requer tecnologia e especialistas. Por isso, temos uma outra proposta: a retirada de alguns materiais possíveis, para compor um novo museu, e o redirecionamento do resto dos destroços para outra área mais próxima ao mar, para continuar sendo um sítio arqueológico e quem sabe, um local para pesquisa oceanográfica”, explica o arqueólogo.

O superintendente do porto de Itajaí confirmou que a remoção ainda está na fase de estudos. “Além do impacto econômico, estamos tratando de um símbolo da história de Itajaí. O Pallas faz parte da memória da cidade e sua remoção será feita com o devido respeito ao seu valor histórico e cultural”, disse Bastos.

Fonte: Gazeta do Povo

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